Infeto Flashcards

1
Q

Definição de TUBERCULOSE… (7)

A

SUSCETÍVEL: sensível a tudo
MONORRESISTENTE: resistência a 1 antibacilar de 1ª linha (Mas a monorresistência a rifampicina deve ser abordada como multirresistente)
POLIRRESISTENTE: resistência aos antibacilares de 1ª linha, exceto isoniazida e rifampicina simultaneamente
MULTIRRESISTENTE (MDR): resistência simultanea à isoniazida e à rifampicina
PRÉ-XDR: resistência à isoniazida + rifampicina + 1 dos outros
EXTENSIVAMENTE RESISTENTE (XDR): resistência à isoniazida + rifampicina + fluoroquinolonas + 1 injetável ev (amicacina, canamicina e capreomicina)
TOTALMENTE RESISTENTE.

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2
Q

Fatores de risco, endógenos e exógenos, para tuberculose:

A

ENDÓGENOS:
- Infeção VIH (+++)
- Infeção prévia a Mycobact. tuberculosos (< 2 anos)
- DPOC/ doença pulmonar prévia, DM, DHC, DRC ou neoplasia
- Idosos, desnutridos, e défice de vitamina D
- Álcool, tabaco, consumidores de drogas ev
- Fármacos imunossupressores: corticoides; anti-TNF

EXÓGENOS:
- Áreas endémicas, suburbanas, com elevada poluição
- Reclusos (proximidade com doentes positivos; desnutrição; etc)
- Baixo status sócio-económico (sem abrigo)

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3
Q

Evolução natural da doença após primoinfeção por Mycobacterium tuberculosis:

A
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4
Q

Complicações a longo prazo da tuberculose pulmonar:

A
  • bronquiectasias
  • fibrose pulmonar
  • cor pulmonale
  • fístula bronco-pleural
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5
Q

Fatores de risco para infeção VIH:

A
  • Carga viral elevada
  • Comportamento sexual de risco: número de parceiros; sexo anal; sexo sob uso de drogas
  • Úlceras/ laceração da mucosa
  • Não circuncisão
  • Profissional de saúde
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6
Q

Estadios VIH/ SIDA:

A

Estadios de SIDA: A3, B3 e todos os Cs

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7
Q

Doenças definidoras de SIDA:

A
  • Candidíase traqueal, brônquica, ou pulmonar
  • Candidíase esofágica
  • Coccidioidomicose, disseminada ou extrapulmonar
  • Criptococcose, extra-pulmonar
  • Criptosporidiose, intestinal crónica (>1M duração)
  • Doença a CMV, excluindo fígado, baço e gg linfáticos
  • Retinite a CMV (com perda de visão)
  • Encefalopatia associada ao VIH
  • VHS: úlceras crónicas (duração >1 M); bronquite, pneumonia ou esofagite
  • Histoplasmose, disseminada ou extra-pulmonar
  • Sarcoma de Kaposi
  • Linfoma: de Burkitt; imunoblástico; primário cerebral
  • Neoplasia invasiva do colo do útero
  • Infeção por Mycobactérias
  • Pneumonia por Pneumocystis jirovecii
  • Pneumonia recorrente
  • Sépsis por salmonella, recorrente
  • Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)
  • Toxoplasmose cerebral
  • Wasting syndrome/ Síndrome de emaciação atribuído ao VIH: perda ponderal involuntária > 10% do peso corporal + diarreia/ anorexia e febre com duração superior a 30 dias.
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8
Q

Causas de hipertermia (diferente de febre, não é mediada por citocinas):

A
  • Golpe de calor
  • Hipertermia maligna (ex. anestesia)
  • Síndrome maligna dos neurolépticos (ex. haloperidol; neurolépticos atípicos como a olanzapina e a risperidona)
  • Síndrome serotoninérgica (ex. SSRIs; MAOIs; ADTs; meperideno; dextrometorfano; bromocriptina; tramadol; lítio; psico-estimulantes (ex. cocaína, metanfetamina e MDMA)
  • Endocrinopatias - tempestade tiroideia; feocromocitoma
  • SNC (dano estrutural de centros reguladores hipotalâmicos) - hemorragia SNC; lesão hipotalâmica (ex. trauma); estado de mal epiléptico
  • Iatrogénico (outros) - salicilatos
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9
Q

