Intro Flashcards

1
Q

Relações simbióticas - “Vivendo juntos”

A

Simbiose - do Grego: sim -com e biose - vivendo
● Definição mais estrita – relação em que organismos vivem em associação.
● Definição mais ampla - Dois organismos vivendo em associação próxima, geralmente
um deles vivendo dentro ou sobre o corpo do outro, são simbióticos, em contraste
com os organismos de vida livre

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2
Q

Comensalismo

A

● “Comendo na mesma mesa”
● Uma espécie (comensal) se beneficia nutricionalmente, enquanto a outra não sofre
qualquer alteração (benefício unidirecional).
● Pode ser facultativo.
● Ex. rêmoras + peixes grandes e tartarugas marinhas; Entamoeba gingivalis

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3
Q

Mutualismo

A

● Associação permanente mutuamente benéfica e de dependência estrita.
● Geralmente representa uma relação obrigatória.
● Ex.: líquens (algas e fungos), microbiota ruminal e os bovinos, cupins e flora
microbiana, tartarugas e peixes limpadores

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4
Q

Protocooperação (mutualismo facultativo)

A

● Ambas as espécies se beneficiam da associação, embora possam viver
independentemente dela.
● Ex. garça carrapateira e bovino, antílope e aves

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5
Q

Foresia – “Viajando juntos”

A

● Relação temporária na qual um organismo transporta ou abriga um outro, geralmente
sem dependência fisiológica ou metabólica.
● Relacionado à habitação e transporte
● Ex. Dermatobia deposita seus ovos em outros dípteros (moscas, mosquitos), os ovos
eclodem quando próximos ao hospedeiro vertebrado.

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6
Q

Parasitismo

A

● Uma espécie se beneficia da relação enquanto a outra sofre danos.
● Parasita - Organismo que, com a finalidade de alimentar-se, reproduzir-se ou
completar o seu ciclo vital, se beneficia de um outro organismo, animal ou vegetal, de
modo permanente ou temporário, produzindo efeitos deletérios nesse hospedeiro.
○ protozoários, artrópodes (insetos, ácaros, carrapatos), helmintos
(trematóides, cestóides e nematóides)
● Parasitose - condição na qual o parasita é patogênico e causa danos ao hospedeiro
● Parasitíase – condição na qual o parasita é potencialmente patogênico, mas não
causa danos aparentes ao hospedeiro (estado de portador).

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7
Q

Conceitos epidemiológicos de transmissão entre espécies

A
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8
Q

Período pré-patente

A

tempo que decorre a partir da penetração/ingestão do estágio
infectante do parasita no hospedeiro até o aparecimento de ovos, larvas ou oocistos
(formas jovens iniciais) da geração seguinte.

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9
Q

Período de incubação

A

tempo que transcorre desde o contágio até a aparição dos
primeiros sintomas da doença.

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10
Q

Incidência

A

frequência da doença num determinado período de tempo (casos
novos). É calculada a partir do número de casos novos em relação à população não
infectada

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11
Q

Prevalência

A

número total de casos na população em dado instante. A prevalência
reflete um retrato instantâneo da população.

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12
Q

Fonte de infecção (FI)

A

Organismo vertebrado onde o agente pode sobreviver e
multiplicar-se, tendo acesso ao meio exterior. Modalidades de fontes de infecção:
doentes, portadores, reservatórios

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13
Q

Porta de entrada (PE)

A

Via pela qual o parasita penetra no novo hospedeiro (pele,
mucosas, via oral, trato gênito-urinário). A entrada pode ser passiva ou ativa

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14
Q

Via de eliminação (VE)

A

É o meio ou veículo pelo qual o parasita é eliminado da
fonte de infecção (secreções, excreções, sangue, exsudatos/descargas purulentas,
descamações epiteliais, leite, placenta). A saída pode ser passiva ou ativa

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15
Q

Via de transmissão (VT)

A

É o meio ou veículo pelo qual o parasita alcança o novo
hospedeiro (água, ar, poeiras, solo, fômites, alimentos, hospedeiros intermediários,
vetores).

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16
Q

Suscetível (S)

A

Hospedeiro passível de sofrer a infestação (ou infecção)

17
Q

Classificação dos parasitas de acordo com o local do parasitismo

A

● Endoparasitas - permanecem no interior do organismo hospedeiro. Ex.: helmintos
(vermes)
● Ectoparasitas - permanecem na superfície corpórea do hospedeiro, na pele, pêlos e
cavidades naturais. Ex.: piolhos, pulgas, carrapatos

18
Q

Classificação Segundo o tempo de duração do parasitismo

A

● Periódicos ou provisórios - somente são parasitos em uma fase do
desenvolvimento, na qual espoliam continuamente o hospedeiro. Ex.: pulgas,
Dermatobia (mosca do berne).
● Permanentes - passam a vida, em todos os seus estágios, espoliando o hospedeiro.
Ex.: ácaros do gênero Demodex, piolhos
● Temporários ou intermitentes - realizam somente parte de seu desenvolvimento no
hospedeiro ou se utilizam dele periodicamente para alimentação ou abrigo. Ex.:
insetos hematófagos. São também chamados micropredadores.

