Investigação Criminal - Inquérito Policial - Ação Penal Flashcards

2
Q

De qual país o Brasil importou o seu modelo de Código de Processo Penal?

A

Itália fascista, extremamente autoritária e sob o regime de ditadura

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3
Q

Qual a principal mudança ocorrida no processo penal brasileiro com a promulgação da CF/88?

A

A CF/88 exigiu que o processo não fosse mais conduzido como um veículo de aplicação da lei penal, mas como um instrumento de garantia do indivíduo em face do Estado.

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4
Q

Sistema principiológico de processo penal no qual a acusação e o julgamento da ação penal são realizadas por órgãos distintos.

A

Sistema acusatório.

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5
Q

Sistema principiológico que prevalece no processo penal brasileiro.

A

Sistema acusatório, apesar de conter múltiplas características inquisitoriais, as quais vem sendo reformadas constantemente pelos Tribunais Superiores (principalmente o STF).

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6
Q

A que se restringe a atuação do Poder Judiciário no inquérito policial?

A

À tutela das liberdades públicas, dos direitos e garantias fundamentais.

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7
Q

A que se presta o garantismo penal?

A

O garantismo penal procura estabelecer limites mais ou menos objetivos para a contenção da nascente e crescente liberdade judiciária atentatória aos direitos e garantias fundamentais.

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8
Q

Qual a implicação do princípio da presunção da inocência para o ônus da prova?

A

O ônus da prova incumbe a acusação.

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9
Q

O que justifica o princípio da ampla defesa em favor do réu?

A

O Estado é sempre mais forte, agindo por órgãos constituídos e preparados, valendo-se de informações e dados de todas as fontes, o que permite ao réu ter um tratamento diferenciado e justo, o que justifica a ampla possibilidade de defesa em compensação devida pela força estatal.

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10
Q

Qual é a diferença entre a ampla defesa e a plenitude de defesa?

A

A ampla defesa é mandamento geral, aplicável ao processo penal inteiro. A plenitude de defesa se aplica especificamente ao Tribunal do Júri,onde as decisões são tomadas pela íntimaconvicção dos jurados, sem qualquer fundamentação, onde prevalece aoralidade dos atos e a concentração da produção de provas, torna-seindispensável que a defesa atue de modo completo e perfeito (com mais liberdade que a mera ampla defesa).

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11
Q

Quais as exceções constitucionais para a incidência do princípio da publicidade no processo penal brasileiro?

A

Quando houver interesse social ou a intimidade das partes exigir.

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12
Q

Qual a diferença entre prova ilícita e prova ilegítima?

A

As provas ilícitas são aquelas obtidas com infringência ao direito material, as provas ilegítimas são as obtidas com desrespeito ao direito processual.

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13
Q

Em qual hipótese uma prova ilícita é admitida no direito processual penal brasileiro (teoria da proporcionalidade)?

A

Paraevitar erro judiciário, absolvendo-se o réu (sempre pro reo).

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14
Q

Quais os princípios vigentes no Tribunal do Júri especificamente?

A

SIGILO DAS VOTAÇÕES, SOBERANIA DOSVEREDCITOS, COMPETÊNCIA MÍNIMA PARA O JULGAMENTO DOS CRIMESDOLOSOS CONTRA A VIDA

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15
Q

Princípio do processo penal que constitui o horizonte a ser perseguido pelo Estado Democrático deDireito, fazendo valer os direitos e garantias fundamentais.

A

Devido processo legal.

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16
Q

Quais os intrumentos processuais que estão à disposição do réu para fazer valer o princípio do juiz imparcial?

A

Exceção de impedimento e suspeição.

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17
Q

Princípio vigente no processo penal brasileiro incidente no órgão-acusador quando a ação penal é pública incondicionada.

A

Princípio da obrigatoriedade. Seu oposto é o da oportunidade ou conveniência.

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18
Q

Diferencie os seguintes princípios: concentração, imediatidade e identidade física do juiz.

A

Concentração: toda colheita da prova e o julgamento devem dar-se emuma única audiência ou no menor número delas. Imediatidade: o magistrado deve ter contato direto com a provaproduzida, formando mais facilmente sua convicção. Identidade física do juiz: o magistrado que instruir o processo é o quedeve julgar.

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19
Q

No que implica a incidência do princípio da colegialidade?

A

A parte tem o direito de, recorrendo a uma instância superior, obter umjulgamento proferido por órgão colegiado.

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20
Q

O Brasil se submete de que forma ao Tribunal Penal Internacional?

A

De forma subsidiária, quando houver crimes de genocídio, contra a humanidade, de guerra e agressão.

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21
Q

Quanto a aplicação das leis penais no espaço, qual é o princípio dominante no processo penal?

A

O princípio da territorialidade. A extraterritorialidade é matéria de direito penal material.

