Imunizações e síndromes urinárias Flashcards

1
Q

Como é o calendário de imunização vigente no Brasil?

A
  • Ao nascer: BCG + hepatite B
  • 2 meses: Penta + Poliomielite (V1P) + Pneumo-10 + VORH
  • 3 meses: Meningo-C
  • 4 meses: igual ao 2º mês
  • 5 meses: igual ao 3º mês
  • 6 meses: Penta + Poliomielite (V1P) - 6 vacinas
  • 9 meses: Febre amarela
  • 12 meses: Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10
  • 15 meses: Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral
  • 4 anos: DTP + VOP + Febre amarela + Varicela
  • Adolescência: HPV + Meningo-C; dT (reforço 10/10 anos)
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2
Q

As vacinas do PNI podem ser aplicadas juntas?

A
  • SIM. Podem ser administradas de forma simultânea. Não tem mais risco de evento adverso, nem menos eficácia.
  • EXCETO: FA/Tríplice viral ou FA/Tetraviral em < 2 anos. Deve-se ter um intervalo de 30 dias entres elas
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3
Q

Qual o intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina?

A
  • Não há intervalo máximo
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4
Q

O que é período de latência?

A
  • É o período após a administração da vacina no qual o indivíduo ainda não começou a produzir anticorpos.
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5
Q

Qual o período de latência da vacina contra febre amarela?

A
  • 10 dias
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6
Q

Quais são as falsas contra-indicações de vacinação?

A
  • Doenças comuns benignas: afebril
  • Desnutrição: a criança desnutrida grave não tem uma resposta autoimune tão boa, mas tem
  • Alergia: contra-indicação verdadeira => anafilaxia prévia
  • Hospitalização: Contra-indicação verdadeira => VOP (SBIM - VORH)
  • História familiar de eventos adversos
  • Dose baixa de corticoide (tópico, inalatório, nasal). Contra-indicação verdadeira => Prednisona > ou = 2mg/Kg/dia ou > ou = 20mg/dia por dias ou mais
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7
Q

Quais são as vacinas de agentes vivos?

A
  • BRAVO 34 (7 vacinas)

- BCG; Rotavírus; febre Amarela; Varicela; VOP; TRÍplice viral; TETRAviral

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8
Q

Como são feitas as vacinas de agentes vivos?

A
  • Agentes atenuados e autorreplicativos
  • Via intradérmica (BCG); VO (VOP/VORH - transmissão fecal-oral) ou SC: para mimetizar o processo infeccioso pelo agente selvagem
    • SC: fica sendo liberado aos poucos na circulação, o que desenvolve uma viremia
    • Podem causar doença
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9
Q

Quais são as contraindicações de vacinas de agente vivos?

A
  • Imunodeprimidos
  • Gestantes: o vírus passa pela placenta e pode causar doença no feto
    • OBS.: mulher em idade fértil não pode engravidar por 30 dias após a vacinação
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10
Q

Qual agente está presente na BCG?

A
  • M. bovis atenuado: protege contra formas GRAVES de tuberculose (meníngea e miliar)
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11
Q

Como é aplicada a BCG e qual sua evolução?

A
  • Menores de 5 anos
  • Via intradérmica: inserção inferior do deltoide direito (para acompanhar a evolução)
    • Mácula => pústula => úlcera (< 1 cm) => cicatriz
    • Gânglio axilar ipsilateral à aplicação da vacina < 3 cm
    • NÃO REVACINAR a criança sem cicatriz
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12
Q

Quais os eventos adversos provocados pela BCG?

A
  • Úlcera > 1 cm (> 12 semanas)
  • Abscesso subcutâneo frio
  • Linfadenite SUPURADA
  • Tratados com Isoniazida
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13
Q

Quais as contra-indicações/ adiamento para BCG?

