HAS Flashcards

1
Q

DEFINIÇÃO HAS PRIMÁRIA

A

É a elevação persistente da pressão arterial acima dos valores normais, que se não tratada leva a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, bem como aumento do risco de eventos cardiovasculares

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2
Q

DIURÉTICOS

A
  • Tiazídicos: HIDROCLOROTIAZIDA/CLORTALIDONA - negros e diabéticos
  • Diuréticos de alça: FUROSEMIDA
  • Diuréticos poup. de potássio: ESPIRONOLACTONA
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3
Q

INIBIDORES ADRENÉRGICOS

A

PROPRANOLOL, ATENOLOL, CARVEDILOL, METOPROLOL.

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4
Q

BLOQUEADORES DE CANAL DE CÁLCIO

A
  • NIFEDIPINA, ANLODIPINO, VERAPAMIL E DILTIAZEM

* Negros, incluindo diabéticos: ANLODIPINO

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5
Q

ANTAGONISTAS DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA

A
  • IECA –CAPTOPRIL
  • BRA – LOSARTANA
  • Espironolactona (também diurético)
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6
Q

Porque tratar?

A

Quando os sintomas aparecem, a doença já está instalada há muito tempo e já comprometeu o funcionamento de vários órgãos. A instituição de tratamento não medicamentoso é suficiente para redução de risco cardiovascular, porém a eficácia depende dos fatores de risco associados e dificilmente haverá redução tão significativa se o alvo pressórico não for atingido. Sendo assim, um indivíduo hipertenso não controlado tem uma diminuição de anos de vida, em média, como consequência do aumento do RCV, uma vez que o tratamento da HAS reduz o RCV e pode prolongar a vida

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7
Q

Fisiopatologia da HAS PRIMÁRIA

A

• O sistema renina-angiotensina-aldosterona é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial. Em situações de hipoperfusão renal, (1) ocorre a liberação da renina, uma enzima renal. Por sua vez, a renina (2) ativa a angiotensina (3), um hormônio que provoca contração das paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas), aumentando a PA. A angiotensina também desencadeia a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas suprarrenais (4), provocando a retenção de sódio e a excreção de potássio. O sódio promove a retenção de água e, dessa forma, provoca a expansão do volume sanguíneo e o aumento da pressão arterial. Esse é o principal sistema de modulação da PA.

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8
Q

Pressão normal

A

NORMAL<120/<80

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9
Q

PRÉ HIPERTENSO

A

121-139/81-89

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10
Q

ESTÁGIO 1

A

140-159/90-99

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11
Q

ESTÁGIO 2

A

160-179/100-109

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12
Q

ESTÁGIO 3

A

> 180/>110

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13
Q

Hipertensão isolada

A

Considera-se hipertenso isolado se PAS>140 e PAD<90 devendo ela ser classificada em estagio 1, 2 ou 3

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14
Q

Aferição da pressão

A

Medir a PA em pé, após 3min, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que hipotensão orstostática possa ser frequente ou suspeitada.

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15
Q

DROGAS QUE PROVOCAM ELEVAÇÃO CRÔNICA OU AGUDA

DA PRESSAO ARTERIAL

A

Classes: imunossupressores, glicocorticoides, anorexígenos, hormônios, antidepressivos, drogas ilícitas e álcool.
Exemplos: Álcool em excesso, inibidores do apetite (anfetaminas), cafeína, cocaína, corticoesteroides, ciclosporina, descongestionantes, eritropoetina, estrogênios, licores, mineralocorticoides, nicotina, AINES, anticoncepcionais orais, sumatriptano, tiroxina, antidepressivos tricíclicos.

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16
Q

História natural

A

Hipertensos não tratados por 7 a 10 anos:
• 30% apresentam complicações ateroescleróticas,
• >50% apresentam lesão de órgão-alvo (ICC, cardiomegalia, retinopatia, AVR, IRC)
• AVC é quase o dobro de infarto, principal doenca cardiovascular

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17
Q

FATORES DE RISCO HAS PRIMÁRIA

A

Idade, sexo/gênero, etnia (habitos culturais - fenotipo), raça (genetica, genotipo), fatores socioeconômicos, ingestão de sal, excesso de peso e obesidade, ingestão de álcool, sedentarismo e educaçao

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18
Q

FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULAR

A

HAS, DM

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19
Q

DÉBITO CARDÍACO

A

• Excreção renal de sódio varia conforme a necessidade (exemplo comer uma feijoada não criará um pico hipertensivo)

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20
Q

TRANSPLANTE RENAL

A

• rim hipertenso = paciente hipertenso

  • Doador hipertenso + receptor normotenso = aumento de HAS
  • Doador normotenso + receptor hipertenso = diminuí HAS
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21
Q