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22
Q

Quando uma nova lei penal processual entrar em vigor, como ela incidirá nos processos pendentes?

A

Novas leis se aplicam de imediato, desde a sua vigência, respeitando, porém, a validade dos atos jápraticados.

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23
Q

Qual é a natureza da investigação criminal?

A

Possui natureza administrativa, anterior à jurisdição penal.

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24
Q

A que se presta a investigação criminal?

A

É procedimento tendente ao cabal e completo esclarecimento do casopenal, destinado, pois, à formação do convencimento (opinio delicti) doresponsável pela acusação. Apuração das infrações penais e de sua autoria.

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25
Q

O inquérito policial é indispensável para a propositura da ação penal?

A

O inquérito não é absolutamente indispensável àpropositura de ação penal, podendo a acusação formar seu convencimento apartir de quaisquer outros elementos probatórios.

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26
Q

De acordo com a prática penal vigente, é necessário o exercício do contraditório e da ampla defesa no inquérito policial?

A

Apesar da doutrina estar se reposicionando, não, não é necessário, haja vista que é uma fase extremamente inquisitorial, anterior ao processo penal propriamente dito, o qual posteriormente garantirá tais direitos constitucionais. Mas o inquérito policial é instrumento apenas da acusação.

27
Q

O que é o inquérito policial?

A

É o instrumento da fase pré-processual de investigação no qual se intenta apurar a infração penal e sua autoria.

28
Q

Pode o juiz determinar a instauração de inquérito policial?

A

O CPP policialesco diz que sim; no entanto, tal regra ofende o sistema acusatório, devendo ser inquinada de inconstitucional. O mais correto seria o juiz encaminhar a notitia criminis para o MP.

29
Q

Quando a autoridade policial depende de manifestação de terceiro para instaurar o inquérito policial?

A

Quando a ação penal for pública condicionada ou privada.

30
Q

O que deve a autoridade policial fazer quando notar que a notitia criminis não tiver contornos delituosos em casos de ação privada?

A

Deve se negar a instauração. Ao interessado caberá recurso ao órgão administrativo policial competente. Mas é melhor ir ao MP.

31
Q

Existe um prazo fixo para a conclusão do inquérito policial?

A

Não, varia conforme a lei e as circunstâncias pessoais do investigado. Em regra: 30 dias para réu solto e 10 dias para réu preso. Lei 11.340/06: 90 dias para réu solto e 30 dias para réu preso, ambos podendo ser duplicados. Etc’s.

32
Q

Quais os objetivos do inquérito policial?

A

Formação da convicção do representante do Ministério Público, colheita das provas urgentes e composição das indispensáveis provas pré-constituídas, que podem embasar a vítima num intento de ação penal privada.

33
Q

São exemplos de investigações (que podem eventualmente apurar crimes e sua autoria) que não necessitam do inquérito policial:

A

CPI’s, investigação realizada por Tribunais quando o suspeito for magistrado, as conduzidas por autoridades florestais, sindicâncias, processos administrativos, inquérito civil, etc.

34
Q

Por que é importante a classificação da infração penal pela autoridade policial, apesar de não vincular o MP?

A

É importante para o status libertatis do acusado (fiança, etc).

35
Q

Quais os cinco modos de se iniciar um inquérito policial?

A
  • De ofício, pela autoridade policial;
  • Por provocação do ofendido;
  • Por delação de terceiro;
  • Por requisição da autoridade competente;
  • Pela lavratura de auto de prisão em flagrante-delito;
36
Q

O que deve fazer a autoridade policial quando se deparar com investigado com prerrogativa de foro?

A

Deve remeter o inquérito policial ao juízo competente.

37
Q

O indiciamento é ato discricionário da autoridade policial?

A

Não, deve se basear em provas suficientes para isso, caso contrário configura constrangimento ilegal passível de correção pela via de HC (trancamento da ação penal).

38
Q

É obrigatória a presença de advogado no interrogatório do réu na fase de inquérito policial?

A

Não, haja vista que é direito atinente a ampla defesa, não incidente na fase de inquérito policial.

39
Q

O que é o termo circunstanciado e qual a sua relação com o inquérito policial?

A

O TC é um substituto do IP, realizado pela polícia, nos casos de infração de menor potencial ofensivo (JEC), com pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa.

40
Q

No que consiste o arquivamento indireto de inquérito policial?

A

Quando o MP, ao invés de requerer o arquivamento ou o retorno dosautos à polícia para novas diligências, não oferecendo denúncia, manifesta-seno sentido da incompetência do juízo perante o qual oficia, recusando, por isso,atribuição para apreciação do fato investigado.

41
Q

Quando um inquérito policial arquivado poderá ser desarquivado?

A

Quando houver novas provas do fato delituoso.

42
Q

Qual é o conceito de ação penal?

A

É o direito do Estado-acusação ou do ofendido de ingressar em juízo,solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normasde direito penal ao caso concreto. Instrumento para a realização da pretensão punitiva.

