IRA SEM taquipneia e SEM estridor Flashcards
Defina o Resfriado Comum (ou Rinossinusite) e descreva o agente etiológico, via de transmissão da doença.
Quadro benigno e autolimitado causado pela infecção viral e inflamação do nariz, com duração 1-2 semanas.
Rinovírus e outros (coronavírus, vírus sincicial respiratório, metapneumovírus).
VIA CONTATO DIRETO (nariz A > mão A > mão B > nariz B).
Como é o quadro clínico e como é feito o diagnóstico da rinossinusite?
Dx clínico.
QC: coriza e obstrução nasal (sempre presentes), tosse, odinofagia, febre. Ausência de taquipneia e estridor.
Descreva o tratamento da rinossinusite.
1) hidratação (fluidificar a secreção).
2) antipiréticos (evitar AAS - sd Reye).
3) anti-histamínicos de 1ª geração.
4) evitar guaifenesina, vitamina C, extrato de Echinacea, antitussígenos, mucolíticos e descongestionantes; MEL possui benefícios.
Descreva como se prevenir da rinossinusite e as possíveis complicações.
Lavagem das mãos.
Otite média aguda (OMA) em 5-30% dos casos.
Sinisite Bacteriana Aguda (SBA) em 5-13% das crianças.
Defina a Otite Média Aguda (OMA) e descreva o agente etiológico e a via de transmissão da doença.
Inflamação da orelha média causada por infecção supurativa de início súbito.
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus Influenzae NÃO TIPÁVEL e Moraxella Catarrhalis.
Cite 5 fatores de risco e 2 fatores de proteção em relação a OMA.
FR: Idade (quanto menor, mais risco devido a tuba auditiva menor), Meninos, Índios, Pobreza e Anomalias (fenda palatina, sd Down).
FP: aleitamento materno e vacinação antipneumocócica e anti-influenza.
Qual o quadro clínico da Otite Média Aguda?
Rinossinusite (coriza + obstrução nasal)»_space;> febre, otalgia, hipoacusia, otorreia (se ruptura timpânica).
RN: irritabilidade, choro intenso, mudança de hábitos alimentares, vômitos
Como é feito o diagnóstico da OMA?
Diagnóstico clínico feito a partir da otoscopia com: Membrana timpânica hiperemiada, ABAULADA (mais importante do DX!), opaca, sem mobilidade à insuflação pneumática…
Quais exames podem auxiliar o diagnóstico de OMA?
Timpanocentese com cultura,
Timpanometria,
Impedanciometria acústica.
Qual o tratamento da OMA? Descreva os critérios para utilizar antibióticos e as drogas.
1) Analgesia (Dipirona, Ibuprofeno, Paracetamol).
2) ATB se otorreia, < 6 meses, doença grave (otalgia grave, febre > 39ºC, otalgia > 48h), 6 meses a 2 anos + OMA bilateral.
Amoxicilina (1ª escolha) 50mg/kg/dia, 10 dias
Amoxicilina + Clavulanato se recorrência ou uso de Amoxi há menos de 30 dias.
Ceftriaxone se persistência do quadro.
3) Miringotomia (incisão na membrana timpânica para alívio - não é comum)
Correlacione cada agente causador da OMA com seu possível mecanismo de defesa ao antibiótico de escolha para tal doença.
S. Pneumoniae = Alteração na afinidade da ligação à penicilina (PBP).
Haemophilus Influenzae = Betalactamase.
Moraxella Catarrhalis = Betalactamase.
Quais as complicações da OMA?
- Perfuração timpânica (geralmente cicatriza espontaneamente).
- Dermatite (conduto externo auditivo).
- Mastoidite Aguda.
- Meningite.
- OMAR (OMA recorrente, 4x/ano ou 3x/6meses).
Defina Sinusite Bacteriana Aguda (SBA), cite os agentes etiológicos.
Infecção e inflamação da mucosa de um ou mais seios para nasais provocadas por vírus ou bactérias.
AE: S. Pneumoniae, M. Catarrhalis, H. Influenzae.
Qual é o quadro clínico da SBA e como é feito o diagnóstico?
Dx: clínico pela anamnese, quadro arrastado (rinossinusite se resolve em 10 dias), ou quadro grave/que piora.
QC: congestão nasal purulenta, rinorreia, tosse, febre alta > 39ºC (QC grave), cefaleia (não acomete < 7 anos - não tem seio frontal!).
Quais são e quando utilizar os exames de imagem na SBA?
1) Jamais em < 6 anos; o dx não necesista de exames.
2) Indicados em suspeita de complicação orbitaria ou intracraniana.
TC/Rx seios da face: espessamento mucoso (>4mm), velamento do seio, nível hidroaéreo.
Qual tratamento da SBA?
1) soro nasal.
2) Amoxicilina (escolha!); associar clavulanato se uso prévio < 30 dias de amoxi.
Quais as complicações e diagnósticos diferenciais da SBA?
Dx Dif: Rinite alérgica (prurido, espirros), corpo estranho nasal (sintomas unilaterais), rinite sifilítica (secreção serossanguinolenta na sífilis congênita).
Complicações: Celulite periorbitária, meningite, abscesso, trombose do seio cavernoso.
Defina a Faringotonsilite Bacteriana. Cite os agentes etiológicos.
Infecção nas vias aéreas superiores, cujo a principal manifestação é dor de garganta.
AE: Streptococcus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A).
Qual o quadro clínico da Faringotonsilite e qual seu tratamento?
QC: dor na garganta em pessoas de 5-15 anos, início abrupto, febre alta 39-40°C.
Tosse e rouquidão sugerem causa viral!
Na otoscópio: eritema + petéquias no palato (não-exsudativa) ou exsudato nas criptas amigdalianas.
TTO: Penicilina G benzatina 1.200.000UI se > 27kg, se menor, fazer 600.000 UI, dose única, IM. Ou, Amoxicilina por 10 dias.
Eritromicina se alergia.
Diferencie faringite Bacteriana de faringite viral.
Bacteriana: 5-15 anos, febre alta, início abrupto, cefaleia, faringite grave, dor abdominal, vômitos, ausência de tosse!
Viral: qualquer idade, febre leve, dor leve, mialgia, diarreia, ausência de exsudato, adenomegalia, conjuntivite, rouquidão.
Cite as complicações da faringotonsilite bacteriana
Abscesso periamigdaliano (Disfagia, febre, assimetria do palato e úvula - drenagem cirúrgica + atb).
Abscesso retrofaríngeo (disfagia, febre, rigidez cervical - TC/Rx - risco de vida por obstrução de vias aéreas - internação + atb EV + drenagem cirúrgica se falha).
Cite diagnósticos diferenciais da faringite estreptocócica e a clínica que diferencia os quadros.
- Mononucleose (linfadenopatia, esplenomegalia, linfocitose).
- Herpangina (vesículas e lesões ulceradas)
- Difteria (intensa disfagia).
- Angina de Vincent (halitose, lesões ulceradas na cavidade oral).
- PFAPA (periodic Febre, Aftous estomatite, Faringite e Adenite) - só melhoram com ctc (não é infeccioso).
- Adenovirose (quadro faringo-conjuntival).