Manejo de Via Aérea Flashcards
Faringe > Divisões
- Nasofaringe > Estende-se da base do esfenoide até o palato mole
- Orofaringe > Estende-se do palato mole até o osso hioide
- Laringofaringe > Estende-se do osso hioide até cartilagem cricoide
Laringe > Funções e estruturas formadoras
- Fonação, passagem de ar, proteção VA
- Formada por ligamentos, músculos e cartilagens
- Cartilagens impares > Tireoide, Cricoide, Epiglote
- Cartilagens pares > Aritenoides, Corniculares, Cuneiformes;
Laringe > Vista superior > estruturas visíveis (ver imagem para auxiliar)
- Epiglote
- Valécula
- Cartilagem corniculada (medial) e cuneiforme
Cavidade laríngea >
- Arcos vestibulares
- Cordas vocais
- Glote (passagem)
Traqueia > Limites, comprimento, formação, brônquios
- Se estende da cartilagem cricoide até bifurcação na carina (5° vértebra torácica)
- Mede de 10 a 15cm no adulto
- Formada por 16-20 anéis cartilaginosos incompletos
- Ao nível da carina a traqueia se bifurca originando os brônquios (cujo direito é mais verticalizado)
As duas membranas palpáveis na superfície do pescoço, na laringe, de importância nos procedimentos
- Membrana cricotireoidea (inf)
- Membrana tireohioidea (sup)
Definição Intubação difícil
- Necessidade de + de 3 tentativas OU Duração > 10min para correto posicionamento na laringoscopia convencional
- Ótima tentativa de laringoscopia requer médico experiente, ausência de hipertonia muscular, posição olfativa ótima, lâminas do laringoscópio de tamanhos e tipos adequados
Preditores de VA difícil
- São preditores avaliativos e não diagnósticos de uma VA difícil
-MAIS IMPORTANTES:
> distância interincisivos (aceitável > 3cm)
> distância tireo-mentoniana (aceitável > 5 ou 6 cm)
> extensão dos movimentos de cabeça e pescoço (prediz dificuldade ou não de assumir posição olfativa) (avaliar por extensão atlanto-axial)
- OUTROS:
> comprimento dos incisivos superiores
> fechamento da mandibula
> protusão voluntária da mandíbula
> teste de Mallampati (aceitável até classe II)
> conformação do palato (não deve ser muito estreito ou arqueado)
> Largura do pescoço (se grosso dificulta)
Fatores que predizem ventilação difícil (dificuldade de ventilar com bolsa/máscara)
- Fatores comuns a VA difícil e ventilação difícil:
> Mallampati III ou IV
> Distância tireo-mentoniana (se pequena dificulta)
> Limitada movimentação cabeça e pescoço ou instabilidade cervical (avaliar por extensão atlanto-axial)
> Protusão mandibular limitada
> Largura do pescoço (se grosso dificulta)
- Fatores somente de ventilação difícil: > Sexo masculino > Radiação ou massa cervical > Ausência de dentes > IMC > 30 > Idade > 46 > Presença de barba > Apneia do sono
Escore de Mallampati (ver imagem para facilitar)
- Classe I > Palato mole, passagem boca para faringe,úvula, pilares amigdalianos
- Classe II > Palato mole, passagem boca para faringe, úvula
- Classe III > Palato mole, base da úvula
- Classe IV > Palato mole não é visível
obs: Mallampati III e IV > VA e ventilação difíceis
Teste da mordida do lábio superior (TMLS)
- Classe I > incisivos inf conseguem morder acima da margem vermelha do lábio sup
- Classe II > incisivos inf não atingem margem vermelha
- Classe III > incisivos inf não mordem
obs: limitada protusão mandibular > VA e ventilação difíceis
Distância tireo-mentoniana e esterno-mentoniana
- Pescoço curto e grosso é fator para VA e ventilação difíceis
- Distância tireo-mentoniana deve ser > 5 a 6cm (se menor = queixo curto)
- Distância esterno-mentoniana deve ser > 12,5 a 13,5cm (se menor = pescoço curto)
Sinal da Prece
- Usualmente presente em pctes diabéticos, reflete a imobilidade articular da mão o que pode estar generalizado a todas as articulações (gerando VA e ventilação difíceis)
