Micoses Pulmonares Flashcards

1
Q

Fungos patogênicos

A
  • Paracoccidioides braziliensis
  • Histoplasma capsulatum
  • Cryptococcus neoformans
  • Coccidioides immitis
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2
Q

Gêneros de fungos oportunistas

A
  • Aspergillus
  • Mucor
  • Candida
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3
Q

Epidemiologia da paracoccidiodomicose (PCM)

A
  • População rural
  • Homens entre 30 e 60 anos
  • Imunodeficiências
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4
Q

Patogênese da PCM

A
  • Porta de entrada é a via inalatória
  • Micronídeos chegam as VAIs
  • Alveolite e formação de complexo primário
  • Fungo fica em estado latente - granuloma
  • Possibilidade de disseminação por via hematogênica
  • Tempo entre exposição e doença é de 15 anos
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5
Q

PCM aguda/subaguda - generalidades

A
  • Atinge mais crianças, adolescentes e adultos jovens (até 35)
  • Evolução ocorre entre 4 a 12 semanas
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6
Q

Manifestações clínicas da PCM aguda/subaguda

A
  • Linfonodomegalias superficiais e profundas com supuração ganglionar
  • Hepatoesplenomegalia
  • Náusea e vômito
  • Distúrbios cutâneos e osteoarticulares
  • Anemia, febre, emagrecimento
  • Pulmões raramente acometidos
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7
Q

PCM crônica (unifocal ou multifocal) - generalidades

A
  • 90% dos casos
  • Homens 30-60 anos
  • Progressão lenta
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8
Q

PCM crônica - manifestações clínicas

A
  • Tosse
  • Expectoração
  • Dispneia
  • Hemoptise eventual
  • Emagrecimento
  • Anorexia
  • Febre baixa

Tuberculose é diagn dif
25% é restrita aos pulmões (unifocal)
75% compromete outros sítios, sendo multifocal (pele, mucosa oral, faringe, laringe, dentes, suprarrenais, SNC, etc).

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9
Q

Quais as complicações das PCM?

A
  • Sequela pulmonar: fibrose, HAP, cor pulmonale
  • Sequela cutaneomucosa: disfonia por lesão de pregas vocais, obstrução de laringe
  • Sequela hormonal: insuf suprarrenal subclínica, dça de Addison
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10
Q

Qual sinal muito característico da PCM no RX de tórax?

IMPORTANTE

A

Infiltrado em asa de borboleta: reticulonodular em terço médio dos dois pulmões

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11
Q

Como é a TCAR de tórax na PCM?

A
  • Padrão reticulonodular
  • Opacidades em vidro fosco
  • Aspecto de árvore em brotamento
  • Bronquiectasias de tração
  • Cavidades
  • Sinal do halo invertido: imagem em vidro fosco dentro de circunferência espessada
  • Enfisema cicatricial
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12
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico de PCM?

A

Visualilzação do fungo em escarro, lavado broncoalveolar, raspado ou biópsia de lesões.

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13
Q

Quando fazer sorologia para PCM?

A
  • Pode ocorrer falso neg em imunocomprometidos e reações cruzadas com histoplasmose e aspergilose
  • Permite acompanhamento terapêutico
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14
Q

Como é o ttmto da PCM?

A
  • Formas leves e moderada: itraconazol por 3 meses, dps manutenção por 6-12 meses. Outra opção: sulfametaxazol + trimetoprim, 2 meses + 10-24 meses com metade da dose
  • Formas graves: anfotericina B 1mg/kg/dia IV
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15
Q

Epidemiologia da histoplasmose

A
  • RJ tem o maior numero de microepidemias descritas
  • O habitat natural do histoplasma é o solo, clima moderado e úmido, com dejetos de pássaros e morcegos
  • Frequente em áreas de cavernas, escavações, forros e porões de casas, galinheiros desativados
  • Sempre perguntar na anamnese se mora perto de florestas, pássaros, morcegos
  • Causa doença respiratória branda, frequentemente assintomática, mas que pode progredir para doença sistêmica com risco de vida, principalmente em indivíduos imunocomprometidos.
  • Gravidade está relacionada com intensidade da exposição e imunidade do hospedeiro
  • O foco pulmonar pode ter cura espontânea ou formar um granuloma
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16
Q

Qual a classificação da histoplasmose?

A
  • Histoplasmose pulmonar aguda (HPA)
  • Histoplasmose pulmonar cavitária crônica (HPC)
  • Histoplasmose disseminada progressiva (HDP)
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17
Q

Manifestações clínicas da HPA

A
  • Se apresenta 1-3 semanas após inalação dos conídeos
  • Sintomas gripais: tosse, febre, cefaleia, mialgia, prostração
  • Exame físico do tórax inexpressivo
  • Aumento dos gânglios linfáticos superficiais
  • Hepatoesplenomegalia
  • Na maioria dos casos, regride espontaneamente.
  • Mais grave em crianças e > 60 anos
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18
Q

Quais as possíveis complicações da HPA?

