Doença Coronariana Flashcards
Sinal de Levine:
Punho cerrado no meio do peito - dor “em aperto”
Cite e explique as apresentações clínicas da doença isquêmica do miocárdio por aterosclerose:
- Assintomática
- Aguda (ruptura da placa, provocando sintomas em repouso - aingina instável, IAM s/supra, IAM c/supra)
- Crônica (placa obstruindo > 50% do lúmen, ocasionando sintomas quando aumenta a demanda de oxigenio na celula - angina estável).
Quanto tempo leva entre a oclusão aguda total e a necrose celular começar a ocorrer?
20 minutos.
Os 3 estágios evolutivos da Isquemia Miocárdica são:
- Hipocinesia: contração da região isquêmica “mais fraca” que as demais regiões
- Acinesia: o segmento isquêmico não se contrai
- Discinesia: tecido isquêmico apresenta movimento paradoxal de “abaulamento” em relação aos demais tecidos.
Em termos elétricos, os primeiros sinais de isquemia são as alterações na repolarização ventricular (Onda T alta, pontiaguda e simétrica; T invertida, pontiaguda e simétrica; Supra e infra desnível de ST). V ou F?
V.
O INFRA desnivelamento de ST indica isquemia transmural. V ou F?
F. O SUPRA de ST que indica transmural. lembrando: T alta, pontiaguda - subendocárdica e T invertida, pontiaguda - subepicárdica.
O que é Miocárdio Hibernante?
Mecanismo adaptatido que ocorre em alguns indíviduos, em que as regiões irrigadas pelo vaso “doente” diminuem o movimento (e por conseguinte a demanda de O2) evitando a isquemia. A função ventricular pode ser recuperada após revascularização.
Descreva a vascularização miocárdica:
Raiz aórtica —- Tronco da Coronária Esquerda (TCE) e Coronária Direita (CD)
TCE —– Descendente anterior (DAE) e circunflexa (Cx)
(Abrir imagem no celular)
A dor referida no TRAPÉZIO é uma indicação de irritaçã diafragmática e pode ser útil para AFASTAR dor isquêmica miocárdica, sendo mais comum em PERICARDITE AGUDA. V ou F?
V
Quais as explicação para a angina decubitus?
- Aumento da pré-carga pelo retorno venoso resultando em aumento do esforço miocárdico
- súbita queda da oxigenação (apneia do sono) cm consequente aumento do tônus adrenérgico e taquicardia (se área extensa de isquemia - pode levar a uma depressão ventricular transitória e congestão pulmonar – dispneia paroxística noturna).
Classificação da Gravidade da Angina Estável:
CCS
I - atividades ordinárias não desencadeiam angina, apenas esforços intensos, prolongados ou muito rápidos;
II - Atividades ordinárias desencadeiam angina, porém com pouca limitação;
III - Atividades ordinárias desencadeiam angina com limitação significativa;
IV - Qualquer atividade desencadeia angina
Principais Fatores de Risco para Aterosclerose:
- Idade (Homens > 50 anos, Mulheres > 60 anos)
- Colesterol LDL alto
- HDL baixo (proteção > 60 mg/dL)
- Tabagismo
- HAS
- Diabetes mellitus
- Resistência à insulina
- Obesidade
- Sedentarismo
- História familiar de doença coronariana precoce
- Dieta “aterogênica”
- Aumento de Lipoproteína A (LpA)
- Aumento de fatores pró-trombóticos
- Aumento de fatores pró-inflamatórios
Sabemos que diante de um quadro com angina (dor típica) ou provavelmente anginosa devemos iniciar a conduta, pois É DOENÇA CORONARIANA ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO. Mas e quando se descarta? Quais são os diangósticos diferenciais da ANGINA ESTÁVEL / Precordialgia?
- Dor esofágica: Espasmo esofagiano difuso e DRGE (o EED em especial pode ser dificil de diferencias), mas estes geralmente têm relação com a alimentação.
- Dor Musculoesquelética: Distensão do peitoral e ntercostais - dor à digitopressão e ao realizar certos movimentos. Síndrome de Tietz (inflamação das cartilagens costoesternais) às vezes pode-se ver sinais flogísticos no precordio.
- Dor pericárdica: contínua, pleurítica (à inspiração profunda), piora com decúbito lateral e melhor genupeitoral, irradia para a crista do trapézio.
- TEP: dispneia com os pulmões “limpos” + fatores de risco para TEP (POS-OP, Câncer, imobilização prolongada,…)
- Psiquiatricos: baixa probabilidade pré-teste de coronariopatia - diagnóstico de exclusão.
Caracteristicas que indicam uma angina aguda:
- Diminuição progressiva do limiar anginoso
- Início há no máximo 2 meses evoluindo rapidamente à classificação III da CCS
- Duração > 20 min em repouso, ocorrendo há NO MÁXIMO 1 SEMANA.
