Hemostasia Flashcards

1
Q

Onde atuam

1) AAS
2) Clopidogrel
3) Abciximab, Tirofiban e Eptifibatide

A

1) INIBE A FASE DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA, ao bloquear a Cox 1 irreversivelmente = cai a produção de tromboxano A2.
Suspender 7 dias antes de cirurgias eletivas
CUIDADO: AINES inibem a Cox 1 de forma REVERSÍVEL, só precisam ser suspensos 1 a 3 dias antes

2) INIBE A FASE DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA, ao bloquear os receptores de ADP.
Suspender 5 a 7 dias antes de cirurgias eletivas

3) INIBE A FASE DE AGREGAÇÃO
PLAQUETÁRIA, ao bloquear a agregação Glicoproteína IIb/IIIa entre as plaquetas ativadas e as que chegam novas, ponte que se faria através do fibrinogênio.
Só são feitos IV e em condições bem específicas.

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2
Q

Quais exames avaliam a hemostasia primária?

Quais os valores de referência?

A

CONTAGEM PLAQUETÁRIA (150 a 450mil): avalia quantidade

TEMPO DE SANGRAMENTO (3 a 7 min): avalia a qualidade. Só é bem empregado se a plaquetometria estiver normal

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3
Q

Elementos da Via Extrínseca da coagulação

Qual exame avalia?

A
VIA EXTRÍNSECA
Ativada pelo Fator Tecidual
Ativa FATOR VII
EXTRÍNSECA - EXPRESSA - RÁPIDA!!!
O OBJETIVO E ATIVAR O FATOR X (via comum)

TPex - TP avalia
Normal < 10s
RNI < 1,5

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4
Q

Elementos da Via Intrínseca

Qual exame avalia?

A
Cargas Negativas deflagram.
É lenta!
Ativam fator XII
Que ativa o FATOR XI
Que ativa o FATOR IX
Que ativa o FATOR VIII
O OBJETIVO É ATIVAR O FATOR X (via comum)

Avaliado pelo TTPa
Normal < 30s

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5
Q

Elementos da Via Comum

A

FATOR X ativado pelas vias íntrinseca e extrínseca
Com sua cara METADE (fator V)

Ativam a PROTROMBINA (FATOR II) a TROMBINA
Que ativa o FIBRINOGÊNIO (FATOR I) a FIBRINA

A FIBRINA FORMA REDES QUE FIXAM AS PLAQUETAS, mas precisa da adesão do FATOR XIII
13 é rebelde: ninguem avalia ele.
Nem TP, nem TTPa - se deficiente, esses exames seguem normais, com clínica de hemostasia secundária prejudicada

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6
Q

Fase da Fibrinólise

Como se processa?

A
A Trombina (FATOR II ativado) ativa tanto a fibrina como o tPA - que é o ativador do PLASMINOGÊNIO
Vira PLASMINA e degrada a rede.
Equilíbrio delicado!

Os rtPAs (alteplase, tenecteplase) são fibrinolíticos, ou seja, ativam o plasminogênio, mas apenas aquele ligado à rede de fibrina (como fazemos fisiologicamente)

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7
Q

Anticoagulantes endógenos

Quais são e onde agem?

A

ANTITROMBINA III: inibe todos os fatores de coagulação, mas principalmente a TROMBINA (II) e o Xa (VIA COMUM)

PROTEÍNA C: inibe os fatores V e VIII
C de Cinco
C terceira letra: V + III

PROTEÍNA S: potencializa a proteína C

Eles evitam a progressão da coagulação e seu início, mas não dissolvem o trombo formado

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8
Q

Heparina

1) Quais os tipos?
2) Onde atuam?
3) Alteram exames?

A

1) HNF e Baixo Peso Molecular

2) HNF: potente ativador da ANTITROMBINA III, ou seja: influencia toda cascata da coagulação, sobretudo fatores II e Xa. ANTÍDOTO É A PROTAMINA
HBPM: mais direcionado para o fator Xa

3) HNF altera o TTPa
Por que ele? Por critérios laboratoriais apenas, pois altera a via comum.
HBPM não altera e não precisa monitorizar o TTPa.

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9
Q

Varfarina - cumarínicos
Onde atuam?
Que exame alteram?

A

Atuam nos fatores da coagulação dependentes da Vitamina K - 2 7 9 10 e proteínas C e S

Altera o TP - o Fator VII é o primeiro a reduzir, é o de menor meia vida

MAS ATENÇÃO: PROTEÍNA C TAMBÉM TEM MEIA VIDA CURTA

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10
Q

NOVOS ANTICOAGULANTES
Fondaparinux e Idraparinux
Mecanismo?

A

Inibidores INDIRETOS do fator Xa
X no final - indireto

Via SC

Não têm antídoto
Não precisa monitorizar com exames

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11
Q

NOVOS ANTICOAGULANTES
Rivaroxabana
Apixabana
Mecanismo?

