Insuficiencia Hepatica e Hipertensao Portal Flashcards

1
Q

Classificação de West-Haven para encefalopatia

A

Estágio 0: sem sinais ou sintomas, apenas testes psicomotores poderiam detectar alterações
Estágio I: leve perda da atenção, adição e subtração prejudicadas, presença de tremor ou flapping leve
Estágio II: flapping evidente, letargia, desorientação, comportamento inadequado, fala arrastada
Estágio III: hiperreflexia, sonolento mas responsivo, desorientação severa, comportamento bizarro, rigidez muscular e clonus
Estágio IV: coma e postura de descerebração

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2
Q

Classificação de Child-Pugh (definição e critérios)

A

Classifica o cirrótico por gravidade e sobrevida em 1-2 anos

Critérios: “BEATA”
Bilirrubina alta
Encefalopatia
Ascite
TAP/INR alargado
Albumina baixa

A 5-6 cirrose compensada
B 7-9 dano funcional significativo
C >= 10 cirrose descompensada

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3
Q

Hemocromatose (quadro clínico)

A

“6Hs”
Hepatopatia crônica
Heart (cardiopatia)
Hiperglicemia (DM)
Hipogonadismo
Hiperpigmentação cutânea
HArtrite

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4
Q

Sistema porta-hepático (trajeto)

A

Artéria mesenterica superior e esplênica —> capilares intestinais —> VMS e esplênica —> veia porta —> capilares hepáticos —> veia hepática —> veia cava —> coração

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5
Q

Tributárias do sistema porta

A

Veia porta é formada pela veia mesenterica superior (drena praticamente todo o ID até metade do colo transverso) + veia esplênica
Veias que drenam para a porta:
• VMI - drena da outra metade do transverso até o reto; drena via esplênica
• Veia gástrica esquerda - drena o terço distal do esôfago; drena diretamente na porta
• Veias gástricas curtas - drena o fundo gástrico; drena indiretamente através da esplênica

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6
Q

Definição de hipertensão portal

A

Gradiente porto-cava > 5mmHg

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7
Q

Manifestações clínicas de hipertensão portal

A

Esplenomegalia
Varizes esofágicas ou de fundo gástrico
Circulação colateral abdominal
Varizes anorretais
Ascite
Encefalopatia

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8
Q

Classificação da hipertensão portal quanto a localização e etiologias

A
  1. Pre-hepática
    Trombose de veia porta/ mesenterica superior/ esplênica
  2. Intra-hepática
    a) pre-sinusoidal
    Esquistossomose

b) sinusoidal
Cirrose

c) pos sinusoidal
Reação enxerto x hospedeiro
Cha da Jamaica

  1. Pós-hepatica
    Sd de Budd-Chiari (trombose de veia hepática)
    Obstrução de cava inferior
    Doenças cardíacas restritivas (pericardite)
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9
Q

Principal causa de trombose de veia esplênica

A

Pancreatite crônica

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10
Q

Valor de HP para surgimento e ruptura de varizes de esôfago

A

> 10mmHg = formação das varizes
12mmHg = ruptura das varizes

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11
Q

Profilaxia primária para ruptura varizes de esôfago

A

Faz no paciente q nunca sangrou
Beta-bloq (FC 50-55 bpm) OU LEV trimestral

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12
Q

Abordagem na HDA por ruptura de varizes de esôfago

A
  1. Estabilização clínica
  2. Descobrir causa e controlar o sangramento agudo
    EDA de emergência (<12h) com LEV ou escleroterapia + octreotide/terlipressina/somatostatina
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13
Q

Medida heróica na HDA por ruptura de varizes esofágicas

A

Balão de Sengstaken-Blakmore (não exceder 24h com ele)

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14
Q

Profilaxia para PBE na HDA por ruptura de varizes de esôfago

A

Ceftriaxone IV —> Norfloxacino (quando possível VO) por 7 dias no total

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15
Q

Profilaxia secundária de HDA por ruptura de varizes de esôfago

A

Beta bloqueio E LEV

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16
Q

Profilaxia da encefalopatia na HDA por ruptura de varizes esofágicas

A

Lactulose e Rifaximina

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17
Q

Ascite e GASA

A

GASA = gradiente soro-ascite (albumina do soro - albumina da ascite)
>= 1,1 - transudato —> HP
< 1,1 - exsudato —> doenças do peritônio

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18
Q

Tratamento da ascite na HP

A

Ideal = transplante hepático
Enquanto indisponivel:
• restrição de sódio 2g/dia
• diuréticos - espironolactona e lactulona

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19
Q

Tratamento ascite refratária

A

Paracenteses terapêuticas seriadas (realizar na fossa ilíaca esquerda)
Se >5L, repor 6-10g de albumina por litro retirado