43
Q

Quando se inicia a ação penal?

A

Dá-se pelo oferecimento da denúncia ou da queixa, independentementedo recebimento feito pelo juiz.

44
Q

Quais são as condições genéricas da ação penal?

A

Possibilidade jurídica do pedido, interesse deagir e legitimidade da parte (outros doutrinadores elencam ainda a justa causa).

45
Q

No que consiste a possibilidade jurídica do pedido?

A

Significa que o Estado tem possibilidade, em tese, de obter acondenação do réu, motivo pelo qual é indispensável que a imputação digarespeito a um fato considerado criminoso (típico, antijurídico e culpável).

46
Q

No que consiste o interesse de agir?

A

Detecta-se o interesse de agir do órgão acusatório quando houvernecessidade, adequação e utilidade para a ação penal.

47
Q

A legitimidade da parte acusadora necessita ser:

A

Ad causam (promotor ou ofendido?) e ad processum (promotor natural).

48
Q

No que consiste a justa causa para a ação penal?

A

É um compilado de todas as condições da ação penal.

49
Q

Qual o conceito de denúncia e queixa-crime?

A

Denúncia é a petição inicial, contendo a acusação formulada peloMinistério Público, contra o agente do fato criminoso, nas ações penaispúblicas; queixa-crime é a oferecida pelo ofendido (seu advogado), nas açõespenais privadas.

50
Q

Quais são os elementos obrigatórios da denúncia?

A
  • Exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias;
  • Qualificação do acusado;
  • Classificação do crime;
  • Rol de testemunhas;
51
Q

A denúncia e a queixa-crime devem ser concisas?

A

A denúncia ou queixa deve primarpela concisão, limitando-se a apontar os fatos cometidos pelo autor, sem juízode valoração ou apontamentos doutrinários e jurisprudenciais.

52
Q

Qual o prazo para o oferecimento de denúncia?

A

5 dias: réu preso. 1 5 dias: réu solto. Debate-se que se trata de prazo impróprio (não há sanção em caso dedescumprimento). Quando solto, não há problema. Quando preso, no entanto,pode ensejar constrangimento ilegal apto a motivar soltura.

53
Q

Qual o conceito de ação civil ex delicto?

A

Trata-se da ação ajuizada pelo ofendido, na esfera cível, para obterindenização pelo dano causado pelo crime.

54
Q

O juízo criminal é competente para fixar valor mínimo para a reparação do dano ocasionado pelo delito?

A

O juízo criminal pode determinar o quantum deindenização que deve ser paga a título de reparação dos danos causados pela infração. Por se tratar de um valor mínimo, passível portanto de complementaçãopelo juízo cível, permite-se que o interessado ingresse na esfera cível paraapurar o prejuízo efetivamente sofrido.

55
Q

A sentença penal condenatória, quando transitada em julgado, vale como título executivo no juízo cível. É possível a rediscussão neste juízo acerca da ocorrência do crime?

A

Não mais se discutirá se esta é devida (an debeatur), mas tão somente oquanto é devido pelo réu (quantum debeatur). Merece debate somente o valorda indenização, o que é justo, pois o retorno ao debate a respeito da ocorrênciado crime somente iria causar o desprestígio da Justiça.

56
Q

A sentença concessiva do perdão judicial forma título executivo no cível?

A

Não. SÚMULA 18/STJ: A sentença concessiva do perdão judicial édeclaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeitocondenatório.

57
Q

A revisão criminal julgada procedente tem o condão de afastar a validade do título executivo judicial anteriormente formado?

A

Sim.

58
Q

A ação cível se suspende com a discussão do fato no juízo criminal?

A

Sim.

59
Q

A sentença penal condenatória forma título executivo no cível contra terceiro?

A

É o posicionamento da jurisprudência: o título executivo judicial formadocom a sentença condenatória confere legitimidade passiva apenas para oofensor, e não contra o responsável civil (para este, é necessário uma novaação de conhecimento).

60
Q

Toda excludente de ilicitude penal é apta a gerar coisa julgada no cível?

A

Deve-se analisar com afinco qual a excludente de ilicitude reconhecidana sentença absolutória. Em alguns casos, mesmo sendo a sentençaabsolutória, permite-se a formação de título executivo judicial (estado de necessidade agressivo, por exemplo).

61
Q

Quais as duas hipóteses em que a sentença absolutória não permite, de maneria alguma, a rediscussão da matéria no cível?

A

Quando estiver provada a inexistência do fato ou quando estiver provado que o réu não concorreu para a ação penal.

62
Q

O MP é competente para executar sentença penal condenatória no cível para fins de reparação civil do dano causado pelo delito quando a vítima for pobre?

A

Jurisprudência do STF: somente aonde não houver sido instalada a Defensoria Pública.