A

Inibidores DIRETOS do fator Xa
X no meio - inibidor direto

Via oral
Não precisa monitorizar
Não têm antídoto

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12
Q

NOVOS ANTICOAGULANTES
Dabigatrana
Bivalirudina

A

Inibidores DIRETOS da TROMBINA
Lembrar pelo nome - DabigaTRAN
Não tem X no nome

So dabigatran é VO
Não precisa monitorizar
Não tem antídoto

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13
Q

Clínica de distúrbio da hemostasia secundária e TP e TTPa normais.
Pensar em?

A

Clínica: hemartrose, hematomas, órgãos.
Para de sangrar e volta.
Se TP e TTPa normais: afastar que seja da hemostasia primária (plaquetas e TS) - se tudo normal: pode ser problema com o FATOR XIII

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14
Q

DISTÚRBIO NA PLAQUETOMETRIA: PTI idiopática

a) Fisiopatologia
b) Quadro clínico
c) Crianças x Adultos
d) Diagnóstico
e) Tratamento

A

PLAQUETOPENIA E MAIS NADA
a) Anticorpos self contra a GP IIb/IIIa, marcada previamente com IgG, destruída no baço

b) Sangramento típico de distúrbio na hemostasia primária: sangramento cutâneo (petéquias > púrpura > equimose, não somem à digitopressão) e mucoso (gengivorragia e epistaxe). Não é grave.

c) CRIANÇAS: 1 aos 5 anos; começa após gatilho (normalmente, IVAS até 4 semanas antes). Autolimitada, remite > 80%
ADULTOS: crônica, mais de 6 meses, recorrente

d) De exclusão. Coombs negativo. MO com hiperplasia megacariocítica

e) Se assintomático, plaquetas > 30.000 - só orientar repouso, evitar trauma e AINEs
• Se sangramento OU se plaquetas < 20 a 30.000 (adultos) OU < 10.000 (crianças): corticoterapia via oral, 1 a 2 semanas
• Se sangramento grave (abdome agudo, SNC): IG polivalente IV. Considerar pulsoterapia
• PLAQUETAS: ÚLTIMA OPÇÃO!!!!!!
• Casos crônicos: considerar esplenectomia

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15
Q

PTI: secundária

a) Enumere algumas causas
b) Principal cobrada em prova: fisiopatologia, epidemio, tratamento

A

a) LES, LLC, HIV, dengue, quinidinas, sulfas, penicilinas

b) TROMBOCITOPENIA INDUZIDA POR HEPARINA (HIT), pois só ela DEPLETA PLAQUETAS ATIVANDO-AS
• Mais ligada à HNF, mas pode ser com qualquer plaqueta
• Anticorpo anti fator plaquetário 4-heparina, ativando as plaquetas
• NÃO HÁ SANGRAMENTO, mas eventos TROMBÓTICOS (TEP, TVP), em uso de heparina
• Plaquetopenia ou queda de 50% o basal
• Mais em mulheres, no pós cirúrgico
• Após 5 a 14 dias
• RETIRAR HEPARINA + dabigatran ou rivaroxaban ou fondaparinux
• PLAQUETAS CONTRAINDICADAS

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16
Q

DISTÚRBIO NA PLAQUETOMETRIA

PTT x SHU

A

PTT: deficiência no ADAMTS 13 - não cliva o Fator de VonWilebrand, que fica grande e adere plaquetas.
Mais comum em mulheres adultas.
Começa com dor abdominal, náuseas e evolui para
Plaquetopenia: equimoses, púrpura
Esquizócitos: anemia hemolítica microangio
Neuro
Temperatura elevada
Anúria é rara
Coombs Direto negativo
TTO: plasmaférese
NUNCA DAR PLAQUETAS

SHU: doença irmã, da toxina bacteriana, sobretudo E. coli O157:H7 - lesão endotelial com ativação plaquetária e trombose.
Mais comum em crianças após quadro de diarreia sanguinolenta
Cursa com plaquetopenia, anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos) e insuficiência renal aguda oligúrica
TTO: suporte, pode precisar de diálise

17
Q

DISTÚRBIO NA QUALIDADE DAS HEMÁCIAS

a) Laboratório?
b) Congênito: tipos e tratamento
c) Adquirido: tipos e tratamento

A

a) Tempo de sangramento prolongado (>10s), com plaquetometria normal.

b) Síndrome de Bernard Soulier: deficiência de GP Ib (impede a adesão ao F vW)
Síndrome de Glanzmann: deficiência de GP IIb/IIIa (impede agregação), mais grave
Deficiência de FvW
Nesses casos: plaquetas se sangrar

c) Uremia: dificulta agregação plaquetária. Usar DDAVP (estimula o FvW), crioprecipitado e diálise (melhor)
AAS, Clopi, Eptifibatide…

18
Q

Paciente estanca o sangramento… E volta a sangrar
TP e TTPa normais
Pensar em?

A

Deficiência do Fator XIII

19
Q

Hemofilias

a) Quais os tipos? Heranças genéticas?
b) Manifestações clínicas?
c) Diagnóstico?
d) Tratamento?

