HAS, DM e gemelaridade Flashcards

1
Q

Fatores de risco para pré-eclâmpsia

A
  • Primiparidade
  • Gestação múltipla
  • Doença vascular hipertensiva crônica
  • Diabetes mellitus
  • Doenças renais crônicas
  • Obesidade
  • Gestação molar
  • Pre eclampsia em gestação anterior
  • Historia familiar de DHEG
  • Extremos de vida reprodutiva (<18 anos e >35-40anos)
  • Trombofilias e síndrome antifosfolipideo
  • Raça negra
  • Hidropsia fetal
  • Longo intervalo interpartal
  • Troca de parceiro e nova gravidez
  • Doenças da tireoide
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2
Q

Fatores de proteçao para pré-eclâmpsia

A

tabagismo
história de abortamento prévio
placenta prévia

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3
Q

Como ocorre a pré eclâmpsia

A
  1. Ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica (ocorre em torno da 16ª a 20ª semanas)
  2. Isquemia placentária
  3. Lesão endotelial
  4. Espasmo arteriolar placentário e sistêmico
  5. Aumento da permeabilidade vascular
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4
Q

Classificação da hipertensão na gestação

A
Pré-eclâmpsia
Eclâmpsia
Pré-eclâmpsia sobreposta em hipertensão crônica
Hipertensão crônica
Hipertensão gestacional
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5
Q

Diferença entre a HAS Crônica e a Pré-eclâmpsia

A

HAS CRÔNICA:
>35 anos, multigesta, HAS antes da 20ª semana, proteinúria ou não, calciúria >100/24h, persiste no puerpério
PRÉ-ECLÂMPSIA:
<18 anos e >35 anos, primigesta, HAS após 20ª semana, proteinúria após 20 sem, calciúria <100/24h, melhora até 12 sem puerpério

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6
Q

Quais são os critérios para definir pré-eclâmpsia

A

Surge após 20ª sem
PA ≥ 140X90 + proteinúria ≥ 300/dia
OU
Proteína / creatinina urina ≥ 0,3 ou ≥ + na fita

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7
Q

Pode ter pré-eclâmpsia sem proteinúria?

A

Apenas se hipertensão > 20 semanas mais plaquetopenia (<100.000), Cr>1,1, EAP, aumento de 2x de transaminases, sintomas cerebrais e visuais

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8
Q

Como é classificado:

hipertensão > 20 semanas, SEM proteinúria e SEM alterações da pré eclampsia.

A

Hipertenção Gestacional OU Transitória

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9
Q

Como diferenciar laboratorialmente a pré-eclâmpsia da hipertensão crônica

A

Na pré eclâmpsia teremos:

  • ácido úrico sérico elevado
  • atividade da antitrombina III diminuída (<70%)
  • hipocalciúria (<100 mg em 24h)
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10
Q

Sinais de gravidade de DHEG

A

• PA ≥ 160X110
• Proteinúria: ≥ 2g/24h ou 3+ em amostra isolada de urina
• Oligúria
• Edema agudo de pulmão
• Creatinina ≥ 1,3
• HELLP:
HEMÓLISE: LDH ≥ 600, esquizócitos, bilirrubina total ≥ 1,2
ENZIMAS HEPÁTICAS: AST >70
PLAQUETAS (tombocitopenia): <100.00
• Iminência de eclampsia:
Distúrbios cerebrais: cefaleia, torpor, obnubilação
Distúrbios visuais: turvação, escotomas, diplopia e amaurose
Dor epigástrica (em barra de Chaussier)
Reflexos tendinosos profundos exaltados

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11
Q

Critérios dx de Síndrome HELLP

A

• HELLP:
HEMÓLISE: LDH ≥ 600, esquizócitos, bilirrubina total ≥ 1,2
ENZIMAS HEPÁTICAS: AST >70
PLAQUETAS (tombocitopenia): <100.00

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12
Q

Tratamento do DHEG

A

Anti hipertensivos:
Não fazer caso PA< 160x110
Objetivo: manter PAS 140-155 e PAD 90-100
CRISE: hidralazina IV, labetalol IV, nifedipina VO
MANUTENÇÃO: metildopa VO, hidralazina VO, pindolol VO
EVITAR: diurético, IECA e propranolol

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13
Q

Para quais pacientes está indicada a prevençao de eclâmpsia

A

Em todas com Pré-eclâmpsia grave, iminência e eclâmpsia.

