GO 1 - SÍNDROMES DE TRANSMISSÃO SEXUAL E VIOLÊNCIA SEXUAL Flashcards

1
Q

(2021 SCMSP)
No diagnóstico da sífilis, podem ser utilizados testes imunológicos (sorologias) treponêmicos e não treponêmicos. Considerando essa informação, assinale a alternativa incorreta.
A) Os testes treponêmicos são os primeiros a se tornar reagentes e podem ser utilizados como primeiro teste ou como teste complementar.
B) Os testes rápidos são considerados como testes não treponêmicos. Assim, resultados reagentes desses exames necessitam de confirmação diagnóstica complementar com um teste treponêmico.
C) Os testes não treponêmicostornam-se reagentes cerca de uma a três semanas após o aparecimento do
cancro duro. Se a infecção for detectada nas fases tardias da doença, serão esperados titulos baixos
nesses testes.
D) Pessoas com titulos baixos em testes não treponêmicos, sem registro de tratamento e sem data de
infecção conhecida, são consideradas como portadoras de sifilis latente tardia, devendo ser tratadas.
E) Em 85% dos casos, os testes treponêmicos permanecem reagentes por toda a vida, mesmo após o
tratamento, e, por isso, não são indicados para o monitoramento da resposta ao tratamento

A

B

Vamos buscar, dentre as opções, a afirmativa incorreta sobre diagnóstico de sífilis. Letra A: correta. Os
testes treponêmicos ficam positivos antes dos não treponêmicos e, de acordo com as orientações do
Ministério da Saúde, podem ser utilizados tanto como exame inicial quanto para complementar um
resultado de teste não treponêmico. Letra B: incorreta. O teste rápido é um teste treponêmico, bastante
específico. Letra C: correta. Os testes não treponêmicos, como o VDRL, ficam positivos em altos títulos
em torno de uma a três semanas após a infecção, apresentando queda gradual nas formas mais tardias
da doença. Letra D: correta. A sífilis latente tardia ou de duração indeterminada é aquela diagnosticada
por exames laboratoriais em pessoas assintomáticas, portanto sem data de infecção conhecida. Letra E:
correta. Na maior parte das vezes o teste treponêmico permanece positivo indefinidamente, o que
impede sua utilização para controle de cura.

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Q

(2021 IAMSPE) Um paciente de dezoito anos de idade procurou o serviço médico, devido à lesão ulcerada na região
peniana. Relatou relação sexual desprotegida e negou febre. Na microscopia de campo escuro, foram
visualizadas bactérias espiraladas. Com base nessa situação hipotética, é CORRETO afirmar que o
diagnóstico mais provável é o de:

A) Cancro duro.
B) Cancro mole.
C) Sífilis terciária.
D) Monilíase.
E) Câncer de pele.
A

A

A questão deseja saber qual é o diagnóstico mais provável em um paciente de 18 anos, com história de
relação sexual desprotegida, apresentando lesão ulcerada única na região peniana, cuja microscopia de
campo escuro mostrou bactérias espiraladas. Antes de analisarmos as alternativas, vamos relembrar
que a microscopia de campo escuro pode ser realizada tanto com amostras obtidas de lesões primárias
como de lesões secundárias de sífilis. O material é levado ao microscópio com condensador de campo
escuro, permitindo a visualização do Treponema pallidum vivo e móvel – bactéria espiroqueta anaeróbia
de movimentos lentos –, que deve ser analisado imediatamente após a coleta da amostra. Agora sim,
vamos a elas. Letra A: correta, pois, como mencionado anteriormente, a microscopia de campo escuro
pode ser realizada com amostras de lesões primárias de sífilis, que corresponde ao cancro duro ou
protossifiloma. O material estudado consiste no exsudato seroso das lesões ativas para observação dos
treponemas viáveis em amostras frescas. Letra B: incorreta, pois o agente etiológico do cancro mole é o
Haemophilus ducreyi (um cocobacilo Gram-negativo), que não é identificado pela microscopia de campo
escuro. Letra C: incorreta, pois as manifestações da sífilis terciária (ex.: tabes dorsalis, aneurisma aórtico,
gomas sifilíticas) surgem anos após o aparecimento da sífilis primária e resultam da inflamação
progressiva causada pela presença do Treponema, que não é identificado pela microscopia de campo
escuro nesta fase. Letra D: incorreta, pois a monilíase genital (candidíase genital) é uma infecção fúngica
e não costuma se manifestar como uma úlcera única. A Candida sp. é um fungo Gram-positivo, dimorfo,
saprófita do trato genital e gastrointestinal. Letra E: incorreta, pois, no caso do câncer de pele, a lesão
costuma ser ulcerada ou vegetante, de longa evolução e em pacientes mais velhos. Além disso, não
esperaríamos encontrar a presença de bactérias na microscopia de campo escuro.