TIPS tb é opção

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20
Q

Clínica PBE

A

Dor abdominal (sem sinais de peritonite), febre e encefalopatia

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21
Q

Diagnóstico de PBE

A

> 250 PMN/mm3 + cultura monobacteriana

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22
Q

Tratamento PBE

A

Cefalosporina de terceira geração (cefotaxima) por 5 dias

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23
Q

Profilaxia PBE

A

Primária aguda: se sangramento por varizes —> Ceftriaxone/ norfloxacino por 7 dias
Primária Crônica: se ptn ascite < 1,5g/dL

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24
Q

Profilaxia secundária para PBE

A

Após PBE para todos
Norfloxacino para o resto da vida, ou até transplante

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25
Profilaxia para SHR na PBE
Albumina 1,5g/kg D1 e 1g/kg D3
26
Diagnósticos diferenciais de PBE
1. Ascite neutrofilica >250 PMN, cultura - Tratar como PBE 2. Bacterascite < 250 PMN, cultura + Se sintomático após cultura: tratar como PBE; se assintomático, repetir paracentese em 2 dias 3. Peritonite bacteriana secundária Peritonite + polimicrobiana Líquido ascitico com pelo menos 2: proteína >1/ glicose < 50/ LDH elevada
27
Tratamento encefalopatia hepática
Evitar restrição proteica Lactulose Rifaximina
28
Clínica da síndrome hepatorrenal
Cirrose + ascite + oligúria + elevação das escórias
29
Diagnóstico de SHR
Como se fosse uma IRA, mas refratária a expansão volemica, a reposição de albumina e retirada de diuréticos Urina concentrada, com Na+ baixo
30
Tratamento SHR
Transplante hepático Albumina + terlipressina
31
Célula responsável pela agressão hepática
Célula estrelada - armazena vitamina A, mas quando ativada, deposita fibras colagenas que lesam os hepatocitos Dica: “a culpa é das estrelas”
32
Estigmas hepáticos
Desequilíbrio estrogênio/ androgênio: Eritema palmar, telangiectasias, ginecomastia, rarefacao de pelos, atrofia testicular Baqueteamento digital Etiologia alcoólica: Contratura de Dupuytren, tumefação de parotidas
33
Escore de Meld
Define prioridade na fila do transplante Critérios: Mnemonico BIC Bilirrubina INR Creatinina
34
Esteatose hepática etiologias
Álcool Drogas Erro inato do metabolismo Criptogenica Metabólica - 1 de 5 fatores da sd metabólica (CA elevada, glicemia > 100, PA > 130x85; TGC > 150; HLD <50 na mulher e < 40 no homem)
35
Taxas de cronificação hepatite B crônica
Adulto: 1-5% Crianças: 20-30% RN: 90%
36
Indicações de tratamento antiviral na hepatite B
1. Hepatite B aguda Se grave - aumento do INR e encefalopatia 2. Hepatite B crônica HBV-DNA >= 2.000 + ALT > 37 (mulher) ou 52 (homem) ou biópsia hepática >= A2/ F2 ou elastografia hepatia > 9kPa (se ALT normal) Aumento nos escores FIB4 e APRI Achados de doença avançada - ascite, varizes, circulação colateral Reativações Pacientes de risco Coinfecçao HIV/HCV Manifestações extrahepaticas - vasos, rins, pele História familiar de hepatocarcinoma
37
Tratamento hepatite B
1. Via oral, tempo indefinido Tenofovir (TDF) - teNEFROvir e teNOSSOvir (contraindicado); pode usar em gestante Entecavir - preferir esse quando houver cirrose, imunossupressão ou quimioterapia TDF alafenamida - escolha quando contraindicação aos outros 2. Esquema alternativo Subcutâneo por 48 semanas Apenas se HbeAg + Alfapeg-interferon
38
Tratamento hepatite C (Indicações e primeira escolha)
TODOS Sofosbuvir + Velpatasvir por 12 semanas (tratamento pangenotipico) Se child B ou C, adicionar Ribavirina ou estender para 24 semanas
39
Doença de Wilson Etiologia
Mutação genica na proteína codificadora do gene ATB7B, que permite a excreção biliar do cobre via ceruloplasmina
40
Doença de Wilson Clínica
Depósito de cobre no fígado, olhos e SNC Fígado: hepatite aguda ou crônica Olhos: anel de Kayser-Fleisher - associação com acometimento de SNC SNC: alteração de movimento e personalidade
41
Doença de Wilson Diagnóstico
Dosagem de cerulopasmina plasmática baixa
42
Doença de Wilson Tratamento
Trientina (quelante de cobre)
43
Hemochromatose hereditária Clínica
6Hs Hiperpigmentacao cutânea Hepatomegalia Heart failure Hiperglicemia - depósito no pâncreas (para de produzir insulina) Hipogonadismo HArtrite