A
  • Linfonodos mediastinais podem obstruir vias aéreas, vasos, esofago
  • Mediastinite fibrosante: risco de sd veia cava superior
  • Broncolitíase: erosão, ulceração e obstrução da parede bronquica, pode haver hemoptise
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19
Q

Imagens da HPA

A
  • RX de tórax: normal ou linfonodomegalia hilar bilateral com infiltrado micronodular bilateral. diagn dif com tb pulmonar
  • TCAR: linfonodos hilares, nódulos periféricos que podem cavitar
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20
Q

O que é a histoplasmose cavitária crônica?

A
  • Colonização do histoplasma em pulmões com espaços aéreos anormais (enfisema centro-acinar ou bolhoso)
  • Lobos superiores, simula um processo cavitário, diagn dif de tb pulmonar.
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21
Q

Qual a clínica e imagens da HPC?

A
  • Tosse produtiva, febre baixa, dor torácica, sudorese noturna, hemoptise de grande volume
  • RX de tórax: padrão alveolar e cavitações, podendo haver nível líquido, em 1/3 superior
  • TCAR de tórax: áreas de enfisema centro-acinar ou bolhoso, cavidades de paredes finas e retração fibrótica.
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22
Q

Definição da histoplasmose disseminada

A
  • Relacionada ao HIV, câncer, uso crônico de corticoides

- Definida como manifestação da doença que não melhora após 3-4 semanas, com sinais de envolvimento extrapulmonar

23
Q

Clínica da HDP

A
  • Febre
  • Tosse
  • Dispneia
  • Astenia
  • Anorexia
  • Sudorese noturna
  • Hepatoesplenomegalia
  • Pode ter pancitopenia
  • Úlceras mucosas
  • Pápulas e nódulos subcutâneos
  • CIVD, meningite, endocardite
24
Q

Imagem da HDP

A
  • RS de tórax: padrão miliar , reticulonodular ou cavitações

- TCAR tórax: padrão da HPC, sinal do halo (nódulo envolvido por imagem de vidro fosco)

25
Q

Exames laboratoriais para histoplasmose

A
  • Exame direto: rendimento baixo e risco de falso-positivo, diferente da PCM
  • Cultura: leva 4-6 semanas
  • Sorologia: fixação de complemento e imunodifusão. ID é mais feita (mais disponível). Identifica bandas M e H do fungo
26
Q

Tratamento da HPA

A
  • Forma moderada: itraconazol VO por 6-12 semanas

- Forma grave: anfoterecina B IV por 1-2 semanas, seguido de itraconazol VO por 12 semanas

27
Q

Tratamento da HPC

A
  • Itraconazol VO por 12-24 meses
28
Q

Tratamento da HDP

A
  • Forma moderada: itraconazol VO por 6-12 semanas

- Forma grave: anfoterecina B IV 1-2 semanas, seguido de itraconazol VO por 12 meses

29
Q

Duas espécies de criptococo e características

A
  • Neoformans: cosmopolita, em ambiente com excretas de pombos, canários e periquitos. urbano.
  • Gattii: áreas com restos vegetais de eucalipto e outras áreas tropicais. na área urbana, podem ser encontrados em madeira e poeira doméstica
30
Q

Criptococose - generalidades

A
  • Infecção pulmonar costuma regredir espontaneamente
  • Atinge principalmente pessoas imunocomprometidas: HIV, DM, transplantados, corticoterapia
  • Doença pulmonar sintomática é pouco comum
  • Febre, astenia, dor torácica e tosse
  • Dividida em pulmonar e disseminada
31
Q

O que é observado na TCAR do tórax da criptococose?

A
  • Nódulos isolados a múltiplos, pequenos ou grandes
  • Fibrose reticulonodular
  • Linfonodos hilares e derrame pleural são raros
  • Gravidade: consolidação pneumônica ou formas pseudotumorais que podem cavitar
  • Doagn dif com tb, tumor, histoplasmose, por isso história é importante
32
Q

Clínica da criptococose disseminada

A
  • Meningoencefalite aguda ou crônica, com papiledema, cefaleia, rigidez de nuca, paralisia dos pares cranianos
  • Risco em HIV
  • 70-90%: febre, cefaleia, letargia, amnesia
  • 10%: lesões cutâneas
  • 5%: lesão em vértebras, pelve, crânio, costelas
33
Q

Diagnóstico da criptococose

A
  • Exame direto: escarro, LBA, líquor e biópsia pulmonar
  • Cultura: de preferencia no material da biópsia
  • Sorologia: prova do látex - pesquisa de antígenos no soro
34
Q

Que grupo de pcts com criptococose não devem ser tratados?

A

Portadores de bronquite crônica com fungo isolado no escarro, assintomáticos e com RX tórax normal

35
Q

Qual o ttmto da criptococose

A

Anfoterecina B e/ou fluconazol, dependendo do estado imunológico, comorbidades e presença ou não de meningoencefalite.

36
Q

Epidemiologia da aspergilose

A
  • Fungo encontrado em matéria orgânica decomposta
  • Espécies termorresistentes foram isoladas em material de nebulização de hospitais
  • Gravidade da infecção depende da qtdade de esporos inalados e estado imunológico da pessoa
  • Não causa doença em imunocompetentes
  • espécis de aspergilos: fumigatus, niger, flavus
37
Q

Qual o grupo de risco da aspergilose?

