Malformações congênitas da região cervical Flashcards
Aparelho branquial
Invaginações do ectoderma (sulcos) e evaginações do endoderma (bolsas) na região proximal do intestino primitivo
Cada arco origina uma estrutura
Principais alterações do aparelho branquial
Fístulas (encontro das invaginações)
Cistos (encontro das invaginações sem orifício)
Restos branquiais (restos cartilaginosos indiferenciados)
1º arco branquial
Região pré-auricular
Primeiro ramo da mandíbula
Fístula de 1º arco branquial
Rara (2% das alterações branquiais)
Comunicação do conduto auditivo externo com a região pré-auricular
Restos branquiais de primeiro arco
Restos cartilaginosos na região pré-auricular
2º arco branquial
Maior arco branquial (mais comumente acometido por malformações)
Margem anterior do esternocleidomastoideo e fossa tonsilar (amigdaliana)
Fístula de segundo arco branquial
Orifício de saída de líquido na margem anterior do ECM, que se comunica com a fossa tonsilar.
Diagnóstico clínico
Trajeto da fístula de segundo arco branquial
Pele - TCS - platisma - fáscia cervical - bifurcação da carótida - m. digástrico - n. hipoglosso - n. glossofaríngeo
TTO fístula de segundo arco branquial
ATB em casos de infecção
Drenagem da fístula
Ressecção do orifício de saída
Cisto de segundo arco branquial
Cisto único produtor de muco
Mesma fisiopatologia da fístula, sem os orifícios de drenagem
Demanda USG para evitar falso diagnóstico
TTO cisto de segundo arco branquial
Cirurgia para evitar infecção e malignização
Restos de segundo arco branquial
Restos cartilaginosos na mesma topografia que a fístula e o cisto.
Deve ser feita a remoção cirúrgica a fim de evitar malignização (condrocarcinoma)
3º arco branquial
Seio piriforme e margem inferior do ECM
Fístula de terceiro arco branquial
Lateralmente à fúrcula esternal
Passa posterior à carótida, n. vago e n. laríngeo
Cisto tireoglosso (localização e QC)
QC: tumor na linha média do pescoço, na frente do osso hióide formado por persistência do ducto tireoglosso
Na frente do osso hióide/acima da tireoide
Cisto tireoglosso (diagnóstico)
Clínico + USG para diagnóstico diferencial (avaliar característica cística e descartar a possibilidade de tireoide ectópica
Cisto tireoglosso (TTO)
Não infectado: técnica de Sistrunk -> retirada do cisto, do ducto tireoglosso e do corpo do osso hióide
Infectado: ATB + drenagem -> cirurgia algumas semanas depois
Linfangioma cístico (etiopatogenia)
Hamartoma (desorganização estrutural) dos vasos linfáticos que geram múltiplas formações císticas.
Acomete principalmente a região cervical (75%), na margem posterior do ECM
Por que o linfangioma cístico é predominantemente cervical?
Pois os vasos linfáticos são formados a partir dos sacos embriológicos primitivos jugulares. Logo, as malformações são mais frequentes nessa região.
Podem, mais raramente, acometerem a região axilar.
Linfangioma cístico (QC)
tumor na região posterior do ECM (MÚLTIPLOS cistos)
disfagia (compressão esofágica)
dispneia (compressão da traqueia)
Linfangioma cístico (TTO)
Excisão cirúrgica completa (muita recidiva, pode fistulizar, pode causar lesão vascular e nervosa)
TTO alternativo: punção e esvaziamento com agentes esclerosantes - biomicina)