HAS EM NEGROS

A
  • Negros > Brancos
  • É mais severa que em brancos
  • São mais sal sensíveis
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22
Q

EXAME FÍSICO

A
  • Medição da PA nos dois braços
  • Peso, altura, IMC, circunferência abdominal e FC
  • Sinais de lesão de órgão alvo
  • Cérebro: déficits motores ou sensoriais
  • Retina: lesõeS à fundoscopia
  • Artérias: ausência de pulsos, assimetrias ou reduções, lesões cutâneas, sopros
  • Coração: desvio do ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema periférico, crepitações pulmonares
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23
Q

DIAGNÓSTICO HAS PRIMÁRIA

A

Para indivíduos com idade superior a 18 anos, o diagnóstico de HAS é feito sempre que se obtêm 2 ou mais medidas de pressão diastólica, em 2 visitas subsequentes, iguais ou acima de 90mmHg ou pressão sistólica maior ou igual a 140mmHg.

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24
Q

Principais indicações de MAPA

A
  • Suspeita de hipertensão do consultório ou do avental branco;
  • Suspeita de episódios de hipotensão arterial sintomática.
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25
Q

Avaliação da eficácia da terapêutica na HAS primária

A
  • Quando a PA casual permanecer elevada, apesar da otimização do tratamento anti-hipertensivo para diagnóstico de hipertensão arterial resistente ou efeito do avental branco;
  • Quando a PA casual estiver controlada e houver indícios da persistência ou da progressão de lesão de órgãos-alvo.
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26
Q

SINAIS QUE SUGEREM CAUSAS SECUNDÁRIAS

A
  • Características cushingoides
  • Palpação abdominal: rins aumentados (rim policístico)
  • Sopros abdominais ou torácicos (renovascular, coarctação de aorta, doença da aorta ou ramos)
  • Pulsos femorais diminuídos (coarctação da aorta, doença da orta ou ramos)
  • Diferença da PA nos braços (coarctação de aorta e estenose de subclávia)
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27
Q

Tríade do feocromocitoma

A

Palpitações, sudorese e cefaleia em crises

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28
Q

EXAMES DE ROTINA PARA O PACIENTE HIPERTENSO

A
  • Análise de urina
  • Potássio plasmático
  • Glicemia de Jejum
  • Creatinina plasmática e taxa de filtração glomerular estimado (TFGe)
  • Colesterol total, HDL-C, triglicerides plasmáticos
  • Ácido úrico plasmático
  • Eletrocardiogrma convencional
29
Q

EXAMES RECOMENDADOS EM POPULAÇÕES INDICADAS PARA HAS PRIMÁRIA

A
  • Rx de tórax
  • Ecocardiograma
  • Dosagem de albuminúria
  • HbAIc (controle do diabetes)
  • US renal com Dopler
  • Teste ergométrico
  • MAPA/MRPA
30
Q

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DO HIPERTENSO NA HAS PRIMÁRIA

A
  • Coexistência de outros fatores de risco cardiovasculares
  • Presença de lesão de órgão alvo (LOAs) da hipertensão
  • Diagnóstico de doença cardiovascular ou renal já estabelecida
31
Q

FATORES DE RISCO HAS PRIMÁRIA

A

• Sexo masculino
• Idade: homens ≥ 55 e mulheres ≥ 65
• História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1º grau (homens < 55 e mulheres < 65 anos)
• Tabagismo
• Dislipidemia
 Colesterol total > 190mg/dl e/ou
 LDL-colesterol > 115mg/dl e/ou
 HDL-colesterol < 40mg/dl nos homens ou < 46mg/dl nas mulheres e/ou
 Triglicerídeos > 150mg/dl
• Resistência à insulina
 Glicemia plasmática em jejum: 100-125mg/dl
 Teste oral de tolerância à glicose: 140-199mg/dl em 2h
 Hemoglobina glicada: 5,7-6,4%
• Obesidade
 IMC ≥ 30kg/m2
 Cicunferência abdominal ≥ 102cm nos homens ou ≥ 88cm nas mulheres

32
Q

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

A

Modificações de estilo de vida reduzem a PA

33
Q

MODIFICAÇÃO DE ESTILO DE VIDA

A
  • Restrição de sal: 5g/dia
  • Moderar ingesta de álcool (homens: 20-30g/dia e mulheres: 10-20g/dia)
  • Ingerir frutas, verduras, laticínios sem gorduras
  • IMC ≤ 25km/m2 e circunferência abdominal (mulheres < 80 e homens < 94)
  • Exercícios 150min/semana – 3 a 5 dias
  • Interromper tabagismo
34
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO HAS PRIMÁRIA