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14
Q

Qual a droga de escolha para a prevenção da eclâmpsia e quais os esquemas terapêuticos

A
Droga de escolha: sulfato de magnésio 
Pritchard
A: 4g IV + 10g IM
M: 5G IM 4 em 4h
Zuspan:
A: 4g IV
M: 1-2 g/h IV bomba de infusão 
Sibai:
A: 6g IV
M: 2-3g/h IV bomba de infusão
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15
Q

Quais são os parâmetros avaliados quando está utilizando sulfato de magnesio

A

Magnesemia terapêutica: 4-7 meq/ L
Reflexo patelar presente
Respiração: FR> 16
Rins=diurese: > 25ml/h
INTOXICAÇÃO: reflexo patelar auente ou FR <16
CONDUTA: suspender Mg e aplicar gluconato de cálcio

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16
Q

Quando deve interromper a gestação?

A

LEVE: expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais
GRAVE: tratamento definitivo é o parto
≥ 34 sem: parto
<34 sem: avaliar bem estar para corticoide, PARTO se piorar

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17
Q

Como é definida zigotia

A

Refere-se ao número de óvulos fertilizados
Monozigótica: gêmeos de um mesmo ovo
Dizigótica: gêmeos de ovos diferentes

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18
Q

Como é definida corionia ou corionicidade

A

Refere-se ao número de placenta
Monocoriônica: se dois fetos dividem a mesma placenta
Dicoriônica: se o fetos possuem placentas diferentes

19
Q

Como é definida amnionia

A

Refere-se ao número de cavidades amnióticas
Monoamniótica: os fetos pertencem à mesma bolsa amniótica
Diamniótica: cada feto possui seu próprio âmnio
Obs.: na gestação dicoriônica cada feto apresentará obrigatoriamente seu próprio âmnio

20
Q

Fatores de risco para gestação gemelar:
Monozitgótica
Dizigótica

A

Monozitgótica e dizigótica: técnica de fertilização

Dizigótica: história familiar, raça, idade

21
Q

Quais fatores estão associados a mortalidade e morbidade perinatal: zigotia, corionicidade, amnionia?

A

Corionicidade

Monocorionicas: mais associada a complicações

22
Q
Tendo em vista que a placentação nos MZ pode ser de qualquer tipo e depende do momento, em relação à fertilização, que ocorreu a divisão do zigoto, quais são as corionicidade (placentação) nas seguintes situacões:
Divisão do ovo nas primeiras 72h
Divisão do ovo entre o 4ª e o 8ª dia
Divisão do ovo entre 8-12ª dia
Divisão entre o 13-14 dia
A

Divisão do ovo nas primeiras 72h: DICORIÔNICA DIAMNIÓTICA
Divisão do ovo entre o 4ª e o 8ª dia: MONOCORIÔNICA DIAMNIÓTICA
Divisão do ovo entre 8-12ª dia: MONOCORIÔNICA MONOAMNIÓTICA
Divisão entre o 13-14 dia: gemelaridade imperfeita, gêmeos acolados ou siameses

23
Q

Os gêmeos que nascem unidos pelo abdome são originários de gestação

A

Monozigotica, monocorionica e monoaminiotica

24
Q

Quais são os achados ultrassonográficos de gestação:
Dicorionica-diamniótica
Monocoriônica-diamnótica

A

Dicorionica-diamniótica: twin peak ou lambda

Monocoriônica-diamnótica: sinal do T

25
Q

Na síndrome de transfusão gêmelo-gemelar, o feto doador apresenta

A

oligodramnia, pálido, CIUR

A síndrome de transfusão gemelo-gemelar envolve gêmeos monocorionicos e diamnioticos, cujas circulações se comunicam na região da placenta, causando um desequilíbrio da transfusão sanguínea em favor de um deles. Assim, há transfusão de sangue de um dos fetos (doador) para outro (receptor) através das anastomoses vasculares da placenta. O feto doador torna se hipovolêmico e desenvolve palidez, ligúria, oligramnia e CIUR. Contrariamente, o feto receptor torna se hipervolêmico, pletórico e desenvolve poliúria, poidramnia, hidropsia e insuficiência cárdiaca.