Causas de dissociação esfingmotérmica ou sinal de Faget:

A
  • Infeção por uma variedade de agentes, principalmente intracelulares (19):
    . Febre tifoide (Salmonella typhi, paratyphi)
    . Chlamydia pneumoniae
    . Legionella
    . Leptospirose
    . Psitacose (C. psittaci)
    . Febre Q (Coxiella burnetti)
    . Tularémia (Francisella tularensis)
    . Ricketsioses
    . Listeria monocytogenes
    . Brucelose
    . Borreliose (Borrelia burgdorferi)
    . Mycobacterium tuberculosis
    . Dengue
    . Febre amarela
    . Hanatavírus
    . Ébola
    . Malária (Plasmodium)
    . Trypanossoma cruze
    . Leishmaniose
  • Causas não infeciosas (7):
    . Sob beta-bloqueante
    . Linfoma
    . Neutropenia cíclica
    . Lesões do SNC
    . Febre induzida por fármaco/droga
    . Insuficiência supra-renal
    . Febre factícia
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10
Q

Padrões de febre e doenças associadas:

A
  • Contínua: infeções por gram negativos; também infeções virais
  • Remitente: infeções virais; endocardite bacteriana aguda
  • Intermitente: infeções focais piogénicas; tuberculose (febre terçã e quarta – subtipos de febre intermitente)
  • Terçã: Plasmodium falciparum, ovale, vivaz
  • Quartã: Plasmodium malariae
  • Recorrente/ ondulante: Brucelose; Borreliose; Doença de Lyme; Linfoma de Hodgkin (Fenómeno de Pel-Ebstein)
  • Episódica: síndromes auto-inflamatórias
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11
Q

Infeções que são fator de risco para neoplasias:

A

1.EBV: Linfoma de Burkitt; Linfoma T nasal; Linfoma de Hodgkin
2.HBV/HCV: Carcinoma hepatocelular
3.VIH: Sarcoma de Kaposi; linfomas; neoplasia do colo do útero; etc
4.HPV: cancro do colo do útero, e também vulvar e vaginal; cancro do canal anal; cancro da orofaringe; cancro do pénis
5.HTLV-1: leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL) – linfoma não Hodgkin agressivo
6.HHV8: Sarcoma de Kaposi; Doença de Castleman multicêntrica; Linfoma difuso de grandes células B; Linfoma plasmablástico
7.H.Pylori: carcinoma gástrico (não cardia); linfoma MALT gástrico

NOTA: HTLV-1 = Human T-cell Leukemia/Lymphoma Virus type 1

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12
Q

Causas de úlcera genital:

A
  • Indolor:
    . Sífilis/ cancro duro (Treponema pallidum)
    . Linfogranuloma venéreo (C. trachomatis)
    . Mpox
    . Granuloma inguinal - infeção primária (Klebsiella granulomatis)
  • Dolorosa:
    . Cancroide/ cancro mole (Haemophilus ducreyi)
    . HSV 1 e 2 (+++ 2)
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13
Q

Doenças que levam à formação de granulomas:

A

a) Granulomas caseosos
- Tuberculose
- Doença da arranhadela do gato (Bartonella henselae)
- Histoplasmose (Histoplasma capsulatum)

b) Granulomas não caseosos
- Lepra (Myc. leprae)
- Sífilis (Treponema pallidum) — Goma
- Toxoplasmose (Toxoplasma gondii)
- Sarcoidose
- Beriliose
- Linfoma
- Doença de Crohn

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14
Q

Artropatia de Poncet - definição

A

Poliartrite ou oligoartrite reativa (asséptica), que surge na presença de tuberculose, que decorre de uma reação de hipersensibilidade aos Ags de Mycobacterium tuberculosis. Não há BAAR no líquido artricular (não é tuberculose articular!!)