A
  • Diminui risco cardiovascular associado com a hipertensão
  • Diminuir o risco de fatores cardiovasculares coexistentes
  • Melhorar a qualidade de vida e estimular hábitos de vida saudáveis
35
Q

PASSOS FUNDAMENTAIS DO TRATAMENTO HAS PRIMÁRIA

A
  • Confirmar o diagnóstico
  • Estratificação de risco cardiovascular
  • Deifinir o alvo da pressão arterial
  • Avaliar a melhor abordagem terapêutica
36
Q

IDOSOS

A

Diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida e clortalidona) e BCC (nifedipina, anlodipina, verapamil e diltiazem)

37
Q

DOSE E SEGUIMENTO HAS PRIMÁRIA

A
  • A maioria dos pacientes deve iniciar o tratamento farmacológico com a dose mais baixa possível
  • A dosagem veve ser elevada após 1 ou 2 meses caso não se obtenha controle
  • Dose única diária é o objetivo: melhora aderência
38
Q

CLASSE DE MEDICAMENTOS QUE NÃO PODE SER USADA JUNTOO NA HAS PRIMÁRIA

A

IECA + BRA

39
Q

Assinale a alternativa que contenha uma lesão de órgão alvo relacionada à HAS

A

1) Infarto agudo do miocárdio
2) Albuminúria de 200 mg/24h (CORRETA)
3) Doença renal crônica estágio 4
4) Índice tornozelo braquial acima de 0,9

40
Q

Mulher, NEGRA, 32 anos, NÃO DIABÉTICA, com HAS estágio 1 e indicação de terapia farmacológica. Qual das opções abaixo é a mais indicada para o caso?

A

1) Enalapril 10 mg ao dia
2) Atenolol 25 mg ao dia
3) Hidroclorotiazida 25 mg ao dia (CORRETA)
4) Losartan 50 mg ao dia

Obs: negros dar preferencia para diuréticos e bloqueadores do canal de cálcio

41
Q

Paciente de 54 anos, HAS estágio 3 e risco cardiovascular > 15% em 10 anos, qual a meta pressórica?

A

1) < 140/90 (CORRETA)
2) < 130/80
3) < 120/70
4) <= 140/90

42
Q

Assinale a alternativa que contenha uma lesão de órgão alvo relacionada à HAS

A

1) Infarto agudo do miocárdio
2) Albuminúria de 200 mg/24h (CORRETA)
3) Retinopatia avançada: hemorragias, exsudatos, papiledema (CORRETA)
4) Índice tornozelo braquial acima de 0,9

43
Q

Mulher, NEGRA, 32 anos, NÃO DIABÉTICA, com HAS estágio 1 e indicação de terapia farmacológica. Qual das opções abaixo é a mais indicada para o caso?

A

1) Enalapril 10 mg ao dia
2) Anlodipina 5 mg ao dia (CORRETA)
3) Furosemida 40 mg
4) Losartan 50 mg ao dia

44
Q

DEFINIÇÃO HAS SECUNDÁRIA

A

Uma causa secundária é associada à gênese da hipertensão.

45
Q

SUSPEITA DE HAS SECUNDÁRIA

A

Deve-se suspeitar de hipertensão de causa secundária nos casos de início precoce (antes dos 30 anos), tardio (após os 50 anos), ausência de história familiar, descontrole inesperado da PA e hipertensão refratária.

46
Q

HAS RESISTENTE

A

• Não é secundaria
• Paciente aderente ao tratamento não responde à terapia combinada de 3 classes diferentes - 4 MEDICAMENTOS (obrigatoriamente uma delas é um diurético) fica caracterizada a hipertensão resistente.
• É a falha em se obter a meta pressórica
• Falha em obter controle (< 140/90mmHg) em uso de:
 Mudança de estilo de vida adequado, incluindo dieta hipossódica (sodio na urina de 24h)

