Insuficiência Cardíaca Flashcards

1
Q

Principal etiologia da Induficiência cardíaca no Brasil:

A

Cardiopatia isquêmica crônica (frequentemente associada com HAS)

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2
Q

Definição de Insuficiência Cardíaca:

A

É uma condição em que o coração não consegue bombear o sangue de acordo com a demanda tecidual, ou o faz à custas de aumento da pressão final de enchimento (diastólica final).
- Inabilidade dos ventrículos de encherem e se esvaziarem com pressões intraventriculares normais.

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3
Q

O que é a Fração de Ejeção (FE) e qual sua faixa de normalidade?

A
  • Percentual ejetado do volume diastólico final (enchimento ventricular)
  • Varia de 50 a 70%
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4
Q

Lei de Frank-Starling:

A

Quanto maior for o Volume Diastólico Final (VDF), maior será o débito sistólico e a fração de ejeção!

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5
Q

Lei de Laplace:

A

O “estresse” na parede ventricular (E) é diretamente proporcional ao raio cavitário (R) e à pressão intracavitária (P), sendo inversamente proporcional à espessura da parede (h). Está representada da seguinte forma: E = P x R/h

(Um ventrículo que apresenta diâmetro cavitário muito grande e parede fna precisa fazer um esforço muito maior para ejetar o sangue do que um ventrículo de cavidade menor e maior espessura de parede)

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6
Q

O sinal mais fidedigno para detectar a presença de retenção de volume é…

A

Turgência jugular.

*Ele é ainda (turgência jugular patológica a 45º) um pulso precoce e fidedigno de insuiciência do ventrículo direito!

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7
Q

O que é e o que indica o Pulso alternans?

A

É o alternar de pulso forte com pulso fraco. Indica débito sistólico muito baixo e é um indicador de mau prognóstico.

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8
Q

Manobra de Rivero-Carvalho:

A

Sopro sistólico em foco tricúspide aumenta à inspiração - insuficiência tricúspide.

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9
Q

Sopro sistólico mais audível em foco mitral e que irradia para a axila indica o quê?

A

Insuficiência mitral.

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10
Q

A insufciência cardíaca sistólica está geralmente associada a uma cardiopatia dilatada. V ou F?

A

V

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11
Q

Achados que devem aventar a possibilidade de miocardiopatia primária:

A

Dilatação ventricular sem histórico de HAS com valvolopatia ou coronariopatia.

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12
Q

As 3 valvopatias que levam à sobrecarga de ventrículo esquerdo:

A
  • Insuficiência mitral
  • Insuficiência aórtica
  • Estenose aórtica
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13
Q

Causas de Insuficiência Cardíaca Diastólica pura:

A
- Cardiopatia hipertensiva – fase hipertrófca
(principal!)
- Fibrose isquêmica
- Cardiomiopatia hipertrófca hereditária
- Cardiomiopatias restritivas
- Desordens do endomiocárdio
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14
Q

Principais determinantes prognósticos na Insuficiência Cardíaca:

A
1- Classe Funcional NYHA.
2- Classifcação Evolutiva.
3- Fração de Ejeção.
4- Disfunção Diastólica Associada.
5- Marcadores Neuro-Humorais.
6- Complicações
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15
Q

Classificação Funcional NYHA

A

Classe I – Sem limitação às atividades cotidianas; mais de 6 METs na ergometria.
Classe II – Limitação leve; sintomas durante
atividades cotidianas; 4-6 METs na ergometria.
Classe III – Limitação acentuada; sintomas
com qualquer atividade, mesmo as mais
leves que as do cotidiano; 2-4 METs na ergometria.
Classe IV – Incapacidade física; sintomas
em repouso ou com mínimos esforços; não
tolera a ergometria

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16
Q

Estágios da ICC:

A

Estágio A – Pacientes assintomáticos, mas
sob alto risco de desenvolver disfunção ventricular, por apresentarem doenças fortemente ligadas ao aparecimento de IC como HAS,
doença coronariana, DM, obesidade, etc.
Estágio B – Pacientes que já desenvolveram
algum tipo de disfunção ventricular, mas continuam sem sintomas de ICC. Este grupo inclui
pacientes com hipertrofa, dilatação ou hipomotilidade ventricular, doença valvar ou IAM prévio.
Estágio C – Pacientes sintomáticos com disfunção ventricular associada.
Estágio D – Pacientes sintomáticos em repouso, apesar de medicação otimizada e que
internam frequentemente. Presença de doen-
ça estrutural ventricular avançada.