A
  • < 2 Kg e doença de pele muito extensa (M. bovis pode disseminar)
  • Contactante domiciliar bacilífero
  • Exposição a HIV: recebe a vacina BCG, pois a criança ainda não está imunodeprimida
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14
Q

Quais são as características da VOP (Sabin)?

A
  • Bivalente (VOP b1 e 3)
  • Reforço < 5 anos
  • Só pode fazer após a criança ter recebido a VIP
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15
Q

Quais os efeitos adversos da VOP?

A
  • Poliomielite vacinal: mais comum em indivíduo que nunca recebeu vacina para poliomielite
  • OBS.:
    1) VOP: interrompe a transmissão do vírus selvagem (ÚNICA)
    2) VIP: protege a pessoa, mas mesmo assim ela pode eliminar o polivírus selvagem, pois ele é replicado no intestino e eliminado nas fezes. Isso não acontece com a VOP, pois fica muito anticorpo no intestino e ele não é eliminado
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16
Q

Quais são as contra-indicações da VOP?

A
  • Contactantes de imunodeficientes e hospitalizados (vacinado elimina o vírus vacinal por certo tempo)
  • Se regurgitar: NÃO revacinar
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17
Q

Para o que serve a vacina contra o rotavírus (VORH)?

A
  • Previne contra diarreia grave
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18
Q

Qual a idade limite para se aplicar as doses da VORH?

A
  • 1ª dose: até 3 meses e 15 dias, pois é a idade em que ocorre o pico de invaginação intestinal da infência
  • 2ª dose: até 7 meses e 29 dias
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19
Q

Quais são as contra-indicações da VORH?

A
  • Invaginação prévia
  • Malformação intestinal não corrigida
  • NUNCA REAPLICAR
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20
Q

Quais são as indicações para aplicar a vacina contra febre amarela?

A
  • Indicada em todo o Brasil (2020)
  • Aos 9 meses e reforço aos 4 anos
  • Até 59 anos (idoso - após avaliação médica individual)
  • > 5 anos:
    • Não vacinado (NUNCA): 1 dose
    • Vacinado ANTES dos 5 anos com 1 dose: 1 reforço
    • Vacinado APÓS 5 anos: SEM reforço
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21
Q

Quais os eventos adversos da vacina contra febre amarela?

A
  • Doenças neurológicas

* Viscerotrópicas: potencialmente fatal

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22
Q

Quais as contra-indicações da vacina contra febre amarela?

A
  • < 6 meses (maior risco de desenvolver doença neurológica)
  • Mulheres amamentando crianças < 6 meses
  • Se MUITO necessário: suspender o aleitamento materno por no mínimo 10 dias (ideal 28 dias)
  • Anafilaxia a ovo (ÚNICA)
  • Imunodeficientes (?) - HIV/AIDS pode ser vacinado (avaliar contagem de CD4 e risco epidemiológico)
  • Gravidez (?): risco epidemiológico muito alto => ponderar com a paciente
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23
Q

A vacina tríplice viral protege contra quais doenças?

A
  • Sarampo, rubéola e caxumba
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24
Q

A vacina tríplice viral deve ser aplicada até qual idade?

A
  • Até 59 anos:
    • Até 29 anos: 2 doses
    • 30 a 59 anos: 1 dose
    • Profissionais da saúde: 2 doses
  • DOSE ZERO: feita antes dos 12 meses
  • 6 a 11 meses: Não é válida para rotina (nessa fase a criança ainda pode ter anticorpo materno, que não permite a replicação viral e não permite a resposta autoimune)
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25
Q

Como dever ser aplicada a vacina tríplice viral?

A
  • Vacina viral subcutânea
  • Respeitar o intervalo com hemoderivados: adiar a vacina de uso recente de imunoglobulinas ou hemoderivados (os anticorpos neutralizam os vírus vacinais => a vacina não deu certo)
  • Revacinar se imunoglobulina ou hemoderivados até 2 semanas após vacinação
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26
Q

A vacina tetraviral protege contra quais doenças?