47
Q

CAUSAS DE HAS SECUNDÁRIA

A
  • Coarctação de aorta: pulso reduzido em MMII em jovens, sopro sistólico em dorso esquerdo
  • Síndrome de Cushing: obesidade centrípeta, estrias violáceas, hipertricose, intolerância a glicose
  • Hiperparatireoidismo: hipercalcemia
  • Uso de estrogênios: mais comum em mulheres acima dos 35 anos. Em geral, a PA retorna ao normal algumas semanas após a suspensão da medicação;
  • Doença renal: causa mais comum de HAS secundária, pode ser resultado de doença glomerular, tubular, doença policística ou nefropatia diabética;
  • Doença renovascular: representa de 1 a 2% dos pacientes hipertensos. Em jovens, a causa mais comum é a displasia fibromuscular. No restante, deve-se à doença aterosclerótica da porção proximal das artérias renais; uni ou bilateral
  • Feocromocitoma: caracteristicamente, apresenta-se de forma episódica e se acompanha de intensos sinais de ativação adrenérgica; HAS lábil ou em crise, associada com cefaleia, palpitações, palidez, sudorese
  • Hiperaldosteronismo primário: geralmente, por adenoma de suprarrenal ou hiperplasia; deve-se suspeitar na presença de hipocalemia e baixo nível de renina plasmática. Antes considerado causa rara de hiperten- são, alguns acreditam ser a principal causa de hiper- tensão secundária atualmente.
  • Outras drogas: ciclosporina, glicocorticoides, anorexígenos, eritropoerina, antidepressivos (inibidores da monoaminoxidade, tricíclicos), álcool, anfetamina, cocaína.
48
Q

DOENÇAS DO PARÊNQUIMA RENAL (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • Causa mais comum
  • Refluxo vesico-ureteral: mulheres jovens que em primeiro parto desenvolvem hipertensão, pode ser refluxo vesico-ureteral na infância, com desenvolvimento de pielonefrite crônica.
49
Q

DOENÇA RENOVASCULAR (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • Indivíduos < 30 anos sem história familiar (doença da fibrodisplasiamuscular - SINAL DE CONTAS DE ROSÁRIO NO CONTRASTE) ou idosos (após 55 anos - aterosclerose) que nunca tiveram HAS e desenvolvem hipertensão severa
  • Sopro abdominal (cuidar com estenose)

DOPPLER
• Velocidade de pico sistólica (fluxo maior) > 180 a 210cm/s ou RAR>3,5 (relação do fluxo da artéria renal com o fluxo da aorta) = sugerem estreitamento da circulação da artéria renal

50
Q

SÍNDROME DE CUSHING (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • Obesidade centrípeta, estrias violáceas, hipertricose, intolerância a glicose = síndrome de cushing
  • É uma alteração hormonal caracterizada pelo aumento dos níveis do hormônio cortisol no sangue
  • Produção ou administração excessiva de glicocorticoide
51
Q

APNEIA DO SONO (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • É uma doença crônica, evolutiva caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias, causando paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme
  • Comum em HAS resistente, também podendo ser causa de HAS secundária
  • Apneia do sono causa uma hipertensão a noite devido a obstrução do fluxo de ar
52
Q

FEOCROMOCITOMA (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • HAS labil ou em crise associada com cefaleia, palpitação (taquicardia), palidez e sudorese = feocromocitoma
  • Feocromocitoma é um tumor secretor de catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, dopamina) das células cromafins, tipicamente localizado nas adrenais.

• Exame de metanefrinas urinárias (metabolitos):
• Mais sensível que a dosagem do ácido venilmandélico na urina de 24h (VMA), menor interferência com alimentos.
• Valores < 1,2mg/dia (6,5µmol/dia)
 Interferências (podem aumentar as metanefrinas urinarias): labetalol, buspirona, tricíclicos
 Meta iodo benzil guanidina: radiofarmaco que se liga nos ganglios do sistema nervoso sinpatico fazendo uma hipercaptacao nas areas de tumor

53
Q

HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • Hipocalemia inexplicável = hiperaldosteronismo (produção autônoma de aldosterona pelo córtex adrenal)
  • Tríade: supressão de renina (normal 0,5 – 3 ng/ml/h), elevação de aldosterona (normal 2-5 ng/dl) e K+ < 3,5mEq/L (nem sempre encontrado)
  • Aldosterona absorve sodio e perde potassio e hidrogenio
  • Aldosterona alta suprime a renina
  • Pode ser indicado bloqueador do canal de calcio (Nifedipina, Anlodipino (Amlodipina), Nicardipina, Felodipina, Verapamil e Diltiazem) e as vezes vasodilatador arterial (nitro glicerina ou nitroprussiato de sodio) ou agonistas simpaticos do SNC
  • Dieta normosodica
54
Q

CRISE HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA)

A

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Elevação severa e súbita da pressão arterial que leva à lesão aguda de órgão alvo (IAM, AVC)
• Em geral PA estágio 3

URGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Elevação severa e súbita da pressão arterial sem lesão aguda de órgão alvo
• Em geral PA estágio 3 (> 180/110)

55
Q

CRISE HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA)

A

Não esquecer: pesquisar desencadeante, retirada de clonidina ou beta-bloqueadores (anti hipertensivos),

