Infecções Sexuais Transmissíveis Flashcards
Principais características (3) do corrimento vaginal fisiológico (cor, odor, pH)
Branco ou incolor, sem odor, pH 4-4,5
Qual a vulvovaginite mais frequente?
Vaginose Bacteriana
Qual a etiologia da Vaginose Bacteriana?
Gardnerella vaginalis
Vulvovaginite que mais classicamente causa disúria e prurido
Candidíase
Compare o pH: candidíase x vaginose x tricomoníase
Vaginose e Tricomoníase - pH >4,5 Candidíase - pH < 4,5
Qual vulvovaginite tem piora do odor pós coito ou menstruação?
Vaginose Bacteriana
Principais características (3) do corrimento na Vaginose Bacteriana (cor, aspecto, odor)
Branco/amarelo acinzentado, homogêneo e odor fétido (peixe podre)
Vulvovaginite com clue cell
Vaginose Bacteriana
Quais vulvovaginites tem Teste das Aminas (gota de KOH a 10%) positivo?
Vaginose bacteriana e Tricomoníase
3 Riscos da vaginose bacteriana e tricomoníase na gestação
- Ruptura Prematura de Membranas
- Parto prematuro
- Corioamnionite
Tratamento da Vaginose Bacteriana
Metronidazol via oral ou creme vaginal
Principal agente causador da candidíase
Candida Albicans
3 Principais características do corrimento na Candidíase (cor, aspecto, odor)
Branco, grumoso (leite coalhado) e aderido, sem odor
Característica da microscopia óptica na candidíase
Presença de pseudo-hifas
Tratamento da Candidíase
Vaginal: Miconazol ou Nistatina (1ª linha em gestantes!) Via oral: Fluconazol ou Itraconazol (proscrito em gestantes)
Agente causador Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
3 Principais características do corrimento na Tricomoníase (cor, aspecto, odor)
Verde-amarelado, bolhoso, odor fétido
Achado no exame especular e teste de Schiller na Tricomoníase
Colo em framboesa no exame especular e colpite tigroide (áreas coram e áreas não coram) no teste de Schiller
Qual a única vulvovaginite com tratamento do parceiro mandatório?
Tricomoníase (infecção sexualmente transmissível)!!! Candidíase apenas se parceiro sintomático.
Achado da microscopia na tricomoníase
Protozoários Flagelados
Tratamento da Tricomoníase
Metronidazol via oral
Risco de álcool + metronidazol (via oral)
Efeito dissulfiram-like (Antabuse) Recomendar abstinência de álcool
Vaginose citolítica - qual história clássica?
Mulher com vários tratamentos para candidíase sem melhora.
Vaginose citolítica - esfregaço e tratamento
Aumento dos lactobacilos. Tratamento é com banhos de assento com bicarbonato
Vaginite descamativa - quadro clínico
Vaginite purulenta crônica com substituição da flora normal, ausência de lactobacillus e colonização por cocos gram-positivos
Qual tratamento para vaginite descamativa?
Clindamicina e corticoide tópicos
Vaginite atrófica - o que é?
Atrofia do epitélio vaginal em mulheres pós menopausa
Vaginite atrófica - 5 sinais e sintomas?
- secura vaginal
- corrimento branco / amarelo fétido
- sangramentos vulvovaginais
- dispareunia
- sintomas urinários
Vaginite atrófica - como é feito o tratamento?
Estrógeno tópico
Principais agentes da cervicite e Doença Inflamatória Pélvica?
Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis
Apresentação mais comum das cervicites nas mulheres x homens
Mulheres: assintomática!
Homens: uretrite, disúria e descarga uretral purulenta
Quando sintomática nas mulheres, quais achados na cervicite?
secreção mucopurulenta
sangramento (colo friável)
dispareunia
Complicações da cervicite no homem pelo gonococo
Prostatite, epididimite, artrite e septicemia
Qual quadro da Síndrome de Reiter (artrite reativa) e agende relacionado?
Uretrite, artrite e conjuntivite. Clamídia.
Tratamento das cervicites ou uretrites
- Ceftriaxona (Gonococo)
- Azitromicina ou Doxiciclina (Clamídia)
Úlcera(s) genital dolorosa. Quais principais hipóteses?
Herpes e Cancro mole
Úlcera(s) genital não dolorosa. Quais principais hipóteses?
Sífilis, Linfogranuloma venéreo e Donovanose
Relacione os agentes das úlceras dolorosas: herpes e cancro mole
Herpes: herpes simples tipo 1 e 2
Cancro Mole: Haemophilus ducreyi
Relacione os agentes das úlceras não dolorosas: Sífilis, Donovanose e Linfogranuloma venéreo
Sífilis: Treponema Pallidum
Donovanose: Klebsiella granulomatis
Linfogranuloma venéreo: Chlamydia trachomatis.
Sífilis - característica da úlcera e linfonodo
Úlcera indolor, única, de fundo limpo.
Lindonodos não fistulizam
Tratamento da sílifis Primária, Secundária e Latente recente?
Penicilina G Benzatina 2,4 milhoes UI, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo)
Cancro mole - característica da úlcera e linfonodo
Úlcera dolorosa, linfonodo fistuliza por um único orifício (maioria dos casos)
Linfogranuloma venéreo - característica da úlcera e linfonodo
Úlcera indolor, linfonodo fistuliza em bico de regador (raros casos pode ser orifício único)
Donovanose - característica da úlcera e linfonodo
Lesão ulcerovegetante friável que expandem, indolor na maioria dos casos, sem linfonodo!