A
a) Hemofilia A (a mais comum): deficiência de fator VIII; autossômica recessiva ligada ao X
Hemofilia B: deficiência de fator IX; autossômica recessiva ligada ao X
Hemofilia C (a mais rara): deficiência de fator XI; herança autossômica dominante

b) Hemofilias A e B: clínica de def hemostasia secundária - para de sangrar e volta. Hematomas musculares, hemorragias abdominais/urinárias, hemartrose. Clínica mais grave quanto mais intensa a deficiência do fator (a total começa a se manifestar na infância; o resto, mais sob demanda)
Hemofilia C: mais rara, não costuma sangrar espontaneamente.

c) Suspeita pela clínica
TTPa alargado
Pesquisar a atividade dos fatores em específico

d) Tratamento sob demanda (se sangramentos) ou pré/pós cirurgias
A: dar fator VIII OU crioprecipitado (contém fator VIII e XIII, FvW, fibrinogênio) OU PFC (contém todos os fatores, não é o ideal). Ficou muito relacionada a infecções como HCV e HIV pelas transfusões. DDAVP pode ser tentado (aumenta FwB).
B: dar fator IX OU complexo protrombínico (contém fatores dependentes de vitamina K) OU PFC
C: PFC

20
Q

DOENÇA DE VON WILEBRAND

a) Funções do FvW
b) Tipos da doença
c) Clínica
d) Laboratório
e) Tratamento

A

DISTÚRBIO HEREDITÁRIO DA HEMOSTASIA MAIS COMUM DO MUNDO
a) Na fase de adesão plaquetária, fixa o fator Ib, gerando ligações fortes: HEMOSTASIA PRIMÁRIA
Mas também protege o Fator VII: HEMOSTASIA SECUNDÁRIA

b) Tipo I (80%): redução moderada o FwB
Tipo II: distúrbio qualitativo do FvW
Tipo III: a mais grave e rara, diminuição quantitativa importante do FvW

c) A maior parte (tipos I e II) são assintomáticos, sangrando sob demanda, trauma ou após uso de AINEs ou AAS.
Tipo III é mais grave, sangra espontaneamente e o quadro parece o da Hemofilia A (hemartrose, hematoma…)

d) Tipo I: tudo normal
Tipo II: TS aumentado, plaquetas normais
Tipo III: TS e TTPa alargados
Pesquisa de anticorpos antiFvW
Análise da atividade do FvW: teste da ristocetina

e) Parar sangramentos: DDAVP intranasal ou IV
Para o Tipo III: repor fator VIII ou crioprecipitado ou PFC (semelhante à hemofilia A)

21
Q

PLASMA FRESCO CONGELADO

Composição

A

Todos os fatores de coagulação

Usados nos distúrbios da hemostasia secundária

22
Q

CRIOPRECIPITADO

Composição

A
Olhar o número de Is do nome e lembrar
crIopreCIpItado
Fator I (fibrinogênio)
Fator VIII
Fator de vW
Fator XIII
23
Q

COMPLEXO PROTROMBÍNICO

Composição

A
Fatores dependentes da Vitamina K
2 
7
9
10
Proteínas C e S
24
Q

NECROSE CUTÂNEA E TROMBOSE COM VARFARINA
Em que consiste?
Como evitar?

A

Proteína C também tem meia vida curta: em pacientes com deficiência dessa proteína parcial, o efeito da varfarina é mais pró-trombótico do que anticoagulante!
Nas primeiras 48h de uso: trombose de pequenos vasos e necrose cutânea.

Também por isso iniciamos varfarina com heparina e apenas suspendemos a última com RNI já na faixa terapêutica

25
Q

VARFARINA E SANGRAMENTO

O que fazer?

A

Sangramento leve a moderado: suspender a varfarina e fazer vitamina K (IV ou oral)

Sangramento grave: Vitamina K IV + PFC OU complexo protrombínico OU fator VII recombinante

Se RNI > 5-9 sem sangramento: suspender e fazer Vitamina K oral

26
Q

CIVD
Qual a fisiopatologia?
Laboratório?
Condutas?

A

Coagulação Intravascular Disseminada: exposição do fator tecidual por diversos motivos (sepse grave, neoplasias, trauma, DPP…), que culmina em ativação excessiva da hemostasia - consumo de plaquetas e dos fatores de coagulação - ativação também excessiva da fibrinólise = TENDÊNCIA HEMORRÁGICA GRAVE.
A mais florida e importante é a forma aguda: quadro paradoxal, com sangramento de órgãos, cutâneo-mucoso e microtrombos com gangrena de dígitos, LRA.

No laboratório
• Plaquetopenia
• TP e TTPa alargados
• Consome e degrada muito fibrinogênio: ele cai
• Com o consumo do fibrinogênio: a trombina tem trabalho e o tempo de trombina aumenta
• D-dímeros elevados da fibrinólise
• Anemia hemolítica microangiopática

Tratamento de suporte: reverter a causa + plaquetas + PFC + crioprecipitado (tem mais fibrinogênio, fator I)

27
Q

TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS

A

Tendência à coagulação
• A mais comum do mundo: fator V de Leiden (mutação, não consegue ser inativado pela proteína C)
• Deficiência genética de antitrombina III, proteínas C e S
• Mutação no gene da protrombina
• Hiper-Homocisteinemia: causa também trombose arterial