56
Q

URGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • As urgências hipertensivas caracterizam-se por níveis pressóricos elevados, geralmente com níveis de PA sistólica >200mmHg e/ou PA diastólica >120mmHg
  • As drogas podem ser administradas via oral
  • Sem sinais evidentes de lesão de órgãos-alvo ou piora de lesão prévia.
  • Redução da PA em horas (não há necessidade em urgência hipertensiva de redução em minutos)

 NIFEDIPINA (bloqueador de canal de calcio) sublingual nunca: baixa a pressao rapido demais e pode matar. Não tem meia vida rapida e previsivel que nem as outras medicacoes

57
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA)

A
  • Presença de sofrimento tecidual de órgãos-alvo, com iminente risco de vida ao paciente
  • Infusão de drogas intravenosas
58
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA

A
  • Rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, cefaleia, edema de papila
  • PA média (PAm) de 60mmHg a 120mmHg - perda do controle de regulação
  • O fundo de olho é obrigatório
59
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA

A
  • Ruptura súbita de uma camada da aorta
  • Dor torácica severa, podendo ser precordial ou dorsal, achado de exame físico com divergência de pulso ou isquemia de membro ou massa pulsátil em abdome (quando se extende até o abdome)
  • Nunca dar nitroprussiato sozinho, pois se aumenta a fc piora o buraco, por isso tem que dar betabloqueador (esmolol) antes dele, pois ele controla a fc
60
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - EDEMA AGUDO DE PULMÃO

A

Descompensação aguda de bomba, manifestando com congestão pulmonar, estertores crepitantes em ambos pulmões, hipoxemia

61
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - INSUFICIÊNCIA CORONARIANA AGUDA

A

Dor precordial típica, alteração de enzima e eletrocardiograma

62
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - RENAL

A

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA tipicamente associada com ANEMIA HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICA

63
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - ECLÂMPSIA

A

Doença hipertensiva específica da gravidez associada com convulsão, edema e proteinúria.

64
Q

EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA) - HIPERTENSÃO MALIGNA

A
  • A hipertensão maligna caracteriza-se por necrose fibrinoide das arteríolas e proliferação miointimal das pequenas artérias, manifestadas por neurorretinopatia e doença renal.
  • HAS maligna, quando fundo de olho grau IV

CAUSAS
• HAS essencial: causa mais comum
• Doenças sistêmicas com envolvimento renal: esclerodermia* (tipicamente relacionada), SHU/PTT, vasculites
• ESCLERODERMIA é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, ligada a fatores autoimunes. Sua principal característica é o endurecimento (esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa, brilhante e escura nas áreas afetadas.
• Drogas: cocaína
• Nunca usar nifedipina sublingual

65
Q

NEFROESCLEROSE HIPERTENSIVA (HAS SECUNDÁRIA)

A

• A aferente recebe a pressão arterial sistêmica, portanto este é o alvo das principais alterações relacionadas com a hipertensão arterial sistêmica.
 Indivíduos de raça negra têm muito mais autorregulação inadequada (MAIS COMUM EM NEGROS)
• Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) < 60ml/min
• Proteinúria < 1 a 2g/24h (geralemente não nefrotica)
• Meta: PA < 130/80mmHg (para pacientes que não tolerem essa pressão a meta é < 140/90)
• Droga de escolha: IECA (captopril e enalapril) ou BRA (losartana)

66
Q

Qual dos achados abaixo é o que mais sugere estenose de artéria renal como causa de HAS secundaria?

A

1) Presença de calcificações arteriais em radiografia de abdômen
2) HAS > 140/90 mmHg em indivíduo em uso de 3 classes medicamentosas, entre elas diurético
3) Doppler com aceleração do fluxo sanguíneo e pico sistólico elevado na artéria renal em comparação com a aorta (CORRETA)
4) Queda da creatinina plasmática após início de um bloqueador do sistema renina angiotensina aldosterona

67
Q

Paciente é encaminhada ao seu ambulatório por apresentar HAS resistente. Assinale a alternativa abaixo que NÂO é correta na caracterização desse diagnóstico:

A

Paciente é encaminhada ao seu ambulatório por apresentar HAS resistente. Assinale a alternativa abaixo que NÂO é correta na caracterização desse diagnóstico:

1) presença de padrão de hipertensão noturna (APNEIA) - CORRETA
2) uso de dieta hipossódica
3) uso de 3 classes medicamentosas, entre elas um diurético em dose adequada
4) falha em obter valores adequados para a meta pressórica

68
Q

DROGA DE ESCOLHA NA EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA

A

NITROGLICERINA ENDOVENOSA