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Q

2021 SCMSP
Acerca do tratamento da sífilis adquirida, assinale a alternativa INCORRETA.
A) A benzilpenicilina benzatina é a única opção segura e eficaz para o tratamento adequado das gestantes.
B) No Brasil e no mundo, não há evidências de resistência de T. pallidum àpenicilina.
C) O tratamento da sífilis recente é realizado, preferencialmente, com benzilpenicilina benzatina 2,4
milhões UI, dose única, enquanto o tratamento da sífilis tardia é realizado com três doses semanais de
benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI.
D) O tratamento da neurossífilis é realizado preferencialmente com benzilpenicilina potassica ou cristalina, sendo a doxiciclina uma opção de esquema alternativo.
E) Na sífilis tardia, para se completar o tratamento, o intervalo entre as doses deverá ser de sete dias. No
entanto, caso esse intervalo ultrapasse catorze dias, o esquema deverá ser reiniciado

A

D.

QUESTÃO ANULADA

Letra A: correta. A única forma de tratamento
eficaz na gestação é utilizando penicilina benzatina.

Letra B: correta. Até o momento não há relatos de
resistência do Treponema pallidum à penicilina.

Letra C: correta, porém mal redigida. O tratamento
preferencial da sífilis primária é feito com uma dose de penicilina benzatina, enquanto o da sífilis tardia é
com três doses com intervalo de uma semana entre cada uma delas. A banca colocou “três doses
semanais”, o que poderia ser interpretado como três doses por semana.

Letra D: incorreta. O tratamento
alternativo da neurossífilis é com ceftriaxone.

Letra E: correta. O tratamento deverá ter sete dias de
intervalo e deverá ser reiniciado caso ultrapasse 14 dias.

A resposta inicial foi letra D, mas a questão foi
anulada pela confusão na letra C.

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4
Q

2021 SCMSP
No que se refere às doenças causadas pelo papilomavírus humano (HPV), assinale a alternativa correta.
A) As mulheres com verrugas anogenitais requerem um exame ginecológico completo, incluindo o exame
preventivo de câncer de colo do útero, uma vez que a maioria das verrugas são provocadas por tipos de
alto risco oncogênico.
B) Não há indicação de parto cesáreo devido à presença de lesões de verrugas genitais, ainda que haja a possibilidade de transmissão destas ao recém-nascido. A indicação excepcional seria a obstrução do canal
de parto ou sangramento.
C) O HPV pode ser classificado em tipos de baixo risco oncogênico e em tipos de alto risco oncogênico.
Sendo assim, como método de prevenção primária, são recomendados testes que identifiquem os
diferentes tipos de HPV na rotina clinica e no rastreamento de pessoas assintomáticas.
D) A vacinação das pessoas que vivem com HIV é contraindicada, devido ao potencial risco de
contaminação desses pacientes pela vacina.
E) Apenas pacientes do sexo feminino com lesões anais devem ter um exame proctológico com anuscopia
e toque retal.

