Infecções do Trato Urinário Flashcards

1
Q

Introdução

A

• Grande causa de atendimentos em consultórios e em Emergências e gera grande custo para o sistema de saúde

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2
Q

Fatores para uma ITU:

A
  • Mecanismos de entrada
  • Hospedeiro
  • Patógeno
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3
Q

Mecanismos de entrada:

A
  • Via ascendente: é a principal via de entrada; mulheres em geral; homens com patologias obstrutivas; crianças com refluxo VU; instrumentação cirúrgica (sonda)
  • Via hematogênica: paciente com outras afecções ou hospitalizados (patógenos atípicos como Gram-positivos e TB)
  • Via direta: fístulas infecciosas, cirúrgicas ou neoplásicas
  • Reinfecção por alterações anatômicas com depósito do patógeno (estenosos, divertículos, urolitíase)
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4
Q

Fatores do hospedeiro:

A

• Alterações sistêmicas: imunodeficiências/ patologias consumptivas
• Alterações funcionais: geram estase urinária
• Alterações anatômicas: estase ou comunicações para sistemas contaminados
• Alterações fisiológicas por faixa etária:
< 1 ano: meninos → alterações do prepúcio (fimose), anormalidades anatômicas GU (refluxo VU)
≥ 1 ano: meninas
- 1-5 anos: anormalidades anatômicas (refluxo VU)
- 6-15 anos: anormalidades funcionais; sinéquias vaginais
- 16-35 anos: relações sexuais, diafragma
- 36-65 anos: aumento de infecção nos homens → cirurgia; alterações prostáticas; cateterismo
> 65 anos: incontinência, cateterismo, obstrução prostática; menopausa (alteração do ph vaginal e da microbiota)

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5
Q

Fatores do patógeno:

A
  • Adesividade bacteriana - fímbrias e flagelos
  • Resistência às defesas naturais do hospedeiro - antígenos capsulares (protegem contra fagocitose)
  • Invasividade no urotélio - produção de hemolisina e toxinas
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6
Q

Definição da ITU não complicada

A
  • Mulheres não gestantes e não menopausadas
  • Sem comorbidades ou alterações anatômicas conhecidas
  • Imunocompetentes
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7
Q

Sintomas da ITU não complicada

A

Baixo:
* Disúria, polaciúria e urgência miccional
* Pode ter hematúria e desconforto suprapúbico
* Ausência de leucorreia ou irritação vaginal

Alto:
* Baixo + dor lombar (constante e PPL +)/ febre (não necessário)

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8
Q

Diagnóstico da cistite não complicada (simples)

A

Clínica!

  • Disúria, polaciúria e urgência miccional
  • Pode ter hematúria e desconforto suprapúbico
  • Ausência de leucorreia ou irritação vaginal
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9
Q

Quando realizar cultura de urina na cistite não complicada?

A
  • Suspeita de pielonefrite
  • Sintomas que não melhoram ou recorrem dentro de 4 semanas após o termino do tratamento
  • Mulheres que apresentam sintomas atípicos
  • Mulheres grávidas
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10
Q

Tratamento da cistite não complicada:

A

1ª linha de tratamento (mulheres):
* Fosfomicina trometamol (Traturil, Monuril) - 3g DU (sache)
* Nitrofurantoína (Macrodantina) - 100mg 4x/dia por 5-7 dias
* Alternativas: cefalosporinas 2ª geração (cefadroxil, cefuroxima) - 500mg de 12/12h por 3-5 dias
* Não usar aminopenicilinas ou fluorquinolonas (resistência + risco de lesões do tecido conjuntivo, lesões de tendões e até lesões do SNC)

Se padrão local de resistência para E coli for < 20%:
* Trimetropina 200 mg 2x/dia por 5 dias
* Sulfametoxazol-trimetropina (800mg/160mg): 2x/dia por 3 dias

1ª linha de tratamento nas (homens):
* Sulfametoxazol-trimetropina (800mg/160mg): 2x/dia por 7 dias

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11
Q

Definição de ITUs complicadas

A

Infecção urinária comprovada por cultura com algum fator complicador

Fatores do hospedeiro:
- Criança ou homens com patologia obstrutiva (resíduo urinário comprovado > 100 ml)
- Alterações anatômicas congênitas ou adquiridas
- Neoplasias do TU ou que comprometam o mesmo
- Presença de corpo estranho no TU (litíase ou sondas/ cateteres)
- Alterações funcionais conhecidas (bexiga neurogênica, refluxo vesico-ureteral ou outras doenças neurológicas que comprometam o TU)
- DRC, DM ou algum quadro de imunodeficiência