Herpes - características da úlcera e linfonodo
Úlceras rasas, agrupadas, dolorosas, sem fistulização
Qual o quadro clínico da primum infecção herpética?
Quadro sistêmico com cefaleia, febre, mialgia e adenopatia inguinal - além das lesões herpéticas (podem atingir colo do útero)
Qual quadro clínico da doença inflamatória pélvica?
Dor pélvica, febre e corrimento
Como é feito o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica?
3 critérios maiores + 1 menor OU 1 critério elaborado
Quais são os critérios maiores para diagnóstico da Doença Inflamatória Pélvica?
- dor pélvica,
- dor à mobilização do colo
- dor à palpação de anexos
Quais são os critérios menores para diagnóstico da Doença Inflamatória Pélvica?
- febre,
- sinais indiretos de infecção (hemograma e provas inflamatórias)
- secreção vaginal anormal,
- comprovação de infecção por gonococo ou clamídia
Quais critérios elaborados para diagnóstico da Doença Inflamatória Pélvica? (DIP)
- Endometrite histopatológica,
- Abscesso tubo-ovariano ou Saco de Douglas,
- Videolaparoscopia com evidências de DIP
Doença Inflamatória Pélvica - Abscesso tubo-ovariano ÍNTEGRO: tratamento?
Hospitalar com antibioticoterapia endovenosa
Doença inflamatória pélvica - abscesso em fundo de saco e tubo-ovariano ROTO: tratamento?
Cirurgia
Doença inflamatória pélvica - tratamento na peritonite x hemoperitônio
Peritonite - hospitalar antibioticoterapia endovenosa Hemoperitônio - cirurgia
Doença inflamatória pélvica - como é feito tratamento ambulatorial x internado
Ambulatorial: Ceftriaxone em dose única (gonococo) + 14 dias com Doxiciclina (clamídia) + Metronidazol (anaeróbios)
Internação: Ceftriaxone (gonococo) OU Cefoxitina (gonococo e anaeróbios) + Doxicilina por 14 dias
O que é a Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis e achado característico?
Abscessos hepáticos por complicação da doença inflamatória pélvica. Aderências em corda de violino.
O que é a reação de Jarisch-Herxheimer e qual a conduta?
Reação adversa à Penicilina (quadro sistêmico com cefaleia, exantema, mialgia e hipotensão) Tratamento de suporte. Não contraindica uso de penicilina.
Lesões benignas no HPV e tipos relacionados
Verruga ou Condiloma acuminado - tipos 6 e 11
Lesão oncogênica no HPV - quais tipos relacionados?
Tipo 16 e 18.
HIV - Profilaxia pós exposição - drogas e tempo máximo para início do tratamento
Até 3 dias do contato/abuso sexual. Tenofrovir + Lamivudina + Dulotegravir
Quantos dias após abuso sexual está indicada profilaxia contra Hepatite B?
14 dias
Quais condutas médicas no atendimento a vítima de violência sexual: sorologias, exames e notificação
1) Solicitar sorologias - HIV, Hepatite B e C, VDRL
2) Solicitar hemograma completo e transaminases
3) Pesquisa de Gonococo e Clamídia no conteúdo vaginal
4) Notificação imediata ao SINAN e Conselho tutelar (se menor)
Conduta médica proscrita em vitima de violência sexual
O médico não deve fazer boletim de ocorrência ou aguardar corpo de delito ao atender uma vítima de violência sexual
Profilaxia para doenças não virais pós exposição (violência sexual)
Sífilis - Penicilina Benzatina Infecção por Clamídia e Cancro mole - Azitromicina Infecção por Gonococo - Ceftriaxone Tricomoníase - Metronidazol
Vítima de violência sexual deve receber aciclovir?
Não
Critérios de Amsel - Vaginose Bacteriana (necessários pelo menos 3)
Corrimento vaginal homogêneo
pH >4,5
Presença de clue cells no exame de lâmina a fresco
Teste de Whiff positivo
Fatores de risco para a doença inflamatória pélvica
Múltiplos parceiros Parceiros com IST’s Idade entre 15 e 25 anos Imunossupressão Uso de contraceptivos
Principais complicações da DIP são:
infertilidade,
prenhez ectópica,
dor pélvica crônica,
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (acometimento hepático).
Tratamento da Herpes
Aciclovir
• Primoinfecção: 7 a 10 dias, iniciar o mais rápido possível.
• Recidiva: 5 dias, iniciar preferencialmente no período prodrômico
Tratamento do Cancro Mole
Azitromicina 1 g VO, em dose única. Parceiros sexuais devem ser tratados com o mesmo esquema, ainda que assintomáticos
Tratamento da Donovanose
Azitromicina 1 g VO, uma vez por semana. A duração é até a cicatrização das lesões, no mínimo por 3 semanas. Não é necessário tratar parceiros pela baixa infectividade.
Tratamento do Linfogranuloma venéreo
Doxiciclina 100 mg VO, de 12 em 12 horas por 21 dias. Parceiros sexuais assintomáticos devem ser tratados por uma semana com o mesmo antibiótico e dosagem ou com azitromicina 1 g, em dose única
Tratamento do HPV
- Ácido tricloroacético: lesão não extensas, inclusive em gestantes.Necessita de múltiplas sessões.
- Podofilina: Contraindicado em gestantes. Também necessita de múltiplas sessões.
- Crioterapia: Adequado para lesões mais extensas