Leishmanionse Visceral Flashcards

1
Q

O gênero do protozoário que causa a Leishmaniose visceral é…

A

Leishmania sp

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2
Q

Qual o principal vetor?

A

Flebotomíneos (mosquito palha), gênero Lutzomya longipalpis e cruzi, principalmente

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3
Q

Quais os reservatórios urbano e silvestre?

A

Urbano: cães
Silvestre: raposas e marsupiais

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4
Q

No ciclo de vida do protozoário, o mosquito injeta que forma na pele do ser humano?

A

Promastigoto

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5
Q

No ciclo de vida, o mosquito ingere macrófagos e células infectadas com que forma do protozoário?

A

Amastigota

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6
Q

Quais são as respostas imunes desenvolvidas na infecção?

A
  • humoral (primária) na infecção visceral
  • tecidual (secundária) adquirida com a cura clínica da doença
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7
Q

Sabemos que a maioria dos casos são assintomáticos. Quais são os grupos populacionais mais susceptíveis?

A

Idosos e crianças
Obs: a maioria dos casos é assintomático, tendo em vista que é possível desenvolver imunidade e não apresentar doença

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8
Q

Qual o período de incubação no homem?

A

Varia de 10 dias a 24 meses

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9
Q

No geral, a evolução do calazar é lenta e de caráter insidioso. Quais é o sintoma mais característico?

A

Esplenomegalia

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10
Q

Os sintomas iniciais são inespecíficos. Quais são eles?

A

Tosse seca, diarreia, febre recorrente, adinamia, prostração e emagrecimento

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11
Q

No período de estado, a sintomatologia é mais exuberante. Quais são os sintomas do período final da doença?

A

Dispneia aos mínimos esforços, sopro sistólico pamfocal e ICC

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12
Q

Cite complicações possíveis”

A

Infecções, sangramento agudo, caquexia e ICC

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13
Q

Quais as manifestações clínicas mais comuns?

A
  • febre de longa duração
  • perda de peso
  • astenia
  • adinamia
  • anemia
  • hepatoesplenomegalia (esplenomegalia é mais comum = geralmente causa PANCITOPENIA pelo sequestro esplênico)
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14
Q

O que é mais comum nas alterações laboratoriais do calazar?

A

Inversão albumina - globulina (queda de albumina e elevação de globulina)

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15
Q

Quais são alterações laboratoriais comuns no calazar?

A
  • anemia normocítica, hipocrômica
  • neutropenia (ausência de eosinófilos - importante!)
  • plaquetas < 150.000 (lembrar que a plaquetopenia aqui não é pela produção mas sim pelo sequestro esplênico)
  • VHS aumentado (> 100 mm)
  • TGO e TGP moderadamente elevados (fígado não é tão comprometido)
  • AT PT 60 a 80%
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16
Q

Como se realiza o diagnóstico do calazar?

A
  • exame parasitológico direto por identificação de formas amastigotas (material biológico: MO, linfonodo ou baço)
  • isolamento em meio de cultura (in vivo)
  • isolamento em animais susceptíveis (in vivo)
  • teste rápido (positivo enquanto tiver sintomas, é usado apenas em regiões endêmicas)
17
Q

É possível instituir tratamento quando o teste sorológico é + mesmo na ausência de sintomas?

A

Não. O teste sorológico é feito para realizar inquérito, nunca para determinar tratamento, já que títulos variáveis dos exames sorológicos podem persistir positivos por longos períodos mesmo após tratamento. Existem os de imunofluorescência indireta, testes rápidos imunocromatográficos e ELISA

18
Q

Quais os principais DD?

A

Todos que possam gerar esplenomegalia:
- esquistossomose
- malária
- febre tifóide
- doença de chagas aguda
- tuberculose miliar
- toxo
- mononucleose
- leucemia
- salmonelas de curso prolongado

19
Q

Qual o tratamento?

A
  • antimoniato N-metil glucamina (glucantineO): é a primeira escolha pelo preço. No entanto, exige tratamento IV por 30 dias (facilita abandono). É obrigatório fazer ECG nos > 50 anos pré, durante e pós o uso. Antes de iniciar o tratamento, é importante estabilizar as condições clínicas do doente e em internados normalmente temos anemia, hemorragia (principalmente extremos da idade)
  • anfotericina B convencional: para gestantes e formas graves. 14 a 20 dias EV, possui muitos efeitos colaterais
  • anfotericina B lipossomal: 7 dias IV (porém muito caro)
  • miltefosina: proposta nova de medicação oral, por 30 dias
20
Q

Os critérios de cura são clínicos ou laboratoriais? Quais são eles?

A

Clínicos, essencialmente.
- ganho de peso, melhora do estado geral
- desaparecimento da febre
- redução da hepatoesplenomegalia (demora cerca de 1 mês)
- melhora dos parâmetros hematológicos
- normalização das proteínas séricas (com normalização da inversão albumina globulina)

21
Q

Como se faz profilaxia?

A
  • detectar e tratar os casos ativos
  • educar a população
  • detectar e eliminar reservatórios infectados
  • inquéritos sorológicos caninos
  • controle de vetores
22
Q

Como fazer vigilância da LV?

A
  • começar a preencher a ficha de INVESTIGAÇÃO quando quadro SUSPEITO
  • suspeitar, em áreas endêmicas, quando febre + esplenomegalia
  • lembrar da pancitopenia (anemia, facilidade de quadros infecciosos, fenômenos hemorrágicos)
  • coinfecção com HIV