A
  • Fibrose cística
  • Transplantados de MO ou órgão sólido
  • Neutropênicos graves
  • HIV positivo
38
Q

Aspergilose broncopulmonar alérgica - definição

A
  • Relacionada a asma, fibrose cística
  • Deficiência na depuração ciliar e função fagocitária dos macrófagos
  • Bronquiectasias
  • Impactação da mucosa brônquica, pneumonia eosinofílica, bronquiolite crônica ou exsudativa
  • Diagnóstico é mais frequente na idade adulta
  • Quadros alérgicos
39
Q

Quadro clínico da ABPA

A
  • Adinamia
  • Febre
  • Escarro mucopurulento
  • Hemoptise
  • Suspeitar na ausência de melhora de descompensação da asma com atb
40
Q

Qual a evolução natural na ABPA?

A
  • Fase aguda: IgE alto, eosinofilia. rs alterado
  • Fase de remissão: diminuição do ige, rx normal
  • Fase de exacerbação: línica igual da fase aguda, ige normal ou elevado, rx com infiltrado
  • Fase de asma corticoide dependente: asma persistente e grave
  • Fase de fibrose ou estágio terminal: dispneia grave e cianose, rx com bronquiectasia, fobrose, cavidades
41
Q

Imagem na ABPA

A
  • RX de tórax: infiltrados pulmonares transitórios, bronquiectasias centrais. pior em lobos superiores
  • TCAR (mais sensível): ilfiltrados, bronquiectasias centrais cilíndricas, císticas ou varicosas
42
Q

Diagnóstico da ABPA

A
  • Suspeita de ABPA
  • Fazer teste cutâneo com antígeno do fungo
  • Se positivo, fazer sorologia
  • 1 ou 2 sorologias negativas: repetir sorologia
  • 4 sorologias negativas: descartar BAPA
  • Priciptinas positivas, IgE total > 400, IgE do AF > 0,34, fecha diagnóstico
  • Fazer TCAR para avaliar bronquiectasia central, que é um fator prognóstico
43
Q

Ttmto da ABPA

A
  • Corticoide

- Itraconazol

44
Q

Aspergilose intracavitária (bola fúngica ou arpergiloma)

A
  • Colonização de uma cavidade pulmonar preexistente por A. fumigatus
  • Hemoptise
45
Q

Diagnóstico do aspergiloma

A
  • RX de tórax ou TCAR: cavidade, em geral no terço superior dos pulmões, contendo massa arredondada em seu interior, com sinal do aéreo crescente. Massa se move com mudança de decúbito
  • Sorologia positiva na reação de imunodifusão dupla confirma o diagnóstico
46
Q

Tratamento do aspergiloma

A
  • Não há ttmto medicamentoso
  • Cirurgia é indicada nos casos de hemoptise com ressecção da área pulmonar. Se houver urgência e vigencia de sangramento, embolizar art brônquica antes da cirurgia
47
Q

Aspergilose pulmonar crônica necrotizante - definição

A
  • Pouco frequente, evolução lenta
  • Destruição progressiva do parênquima pulmonar
  • > 60 anos, DM, AR, espondilite anquilosante, corticoterapia prolongada, DPOC, sarcoidose, pneumoconiose, tb prévia
48
Q

Quais os padrões histológicos da APCN?

A
  • Pneumonia necrotizante com gangrena pulmonar

- Cavidade granulomatosa bronquiectásica com invasão de parenquima

49
Q

Diagnóstico da APCN?

A
  • RX e TCAR: lesões em lobos superiores com evolução para cavidade e abscesso por necrosse tissular. semelhante a tb
  • Sorologia positiva na reação de imunodifusão dupla
50
Q

Tratamento da APCN

A
  • Anfoterecina B por 1-2 semanas
  • Frequentemente é necessária cirurgia dps daa anfo
  • Itraconazol VO ou voriconazol entre 4-24 semanas
51
Q

Aspergilose invasiva - definição

A
  • Doença grave com elevada mortalidade

- Pcts com imunodepressão severa, tipo transplantados, neutropenia grave e prolongada, portadores de HIV com CD4 < 100

52
Q

Quadro clínico da aspergilose invasiva

A
  • Tosse seca ou produtiva
  • Dor pleurítica
  • Febre alta que não cede com atb
  • lesões no SNC, fígado, rim, tireoide
  • Falência multipla de orgaos é possivel
53
Q

Diagnóstico da AI

A
  • RX tórax: padrão miliar ou reticulonodular ou cavitaç~ies
  • TCAR: infiltrados segmentares ou lobares na fase mais precoce. sinal do halo, nódulos cavitados (sinal do crescente aereo)
  • Sorologia: baixa sensibilidade e especificidade
  • Galactomanana: exame de escolha. técnica elisa sandwich
  • Exame direto e cultura: diagnóstico definitivo é obtido em amostra de tecido com invasão fúngica e cultura positiva.
54
Q

Tratamento da AI

A
  • Voriconazol EV
    OU
  • Anfoterecina B IV seguido de itraconazol VO