Lesão Celular Flashcards
Causas da lesão celular (7)
- Hipóxia: isquemia, insuficiência cardíaca e transporte inadequado de O2.
- Agentes físicos: trauma mecânico, temperatura (extremos), choque elétrico, radiação.
- Agente químicos.
- Agentes infecciosos.
- Reações imunológicas.
- Defeitos genéticos.
- Desequilíbrios nutricionais: excesso de colesterol, falta de
vitaminas.
Lesão celular reversível
- Alterações da membrana plasmática, como
formação de bolhas, apagamento e perda das
microvilosidades. - Alterações mitocondriais, que incluem tumefação e o aparecimento de pequenas densidades amorfas.
- Dilatação do retículo endoplasmático, com
destacamento dos ribossomos; figuras de mielina
intracitoplasmáticas podem estar presentes. - Alterações nucleares, com desagregação dos
elementos granulares e fibrilares.
Necrose Celular
- As células necróticas são incapazes de manter a integridade da membrana e seus conteúdos sempre são liberados no meio externo,
um processo que provoca a inflamação no tecido circundante. - As enzimas que digerem a célula necrótica são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória.
Necrose Coagulativa
A necrose coagulativa: os tecidos afetados exibem uma consistência
firme. A lesão desnatura não apenas as proteínas estruturais, mas também as enzimas, bloqueando, assim, a proteólise das células mortas; como resultado, células anucleadas e eosinófilas persistem
por dias ou semanas.
As células necróticas são removidas por fagocitose dos restos celulares por leucócitos infiltrados e pela digestão das células mortas através da ação das enzimas lisossômicas dos leucócitos.
A isquemia causada por obstrução de um vaso provoca necrose de coagulação dos tecidos em todos os órgãos, exceto no cérebro.
Necrose Liquefativa
A necrose liquefativa: é caracterizada pela digestão das células
mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa
viscosa líquida.
É observada em infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, nas infecções fúngicas, porque os micróbios estimulam o acúmulo de leucócitos e a liberação de suas enzimas.
O material necrótico é amarelo-cremoso devido à presença de
leucócitos mortos e é chamado de pus. Por razões desconhecidas, a morte por hipoxia de células dentro do sistema nervoso central com
frequência se manifesta como necrose liquefativa
Necrose Gangrenosa
A necrose gangrenosa não é um padrão específico de morte celular,
mas o termo é usado comumente na prática clínica. Em geral é aplicado a um membro, geralmente a perna, que tenha perdido seu
suprimento sanguíneo e que tenha sofrido necrose (tipicamente necrose de coagulação), envolvendo seus diversos planos teciduais.
Quando uma infecção bacteriana se superpõe, ocorre ainda necrose liquefativa devido à ação de enzimas degradativas das bactérias e dos leucócitos atraídos (originando a chamada gangrena úmida).
Necrose Caseosa
A necrose caseosa é encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. O termo “caseoso” (semelhante a queijo) é derivado da aparência friável esbranquiçada da área de necrose.
Ao exame microscópico, a área necrótica exibe uma coleção de células rompidas ou fragmentadas e restos granulares amorfos delimitados por uma borda inflamatória distinta; essa aparência é característica de um foco de inflamação conhecido como granuloma.
Necrose Gordurosa
A necrose gordurosa: é um termo bem estabelecido no vocabulário médico, mas que, na verdade, não denota um padrão específico de necrose.
Esse tipo de necrose ocorre na pancreatite aguda. Nesse distúrbio, as enzimas pancreáticas escapam das células acinares e liquefazem as
membranas dos adipócitos do peritônio.
As enzimas liberadas quebram os triacilgliceróis contidos dentro dessas células. Os ácidos graxos liberados combinam-se com o cálcio, produzindo áreas calcárias brancas macroscopicamente visíveis
(saponificação da gordura), que permitem ao cirurgião e ao
patologista identificarem as lesões.
Necrose Fibrinoide
A necrose fibrinoide é uma forma especial de necrose geralmente observada nas reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos.
Esse padrão de necrose ocorre tipicamente quando complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias.
Os depósitos desses “imunocomplexos”, em combinação com a fibrina que extravasa, resulta em uma aparência amorfa róseo-brilhante, na coloração de H&E, conhecida pelos patologistas como “fibrinoide” (semelhante à fibrina)