Leishmaniose Flashcards
Qual o conceito de Zoonose?
OMS: “Doença ou fósfora transmissível entre animais vertebrados e seres humanos.”
Leishmaniose Cutânea
tipos:
- Forma cutânea localizada
- Forma cutânea disseminada(Cutâneo-mucosa)
- Forma cutânea difusa(Hansenoide)
- Forma mucosa
Leishmaniose Cutânea
Quadro clínico da forma cutânea localizada:
- Normalmente úlcera, com contorno circular, borda elevada, lembrando a forma de uma cratera
- A ulcera geralmente é indolor, pouco exsudativa e pouca tendenciosa ao sangramento espontâneo, com fundo granuloso de coloração vermelha ou amarela dependendo da disposição de fibrina e infecção bacteriana associada
Leishmaniose cutânea
Qual o agente etiologico da forma mucosa da doença?
L. brasiliensis
Leishmaniose Cutâneo-mucosa
Quadro clinico:
- Não se restringe apenas a pele, se disseminando pelo corpo gerando inúmeras lesões secundárias, originando a forma disseminada da doença, chegando a atingir a região das mucosas
- Ocorre em 2% dos infectados com a L. brasiliensis
Leishmaniose mucosa
Quadro clinico:
- dissemina por via hematogênica afetando principalmente a mucosa das vias aéreas superiores, acometendo as estruturas mais resfriadas peal passagem do ar inspirado
- com os dano a mucosa pode levar a destruição do septo causando desabamento da ponta do nariz (“nariz de anta”)
- pode demorar meses ou anos para se manifestar dependendo da espécie do agente e da imunidade do hospedeiro
- em casos mais longos de infecção pode acometer porções da orofaringe e laringe, gerando dificuldades na deglutição, dificuldade resporatória, rouquidão e até afonia
Leishmaniose cutâneo difusa
Quadro clinico:
- Lesões normalmente com limites imprecisos que se confundem com a pele normal, começando sob a forma de lesões localizadas de aspecto nodular ou placa infiltrada que aos poucos se dissemina pelo corpo
- O exame histopatológico revela a trofia da epiderme e a presença na derme de granulomas cheios de parasitas
- Esta varição normalmente se relaciona com a espécie L. mexicana e à um estado de imunodeficiencia do indivíduo
Leishmaniose cutânea
Formas de diagnóstico:(3)
- Teste de intradermorreação de montenegro;
- exame direto antes do inicio do tratamento com avaliação de esfregaços em lâmina;
- preparados de lâminas por meio de biópsias.
Leishmaniose Cutânea
Em que consiste o teste de intradermorreação de Montenegro?
- Consiste na inoculação intradérmica de 0,1mL de antígeno, preparado com promastigotas de cultura
- Serve para avaliar o grau de sensibilização do hospedeiro contra o parasita. Considera positivo a reação que m 2 a 3 dias originou uma enduração perceptível a palpação, com diâmetro igual ou superior a 5mm
Leishmaniose cutânea
Como avaliar o resultado do teste de intradermorreação de Montenegro?
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Calazar
Formas clínicas:(6)
- Forma assintomática
- Forma oligossintomática
- Forma aguda
- Forma Crônica( calazar clássico )
- Calazar associado ao HIV
- Manifestação cutânea pós calazar
Leishmaniose cutânea
Formas de tratamento:(3)
- Antimonias pentavalentes: Recomenda-se um projeto terapêutico de séries de 10 dias com intervalos iguais entre elas (2 a 4 em formas cutâneas localizadas e 3 a 5 séries em formas mucosas)
- Pentostan
- Glucatime
- Anfotericina B (segunda opção de tratamento)
- Pentamidina( formas mais leves da leishmaniose tegumentar):4 mg/Kg em dias alternados, 3 a 5 aplicações
Calazar
Quadro clinico da forma oligossintomática:
- febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia, sudorese e discreta
hepatomegalia; - apesras de ser uma das formas de maior frequêncai é pouco diagnosticada devido a inespecificidade dos sintomas;
- Parte dos pacientes (60 a 70%) dessa forma ocorre resuloção em 3 a 6 meses, o restante evolui para calazar clássico.
Calazar
Quadro clinico da forma aguda:
- pode ser facilmente confundida com outras síndromes febris agudas que cursam
com esplenomegalia (febre tifoide, malária, febre de Katayama da esquistossomose, doença de Chagas aguda, endocardite bacteriana
etc). - Manifesta-se frequentemente com febre alta, calafrios, diarreia (pode ser do tipo disenteria) e esplenomegalia até 5 cm do RCE.
- A tendência do hemograma é para a pancitopenia (Hg < 10 g/dl, leucometria entre 2.000- 4.000/mm3, plaquetometria < 200.000/mm3); não há eosinofilia.
Calazar
Quadro clinico do calazar clássico:
- Febre + perda ponderal.
- Hepatoesplenomegalia de grande monta.
- Pancitopenia.
- Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia.
Calazar
Achados laboratoriais do calazar clássico:
- (1) pancitopenia em grau variado, explicada pela ocupação medular e pelo hiperesplenismo – hemoglobina < 9 g/dl (anemia normocítica
normocrômica), leucometria < 3.000/mm3 e plaquetometria < 100.000/mm3; - (2) VHS elevado;
- (3) hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia policlonal – inversão da relação Alb/ Glb;
- (4) discreta elevação das aminotransferases e raramente das bilirrubinas.
Calazar
Qual a relção entre a leishmaniose visceral e HIV?
- A principal linha de defesa contra a leishmaniose visceral é a resposta celular Th1, que é mediada por linfócitos TCD4+, este que é reduzido em portadores de AIDS, o que potencializa os efeitos da doença e dificultam o tratamento. Assim, um individuo que era portador da leishmania assintomático, ao adquirir a imunodeficiência a doença pode se manifestar em uma forma de reativação do protozoário.
Calazar
Quais são as formas diagnósticas?
- Esfregaço de sangue periférico com corante do grupo Romanowski (sensibilidade<30% chegando a 50% em coinfecção por HIV);
- Aspirado de medula óssea (sensibilidade de 70%);
- Aspirado esplênico(padrão ouro) (sensibilidade de 90 a 95%). Os requisitos são: esplenomegalia > 3 cm, atividade de protrombina > 60% e plaquetometria > 40.000/mm3. Pode quantificar o grau de parasitismo.
- Cultura da leishmania;
- PCR( porém depende de algumas variáveis);
- ELISA, porém pode dar reações cruzadas com outras doenças como chagas, leishmaniose tegumentar, tuberculose…)
Calazar
Como se dá o tratamento?
- Antimoniais pentavalentes como primeira escolha=Glucantime, via intramuscular ou endovenosa a 20mg/Kg por um período de 20 a 30 dias, máximo de 40 dias.
- 2° escolha tem-se a Anfotericina B desoxicolato e lipossomal (esta é mais cara porém mais indicada para pacientes acima de 50 anos, gestante ou portador de doença renal)