Hanseníase Flashcards
Qual o agente etiológico da Hanseníase?
Mycobascterium leprae.
Qual o período de incubação da Hanseníase?
2 a 7 anos.
Qual deve ser a precaução da Hanseníase?
Precaução padrão - vias aéreas.
Quais são as formas paucibacilares da Hanseníase?
Forma indeterminada e tuberculoide.
Quais são as formas multibacilares da Hanseníase?
Forma dimorfa e Virchowiana.
Quais são as manifestações clinicas da forma indeterminada da Hanseníase?
Geralmente uma lesão de cor clara, distúrbio da sensibilidade, podendo ser acompanhada de alopecia e/ou anidrose.
Quais são as manifestações clinicas da forma tuberculoide da Hanseníase?
Pessoas com alta resistência ao bacilo com lesões são poucas ou única, de limites bem definidos papulosas ou nodulações com ausência de sensibilidade;
Comprometimento simétrico dos troncos nervosos, que pode causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Quais são as manifestações clinicas da forma dimorfa da Hanseníase?
Características clínico-laboratoriais da FT e da FV e acometimento extenso dos nervos;
pode ocorrer neurite aguda;
Grande variedade de lesões cutâneas, que se apresentando como placas e nódulos eritemato-acastanhados;
Lesões mais características, pré-foveolares ou foveolares.
Quais são as manifestações clinicas da forma virchowiana da Hanseníase?
Mais grave, alto comprometimento de troncos nervosos de forma simétrica - lesões em placas infiltradas e nódulos de colocaração eritemato-acastanhada ou ferruginosa;
infiltração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares;
Pode, ainda, ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão, e de órgãos internos.
Como determinar diagnóstico de paucibacilar e multibacilar?
Paucibacilar: até 5 lesões de pele e com baciloscopia negativo;
Multibacilar: mais de 5 lesões e/ou baciloscopia positiva.
Quais são os exames dermatoneurológicos realizado nos paciente com Hanseníase?
Teste de sensibilidade térmica;
Teste de sensibilidade dolorosa; e
Teste de sensibilidade tatil (estesiômetro).
Quando deve realizar a avaliação da função neural?
No início do tratamento;
A cada 3 meses, durante o tratamento, se não houver queixa;
Sempre que houver queixa, como dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, inicio ou piora de queixas parestésicas;
No controle periódico de doentes em uso de corticoides por estados reacionais e neurite;
Na alta do tratamento;
No acompanhamento pós-operatório de descompressão neural com 15, 45, 90 e 180 dias.
Quais são os critérios de graduação da força muscular?
Forte - 5 -Realiza o movimento completo contra a gravidade com resistência;
Diminuída - 4 -Realiza o movimento completo contra a gravidade com resistência parcial;
3 - Realiza o movimento completo contra a gravidade sem resistência;
2 -Realiza o movimento parcial;
Paralisada -
1 -Contração muscular sem movimento; e
0 - Paralisia (nenhum movimento).
Quais são os graus de incapacidade física?
Grau 0 -
Olhos - força muscular das pálpebras e sensibilidade de córnea preservadas e conta dedos a 6 metros ou acuidade visual >0,1 ou 6:60;
Mãos - Força muscular das mãos preservada e sensibilidade palmar: sente o monofilamento 2g (lilas) ou o toque da ponta de caneta esferográfica;
Pés - força muscular dos pés preservada e sensibilidade plantar: sente o monofilamento 2g ou o toque da ponta de caneta esferográfica;
Grau 1 -
Olhos - Diminuição da força muscular das pálpebras sem deficiência visíveis e/ou diminuição ou perda da sensibilidade da córnea: resposta demorada ou ausente ao toque do fio dental ou diminuição/ausência do piscar;
Mãos - diminuição da força muscular das mãos sem deficiência visíveis e/ou alteração da sensibilidade palmar: não sente o monofilamento 2g ou o toque da ponta de caneta esferográfica;
Pés - diminuição da força muscular dos pés sem deficiência visíveis e/ou alteração da sensibilidade plantar: não sente o monofilamento 2g ou o toque da ponta de caneta esferográfica;
Grau 2 -
Olhos - Deficiência visíveis causada pela hanseníase, como: lagoftalmo, ectrópio, entrópio, triquíase, opacidade corneana central, iridociclite e/ou não conta dedos a 6 metros ou acuidade visual <0,1 ou 6:60, excluídas outras causas;
Mãos - deficiência visíveis causadas pela hanseníase como: garras, reabsorção óssea, atrofia muscular, mão caída, contratura, feridas tróficas e/ou traumáticas;
Pés - deficiência visíveis causadas pela hanseníase como: garras, reabsorção óssea, atrofia muscular, pé caído, contratura, feridas tróficas e/ou traumáticas.
