Hérnias Flashcards

1
Q

O que é uma hérnia?

A

É a protusão de qualquer órgão ou estrutura através de seus confinamentos anatômicos

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2
Q

Hérnias mais frequentes na prática clínica

A

Hérnias inguinais indiretas à direita (explicado pela atrofia mais tardia do conduto peritoneovaginal deste lado)

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3
Q

O que explica a hérnia inguinal indireta?

A

O conduto peritoneovaginal (processus vaginalis) é um túnel criado pela descida do testículo (vai empurrando o peritônio) da cavidade abdominal em direção à bolsa escrotal. Esse túnel é normalmente obliterado após o nascimento. Quando não ocorre o fechamento, ou ocorre o fechamento parcial, permanece uma comunicação entre a cavidade abdominal e o canal inguinal. Esse defeito congênito, associado com fatores desencadeantes (muita pressão intra-abdominal) pode gerar uma hernia indireta

As hérnias inguinais indiretas se manifestam através do anel inguinal interno

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4
Q

O que explica a hérnia inguinal direta?

A

Resultado de alterações adquiridas - enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal
Mais comum em idosos, pela sarcopenia

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5
Q

Onde ocorre a hérnia inguinal direta?

A

Dentro do triângulo de Hasselbach

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6
Q

Fatores ambientais que podem predispor a hérnias

A

Tabagismo - interfere na síntese de colágeno
Idade avançada
Desnutrição
Doenças crônicas debilitantes
Atividade física intensa

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7
Q
  1. Saco herniário que se anuncia lateralmente aos vasos epigástricos inferiores
  2. Saco herniário que se anuncia medialmente aos vasos epigástricos inferiores
A
  1. Hérnia inguinal indireta
  2. Hérnia inguinal direta
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8
Q

Quais são as hérnias inguinocrurais?

A

Hernia inguinal direta
Hernia inguinal indireta
Hernia femoral

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9
Q

Exames complementares que podem ser utilizados para o diagnóstico de hérnia inguinal

A

Ultrassonografia
Caso persista a dúvida - TC de abdome

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10
Q

Manobra de Valsalva para hérnias inguinais e interpretação

A

Colocar o indicador dentro do canal inguinal. Pedir ao paciente para fazer uma Valsalva (assoprar o dorso da mão). Caso durante a Valsalva sinta algo tocar na ponta do dedo é uma hérnia indireta, e caso tocar dentro do dedo, é uma hérnia direta

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11
Q

Manobra de Landivar para hérnias inguinais e interpretação

A

Fazer uma palpação que oclua o anel inguinal interno, pela topografia cutânea. Pedir para o paciente fazer uma Valsalva. Caso haja abaulamento, se trata de uma hérnia direta, e caso nada aconteça, é uma hérnia indireta

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12
Q

Queixas mais frequentes de hérnia inguinal

A

Sensação de peso ou dor mal definida na região inguinal, associada aos esforços. A dor pode estar acompanhada da presença de abaulamento na região inguinal

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13
Q

O que é uma hérnia redutível?

A

Aquela que o saco herniário retorna à cavidade abdominal, espontaneamente, ou através de manobra manual (manobra de Taxe)

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14
Q

O que é uma hérnia encarcerada?

A

É uma hérnia em que não é possível a redução do saco herniário (redutível)

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15
Q

O que é uma hérnia estrangulada?

A

Ocorre quando o encarceramento leva ao comprometimento vascular, com o paciente apresentando dor intensa, acompanhada de sinais flogísticos na região inguinal

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16
Q

Tipos de hérnia inguinal que podem levar à obstrução intestinal

A

Hérnias encarceradas e estranguladas

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17
Q

Fatores desencadeantes que podem estar associados à hérnia e ser vistos no exame físico

A

Hipertrofia prostática
Ascite
Tosse crônica
Constipação crônica
Tumorações abdominais volumosas

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18
Q

O que é uma hernia inguinoescrotal?

A

Em hérnias indiretas volumosas, o saco herniario pode se insinuar para dentro da bolsa escrotal

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19
Q

Quais hérnias podem ser classificadas pelo sistema de Nyhus?

A

Inguinais e femorais

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20
Q

Classificação de Nyhus tipo I

A

Hérnia indireta com anel inguinal profundo normal (até 2 cm)

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21
Q

Classificação de Nyhus tipo II

A

Hérnia indireta com anel inguinal interno dilatado, porém com parede posterior preservada

22
Q

Classificação de Nyhus tipo III

A

Todas tem defeito na parede posterior

IIIA - Hérnia direta
IIIB - Hérnia indireta
IIIC - Hérnia femoral

23
Q

Classificação de Nyhus tipo IV

A

Hérnias recidivas
IV.A - Direita
IV.B - Indireta
IV.C - Femoral
IV.D - Mistas ou combinadas

24
Q

Tratamento das hérnias inguinais

A

Sempre cirúrgico - hernioplastia inguinal à Lichtenstein (abordagem anterior) ou videolaparoscópica (abordagem posterior)