26
Q

Em qual gestação ocorre a Síndrome da Transfusão Fetal-STFF

A

Monocoriônicas e diamnióticas

27
Q

Qual o tratamento da STFF

A

Amniocentese Seriada para feto receptor (casos leves): consiste na retirada de grande quantidade de líquido amniótico que visa prevenir o parto prematuro secundário à polidramnia e melhorar a circulação fetal pela redução da pressão na placa corial da placenta
Fotocoagulação com laser das comunicações vasculares atraves de fetoscopia, entre 16-26 semanas de gestação (casos graves): oclui as anastomoses vasculares, interrompendo a troca de sangue intergemelar.

28
Q

Quais são as indicações de cesariana em gestação gemelar

A
  • Número de fetos igual ou superior a três
  • Gestação monoamniótica
  • Gêmeos unidos
  • Síndrome de transfusão feto fetal
  • Algumas anomalias congênitas
  • Primeiro feto em apresentação pélvica
  • Fetos com vitalidade comprometida
  • Gestações diamnióticas com prematuridade extrema
29
Q

Qual a apresentação mais comum em gestações gemelares

A

cefálico-cefálico

30
Q

Qual a via de parto quando o primeiro feto é cefálico e o segundo não cefálico

A

A via de parto nas gestações gemelares quando o primeiro feto é cefálico e o segundo não cefálico é discutível, podendo optar se por extração pélvica do segundo gemelar, versão externa ou cesariana. A decisão da via de parto deve ser baseada na experiencia do obstetra assistente em apresentações anômalas (pélvica, côrmica), peso fetal e desejo do paciente. Outro fator importante é o peso fetal estimado: a cesariana parecer ser a melhor opção nos fetos não cefálicos com menos de 1500g.

31
Q

Qual a via de parto em gestação gemelar diamniótica:
FETO 1 CEFÁLICO, FETO 2 CEFÁLICO
FETO 1 CEFÁLICO, FETO 2 NÃO CEFÁLICO
FETO 1 NÃO CEFÁLICO

A

FETO 1 CEFÁLICO, FETO 2 CEFÁLICO: parto vaginal
FETO 1 CEFÁLICO, FETO 2 NÃO CEFÁLICO
-Pesos concordante ou feto 2 < feto 1: parto vaginal com extração podal do feto 2 caso necessário
-Feto 2 com estimativa de peso 25% maior que feto 1: cesariana
FETO 1 NÃO CEFÁLICO: cesariana

32
Q

Quais são os hormônios que se elevam na gestação e que aumentam a resistência insulínica?

A

estrogênio, progesterona, cortisol e principalmente o hormônio LACTOGÊNICO PLACENTÁRIO (hPL)

33
Q

FATORES DE RISCO PARA DM GESTACIONAL

A
  • ≥ 35 anos
  • IMC >25
  • Antecedente pessoal de diabetes getacional
  • Antecedente familiar de diabetes mellitus (parentes de 1ª grau)
  • Macrossomia ou polidramnia em gestação anterior
  • Óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior
  • Malformação fetal em gestação anterior
  • Uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticoide, diuréticos tiazidicos)
  • Síndrome dos ovários policiticos
  • Hipertensão arterial crônica
  • Na gravidez atual, em qualquer momento: ganho excessivo de peso, suspeita clinica ou ultrassonográfica de crescimento fetal excessivo ou polidraminia
34
Q

Segundo a classificação de Priscilla White para diabetes, uma gestante com nefropatia diabética, pertenceria a que classe

A
Classe F
CLASSES QUE JÁ APRESENTAM VASCULOPATIA:
D: retinopatia benigna
F (neFro): nefropatia
R: (Retina): retinopatia maligna
H: (Heart): coronariopatia
T (Transplante): transplante renal
35
Q

Segundo a classificação de Priscilla White para diabetes, qual seria a classificação de diabetes gestacional

A

CLASSE A

36
Q

Segundo a classificação de Priscilla White para diabetes, como seria classificado os seguintes casos:
1) Paciente gestante 25 anos, com dx de diabetes aos 22 anos, sem vasculopatia, utiliza insulina para tratamento.

