IVAS Flashcards
Cite fatores importantes para evitar complicações das IVAS
vacinação e o acompanhamento médico
Quais são as principais IVAS?
Rinofaringite aguda
Faringoamigdalite
Rinossinusites
Otite média aguda
Diferencie gripe de resfriado
Gripe: principal agente - vírus influenza (tipos A ou B endêmicos e tipo C mais esporádico). O início dos sintomas é súbito: febre alta, mialgia, fadiga, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca, o que pode durar até duas semanas, podendo atingir vias aéreas inferiores. Complicações: pneumonia, taquipneia, retrações torácicas e gemência.
Resfriado comum: vários agentes virais diferentes. Os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo do que a gripe, sendo, em média, quatro dias. Os sintomas incluem tosse seca, congestão nasal, coriza, dor no corpo, febre baixa e dor de garganta leve.
Como é a transmissão e o diagnostico de rinofaringite aguda?
•Transmissão: gotículas eliminadas por meio da tosse e espirros ou pelo contato das mãos contaminadas nas vias aéreas sadias. O período de incubação é de 2 a 5 dias.
•Diagnóstico: eminentemente clínico, sem necessidade de exames complementares, entretanto o médico deverá excluir infecção bacteriana associada, evitando o uso desnecessário de antibioticoterapia.
Qual o tratamento de rinofaringite aguda?
medidas gerais como repouso, intensificação da ingesta líquida, uso de sintomáticos (antitérmicos e analgésico) e lavagem nasal persistente com soro fisiológico 0,9%
Vitamina C, expectorantes, mucolíticos e antitussígenos são opções para o tratamento de rinofaringite aguda. V ou F? Justifique
Falso.
Esses fármacos não apresentam evidencias cientificas que funcionem de forma adequada. Vitamina C NÃO cura e NÃO previne resfriados.
O uso de descongestionares nasais é recomendado na rinofaringite aguda?
Não. Devido ao risco de seus efeitos colaterais como bradicardia, hipotensão e coma, e a possibilidade de congestão nasal de rebote ( vasoconstrição motora).
Qual o quadro clinico da faringoamigdalite viral?
Rinorreia hialina, tosse e rouquidão, associado à hiperemia de orofaringe com ou sem exsudato. Outros sintomas virais associados: conjuntivite, vômitos e diarreia.
Especifique o quadro clinico da faringoamigdalite causada pelo virus coxsakie.
são os causadores da estomatite herpética (herpangina) que se caracteriza por febre alta, vômitos, formação de vesículas e úlceras no palato mole, na úvula e nos pilares anteriores provocando disfagia e sialorreia.
Especifique o quadro clinico da faringoamigdalite causada por adenovírus.
causa faringoamigdalite prolongada com exsudato amigdaliano associado à conjuntivite conhecido como febre faringoconjuntival. A conjuntivite pode durar de 10 a 14 dias , mas tem resolução espontânea e boa evolução.
Especifique o quadro clinico da faringoamigdalite causado pelo vírus Epstein-Barr .
causador da mononucleose infecciosa, ocorrendo com frequência em adolescentes. Observa-se queda do estado geral, exantema, dor de garganta, estomatite, adenomegalia cervical e hepatoesplenomegalia.
Quais são as principais complicações da faringoamigdalite aguda estreptocócica (FAE)?
supurativas: abscesso peritonsilar, mastoidite, linfadenite supurativa cervical, otite média e sinusite.
não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica.
Qual o quadro clinico presuntivo de faringoamigdalite aguda estreptocócica?
A história aguda acompanhada de exame físico com congestão faríngea, aumento das tonsilas (com ou sem exsudato), linfonodomegalia cervical dolorosa, petéquias em palato e ausência de sintomas virais com o coriza e conjuntivite sugerem o diagnóstico presuntivo de FAE.
Como diagnosticar e como tratar a faringoamigdalite aguda estreptocócica?
•Diagnóstico etiológico: a cultura de orofaringe é o teste padrão-ouro. O teste de detecção rápida do antígeno apresenta especificidade de 90% e sensibilidade entre 60 e 90%.
•Tratamento: é autolimitado; a antibioticoterapia precoce diminui o tempo de doença, reduz morbidade e previne as complicações supurativas, mas principalmente as não supurativas.
Qual a definição de rinossinusite aguda? Quais seios sao mais atingidos?
Consiste na inflamação da mucosa de revestimento dos seios paranasais em até 3 semanas. Os seios frequentemente comprometidos são o maxilar e etmoidal.
Como classificar a rinossinusite?
- Aguda < 30 DIAS
- Subaguda entre 30 e 90 dias
- Recorrente – três episódios com duração < 30 dias em 6 meses ou quatro em 12 meses, com intervalo assintomático mínimo de 10 dias com remissão completa.
- Crônica : tosse, rinorreia e obstrução nasal que duração > 90 dias.
Qual o tratamento da rinossinusite?
RINOSSINUSITE AGUDA
TRATAMENTO
•Sintomáticos
-Lavagem nasal frequente com solução salina
-Aumento da ingesta hídrica
-Analgésicos e antitérmicos se necessários
-Descongestionantes nasais e anti-histamínicos não são recomendados
-Corticoides nasais : diminuem a inflamação e edema e podem ser usados com eficácia e segurança
•Antibióticos
- Diminuem a morbidade dos casos prolongados e auxiliam na prevenção de complicação
-Amoxicilina e suas associações com clavulanato e subactram
- Cefuroxima para alérgicos e com resistência às penicilinas
Como a otite media aguda normalmente se instala?
É desencadeada por IVAS que provoca edema do conduto auditivo, levando ao acúmulo de fluido e muco, os quais se tornam secundariamente infectados por bactérias.
Como funciona o tratamento das otites medias aguda?
-Estratégia wait and see: reavaliação em 48 hs após o atendimento médico para tomada de decisão sobre antibioticoterapia
-Situações em que a observação por 48hs não se aplica: menores de 6 meses, falhas em tratamento de OMA, recidivas de OMA ( < 30 dias), imunodeficiências.
-Crianças de 6 meses a 2 anos sem sinais de doença grave (febre alta, toxemia, otalgia intensa) com possibilidade de reavaliação em 48-72hs não deverão iniciar antibioticoterapia
-Criança acima de 2 anos com sinais de doença grave deve iniciar com ATB
-OMA bilateral deve iniciar com ATB
Quais são as estruturas que devem ser vistas na otoscopia?
-Membrana timpânico (aspecto perolado e acinzentado, triângulo luminoso).
-Cabo do martelo.
Descreva um exame da orelha normal de forma completa
Pavilhão auricular e orelha externa:
Seem ondulações e deformidades, aparência e cor de pele adequados. Sem edemas, cicatrizes. Tamanho e proporção adequados e condizentes com a idade. Sem dor à palpação.
Orelha interna e membrana timpânica:
Sem ondulações, deformidades, abaulamentos, edemas e cicatrizes. Membrana de cor perolácea, acinzentada, semi-transparente e íntegra. Cone luminoso presente, cabo do martelo visível. Sem presença de hiperemia e secreções.
Características iguais em ambos os lados.