Hipertireoidismo Flashcards
O que é?
Aumento da função da tireoide -> excesso de hormônios tireoidianos formados exclusivamente pela tireoide
Diferente de tireotoxicose: que tem um excesso de hormônio tireoidiano vindo de qualquer lugar, etiologia
A causa mais comum de Hipertireoidismo com tireotoxicose
Doença de Graves (80%)
Causa um bócio difuso tóxico
Aumento do autoanticorpo estimuladores do receptor de hormônio tireoestimulante (TRAb)
Exclusivo: oftalmopatia de graves e mixedema pré-tibial - edema não depressível (por causa da reação cruzada do anti-TRAb)
Insuficiência cardíaca de alto débito
Aumento da RVP- diminuição da pressão diastólica- redução do tempo de diástole
Aumento da pressão sistólica: por aumento de contração do miocárdio
Hiperventilação
Fibrilação atrial em idosos
Osteoporose
Hipercalciúria
Hipocalemia
Aumento do SHBG
Aumento da globulina ligadora de tireogl
Outras causas de Hipertireoidismo com tireotoxicose
1)Bócio multinodular tóxico: mais comim, mais em >50 anos, sobrecarga de iodo, tabagismo, mutação TSH-R, causa bócio grande-> potencialmente mergulhante
2)Adenoma tóxico = DOENÇA DE PLUMMER
o mutações ativadoras do receptor do TSH
• TSH-R, GNAS, RAS
• jovens, em torno dos 40 anos o hiperplasia, hipertrofia e hiperfunção do nódulo
o autonomia:
• produção hormonal independente do
estímulo TSH
o menos comum
o ocorre em indivíduos mais jovens (30 a 40 anos)
o tireotoxicose mais provável nódulos › 3 cm
3) A subunidade alfa do HCG tem afinidade pelo TSH, então se o HCG aumenta o TSH aumenta-> e causa algum tipo fe hipertireoidismo-> acontece por exemplo na mola hidatiforme, coriocarcinoma
4) entre outras
A causa mais comum de tireotoxicose sem hipertireoidismo
São as que não forma bócio, porque não tem hiperfuncionamento da glândula nem consequente hipercaptação
1) Tireotoxicose factícia
Ingestão acidental ou intencional de T3, T4 ou derivados (fórmulas, pré-treino…)
Suspeitar:
1. Mulheres
2. Transtorno psiquiátricos
3. Ausência de bócio
2)Tireoidites:
Exemplo: as tireoidites inflamatorias -> Tireoidite subaguda dolorosa ou de DeQuervain
Tem 3 fases: tireotoxicose, hipo após, e depois atinge eutireoidismo
Qual o diagnóstico de hipertiroidismo?
TSH mais sensível suprimido
T4I aumentado, T3t aumentado (tireotoxicose por T3)
Relação T3t/T4t>20 (na tireoidite essa relação está menor que 20)
Tireotoxicose factícia dosar tireoglobulina: baixa
Dosar TRAb:
o gestantes com AP de DG
o DDX hipertireoidismo materno versus DG
o eutireoidiano com acometimento ocular
Anti Tg (50%) e anti-TPO (90%) também podem estar positivos
Cintilografia de tireoide: para captação de iodo. Só para aqueles casos que você quer diferenciar dentro dos que causam hipertireoidismo (que são os captantes): um adenoma tóxico a captação é mais local, na DG e BMNT é mais difusa
USG e cintilo
Usg: fluxo aumentado
Cintilo: NÓDULO QUENTE: captação difusa (doença de graves), captação nodular única (adenoma tóxico), captação nodular difusa (BMT), NÓDULO FRIO: sem captação OU pouca (factícia)
Só vai captar se tiver hipertireoidismo
Outra indicação de cintilo: nódulo onde aparece no USG + TSH baixo -> porque pode ser causas de hipertireoidismo (nodúlo quente) ou CA (nódulo frio)
Tratamento
Reduz a conversão T4-> T3
São as tionamidas:
Metimazol 10-30: leve
40-60: moderado/grave
Ele tem mais efeitos colaterais: teratogênico
Propiltiouracila: gestantes (primeiro trimestre) e tempestade tireoidiana. Menos efeito colateral
Uma droga não contraindica a outra
Essas drogas são hepatotóxicos, observar como estão as transaminases e risco de agranulocitose (raro), anemia aplasica
Metimazol tem menos risco de insuficiencia hepatica
Betabloqueadores: atenolol, propanolol
Radiodoterapia:
o adenoma tóxico
o BMNT
