Linguagem e Lógica 2 Flashcards

1
Q

Entinema

A

Como forma de raciocínio, imita o silogismo lógico-dedutivo. Porém, procura ajustar retoricamente suas premissas para ganhar aceitação tácita de verdades assumidas por uma plateia específica (oportunismo).

Em outras palavras, o entimema é um silogismo dedutivo voltado para argumentar perante um público do qual já se conhecem algumas posturas aceitas.

O entimema pode tomar a forma completa do silogismo com duas ou mais premissas que conduzem a uma conclusão necessariamente verdadeira, mas, ao final das contas, fica condicionada àquelas verdades das premissas tacitamente aceitas por um grupo de indivíduos.

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2
Q

Entinema: exemplo

A

• Sinto vergonha, logo existo. → Silogismo completo:
• Quem sente vergonha, existe.
• Ora, eu sinto vergonha.
• Logo, eu existo.

No exemplo:

• “Sinto vergonha” é a premissa;
• “logo existo” é a conclusão.

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3
Q

Falácia

A

Falácia é involuntária, acidental, até ingênua. É uma falha sem objetivo malicioso. Quem usa falácia se engana, crendo-se correto na forma de pensar.

O perigo é que uma falácia repetida inúmeras vezes acaba ganhando força como se fosse verdade.

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4
Q

Sofisma

A

Sofisma é intencional, voluntário, com objetivo malicioso de levar o interlocutor ao engano.

Quem usa sofisma pretende aproveitar-se da falta de atenção ou falta de informações do interlocutor, a fim de convencê-lo, embora por meios tortuosos.

Existe um sofisma que é muito utilizado de forma maliciosa pelas agencias de propaganda, o sofisma do apelo à maioria. Essa é uma falácia que ocorre também nas pesquisas eleitorais.

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5
Q

Sofismas e Falácias: Ad hominem

A

Ataca-se a pessoa de quem profere alguma afirmação com a qual não se concorda, ao invés de atacar-se a própria afirmação.

Isso ocorre não só entre advogados, mas entre juízes e advogados, entre advogados e peritos, etc..

Também se utiliza quando uma das partes encarta um parecer, proferido por algum jurista conhecido.

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6
Q

Sofismas e Falácias: Ad Ignorantiam

A

Dizer-se, por exemplo, que um argumento é verdadeiro, apenas porque não se comprovou ser falso.

Em juízo, é utilizado, especialmente, quando o ônus da prova favorece a quem alega: “Ele não provou que não deve”.

Um exemplo clássico é a declaração do Senador McCarthy: “Eu não tenho informação acerca deste caso, exceto a declaração da Agência de que não há nada, em seus arquivos, que comprovem que ele não tem relações com comunistas.”

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7
Q

Sofismas e Falácias: Ad Misericordiam

A

Apelar para a misericórdia, esperando tratamento diferenciado. “O autor é pobre, na acepção jurídica do termo. E, como toda pessoa pobre, é hipossuficiente, devendo, por isso, ser invertido o ônus da prova”.

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8
Q

Sofismas e Falácias: boneco de palha

A

Constrói-se um argumento similar ao da parte adversária, com alguns pontos falhos, atribuindo-se a ela a sua criação. E depois, sem muita dificuldade, derrota-se o boneco de palha.

É o que se faz quando se tenta evitar algum argumento incontornável, da outra parte, já na narração dos fatos.

Uma versão do boneco de palha é o argumento ao absurdo em que o argumento de alguém é levado racionalmente a um resultado absurdo. Isso tenta mostrar que o argumento não se sustenta.

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9
Q

Falácia dedutiva

A

É transformar a premissa maior em menor, e vice-versa - o que nem sempre é verdadeiro.

Exemplo: “Sempre que se cobram juros sobre juros, o devedor não consegue pagar e, por isso, fica inadimplente. O devedor está inadimplente. Logo, estão sendo cobrados juros sobre juros”.

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