25
Sinais de sofrimento isquêmico de uma hérnia (estrangulada)
Dor intensa local Febre ou sinais de sepse Instabilidade hemodinâmica Queda do estado geral Peritonite Obstrução intestinal Normalmente, após 6-8 horas de encarceramento é provável que o paciente apresente esses sinais
26
Tratamento de uma hérnia encarcerada
Excluir a presença de estrangulamento e tentar manobras de redução manual (manobra de Taxe) Caso a redução seja bem sucedida, programa-se a cirurgia definitiva, e caso não seja bem sucedida, cirurgia imediata
27
Tratamento de uma hérnia estrangulada
Intervenção cirúrgica emergencial, com inguinotomia e abordagem do saco herniário
28
Tempos cirúrgicos de uma herniografia
1. Dissecção (tesoura Metz) das estruturas anatômicas, identificando e isolando o saco herniário 2. Tratamento do saco herniário, reduzindo o conteúdo 3. Reconstrução ou plastia, com ou sem tela
29
Técnicas da abordagem anterior de uma hernioplastia inguinal
Lichtenstein Shouldice Bassini
30
Técnica de Lichtenstein
Tela feita de polipropileno (7,5cm x 15cm) é suturada (ou grampeada) de forma contínua ao longo do ligamento inguinal inferiormente, no tendão conjunto e no oblíquo interno, sem tensão (tension free) Corte na tela (1/3) para a passagem do cordão espermático, que é abraçado pela tela O ponto da recidiva normalmente ocorre na região do ligamento lacunar
31
Técnica de Bassini
Sutura do tendão conjunto e do arco musculoaponeurótico do transverso no ligamento inguinal Usa-se o tendão conjunto como se fosse uma tela
32
Técnica Shouldice
Rafia em 4 planos musculares, ou seja, reconstrução da parede posterior utilizando 4 planos de estruturas músculo-aponeuróticas Técnica de escolha quando o uso de prótese não é possível
33
Técnica de Zimmerman
Sutura do tendão conjunto na fáscia transversalis
34
Onde se anunciam as hérnias femorais?
Abaixo do ligamento inguinal, através do canal femoral, medialmente aos vasos femorais
35
Epidemiologia das hérnias femorais
Mais prevalentes em mulheres, obesas, acima dos 45 anos Mais do lado direito
36
Chance de encarceramento e estrangulamento das hérnias femorais
15-20% - maior risco do que as hérnias inguinais indiretas
37
Tratamento cirúrgico das hérnias femorais
Técnica de McVay - muito parecido com Bassini, exceto que o reparo é feito suturando o tendão conjunto no ligamento pectíneo, fechando o canal femoral Plug femoral - colocar tela (charutinho) no canal femoral, utilizando 3 pontos (ligamento lacunar, ligamento inguinal, ligamento pectíneo)
38
Em relação à abordagem videolaparoscópica das hérnias: 1. Abordagem anterior ou posterior 2. Indicações 3. Uso de tela 4. Correção de quais hérnias
1. Posterior 2. Hérnias primárias e unilaterais (se for mulher, é a abordagem de escolha). Hérnias bilaterais. Hérnias recidivadas. 3. Sempre usa tela 4. Pode corrigir tanto hérnias inguinais quanto femorais
39
Técnicas TEP e TAPP da abordagem videolaparoscópica
TEP (Totally Extraperitoneal Approach): não penetra a cavidade peritoneal (não forma aderências e tem menor risco de lesões). Apresenta acesso bilateral à região inguinal. Trata-se de uma técnica mais difícil e complexa TAPP (Transabdominal Preperitoneal Approach): Pode ser realizada se ocorreu cirurgia prévia. Acessa-se a cavidade peritoneal e em seguida acessa-se o espaço pré-peritoneal. Realizada com pneumoperitônio e permite melhor visualização *De acordo com Chariff, sempre precisa de anestesia geral (na aberta, pode-se fazer bloqueio regional) e apresenta maior incidência de recidivas
40
Tamanho das telas para cirurgias de hérnia 1. Abordagem anterior (aberta) 2. Abordagem posterior (videolaparoscópica)
1. 7,5 x 15 2. 10 x 15
41
Exame físico para o diagnóstico de hérnias
Inspeção do abaulamento da parede abdominal Ausculta (RH+ indicam alça intestinal)
42
Como diferenciar hérnia de pubeíte?
Diagnóstico de pubeíte é feito com RN, enquanto a hérnia é diagnosticada pelo exame físico e, se necessário, US. Apresenta-se com dor importante em região inguinal e púbica, principalmente em homens. Caso tenha ambos os diagnósticos juntos, primeiramente trata-se a pubeíte (não é possível manipular a área sem que a inflamação seja tratada)
43
Diagnóstico diferencial de hérnias
Lipoma inguinal Hidrocele (quando coloca luz a estrutura é mais translúcida, mais localizada na bolsa escrotal) Varicocele Gânglios hipertrofiados Dilatação varicosa da croça da safena Tumores desmoides da região Cistos do processo peritônio-vaginal
44
O que é uma hérnia de Richter?
Protrusão com encarceramento ou estrangulamento da borda antimesentérica intestinal por meio de um pequeno defeito da parede abdominal - ainda persiste alguma luz, não causando obstrução intestinal completa
45
Como deve ser a incisão da pele na cirurgia aberta tradicional?
Inguinotomia - incisão oblíqua 1 cm acima do ligamento inguinal, com tamanho entre 5-6 cm
46
O que permite melhor sustentação da parede na técnica de Lichtenstein?
Colocação da tela e formação do novo anel profundo com a tela
47
Qual cuidado deve-se ter com o funículo espermático na cirurgia?
Precisa ser preservado. Para isso, utiliza-se um instrumento de borracha para identificar e mobilizar o funículo espermático
48
Ponto utilizado para fechar a: 1. Aponeurose 2. Pele
1. Chuleio simples ou ancorado 2. Intradérmico
49
Em que local é colocada a tela? 1. Abordagem anterior 2. Abordagem posterior
1. Entre as aponeuroses do oblíquo interno e do oblíquo externo 2. Abaixo da aponeurose do m. transverso do abdome
50
Contraindicações para abordagem videolaparoscópica
Coagulopatias não corrigíveis Operações infra-umbilicais prévias Encarceramento do saco herniário Obesidade mórbida Peritonite Gravidez Hérnias inguino-escrotais volumosas Homens com histórico familiar de neoplasia de próstata