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15
Q

Tratamento da tuberculose ativa e da tuberculose latente (na infeção sensível, sem resistências):

A

Tuberculose ativa
- Esquema intensivo: isoniazida + rifampicina + pirazinamida + etambutol (HRZE) durante 2 MESES (+ piridoxina)
- Esquema de manutenção: isoniazida + rifampicina durante pelo menos 4 MESES (+ piridoxina)

NOTA: podem ser necessários esquemas mais longos; tem sempre de se avaliar a sensibilidade aos antibacilares; pode haver indicação para corticoterapia (TB pericardica com volumoso derrame ou risco de contrição/tamponamento; meningite tuberculosa; compressão de estruturas vitais)

Tuberculose latente
- Isoniazida 6 a 9 MESES (6 meses nos imunocompetentes e 9 meses nos imunodeprimidos)
- **Alternativas: ** rifampicina 4 MESES; isoniazida + rifapentina 1 vez por semana (toma assistida) durante 3 meses.

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16
Q

No doente candidato a terapêutica biológica a realizar tratamento preventivo de TB, quando pode iniciar a terapêutica biológica?

A

Após 4 semanas (1M) de terapêutica (ex. isoniazida) (+ piridoxina)

17
Q

Possíveis localizações de tuberculose extra-pulmonar (por ordem de frequência):

A
  • TB ganglionar (forma mais frequente)
  • TB pleural
  • TB genito-urinária
  • TB óssea (mal de Pott) e articular
  • TB do SNC (tuberculoma; meningite ou meningoencefalite)
  • TB gastrointestinal (++ região ileocecal; TB peritoneal pode manifestar-se com ascite ou formação de aderências)
  • TB ocular (ex. uveíte anterior, uveíte posterior; panuveíte)
  • TB cutânea
  • TB pericárdica (derrame pericárdico; tamponamento cardíaco; pericardite constritiva)
  • TB miliar (por disseminação hematogénica, pode envolver qualquer orgão – pode dar insuficiência SR)
  • Artropatia de poncet (fenómeno imunomediado (tuberculide); artrite asséptica, a nível articular não se identificam BAAR)
18
Q

Causas de olho vermelho:

A

Câmara anterior:
- Glaucoma agudo de ângulo fechado
- Uveíte anterior (irite)

Córnea:
- Corpo estranho
- Abrasão da córnea
- Queratite (inflamação da córnea)
. Bacteriana
. Viral

Esclera/ Conjuntiva:
- Conjuntivite
. Bacteriana
. Neisseria gonorrhoeae
. Viral
. Alérgica
. Química
- Episclerite
- Esclerite
- Hemorragia subconjuntival
- Olho seco

Pálpebras
- Hordéolo (terçolho) – inflamação aguda das glândulas sebáceas de Zeis e de Moll (hordéolo externo) ou glândulas de meibónio (hordéolo interno). Pode complicar com celulite preseptal ou evoluir para chalázio. Tem início súbito. Inflamação mais à superfície da pálpebra. Tx: compressas quentes (+ ABT se ausência de melhoria).
- Chalázio – lipogranuloma estéril causado pela obstrução das glândulas de meibónio. Instalação gradual. Pode complicar com perda de pestanas ou alterações visuais (se muito grande). Tx: compressas quentes; pode ser necessária curetagem (se persistência ao fim de 1 a 2 meses).
- Blefarite
- Celulite periorbital

19
Q

ISTs mais comuns:

A

– IST mais comum (viral e não viral): HPV

– IST não viral mais comum: tricomoníase (Trichomonas vaginalis, é um parasita/protozoário)

– IST bacteriana mais comum: Chlamydia trachomatis, seguida da neisseria gonorrhoeae, seguida do treponema pallidum (sífilis)

20
Q

Causas de corrimento vaginal:

A
  1. Vulvovaginites infeciosas
    – Vaginose bacteriana (Lactobacillus substituidos por G. vaginalis, Prevotella e Mobiluncus; corrimento leitoso, fino, cheiro a peixe) – NÃO É DST
    – Candidíase vulvovaginal (Candida; corrimento branco, coalhado, espesso e sem odor) – NÃO É DST
    – Tricomoníase (Trichomonas vaginalis; corrimento purulento e fétido) – DST!!
  2. Cervicite ou DIP
    – Chlamydia trachomatis
    – Neisseria gonorrhoaea
    – Trichomonas vaginalis
21
Q