17
Q

Drogas que aumentam a sobrevida na Insuficiência cardíaca sistólica:

A
  • IECA
  • BRA
  • Betablqueador
  • Antagonistas da aldosterona (espironolactona)
  • Hidralazina + Nitrato
18
Q

Drogas que aumentam a sobrevida na Insuficiência cardíaca diastólica:

A

Nenhum tratamento mostrou-se prolongar a sobrevida (diastólica = FE preservada).

19
Q

Os IECA devem ser suspensos se houver aumento da creatinina sérica superior a 30-35% em relação ao basal e/ou franca hipercalemia (K+ > 5,5 mEq/l). Vou F?

A

V

20
Q

Betabloqueadores que comprovadamente atuam beneficamente na IC sistólica e doses-alvo deles:

A
  • Carvedilol 25-50 mg/2x dia
  • Metoprolol 200 mg/dia
  • Bisoprolol 10 mg/dia

*Para tentar evitar a descompensação o ideal é começar com doses mínimas e ir aumentando paulatinamiente em intervalos de 2-4 semanas até a dose alvo.

21
Q

Contraindicações formais ao uso do BB:

A
  • Asma

- Bradiarritmia (FC < 60 bpm)

22
Q

Qual o combo medicamentoso que se mostrou benéfico especialmente na população negra + doses alvo:

A
  • Hidralazina + Nitrato
  • Doses alvo (3x dia)
    Hidralazina 75 mg/dia
    Dinitrato de Isossorbida 40 mg/dia
23
Q

Principais efeitos adversos da Hidralazina:

A
  • Cefaleia
  • Tontura
  • Lúpus farmacoinduzido
24
Q

Indicação do uso de Hidralazina + Nitrato na IC sistólica:

A
  • Pacientes negros com IC, já em uso de
    IECA e betabloqueadores, nas classes II-IV.
  • Alternativa aos pacientes brancos com intolerância aos inibidores da ECA e aos
    antagonistas da angiotensina II.
  • Todo o paciente que permaneça sintomático apesar da terapia padrão
25
Q

Indicações de Ivabradina (inibidor da corrente If) na Insuficiência cardíaca:

A
  • Pacientes com classe funcional II-IV da NYHA
    com disfunção sistólica e terapia otimizada
    (IECA ou BRA + BB), desde que a FC seja
    maior ou igual a 70 bpm e o ritmo seja sinusal.
26
Q

Efeitos Adversos dos Tiazídicos:

A

Hipovolemia, insufciência pré-renal, hipocalemia, hipomagnesemia, hiperuricemia, hiperglicemia,
hiperlipidemia, nefrite intersticial alérgica, (Expecificamente deles): hiponatremia e hipercalcemia

27
Q

Efeitos Adversos dos Diuréticos de Alça:

A

Hipovolemia, insufciência pré-renal, hipocalemia, hipomagnesemia, hiperuricemia, hiperglicemia,
hiperlipidemia, nefrite intersticial alérgica.
Especificamente dos de alça: ototoxicidade, hipocalcemia, hipercalciúria (litíase renal).

28
Q

Efeitos cardíacos dos digitálicos:

A
  1. Inotrópico positivo: inibição da Na/K/ATPase
  2. Colinérgica: aumenta tonus vagal, reduz autmatismo do NSA, aumenta refratariedade, diminui velocidade de condução do NAV.
  3. Arritmogênica: presdipoe ativaçã de corrente de sódio.
29
Q

Os digitais não reduzem o número de internações por descompensação cardíaca na ICC, porém alteram a mortalidade. V ou F?

