DPOC e tabagismo Flashcards
Definição de DPOC
Doença crônica onde há obstrução persistente do fluxo aéreo
Quais as principais entidades da DPOC?
- Enfisema pulmonar
- Bronquite crônica
- Doença das pequenas vias aéreas (bronquiolite)
Quais os fatores de risco para DPOC?
- Tabagismo
- Maconha
- Queima de biomassa como combustível (fogão a lenha)
- Exposição ocupacional
- Baixo peso ao nascer, infecções pulmonares na infância
- Deficiência de alfa 1 antitripsina
- Asma
Qual a definição de bronquite crônica?
Tosse produtiva por pelo menos 3 meses ao ano, por 2 anos consecutivos
Quais as alterações pulmonares presentes na bronquite crônica?
Resposta imune aos agentes tóxicos causa:
- Hipersecreção brônquica de muco
- Redução da função mucociliar
- Aumento da permeabilidade da barreira epitelial dos espaços aéreos
Quais as alterações pulmonares do enfisema?
- Aumento de volume dos espaços aéreos, com destruição dos septos alveolares
- Aumento da complacência e diminuição da elasticidade
- Retenção de ar
Como é classificado o enfisema pulmonar?
- Centroacinar: associada ao tabagismo, lobos superiores, proximal aos bronquíolos respiratórios
- Pan-acinar: def de alfa 1 AT, predileção por lobos inferiores, distribuição lobular uniforme
Qual a fisiopatologia do enfisema pulmonar?
- Fumaça do cigarro atrai células inflamatórias para o pulmão
- Células inflamatórias liberam elastase, que inibe a ação da alfa1AT. A própria fumaça do cigarro tb diminui sua atividade
- Desequilíbrio protease-antiprotease faz com que haja destruição das fibras elasticas do pulmão
- Morte celular é induzida por estresse oxidativo, causando alargamento dos espaços aéreos
- Hiperinsuflação progressiva
- Troca gasosa prejudicada
- Hipertensão pulmonar
- Cor pulmonale (hipoxemia crônica)
Obs: bolhas de enfisema (blebs se perto da pleura)
Qual o quadro clínico da DPOC?
- Dispneia progressiva
- Tosse crônica
- Expectoração (mais na bronquite)
Escala de dispneia do MRC modificada?
IMPORTANTE
- Grau 0: sem dispneia, exceto exercícios extenuantes
- 1: dispneia ao caminhar rápido no plano ou subir ladeira suave
- 2: anda mais devagar que as pessoas da sua idade no plano ou precisa parar para recuperar o fôlego
- 3: para de andar para recuperar o fôlego após 90-120m ou após poucos minutos andando no plano
- 4: muito dispneico para sair de casa ou dispneia ao se vestir
- Grau 0 e 1: leve
- Grau 2: moderada
- Grau 3: grave
- Grau 4: muito grave
Como é o exame físico do pct com DPOC?
- Redução da expansibilidade pulmonar
- Hipersonoridade a percussão
- FTV e MV reduzidos difusamente
- Expiração prolongada
- Estertores finos teleinspiratórios
- Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax
Casos avançados:
- Taquipneia
- Lábios semicerrados
- Musculatura acessória
- Sibilos
Como é o fenótipo pink-puffer (enfisema)?
- Emagrecido
- Pletora facial
- Uso de musculatura acessória
Como é o fenótipo blue-bloatter (bronquite crônica)?
- Sobrepeso
- ## Cianose
Como é a espirometria de pcts com DPOC?
Relação VEF1/CVF (índice de Tiffeneau) < 0,7, mesmo após uso de broncodilatador (salbultamol)
Volumes pulmonares que estão aumentados na espirometria do pct DPOC?
- Volume residual
- Capacidade residual funcional
- Capacidade pulmonar total
(todos envolvem o volume residual)
Classificação GOLD de gravidade da obstrução do fluxo aéreo
IMPORTANTE
Avalia VEF1 após o BD
* Em todos o VEF1/CVF é inferior a 0,7
- Estágio I - leve: VEF1 > ou igual a 80% do previsto
- Estágio II - moderado: VEF1 50-80% do previsto
- Estágio III - grave: VEF1 50-30% do previsto
- Estágio IV - muito grave: VEF1 < 30% do previsto
Outros exames complementares feitos na DPOC
- Gasometria arterial e oximetria
- Hemograma: Htc elevado sugere hipoxemia crônica
- Radiografia de tórax: Hipertransparência, aumento do número de costelas nos campos pleuro-pulmonares, retificação do diafragma, aumento do diâmetro antero-posterior, aumento do espaço retroesternal
- TC: confirma ou exclui presença de DPOC
Como são as exacerbações/descompensação no DPOC?
- Geralmente ocorre por infecção brônquica
- Piora da tosse e dispneia, expectoração em maior qtdade ou mudança de aspecto, febre
- DPOC grave ou muito grave: 2 ou mais exacerbações por ano ou 1 ou mais hospitalizações por ano.
Como estimar o risco global do pct e a conduta terapêutica a ser adotada?
Associação entre sintomas (MRC), espirometria e frequência de exacerbações –> Combined COPD
- Categoria A: menos sintomas, baixo risco (MRC < 2, GOLD 1-2, 0-1 exacerbação/ano, nenhuma hosp)
- B: mais sintomas, baixo risco (MRC > ou igual 2, GOLD 1-2, 0-1 exacerbação/ano, nenhuma hosp)
- C: menos sintomas, alto risco (MRC < 2, GOLD 3-4, > 1 exacerbação/ano ou 1 hosp)
- D: mais sintomas, alto risco (MRC > ou igual a 2, GOLD 3-4, exacerbações > 1/ano ou 1 hosp)
Como é o tto não farmacológico do DPOC?
- Cessação do tabagismo
- Fisioterapia respiratória
- Exercícios aeróbicos: recondicionamento físico!
- Oxigenoterapia
Quais as indicações e objetivo da oxigenoterapia?
- PaO2 < 55mmHg em repouso
- PaO2 56-59 + policitemia (Htc > 55%) ou cor pulmonale
- PaO2 em repouso > 60, mas reduz no esforço
- SatO2 < 90% em repouso
Objetivo: manter SatO2 > 89% ou PaO2 60-75
Qual o ttmto medicamentoso na dpoc?
IMPORTANTE
- Doença leve: monoterapia com beta2 agonista de longa duração (LABA - indaclaterol, vlanterol) ou anti-muscarínico de longa duração (LAMA - tiotrópio)
Obs: drogas de curta duração (SABA, SAMA) são utilizadas como resgate em crises e descompensação - Moderada: mono ou dupla terapia com LAMA + LABA (sempre um de cada classe)
- Grave/muito grave: dupla ou tripla terapia (associação de corticoide inalatória). Considerar azitromicina e roflumilaste (inibidor da fosfodiesterase 4) - ponderar efeitos colaterais
Qual a utilidade do uso de macrolídeos na DPOC?
Uso regular de azitromicina pode diminuir as taxas de exacerbações. Considerar em pacientes com múltiplas por ano, pesando risco-benefício
Definição de tabagismo pela OMS
Doença pediátrica: a maioria das pessoas começa a fumar na adolescência
Crõnica
Contagiosa
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