Alterações no EXAME FÍSICO que podem ocorrer com ANGINA
- Inspeção e Palpação: impulso discinético no ápice. Frêmito de regurgitação mitral.
- Ausculta: B4 (disfunção diastólica de VE) / B4 (Disfunção sistólica de VE), sopro de regurgitação mitral, desdobramento de B2 (BRE transitório) e estertoração pulmonar (edema pulmonar por falência de VE).
Exames laboratoriais para identificação de risco cardiovascular:
- Hemograma
- Lipidograma
- Glicemia em jejum e Hb glicada
- Função renal e microalbuminúria
- PCR (tem sido considerada fator independente)
- Função tireoidiana (se clínica indicar)
Critério diagnóstico mais importante no teste ergométrico:
Infradesnivelamento de ST nos primeiros 80ms após o ponto J (fim QRS) - ST 80.
Explique “Roubo Coronariano”
Como as arteríolas pré-capilares das regiões supridas pelos vasos doentes já estão dilatadas em repouso, as drogasvasodilatadoras de microcrculação (dipiridamol, pex.) acabam dilatando a microcirculação dos demais vasos, que “desvia” o sangue para tais locais de modo a gerar isquemia nas regiões onde as arteríolas não conseguem mais se dilatar.
Indicações para utilização de Eco-stress
- Na impossibilidade de se utilizar Teste Ergométrico (TE) ou Cintilografia de Perfusão Miocárdica (Asma, DPOC)
- Avaliação pré-operatoria de pessoas com múltiplos fatores de risco para doença coronariana (ou previamente diagnósticada) em pacientes que não conseguem se movimentar.
- Pode ser utilizado como complemento do TE para ver prognóstico e comparar antes/após angioplastia.
- Avaliar viabilidade miocárdica
A RNM é considerada PADRÃO-OURO para a quantificação dos volumes ventriculares, da fração de ejeção e da massa miocárdica. Permite a detecção de isquemia, porém não é o exame de escolha para avaliar miocárdio viável e não viável. V ou F?
F. Ela é também o exame de escolha para avaliação de miocárdio viável ou não.
Qual é o método padrão-ouro para diagnóstico de doença coronariana?
Cronariografia (CATE)
Sabemos que as duas situações genéricas que definem a necessidade de realizar um CATE são: 1. Quando o pct precisa de revascularização e vai ser estudada a anatomia vascular dele e definir se será angioplastia ou cirurgia e 2. quando a realização ou interpretação dos testes não invasisvos for impossível ou conflitante. Com base nisso, quais são as indicações pormenorizadas?
PRINCIPAIS NA ANGINA ESTÁVEL:
-CCS III ou IV mesmo com tto clínico otimizado, critérios de MAU PROGNÓSTICO em testes não invasivos (independente da classe da angina), Angina estável em sobrevivente de morte súbita abortada, Angina estável + sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva.
OUTRAS INDICAÇÕES
- Dúvida após realização dos não-invasivos, impossibilidade de realizar os não invasivos, profissões de risco que requerem certeza diagnóstica (piloto de avião), naqueles em que os não invasivos não esclarecem o prognóstico, multiplas internações por dor torácica, Homens > 45 anos e Mulheres > 55 anos que farão cirurgia cardiaca qualquer, Sintomas anginosos em portadres de estenose aórtica ou cardiomiopatia hipertrófica.
Para que serve o Escore de Calcio ultimamente?
Estratificação de risco em pacientes assintomáticos.
Defina Síndrome X
Também denominada como Angina microvascular, ocorre quando há angina e isquemia nos testes provcativos, porém a coronariografia é “normal”. Mais comem em mulheres jovens (45-55 anos). Baixa reserva cronariana por disfunção endotelial.
Sintomas evoluem com um padrão de remissão e recidivas.
Uso de Nitrato profilático tem ótima eficácia em prevenir angina por atividade física (tomar 15-30 min antes). Pacientes diagnósticados com Angina Estável devem andar com nitrato sublingual no bolso. V ou F?
Verdadeiro.
Doses antiplaquetárias do AAS (recomendadas em qualquer tio de apresentação da doença coronariana):
Vai de 75 mg/dia a 325 mg em dias alternados.
Recomendada: 100 mg/dia.
Indicação de uso de AAS para prevenção primária de eventos cardiovasculares:
Ambos os sexos de idade 50-69 anos, cujo risco CV > 10% em 10 anos, desde que não tena fatores de alto risco para sangramento e esteja disposto a utilizar a medicação por pelo menos 10 anos.
AAS contínuo TAMBÉM DIMINUI CA COLORRETAL
Terapia Farmacológica em pacientes com angina estável:
- Antiplaquetário/Anticoagulante
- Hipolipemiante (Estatina de preferência)
- Antianginoso (Nitratos, BB, Antagonistas do cálcio, IECA/BRA - este só se não tolerarem o iECA)
Qual o tipo de angina que contraindica o uso de betabloqueador?
Angina de Prinzmetal (Vasoespasmo).