19
Q

Classificação quanto ao requerimento de uma vida parasitária

A

● Obrigatórios – parasitos cujo ciclo de vida sempre requer um hospedeiro a ser
espoliado. Ex.: helmintos, pulgas, carrapatos.
● Facultativos – parasitas que podem alternar ciclos de vida livre e parasitária. Ex.:
larvas de moscas da família Sarcophagidae, Strongyloides stercoralis.
● Acidental – organismo que pode ser tornar um parasita de um hospedeiro (não
habitual) em condições especiais. Ex.: Dipylidium caninum parasitando crianças.

20
Q

Classificação Quanto à especificidade parasitária

A

● Estenoxenos – (stenos: estreito) afetam somente uma espécie hospedeira (ex.:
Taenia saginata) ou um grupo de espécies muito próximas (ex. Plasmodium em
primatas)
● Eurixenos – (eurys: largo, amplo) apresentam ampla variedade de hospedeiros (ex.:
Toxoplasma gondii)

21
Q

Classificação De acordo com o tipo de ciclo biológico

A

● Monoxenos – Parasitos exigem somente um hospedeiro, sem necessidade de
hospedeiro intermediário . Ex.: Toxocara canis
● Heteroxenos – as formas evolutivas são encontradas em mais de um hospedeiro
(hospedeiro intermediário e hospedeiro definitivo). Ex.: Trypanosoma cruzi,
Schistosoma

22
Q

Classificação quanto ao habitat

A

● Normal - o parasita se encontra em determinado segmento, órgão ou tecido de seu
hospedeiro e, somente assim, completa seu ciclo biológico
● Extraviado - pode ocorrer em outro hospedeiro e fora do seu habitat natural. Ex.:
Toxocara canis, parasita do intestino delgado de cães, parasita o homem como larva
migrans visceral. Larvas errantes podem se concentrar no fígado, sistema nervoso
central e globo ocular

23
Q

Classificação dos hospedeiros

A

● Obrigatório - único que oferece ao parasita as condições necessárias ao seu
desenvolvimento
● Principal – o hospedeiro que oferece as melhores condições para o
desenvolvimento do parasita, o qual também pode infectar outras espécies de
hospedeiro menos eficientes.
● Final ou definitivo - hospedeiro no qual ocorre o desenvolvimento dos estágios
sexuais do ciclo. Se não há estágios sexuais, é considerado o hospedeiro mais
importante do ciclo do ponto de vista do homem.
● Intermediário – essencial para o ciclo, não é requerido por todos os estágios do
parasita. Geralmente alberga as fases mais jovens do parasita.
● Falso - quando não é o hospedeiro obrigatório do parasita, levando-o a
encapsular-se.
● Paratênico (ou de transporte) - Um tipo de hospedeiro no qual o parasita imaturo
pode sobreviver por tempo indefinido, mas o desenvolvimento requer a infecção pelo
hospedeiro definitivo, geralmente por predação do hospedeiro paratênico. Ex:
Syngamus trachea - ovos são ingeridos por lesmas, minhocas e moscas. Aves
ingerem ovos embrionados ou hospedeiros paratênicos.

24
Q

Fatores que auxiliam a permanência da parasitose:

A

● Potencial reprodutivo do parasita
● Longevidade do parasita
● Acometimento de vários hospedeiros
● Menor reação do hospedeiro ao parasita
● Mecanismo de dispersão efetivos
● Formas de resistência

25
Q

Sobrevivência e permanência do parasita
Dependem dos seguintes fatores relacionado agente etiológico:

A

● Infectividade (capacidade de instalar-se no hospedeiro)
● Patogenicidade (capacidade de determinar o aparecimento dos sintomas da doença)
● Virulência (medida pela intensidade da manifestação clínica da doença)
● Resistência (capacidade do parasita em sobreviver fora do organismo do
hospedeiro)
● Persistência (capacidade do parasita de permanecer em uma população de
hospedeiros)
● Tropismo (capacidade de deslocar-se em direção ao hospedeiro)

26
Q

Infecção VS infestação

A

● Infecção: invasão e colonização do organismo hospedeiro por parasitos internos,
como helmintos e protozoários
● Infestação: ataque ao organismo hospedeiro por parasitos externos, como os
artrópodes

27
Q

Ações diretas desencadeadas pelos parasitas sobre os hospedeiros

A

○ Mecânicas
■ Obstrutivas (Ascaris, Fasciola hepatica)
■ Compressivas (cisto hidático)
■ Traumáticas (ácaros, Ancylostoma)
○ Tóxicas:
■ Exotoxinas (parasita excreta produtos do seu metabolismo)
■ Endotoxinas (parasita libera ao morrer)
○ Espoliativas (parasitas hematófagos)
○ Antigênicas (secreções e excreções do parasita despertam a resposta imune
do hospedeiro)
○ Anóxicas (babesias)
○ Inflamatórias (picadas de mosquitos)
○ Enzimáticas (L3 de A. braziliense)

28
Q

Ações indiretas desencadeadas pelos parasitas sobre os hospedeiros

A

○ Irritação, perturbação, ferimentos – Insetos
○ Transmissão de patógenos
○ Contaminação secundária por outros agentes
○ Diminuição dos índices de produtividade
○ Suscetível a demais doenças

29
Q

Fatores predisponentes para a ocorrência de parasitoses em Animais de produção

A

Superlotação de animais
● Manejo inapropriado
● Má nutrição
● Ausência ou má utilização de medidas preventivas
● Tratamento inadequado

Gera:
➔ Menor eficiência reprodutiva
➔ Prejuízo da conversão alimentar
➔ Danos à saúde
➔ Gastos com tratamento