Fatores do patógeno:
- Bactéria atípica ou com fatores de virulência ou multirresistente

Fatores relacionados ao quadro:
- Perioperatório de cirurgias no TU ou que comprometam o mesmo
- Quadro séptico

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12
Q

Tratamento das ITUs complicadas

A
  • Amoxicilina + aminoglicosídeo
  • Cefalosporinas de 2ª geração + aminoglicosídeos
    *Cefalosporinas de 3ª geração IV como tto empírico da ITU complicada com sintomas sistêmicos
  • Ciprofloxacino (se % de resistência < 10%): apenas de tto total realizado por VO, paciente não necessita de hospitalização, paciente alérgico à beta-lactâmicos
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13
Q

Definição de cistite de repetição

A

• Quadros de cistites não complicadas que acontecem principalmente nas mulheres - 2 casos em 6 meses ou 3 casos em 1 ano

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14
Q

Manejo e tratamento da cistite de repetição

A
  • Cultura de urina
  • Mudanças comportamentais que podem reduzir o risco (higienização com água corrente quando evacuar, não secar a vulva com papel higiênico, não usar calcinha de tecido sintético)

Tratamento:
* Reposição vaginal de estrogênio em mulheres pós-menopausa (grau de recomendação FRACO)
* Profilaxia imunoativa: uro-vaxom (proteína lisada da E. coli); cramberry
* Profilaxia antimicrobiana: nitrofurantoína DU diária ou pós-coito (CI: pacientes com IR/ avaliar função hepática) - usar quando todas as outras medidas falharem
* Autotratamento

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15
Q

Cistite complicada (pós-procedimento)

A
  • Diagnóstico clínico (história de procedimento)
  • Sempre solicitar cultura - risco de patógenos atípicos
  • ATB de amplo espectro (amoxicilina com clavulanato)
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16
Q

Avaliação da pielonefrite

A

• Anamnese + EF
• Exames laboratoriais + cultura + exame de imagem em casos complicados (ex. não melhora com tto)
- Imagem: ecografia, TC de abdome total sem contraste
• Avaliar internação

17
Q

Tratamento da pielonefrite

A
  • Amoxicilina + aminoglicosídeo
  • Cefalosporina de 2ª geração + aminoglicosídeo
  • Cefalosporina de 3ª geração IV -tratamento empírico com sintomas sistêmicos
  • Usar ciprofloxacino se % de resistência < 10%
18
Q

Quando tratar bacteriúria assintomática?

A

Cultura positiva em pacientes assintomáticos
* Gestante
* Imunodeprimidos
* Procedimentos urológicos prévios
* Pré-operatório

19
Q

Definição de prostatite

A

• Infecção da glândula prostática

20
Q

População mais afetada pela prostatite

A

• Homens jovens com uma vida sexual ativa, homens mais velhos com algum problema na próstata

21
Q

Prostatite crônica

A

• Idosos com problemas na próstata ou pacientes com prostatite aguda que cronificou
• Quadro brando, sintomas semelhantes a ITU inferior, mas com sintomas flutuantes
- Geralmente não tem polaciúria
- Disúria leve, sensação de não ter esvaziado a bexiga
- Dor na ejaculação!
• EF é praticamente normal somente desconforto maior ao TR
• Diagnóstico difícil - exame de secreção prostática após massagem próstatica por TR - difícil execução na prática
• Tratamento empírico

22
Q

Prostatite aguda

A
  • Dor períneo-uretral importante com LUTS (obstrução urinária, jato mais fraco da urina, disúria) de início ou piora súbita, febre com leucocitose e não é incomum apresentar bacteremia
  • Diagnóstico é clínico e não é recomendado fazer TR devido ao risco de bacteremia
23
Q

Tratamento da prostatite

A

• Mesmo tratamento das ITUs, porém a nitrofurantoína não é indicada pois tem pouca penetração no tecido próstatico
• Tratar por 4 a 6 semanas (sempre culturar antes de iniciar o tratameno)
- quinolonas, cefalosporinas de 2ª geração, amoxicilina-clavulanato
• No quadro agudo, se presença de sepse ou complicações, indica-se iniciar tratamento parenteral hospitalar