A
  • Tríplice viral + vírus varicela atenuado
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27
Q

A vacina tetraviral pode ser feita até qual idade?

A
  • Até < 5 anos
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28
Q

Quando fazer a vacina tetraviral?

A
  • Apenas após a tríplice: maior risco de crise febril (convulsão febril)
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29
Q

Com quantos anos pode-se fazer a vacina da varicela?

A
  • 4 anos até < 7 anos
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30
Q

Quais vacinas são de agentes não vivos?

A
  • Hepatite B; penta; poliomielite (VIP); pneumo-10; meningo-C; hepatite A; HPV; Influenza
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31
Q

Quais são as características das vacinas de agentes não vivos?

A
  • Não causam doença
  • Podem conter adjuvantes/imunopotencializador
  • Via IM: para desencadear reação inflamatória muito intensa
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32
Q

O que é um imunopotencializador?

A
  • É um sal insolúvel, muito comum que seja o alumínio. Ele gera uma grande inflamação, a qual recruta células apresentadoras de antígeno, amplificando a resposta imune ao antígeno viral. Nas vacinas vivas o antígeno viral já se replica.
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33
Q

Como conjugar uma vacina?

A
  • Polissacarídeo não estimula linfócito T, assim não cria memória. Por isso, quando se conjuga o polissacarídeo da bactéria com a proteína, há garantia de memória.
    • Consegue imunizar < 2 anos
    • Resposta T-dependente (memória)
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34
Q

Como a vacina contra a hepatite B é feita?

A
  • Apenas com o HBsAg. Dessa forma, o paciente terá apenas o anti-HBs
35
Q

Quais as pessoas que devem receber a vacina contra a hepatite B?

A
  • Toda a população
  • Aplicação: primeiras 12 horas de vida, pois as pessoas infectadas no 1º ano de vida têm maior risco de evoluir com hepatite crônica
36
Q

O que fazer com a criança quando a mãe é HBsAg +?

A
  • Vacina e imunoglobulina até o 7º dia de vida da criança (hiper-imune) em pernas diferentes. A imunoglobulina não interfere na vacina, pois ela não é viva.
37
Q

Como proceder diante de uma pessoa com mais de 7 anos não vacinada para hepatite B?

A
  • 3 doses (0-1-6 meses)

- Considerar doses prévias

38
Q

A vacina penta protege contra quais doenças?

A
  • DTP (difteria + tétano + coqueluche - tríplice bacteriana celular) + HiB + hepatite B
39
Q

A penta pode ser feita até qual idade?

A
  • Até < 7 anos
40
Q

Quais os eventos adversos da vacina penta?

A
  • Principalmente com a DTP
  • Febre alta (> 39/39,5ºC) ou choro persistente/incontrolável (> 3 horas): DTP => Não modifica o esquema vacinal subsequente. Receber analgésico ou antitérmico
  • Episódiohipotônico-hiporresponsivo (alteração da cor: pálida ou cianótica após 48 horas) e/ou convulsão (72 horas depois): DTPa (tem apenas fragmentos de Bordetella pertusis) => CRIE
  • Encefalopatia: DT => CRIE
41
Q

Como deve ser o esquema vacinal da penta de acordo com a idade ou gravidez?

A
  • DTP, DTPa e DT: < 7 anos
  • dT: > 7 anos (tem menos componente difterico)
    • Reforço: 10/10 anos
    • > 7 anos NÃO vacinado: 3 doses + reforços
  • dTpa: gestante > 20ª semana (ou puérpera)
42
Q

Contra quais doenças a vacina pneumocócica 10-valente atua?

A
  • 10 sorotipos:
    • Doença pneumocócica invasiva (meningite pneumocócica, sepse pneumocócica, pneumonia com bacteremia pneumocócica)
    • Otite média aguda
43
Q

Como é o esquema vacinal da vacina pneumocócica 10-valente?