Os 3 passos para abordagem de VA (antes do posicionamento)
1- Prever dificuldades e problemas (cooperação e consentimento do pcte/ dispositivos disponíveis/ material disponível)
2- Oferecer suplementação de O2 no processo de dificuldade de acessar VA (pré-oxigenar o pcte até saturação de 100% para retirar N2 do espaço alveolar e substituir por O2, saturando o pcte)
3- Desenvolver estratégias primárias e alternativas
Posicionamento de acesso de VA para intubação
- Alinhar os 3 eixos > oral, faríngeo, laríngeo
- Posição olfativa (sniffing position)
> 35° flexão cervical
> 7-9cm elevação cabeça
Ventilação com Máscara Facial > Dispositivos
- Ambu (balão autoinflável)
- Baraca
Ventilação com Máscara Facial > Técnica
- Posição olfativa - desobstrução de VA superior
- Manutenção do selo entre máscara e face do pcte (Técnica das mãos em C e E)
- Mão em C se apoia no osso da mandibula e não em estruturas moles do pescoço
- Se necessário usar cânulas faríngeas (oro ou naso)
Intubação Traqueal > Indicações
- Gasglow 8 (já perdeu os 2 reflexos de proteção das VA > tosse e deglutição)
- Intervenções cirúrgicas próximas as VAS ou em posição desfavorável para o rápido manejo das VAS se necessário (ex: cirurgia em dec ventral)
- Diminuir risco de broncoaspiração em cirurgias emergenciais (quando não há tempo para esvaziamento estomacal)
- Facilitar ventilação sob pressão positiva
- Risco real ou potencial de obstrução de VAS (queimaduras, traumas em VAS, trauma cervical ou de face, choque, fratura arcos costais, debilidade respiratória)
Intubação Traqueal > Passo a passo
- Saturar paciente previamente
- Posicionar (olfativa)
- Introduzir lâmina (apoiada na valécula)
- Introduzir tubo com fio guia
- Tubo sempre na mão
- Retirar fio guia e lâmina
- Fixar tubo
- Fazer a checagem/ confirmação (Visualização da passagem do tubo é padrão ouro/ CO2 exalado/ movimentos respiratorios no tórax/ sons respiratórios a ausculta / preenchimento da bolsa na expiração/ sinal da névoa)
Escore de Cormack-Lehane
- Avaliação à laringoscopia que prediz se VA é ou não difícil
- Classe I > Glote bem visível
- Classe II > Somente parte post da glote visualizada
- Classe III > Somente epiglote visualizada, nenhuma porção da glote visível
- Classe IV > Nem a epiglote nem a glote visíveis
- classes III e IV - VA difícil
CALIBRE DOS TUBOS DE INTUBAÇÃO TRAQUEAL X IDADE
- Homem > 8 / 8,5
- Mulher > 7/ 7,5/ 8
PEDIATRIA
- Prematuro e RN < 1000g - 2,5
- Bebês entre 1kg e 2,5kg - 3
- RN 0 a 6 meses - 3 / 3,5
- Lactente 6 a 12 m - 3,5 / 4
- Lactente 1 a 2 anos - 4/ 4,5
- Acima de 2 anos > Idade/4 + 4 (ex: 2 anos = tubo 4,5. Pedir 4; 4,5 e 5
Intubação NASOTRAQUEAL > Indicações e generalidades
- Preferível quado via orotraqueal não é possível
- Quando via de acesso cirúrgico é orotraqueal
- Mais traumática, maior risco de sangramento
- Necessário uso de vasoconstritores
Dispositivos supra-glóticos
- Inseridos às cegas, sem laringoscopia
- Promovem rápido acesso a VA
- Possibilitam Ventilação sob pressão positiva
- Funcionam como VA artificial em anestesia de curta duração
- Funcionam como técnica de resgate em VA difícil
- Diversos dispositivos supra-glóticos
Técnicas Transtraqueais
- Tecnica de resgate
- Mas pode ser utilizada como tecnica primária quando preditores de VA difícil são identificados
3 TÉCNICAS:
> Ventilação por jato transtraqueal
> Cricotireotomia
> Traqueostomia
Tamanhos de máscara laríngea por idade
1,0 > RN a lactentes até 5 kg 1,5 > Lactentes 5 a 10kg 2,0 > Lactentes 10kg a pré-escolar 20kg 2,5 > Crianças 20 a 30kg 3,0 > Crianças/ Adolescentes 30 a 50kg 4,0 > Adultos 50 a 70kg 5,0 > Adultos 70 a 100kg
IMAGENS
DECORAR NOMES DOS INSTRUMENTOS