44
Hemocromatose hereditária Diagnóstico
Elevação da ferritina e transferrina Testes genéticos Dosagem do acúmulo de ferro hepático pela RNM Se dúvida: biópsia
45
Hemocromatose hereditária Tratamento
Flebotomia seriada
46
Contraindicações absolutas para o transplante hepático
Sepse ativa não controlada Neoplasia hepática metastática Etilismo ativo (<6 meses de abstinência) Doença grave limitante (ex. Hipertensão portopulmonar com PAP> 60)
47
Critérios de exclusão para TIPS
História de encefalopatia severa Bilirrubina > 5 Child-Pugh > 11 Disfunção cardíaca ou pulmonar importante
48
Principal complicação do TIPS
Encefalopatia hepática
49
Antídoto do paracetamol (principal causa de hepatite aguda fulminante)
N-acetilcisteina
50
Fatores precipitantes de encefalopatia
Hemorragia gastrointestinal, constipação, TIPS, procedimentos cirúrgicos, infecções, diuréticos, hipovolemia, desidratação, alcalose metabólica e hipocalemia
51
Fisiopatologia da hemocromatose hereditária
Falha do intestino em reconhecer que o fígado já está cheio de ferro, levando a hiperabsorção intestinal de ferro
52
Causa secundária de elevação da ferritina
Síndrome metabólica/ doença hepática gordurosa associada a síndrome metabólica
53
Melhor fator para avaliar reserva funcional hepática
Tempo de protrombina (TP) - avalia via extrínseca O fator de coagulação que tem meia vida mais curta é o fator VII (via extrínseca)
54
Sinal laboratorial de insuficiência hepática Pelos fatores de coagulação
Atividade de protrombina <50% INR > 1,7
55
Doença de Wilson Tipo de distúrbio genético
Distúrbio autossômico RECESSIVO
56
Doença de Wilson Alteração sanguínea que pode ocorrer
anemia hemolítica por depósito de cobre na corrente sanguínea
57
Tratamento para varizes de fundo gástrico
Escleroterapia com cianocrilato pela dificuldade de acesso endoscópico (impossibilita LEV) Padrão ouro: esplenectomia
58
Indicação de transfusão sanguínea na HDA por ruptura de varizes
Concentrado de hemácias apenas quando Hb< 7g/dL
59
Tratamento da SHR
Suspender diuréticos Expansão volemica com albumina IV (1g/kg/dia) por 48h Vasoconstrictores esplancnicos - terlipressina, octreotide, midodrina e noradrenalina
60
Prevalência da SHR
10% em pacientes com cirrose avançada ou insuficiência hepática aguda
61
Manejo inicial do paciente portador de hepatite B crônica
Solicitar o PCR HBV para quantificar carga viral e definir indicação de tratamento
62
Objetivo do uso da Lactulose em pacientes com cirrose e encefalopatia hepática
2-4 evacuações diárias
63
Manifestações da síndrome hepatopulmonar
Platipneia - dispneia que se agrava à ortostase Ortodeoxia - queda da saturação arterial com a posição ortostática
64
Diagnóstico intoxicação por vitamina A
Células estreladas hipertrofiadas, repletas de lipídios
65
Varizes esofágicas que não param de sangrar
1º: suporte com estabilização hemodinâmica, terlipressina e ATB. Não funcionou? 2º: EDA de emergência. Não funcionou? 3º: TIPs. Se não tem, passa o balão. Não funcionou? 4º: Cirurgia
66
Trombose de veia porta na infância (fatores de risco)
Infecções no período neonatal - infecções do cordão umbilical e sepse neonatal
67
Cirurgia de Waren (Descrição)
Derivação esplenorrenal distal Veia esplênica é desconectada da veia porta e anastomosada na veia renal esquerda, enquanto gástricas esquerdas e gastroepiploicas são ligadas Provoca descompressão portal compartimentalizada, enquanto o fluxo mesenterico-portal é mantido, preservando o metabolismo de primeira passagem, evitando a encefalopatia hepática
68
Profilaxia secundária de sangramento varicoso na esquistossomose
Desconexão azigo-portal + esplenectomia
69
Principal causa de ressangramento digestivo em portadores de TIPs
Obstrução do shunt
70
Tipos de SHR e achados laboratoriais
1. Tipo 1 - Piora aguda da FR em menos de 2 semanas - Duplicação da CR basal (> 2,5 mg/dL) - redução pela metade do ClCr (<20mL/min) 2. Tipo 2 - mais insidiosa - Cr > 1,5 - ClCr < 40
71
Tratamento SHR
Efetivo: transplante hepático Melhora da agudizada do quadro: uso de vasoconstrictores esplancnicos (terlipressina) melhora a função renal e o resultado do transplante