Idade do Bronze Flashcards
O Colapso da Grécia Pré-clássica (LH III C/LM III C/LC III tardio-final [1200/90-1075/50])
- Colapso do final da Idade do Bronze;
- Destruição generalizada dos palácios no Egeu;
*Colapso da administração e cultura palaciana;
*Desaparecimento da cultura Escrita (Linear B). - Colapso Societal;
*Abandono dos centros urbanos/proto-urbanos; Colapso populacional;
*Rutura da rede comercial; Retrocesso económico;
*Simplificação das fórmulas artísticas: Sub-Micénico/Sub-Minoíco. - Recuperação temporária no séc. 12 BCE?;
- Quebra da continuidade cultural Minoíca-Micénica;
- Propostas de causas:
*Migrações/Invasões: Gregos? (Dóricos, Jónicos); “Povos do Mar”?;
*Desastre natural? Terramoto? Alterações climáticas?;
*Guerra civil? Colapso do Sistema?
A sociedade parece simplificar-se (palácios são abandonados). Houve uma quebra societal e da sofisticação da sociedade.
NOTA: mais ou menos ao mesmo tempo em Creta e Grécia Balcânica.
- Deixam de escrever, o Linear B não vai regressar;
- A cultura material via-se simplificar;
- Reocupação de sítios Micénicos geralmente como santuários, quando acontece;
- Os enterramentos empobrecem;
- As formas e pinturas na cerâmica são significativamente mais simples e pobres.
NOTA: BASILEV substitui ANAX
Bronze na Itália
Mais tardio do que o Bronze na Grécia. Não se verifica a mesma sintonia com o médio oriente.
Não se verifica escrita autóctone ou importada. O espaço era mais fechado (trocas) e a cerâmica era mais simples.
- São comunidades menos sofisticadas, havendo menos registo deste período.
Culturas da Itália: do Bronze ao Ferro
- Bronze inicial: comércio muito baseado na pastorícia e transomácia; em termos fúnebres temos a emanação. Temos pouca densidade populacional (homogéneo).
- Bronze médio: comércio mantém-se essencialmente pastorício. Há um crescimento demográfico mesmo que pequeno. Surgem duas culturas distintos a cultura Apenina (enterramentos) e cultura Terramare (cremação).
Cultura Terramare - essencialmente no vale do pó, navegável e de fácil acesso ao resto da Europa. Comércio mais diversificado, com matérias do oriente. Cremação e deposição em urnas.
Culturas Apeninas - homogéneas. Cerâmica de empasto, rica em micas, oxidadas no forno para torna-la toda preta.
- Bronze tardio: encontramos em cemitérios locais cerâmicas micénicos, em minoria o que pode significar importação destes bens para uma elite. Os cemitérios eram criadas em sítios estratégicos (sugere uma estabilização destas culturas na Itália).
NOTA: culturas na Sicília são uma continuidade das culturas Apeninas.
Cultura Nuraghi - aparece na Sardanha até ao ferro. Parece surgir com o contacto micénico (contacto com os Etruscos e Cartagianos).
Não há provas da importação da escrita.
Bronze Final (Itália)
Cultura Villanovense - onde vai surgir a cultura Etrusca
Desaparece a cultura Terramare.
Tuscania - complexificação com o colapso e não uma simplificação.
NOTA: comunicação entre o Egeu e o Oriente desaparece.
Culturas Terramare e Villanovense - em sintonia com o Norte e Centro Europeu, as URFIELD. Deposição de ossos em urna com alguns objetos.
- Multiplicidade linguística.
Padrão bicónico (urnas como que com capacete). Vem com pequenos armamentos, etc. Enterramentos em necrópoles (continuação com os Etruscos) na ordem por vezes das centenas de milhares o que nos fala de uma hierarquia horizontal (muita gente enterrada).
Bolonha - primeiro centro que pode ser considerado proto-urbano.
Etruria - área rica em vários tipos de metais. Parece que são a cultura que introduz o cavalo na Itália.
NOTA: a cremação avança para sul com a cultura Villanovense.
Cultura dos Enterramentos (Fossakultur)…
Cultura lacial - cabans e casas onde põem as cinzas. Cultura que parece ser aristocrática com elementos guerreiros.
Tese tradicional: Teoria das 3 Migrações
- Narrativas das chegadas dos Dórios: Colapso Micénico (LH IIIC inicial);
- Migração Eólica e Jónica; Continuidades Culturais;
- Consistências Linguísticas; Explicação do Arcado-Cipriota.
Idade do Ferro ou Idade das Trevas (perda da escrita).
Deveria ter ocorrido uma migração Dórica para o Peleponeso e após Creta; Melos; Thera; Rodes e Dória/cidades na Ásia (cidades-estado na Anatólia).
Os Gregos da Tessália e Boécia teriam sido puxados para Eólia. E os Acala e Ática fugiram para a Jónia (mais Arcádia e Creta para Chipre).
O maior problema é que não há vestígios destas invasões. Esta teoria vem muitas vezes das histórias, dos mitos que os próprios Gregos contam de si próprios. Sem ter em conta e contexto das narrativas (ex: campanhas políticas).
Contestação do Modelo Tradicional: Retorno Geométrico e Aculturação
- Inconsistências das narrativas e mitos; função propagandística;
- Gregos já presentes na Ásia Menor - Destruição quase simultânea das comunidas [LH IIIC];
- Silabário Cipriota: contactos anteriores ao colapso;
- Ausência/rarefação de achados;
- Continuidades “regionais” explicáveis;
*“Sobrevivência de Atenas”;
*Colonização Espartana;
*Incidência Tessálica/Beócia. - Permanência de elementos não-gregos;
- Revisão conceptual;
*Migrações Gregas para a Ásia Menor;
*Migrações e Historiografia;
*Retorno lento ou recuperação? - O que terá causado este retorno?
Não parecem desenvolver-se de repente, mas sim com a aculturação e ligações. Há claras continuidades culturais que nos podem indicar uma dependência e/ou só uma aproximação geográfica.
NOTA: este espaço vai ter algumas populações não Gregas (Éteocretense; Língua de Lemnos; Culto de Jacinto).