o recidiva após tionamidas
o contraindicação ao tratamento medicamentoso e
cirúrgico
o controle rápido do hipertireoidismo
o pretensão de gestação (depois de 2 anos)
Suspender tionamida 7-14 dias antes
Não pode em oftalmopatia em atividade
EFEITOS ADVERSOS:
indução do hipotireoidismo
piora transitória da tireotoxicose
dor cervical
piora da oftalmopatia de Graves
contraindicado na gestação e lactação (colher beta-HCG
em toda mulher fértil
hipogonadismo hipergonadotrófico
Cirurgia
paciente sem controle medicamentoso
o recusa ou contraindicação de radioiodoterapia
o neoplasia tireoidiana associada
o gestação planejada em 6 meses
o hiperparatireoidismo associado
o crianças e adolescentes
o bócio volumoso > 80 g, com sintomas compressivos
Deixar paciente eutireoideo pra cirurgia, usar antireoidiano e betabloqueador antes pra evitar que vá com tireotoxicose pra cirurgia e evitar complicações
Risco da cirurgia: hipotireoidismo, hipoparatireoidismo e lesão do nervo laríngeo recorrente
Tratamento hipertiroidismo gestante
1° trimestre:
• preferência pelo PTU
• MMZ: aplasia cútis, atresia de conas e esôfago e face
dismórfica
о 2° e 3° trimestres:
• preferência pelo MMZ: menor risco de hepatotoxidade
• Alvos:
• TSH: 0,05 mUI/1
•T4I e T4t: limite superior da normalidade
• deixar a mãe discretamente hipertireoideia
Tireoidectomia:
o reação adversa grave
o altas doses de tionamidas
o má adesão
о preferencialmente: 2° trimestre
Associação com qual síndrome poliglandular?
Tipo 2: doença de addison + DM1 + alguma doença autoimune da tireoide
Radioiodo como tratamento
Para alguns casos de BMNT, casos refratários, contraindicação aos medicamentos, para adenoma tóxico para controle definitivo e rápido
Crise tireotoxicose
Condição rara e de mal prognóstico
Instabilidade
Não existe valores de dosagem dos hormônio tireoidianos específicos para a crise tireotoxica.
É a tempestade tireoidiana
Precisa tratar com PTU (menos efeitos colaterais e meia vida maior), corticoide (ambos para bloquear T4-> T3), iodo frio (ajuda no efeito Wolff–Chaikoff, e reduz o risco de Jod-Basedow e piorar)
Manejo inicial de um paciente com um abaulamento cervical, ou lesão nodular cervical, suspeita de ser de origem tireoidiana
Temos como exames iniciais a solicitação da dosagem do TSH e a ultrassonografia da tireoide.
A ultrassonografia é importante para verificarmos se o abaulamento ou lesão nodular cervical, que pode ter sido verificada pelo paciente ou pelo médico durante a consulta, é realmente um nódulo tireoidiano. Apesar de localizar-se na topografia da tireoide, podemos estar diante de um linfonodo, cisto congênito ou alguma outra lesão sólida adjacente à esta glândula.
Neste primeiro momento, a ultrassonografia pode ser executada sem a obrigatoriedade de realização de doppler.
Este recurso pode ser posteriormente utilizado, caso seja confirmada a presença de nódulo no parênquima tireoidiano, ajudando na avaliação da probabilidade de malignidade, conforme descreverei mais adiante.
Já o TSH serve para verificar a função da glândula, medindo de forma indireta os níveis os hormônios próprios tireoidianos, através do conhecido feedback regulatório entre o TSH e o T3/T4.
1)Quando o ultrassom verifica que estamos diante de um nódulo tireoidiano, e o TSH se apresenta diminuído (ou suprimido), o próximo passo é a realização de uma cintilografia.
Esta é a unica indicação de cintilografia na avaliação de nódulo tireoidiano.
Fluxograma:
1)TSH:
-Aumentado/normal: usg -> ver características
-Diminuido: cintilo -> quente (causas de hipertireoidismo, de boas), -> frio: fazer usg -> ver características, muito provavelmente é maligno
Qual a manifestação cardiovascular mais comum?
Taquicardia sinusal
FA é a arritmia mais comum e em idosos