Classificação das ITU: (5 grupos)

A
  1. ITU não complicada (mulheres não grávidas saudáveis)
  2. ITU complicada (todos os outros casos, que têm risco de evolução complicada)
  3. ITU recorrente (pelo menos 2 ITU em 1 ano ou 3 ITU nos últimos 6 meses)
  4. ITU associada a cateter (ITU em doente que tem cateter urinário ou que teve cateter nas últimas 48h)
  5. Urosépsis (disfunção de órgão ameaçadora de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infeção com origem no trato urinário e/ou nos órgãos genitais masculinos)
22
Q

A quem pedir UC na cistite aguda?

A

> > Cistite aguda não complicada em que há recorrência de queixas em <4 semanas, ou se há persistência de queixas
Todas as cistites agudas complicadas:
. Grávidas
. Homens
. Anomalia anatómica ou funcional do trato urinário (ex. bexiga neurogénica; uropatia obstrutiva; refluxo vesico-ureteral; lesão química ou radical do urotélio)
. Doentes algaliados, com nefrostomia ou stent urinário
. Imunodeprimidos, ex. DM e transplantados renais
. DRC

23
Q

Critérios de internamento na pielonefrite aguda:

A
  • Homem
  • Ausência de via oral (vómitos; delirium/ prostração com recusa alimentar)
  • Lesão renal aguda
  • Comorbilidades - DM, DRC, DHC, IC, alterações urológicas, imunossupressão
  • Suspeita de uropatia obstrutiva
  • Pielonefrite enfisematosa, com necrose papilar ou com abcesso
  • Sépsis
24
Q

Em que doentes rastrear e tratar bacteriúria assintomática:

A
  • Grávidas
  • Pré procedimentos urológicos que entrem no trato urinário e lesem a mucosa (ex. recessão transuretral da próstata)
  • Situações de colocação e de troca de cateteres de nefrostomia e de stents internos.
25
Q

Agentes etiológicos de infeções do trato urinário:

A
  • ITU não complicada:
    . E. coli
    . Klebsiella pneumoniae
    . Proteus mirabilis
    . Staph. saprophyticus
  • ITU complicada (anteriores e estes):
    . Pseudomonas
    . Serratia
    . Providencia
    . Enterococcus
    . Fungos (ex. Candida)
26
Q

Em doentes com ITU recorrente quais as medidas para prevenção desta (1º usar as não antimicrobianas):

A
  1. Alterações comportamentais: reforço hídrico (1.5L/dia); espaçar micção pós coito; higiene do períneo da frente para trás.
  2. Uso de estrogénios tópicos vaginais, na mulher pós-menopausa.
  3. Profilaxia imunoativa com Uro-vaxom (contém extrato de E. coli), 1cp dia por 3 meses, pausa nos 3 meses seguintes, retomando com 1cp durante os 10 primeiros dias dos meses 7, 8 e 9.
  4. Profilaxia com probióticos - Lactobacillus
  5. Sumo de arando vermelho
  6. D-manose
  7. Instilação intra-vesical de ácido hialurónico e sulfato de condroitina
  8. ABT contínua ou após coito – nitrofurantoina 50 - 100mg/dia ou fosfomicina 3g c10 dias. É a medida mais eficaz! Duração recomendada: 3 a 6 meses.
27
Q

Fatores de risco para osteomielite/ espondilodiscite:

A
  • Idade avançada
  • Nível sócio-económico baixo
  • UDEV
  • Hemodialisado
  • Imunossupressão: VIH, neoplasia, farmacológica (corticoide; anti-TNF), diabetes, cirrose
  • Doença reumatológica
  • Drepanocitose
  • Infeção prévia
  • Lesão óssea prévia
  • Cirurgia prévia à coluna
28
Q

Principais agentes etiológicos de osteomielite/ espondilodiscite e artrite séptica:

A
  • St. aureus (PRINCIPAL)
  • Stap. coagulase negativos (ex. Stap. epidermidis)
  • Enterobacteriaceae, principalmente a E. coli
  • Streptococcus e Enterococcus
  • Bactérias anaeróbias