A
  • Até < 5 anos

* Criança > 1 ano sem vacina: basta 1 dose única

44
Q

Que pessoas podem receber a vacina pneumo 13-conjugada?

A
  • > 5 anos: HIV, neoplasia, transplante, SEM PNEUMO-10
45
Q

Que pessoas podem receber a vacina pneumo 23-valente (polissacarídica)?

A
  • Sempre é uma proteção complementar
  • > 2 anos com comorbidades (CRIE)
  • Idosos institucionalizados
46
Q

Qual o esquema vacinal da meningocócica C?

A
  • Até < 5 anos
  • Criança > 1 ano sem vacina: basta 1 dose única
  • MS: adolescente 11-12 anos (1 dose ou reforço) - independente da situação vacinal prévia, pois adolescentes são importantes reservatórios de Neisseria meningitis. Portanto, são portadores sãos e assintomáticos
47
Q

Até quando se pode fazer a vacina VIP?

A
  • Sempre nas doses iniciais

* Até < 5 anos

48
Q

Qual o esquema vacinal contra a hepatite A?

A
  • Até < 5 anos
  • SBP e CRIE: 2 doses => 12 e 18 meses
  • MS: 15 meses
  • Doença crônica: não tem limite de idade
49
Q

Qual a composição da vacina Influenza?

A
  • Vírus inativado (não causa gripe) - trivalente (2A - 1B)

* A composição é modificada todos os anos

50
Q

Quais as idades que podem receber a vacina contra Influenza de acordo com a campanha de 2020?

A
  • 6 meses a < 6 anos
  • 55 - 59 anos
  • Esquema: 6 meses a 9 anos => doses na primovacinação com intervalo de 30 dias
    • > ou = 9 anso: 1 dose
    • DEPOIS: reforço anual
  • ATENÇÃO: anafilaxia a ovo => PODE RECEBER
51
Q

Qual vacina contra HPV é oferecida na rede pública de saúde?

A
  • Quadrivalente
52
Q

Quais as indicações para receber a vacina contra HPV?

A
  • Meninas: 9 a 14 anos
  • Meninos: 11 a 14 anos
    • Devem receber 2 doses (0-6 meses)
  • HIV/AIDS - imunossuprimidos: 9 a 26 anos para ambos os sexos: 3 doses (0-2-6 meses)
  • > 15 anos: sempre 3 doses
53
Q

Quais vacinas estão indicadas para adolescentes nunca vacinados de acordo com o Ministério da Saúde?

A
  • 10 a 19 anos
    • Hepatite B: 3 doses
    • Tríplice viral: 2 doses
    • dT: 3 doses + reforço 10/10 anos
    • Febre amarela
      => se 1 dose antes dos 5 anos: reforço
      => 1 dose a partir dos 5 anos: não precisa de reforço
  • OBS.: Se vacinado, considerar as doses anteriores
  • PARA TODOS (conforme faixa etária): HPV e meningo-C
54
Q

Com quantos anos a criança adquire o controle miccional?

A
  • 2 aos 5 anos

* Primeiro ocorre o diurno e depois o noturno

55
Q

Um quadro de febre sem sinais localizatórios pode indicar o que?

A
  • Doença infecciosa
  • Doença viral benigna autolimitada
  • Infecção bacteriana subjacente: a principal é a infecção do trato urinário (sempre investigar)
56
Q

O que é necessário para conseguir realizar um cateterismo vesical?

A
  • Uretra centrada, pois assim é possível visualizar o meato ureteral
57
Q

Quais são as alterações no hemograma de uma infecção bacteriana subjacente?

A
  • Leucócitos > 15.000

* Bastões > 1.500

58
Q

Quais são as alterações no EAS de uma infecção bacteriana subjacente?

A
  • Piócitos aumentados: marcador de inflamação

* Nitrito positivo: marcador de bactérias gram negativas na urina

59
Q

Qual a fisiopatologia de uma infecção urinária?