A

F. Eles DIMINUEM o número de internações por descompensação, porém NÃO alteram a mortalidade.

30
Q

Indicações de digitálicos na Insuficiência cardíaca:

A

-IC sintomática classe III-IV, em pacientes
que não compensaram apesar do uso de
IECA, betabloqueador e diurético.
-IC com fbrilação atrial de alta resposta
ventricular (não controlados com uso de
betabloqueadores).

31
Q

Em quais situações os digitálicos são CONTRAINDICADOS?

A

Insuficiência cardíaca diastólica PURA, cardiomiopatia hipertrófica, doença isquêmcia do miocárdio SEM IC sistólica, bloqueio AV de 2º grau Mobitz II e 3º grau; doença do nó sinusal sem proteção de marca-passo
e em síndromes de pré-excitação

32
Q

Sinais e Sintomas de Intoxicação digitálica:

A
  1. Náuseas, vômitos e hiporexia.
  2. Alterações visuais, com escotomas coloridos,
    vertigem, insônia, confusão mental.
  3. Arritmias cardíacas, principalmente:
    - Extrassístoles ventriculares múltiplas
    (mais comum).
    - Bradiarritmias do tipo BAV.
    - Taquicardia atrial com bloqueio.
    - Taquicardia juncional não paroxística.
    - Taquicardia ventricular (incluindo a TV bidirecional)
33
Q

Padrão-ouro e medicamentos que podem ser utilizados na Intoxicação Digitálica na falta do de 1ª linha:

A

1ª) Anticorpo antidigoxina
2ª)Fenitoína ou lidocaína

3?ª) Colestiramina

34
Q

Indicação de Anticoagulação para pacientes com Insucifiância Cardíaca:

A

a) História de evento embólico.
b) Fibrilação atrial paroxística ou persistente.
c) Amiloidose (risco aumentado de tromboembolismo).
d) Cardiomiopatia dilatada familiar.
e) História de tromboembolismo em parentes
de primeiro grau

35
Q

Indicação de MP biventricular pela AHA/ACC na insuficiência cardíaca:

A
  • Insufciência cardíaca classe III ou IV (NYHA)
  • FE ≤ 35%
  • Duração do QRS ≥ 120ms (BRE ou BRD), que se mantém sintomático apesar da terapia medicamentosa otimizada.

*Pacientes com QRS ≥ 150ms e classe funcional I e II também podem ser avaliados para este tratamento

36
Q

Critérios diagnósticos da Insuficiência cardiaca com FE preservada:

A

(1) Sinais ou sintomas de IC congestiva;
(2) FE normal ou discretamente reduzida;
(3) Evidências objetivas de disfunção diastólica do VE:
relaxamento e enchimento anormais, distensibilidade diastólica reduzida ou “rigidez” diastólica

Deve preencher os 3 critérios.

37
Q

Indicação para Transplante Cardíaco:

A

Classe Funcional IV ou III/IV (objetivamente:
< 3 METS no teste ergométrico), após otimiza-
ção da terapêutica – estes pacientes têm uma
sobrevida de 50% ou menos em um ano

38
Q

Contraindicações ao Transplante Cardíaco:

A
  • Idade avançada (> 70 anos).
  • Infecção ativa (incluindo CMV, hepatites
    virais e HIV).
  • Hepatopatia, nefropatia ou pneumopatia
    severa e irreversível (pode-se optar pelo
    transplante desses órgãos, junto ao transplante cardíaco).
  • Doença psiquiátrica, cerebral ou cerebrovascular avançada.
  • Doença vascular periférica acentuada
    (aterosclerose avançada).
  • Câncer incurável ou de estadiamento incerto.
  • Obesidade mórbida.
  • Doença sistêmica grave limitante.
  • Resistência Vascular Pulmonar (RVP) alta:
    > 5 unidades Wood, após vasodilatadores.