Qual é o tratamento da Hanseníase em adulto?
Rifampicina 600mg dose supervisionada mensal;
Dapsona 100mg dose supervisionada mensal; e
Clofazimina 300mg dose supervisionada mensal e 50mg uma dose autoadministrada diária.
Obs: PB: 6 meses e MB: 12 meses;
Transmissão é interrompida após inicio do tratamento;
Gravidez e aleitamento materno não são contraindicações para o tratamento.
Qual é o tratamento da Hanseníase em criança?
Rifampicina 450mg dose supervisionada mensal;
Dapsona 50mg dose supervisionada mensal e uma dose autoadministrada diária;
Clofazimina 150mg dose supervisionada mensal e 50mg uma dose autoadministrada em dias alternados.
Obs: PB: 6 meses e MB: 12 meses;
Transmissão é interrompida após inicio do tratamento;
esquema muda conforme o peso: <30kg a dose varia com o peso, 30 a 50kg esquema acima e acima de 50kg deve realizar o esquema do adulto.
Oque é Reação Tipo 1: Reversa da Hanseníase?
Aparecimento de novas lesões dermatológicas;
infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e neurite.
Oque é Reação tipo 2: eritema nodoso hansênico?
Nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento, enurite, orquite, iridociclite, entre outros.
Oque é Reação crônica ou subintrante da Hanseníase?
É a reação intermitente cujos surtos são tão frequentes que, antes de terminado um, surge outro. Os doentes respondem ao tratamento com os medicamentos utilizados para a reação. Mas, à medida que a dose é reduzida ou retirada, a fase aguda recrudesce. Isso pode acontecer mesmo na ausência de doença ativa e perdurar por muitos anos após o tratamento.
Qual é o esquema de BCG em contato com Hanseníase?
< 1 ano -
Não vacinados - 1 dose;
Comprovadamente vacinados - não faz
Vacinados sem cicatriz - 1 dose depois de 6 meses da anterior;
> 1 ano -
Sem cicatriz - 1 dose;
Vacinados - 1 dose depois de 6 meses da anterior;
Vacinados com 2 doses - não faz.
Quais são as diferenças de reação e recidiva na Hanseníase?
Reação
Frequente durante a PQT e/ou menos frequente no período de 2 a 3 anos após o término do tratamento;
Súbito e inesperado;
Algumas ou todas podem se ternar eritematosas, brilantes, intumescidas e infiltradas;
Em geral, multiplas;
Pode ocorrer ulcerações;
Presença de descamação;
Muitos nervos podem ser rapidamente envolvidos, ocorrendo dor e alterações sensitivo-motoras;
excelente resposta a medicamentos antirreacinais.
Recidiva
Em geral, período superior a 5 anos após o término da PQT;
Lento e insidioso;
Geralmente imperceptíveis as lesões anteriores;
Lesões recentes são poucas;
raramente ocorre as ulcerações;
ausência de descamação;
Poucos nervos podem ser envolvidos com alterações sensitivo-motoras de evolução mais lenta;
Não pronunciada na resposta a medicamentos antirreacionais.