A
  • É uma infecção ascendente. Bactérias do períneo ou do prepúcio ascendem até o interior da bexiga
60
Q

Defina cistite

A
  • Bactérias começam a se multiplicar dentro da bexiga, formando um processo inflamatório
61
Q

Defina pielonefrite (inflamação do parênquima renal)

A
  • Bactérias de uma cistite ascendem pelo ureter até a pelve renal, refluindo para o parênquima renal.
  • No período neonatal pode-se ter uma pielonefrite por disseminação hematogênica.
62
Q

Qual mecanismo de proteção contra infecção urinária?

A
  • Fluxo miccional
63
Q

Quais são os fatores de risco para cistite?

A
  • São aqueles que interferem no fluxo miccional
  • Disfunção miccional (alteração na coordenação miccional) - não há esvaziamento vesical completo
  • Constipação
  • Obstruções urinárias (distal à bexiga) => válvula de uretra posterior (exclusiva do sexo masculino) - o paciente já apresenta hidronefrose, distensão vesical na vida intra-uterina
64
Q

Qual o fator de risco para pielonefrite?

A
  • Refluxo vesicoureteral (refluxo da urina da bexiga para o ureter)
65
Q

Qual a etiologia da infecção urinária?

A
  • Escherichia coli (principal): pode levar à cistite hemorrágica
  • Proteus: possível no sexo feminino, mas é muito mais comum em menino maior de 1 ano. Está relacionado com a formação de cálculos de estruvita. A alcalinização da urina favorece a formação desses cálculos
  • Outros gram negativos (Klebsiella; pseudomonas - não é comum, mas é preocupante em paciente com manipulação do trato urinário, como cateterismo)
  • Gram positivos: Staphylococos saprophyticus (adolescentes e mulheres jovens sexualmente ativas)
  • Vírus: adenovírus => cistite hemorrágica
66
Q

Qual o quadro clínico da infecção urinária?

A
  • Manifestações inespecíficas
  • Manifestações específicas: MAIS VELHOS (disúria, polaciúria, estrangúria)
  • A febre pode ser a ÚNICA manifestação
  • Cistite pode ser afebril. Com febre, assume-se pielonefrite
67
Q

Como é feito o diagnóstico de infecção urinária?

A
  • Diagnóstico laboratorial
    • EAS
    • Bacterioscopia
    • Urinocultutra
68
Q

O que se procura no EAS para diagnosticar infecção urinária?

A
  • Presença de sinais de inflamação e marcadores de presença de bactérias
  • Marcadores inflamatórios: alta sensibilidade, mas não são específicos
    => Bioquímica: esterase leucocitária - enzima presente quando se tem leucócitos na urina
    => Microscopia: piúria (> ou = 5)
  • Marcadores da presença de bactérias
    => Nitrito (principal): Gram negativos convertem nitrato em nitrito. A sensibilidade é baixa, mas a especificidade é alta, pois somente algumas bactérias fazem essa conversão
69
Q

O que se procura na bacterioscopia para diagnosticar infecção urinária?

A
  • Bacteriúria e gram
70
Q

EAS alterado confirma diagnóstico de infecção urinária?

A
  • NÃO. Apenas reforça a hipótese diagnóstica. A única maneira de confirmar é a urinocultura
71
Q

Como é feita a urinocultura?

A
  • Jato médio: realizar em paciente com controle esfincteriano (> ou = 100.000 unidades formadoras de colônia)
  • Sem controle esfincteriano:
    • Saco coletor: NÃO SERVE PARA AVALIAR URINOCULTURA. Tem valor quando seu resultado é NEGATIVO; > ou = 100.000 unidades formadores de colônia
    • Cateterismo: > ou = 50.000 unidades formadoras de colônia
    • Punção suprapúbica: qualquer crescimento bacteriano > ou = 50.000 unidades formadoras de colônia. Exceto quando houver PEQUENO crescimento de bactérias gram +: contaminação de bactérias da pele
72
Q

Como é o tratamento da cistite?