  1. Paciente gestante, 25 anos, com dx de diabetes aos 10 anos, sem vasculopatia, utiliza insulina para tratamento
A
1. CLASSE B:
idade de início: >20 anos
duração: < 10 anos
vasculopatia: ausente
terapia: insulina
2. CLASSE C:
idade de início: <20 anos
duração: 10-19 anos
vasculopatia: ausente
terapia: insulina
37
Q

Segundo as referências Zugaib e Rezendo como deve ser feito o rastreamento e DMG e quais os valores são definidores do diagnóstico

A
Diagnostico 
Zugaib e Rezende
1ª consulta 1ª trimestre 
Glicemia de jejum
GJ < 92: TOTG 75g 24-28 sem
GJ ≥ 92 e < 126: DM GESTACIONAL
GJ ≥126: DM PRÉVIO

Glicemia sem jejum:
≥200: DM PRÉVIO
Hb glicada ≥ 6,5: DM PRÉVIO

TOTG 75g 24-28 sem
Glicemia de jejum ≥ 92
Após 1h≥ 180
Após 2h ≥ 153
1 valor alterado confirma DMG
38
Q

Segundo o MS de 2017 como deve ser o rastreamento para DMG e quais valores são definidores do diagnóstico

A
MS 2017:
TOTG 75G (24-28sem) DM GESTACIONAL
Jejum 92-125
Após 1h ≥ 180
Após 2h 153 a 199

DM PRÉVIO
Jejum ≥ 126
Após 2h ≥ 200

39
Q

Segundo oADA como deve ser o rastreamento para DMG e quais valores são definidores do diagnóstico

A
ADA 2017: 
Diagnostico de DMG por 2 estratégias:
TOTG 75 ou TOTG 50 seguido pelo TOTG 100
TOTG 4-12 semanas pos parto se DMG
Rastrear diabetes 3 em 3 anos e DMG
40
Q

Qual é o tto da DMG

A

Dieta fracionada (6 refeições: 50% carboidratos, 30% lípidios e 20% proteínas) + atividade física por 1-2 semanas
INSULINOTERAPIA:
Deve ser utilizada nas seguintes situações:
Todas as pct que já faziam uso antes da gestação
DM tipo 2 em substituição por hipoglicemiantes orais
DMG que não obtêm controle satisfatório com a dieta, exercícios físicos após duas semanas
Fetos com circunfêrencia abdominal fetal maior ou igual ao percentil 75 em USG obstétrica entre 29-33s

41
Q

Quais são as complicações da DMG

A
  • Macrossomia (hiperinsulinemia fetal-> insulina tem efeito GH-like no feto)
  • Distócia de ombro (maior deposição de gordura os membros e tronco)
  • Hipoglicemia neonatal (cessa oferta de glicose materna, mas hiperinsulinemia fetal permanece)
  • Hipocalcemia neonatal
  • Hipertensão arterial sistêmica e pre eclampsia
  • Crecimento intrauterino restrio
  • Prematuridade
  • Abortamento
  • Polidraminia (feto hiperglicêmico -> poliúria-> glicose no líquido amniótico->efeito osmótico)
  • Infecções: ITU e candidíase
  • Cetoacidose
  • Hipoglicemia materna
  • Cardiomiopatia hipertrófica fetal
  • Policitemia e hipervicoidade fetal
  • Hiperbilirrubinemia neonatal
  • Maior frequência de cesariana
  • Morte materna
  • Piora da retinopatia
  • Malformações congênitas
  • Morte fetal tardia súbita
  • Síndrome do desconforto respiratório
42
Q

Principais malformações associadas ao diabetes

A
Malformações cardíacas:
-Transposição de grandes vasos
-Comunicação intraventricular e comunicação interatrial
-Coarctação da aorta
Malformações do SNC:
-Anencefalia
-Meningocele
-Hidrocefalia
-Espinha bífida
Malformações renais:
-Agenesias
Síndrome da regressão caudal
43
Q

Quais manobras utilizar no caso de distócia de espadúa

A

Manobra de McRoberts: abdução e hiperflexão das coxas
Pressão suprapúbica
Manobra de Woods (saca rolha): rotação de 180 graus
Manobra de Jacquemier: retirar o braço posterior
Manobra de Gaskin