Linguagem Flashcards
CONCEITO
A linguagem deve ser impessoal na redação. Nesse sentido, deve-se escrever acerca daquilo que aconteceu ou daquilo que existe, assim, jamais usará: “eu” e/ou “nós”.
Ex.: Concluímos = quem concluímos? Nós. Logo, essa seria uma forma incorreta, tendo em vista não ser impessoal.
Formas permitidas de utilizar os verbos impessoais:
Infinitivo (r): observar
Particípio (ado): analisado
Partícula (—se): verifica-se
3ª pessoa (m): notam
– Dessa forma, verbos com essas terminações podem ser usados.
Ex.: nota-se, prende-se, mata-se, analisa-se, ao notar, ao prender, ao buscar, ao recorrer, buscam, compram, prendem, atiram, matam, roubam, analisado, verificado, observador, …
Obs.: pode-se, também, utilizar a terminação —ido: contribuído.
Formas não permitidas de utilizar os verbos impessoais:
Gerúndio (ndo): observando.
Ex.: Observando a situação em que a segurança pública se encontra.
– Parece que o termo “observando” é atemporal (“eu estava observando ontem, estou observando agora e estarei observando amanhã”), assim, a linguagem fica “pobre”.
1ª pessoa do plural (os): analisamos.
– Não pode ser usado pelo fato de não fazer parte do tipo textual pedido na prova.
Obs.: essa vedação de uso da terminologia “os” serve apenas para os verbos, sendo possível utilizá-lo quando forem outras classes gramaticais, por exemplo, na palavra “fazendeiros” que é um substantivo plural.
Existe um macete para ajudar o candidato na produção do texto na folha de rascunho, que é acrescentar os termos “ao” ou “é” antes dos verbos:
– Forma escrita errada:
a) Assim, observando que a polícia (…)
b) Assim, analisamos que a guarda civil (…)
– Forma alterada para a correta:
a) Assim, ao observar que a polícia (…) / Assim, é observado que a polícia (…)
b) Assim, ao analisarmos que a polícia (…) / Assim, é analisado que a polícia (…)
Uso dos Pronomes:
Pronome possessivo:
– Não é possível conversar com o corretor: “nesse sentido, é importe que existam políticas assistenciais a fim que o senhor, caro corretor…”
– Logo, não é possível ter a participação ou posse do corretor.
Pronome demonstrativo (terminado em “t”):
– Não podem ser usados (por demonstrarem pessoalidade: envolve quem escreve): este, esta, nisto, desta, disto.
– Podem ser usados: esse, essa, nisso e dessa
Prolixidade e Clichê
Pode ser entendido como um uso “feio” ou inadequado de algumas expressões e/
ou termos.
Exemplos de uso inadequado:
Atualmente; Hoje em dia; No mundo contemporâneo; É notório; Por fim; Conclui-se; Esse é um assunto muito polêmico; Pesquisas mostram; No Brasil e no mundo; Desde os primórdios; coisa; Todos; sempre; nunca; jamais; etc;!;: (dois pontos),; (ponto e vírgula);? (interrogação);… (reticências).
– Independe do tema, o texto será relacionado à atualidade. Contudo, é possível fazer uma correlação com o “passado” e, assim, utilizar o termo atualmente. Fora disso, nunca se deve começar com “atualmente”, pois é óbvio que tema atua sobre a realidade.
– Os termos “conclui-se” e “por fim” utilizados no parágrafo de conclusão são considerados redundantes.
– O termo “no Brasil e no mundo” mostra-se redundante, tendo em vista que o Brasil
está inserido no mundo, contudo, de forma mais correta, pode-se falar “no mundo…”,
pois já inclui o Brasil.
Obs.: ou se utiliza o termo “no Brasil” ou “no mundo”.
Obs.: aconselha-se escrever no lugar do termo “etc.” o termo “entre outros(as)”.
– Expressões generalizadoras estão normalmente erradas.
Ex.: todos, jamais, nunca, dentre outras.
– Assim, podem ser entendidos como termos que não acrescentam na redação, porém podem subtrair de alguma forma.
Exemplo de um uso errado:
“No mundo em que vivemos (…)”
– Está na 1ª pessoa do plural, o que a torna errada.
Não usar frases interrogativas.