A
  • Ambulatorial
  • Duração do tratamento: 3 a 5 dias
    • Sulfametoxazol - trimetoprim (algumas referências não indicam)
    • Nitrofurantoína
    • Amoxicilina
73
Q

Como é o tratamento hospitalar da pielonefrite?

A
  • Duração do tratamento: 7 a 14 dias
    • < ou = 1 mês
    • Sepse
    • Não ingere líquidos; desidratação; vômitos; prostração
  • Ampicilina (gram +) + aminoglicosídeo (gram -)
  • Cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxone, porém não pega algumas bactérias gram+)
74
Q

Como é o tratamento ambulatorial da pielonefrite?

A
  • Cefixima, ceftriaxona, CIPROFLOXACINO (EX.: SUSPEITA DE INFECÇÃO POR PSEUDOMONAS)
  • Criança com febre: SEMPRE obter uma amostra de urinocultura antes de começar a tratar. Mas, não se deve aguardar o resultado para começar a tratar, senão pode evoluir com cicatriz renal. A longo prazo: perda da função e HAS. Deve-se procurar combater o fator de risco
75
Q

Defina refluxo vesicoureteral

A
  • É a implantação anômala do ureter na parede da bexiga. Ao invés de ser oblíquoa, a implantação é perpendicular. Isso favorece a ascensão de bactérias patogênicas
  • Refluxo vesicoureteral primário idiopático: problema na implantação
  • Secundário: a implantação é correta. Mas, existe alguma situação que aumenta a pressão da bexiga, provocando refluxo da urina para o ureter
76
Q

Qual a história natural do refluxo vesicoureteral?

A
  • A história natural é que se resolva espontaneamente ao longo dos anos
77
Q

Quais exames de imagem são utilizados para diagnosticar o refluxo vesicoureteral?

A
  • USG de rim e vias urinárias
  • Cintilografia renal com DMSA
  • Uretrocistografia miccional
78
Q

O que é permitido identificar no USG de rim e vias urinárias referente ao refluxo vesicoureteral?

A
  • Identifica malformações grosseiras do aparelho urinário. Não permite dar o diagnóstico definitivo de refluxo vesicoureteral
79
Q

Quais as funções da cintilografia renal com DMSA?

A
  • 1ª função: na fase aguda => mostra alterações do parênquima renal que dá a certeza de pielonefrite
  • 2ª função: vários meses após o episódio agudo => permite observar a formação de cicatriz no parênquima renal (tecido renal substituído por tecido fibroso). Não dá o diagnóstico de refluxo vesicoureteral. Mas, ajuda a observar consequências
80
Q

Como é realizado a uretrocistografia miccional?

A
  • Faz-se um cateterismo vesical e injeta-se contraste no interior da bexiga e radiografia. Se houver refluxo, o contraste no ureter pode chegar até a pelve renal. Esse exame dá o diagnóstico e o grau do refluxo
81
Q

Quando investigar o refluxo vesicoureteral segundo Nelson?

A
  • Academia Americana de Pediatria 2011 - Infecção urinária febril entre 2 meses e 2 anos
  • 1º episódio de pielonefrite:
    => USG normal: não realizar outro exame
    => Se alteração presente: uretrocistografia miccional
  • Após 2º episódio de pielonefrite
    => uretrocistografia miccional
82
Q

Quando investigar o refluxo vesicoureteral segundo o Tratado da SBP?

A
  • < 2 anos com ITU confirmada (com ou sem febre)
    • USG + uretrocistografia miccional
      => Com alterações: cintilografia renal com DMSA para avaliar as consequências desse refluxo
83
Q

Na PROVA, como deve ser o diagnóstico de refluxo vesicoureteral?

A
  • Cintilografia renal com DMSA é o padrão-ouro para ter certeza de pielonefrite e permite identificar a formação de cicatrizes renais.
  • 1º exame a ser indicado: USG => se alterado: uretrocistografia miccional