A

B

Os tipos de HPV que infectam o trato genital são divididos em dois grupos de acordo com o risco
oncogênico (baixo risco e alto risco). As verrugas genitais são mais frequentemente causadas (em cerca
de 90% dos casos) pelos tipos 6 e 11 do HPV, ambos considerados de baixo risco oncogênico (letra A
incorreta). Apesar disso, tanto a prevenção primária (uso de preservativos e vacina), quando a
secundária (exame colpocitológico) devem ser estimulados, uma vez que a infecção pode ser subclínica
ou até mesmo latente (letra C incorreta). A vacinação contra o HPV é uma opção segura e eficaz,
protegendo contra os tipos 6 e 11 (baixo risco oncogênico) e 16 e 18 (alto risco oncogênico). Pessoas que
vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, transplantados de medula e pacientes oncológicos
podem ser vacinados mas necessitam de prescrição médica com indicação do motivo da vacinação (letra
D incorreta). Uma observação extremamente importante é que a vacinação NÃO substitui o
rastreamento do câncer de colo de útero! Todas as mulheres com verrugas anogenitais requerem um
exame ginecológico completo e todos os pacientes com lesões anais (independente do sexo) devem,
idealmente, ter um exame proctológico com anuscopia e toque retal - embora não seja recomendado o
estudo citológico do material coletado do canal anal (letra E incorreta). E o HPV no contexto da gestação?
Primeiramente, é importante lembrar que o HPV não causa infertilidade. Além disso, as lesões na
gestação podem apresentar crescimento rápido e podem se tornar friáveis e sangrantes, inclusive com
piores resultados no tratamento (até porque a podofilina e o imiquimode não devem ser usados na
gestação). Sendo assim, o tratamento recai sobre o ácido tricloroacético ou o nitrogênio líquido. Nas
lesões volumosas, a eletrocuagulação ou a exérese são as melhores opções. Outra informação muito
relevante é sobre a via de parto: não há indicação de cesariana pela presença de lesões, ainda que haja
possibilidade de transmissão destas para o recém-nascido. A única indicação seria a obstrução do canal
de parto ou o sangramento.

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5
Q

2021 UNESP
Gestante de 29 anos, G3P1A1, com 13 semanas de gestação, retorna à consulta de pré-natal com seu
parceiro sexual. Os resultados da sorologia para sífilis estão apresentados a seguir: Em relação ao
parceiro, a interpretação do resultado e a conduta são, respectivamente:

GESTANTE:
TESTE TREPONEMICO 1: REAGENTE
TESTE NÃO TREPONÊMICO: REAGENTE 1/32
TESTE TREPONEMICO 2: NÃO REALIZADO

PARCEIRO
TESTE TREPONEMICO 1: NÃO REAGENTE
TESTE NÃO TREPONÊMICO: NÃO REALIZADO
TESTE TREPONEMICO 2: NÃO REALIZADO

A) não é um caso de sífilis; não tratar o parceiro e repetir a sorologia para sífilis em 15 dias.
B) diagnóstico presumido de sífilis; tratá-lo com penicilina benzatina, por via intramuscular, em dose única totalizando 2400000 UI.
C) sífílis latente recente; tratá-lo com penicilina benzatina, por via intramuscular, em duas doses com
intervalo semanal, totalizando 4800000 UI.
D) sífilis latente tardia; tratá-lo com penicilina benzatina, por via intramuscular, em três doses com
intervalo semanal, totalizando 7200000 UI.

A

B

E aí? Segundo o Ministério da Saúde, um terço das parcerias sexuais de pessoas com sífilis recente desenvolverão sífilis dentro de 30 dias. Portanto, além da avaliação clínica e do seguimento laboratorial, se houve exposição à pessoa com sífilis (até 90 dias antes), recomenda-se oferta de tratamento presuntivo a esses parceiros sexuais (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), com dose única de benzilpenicilina
benzatina, 2,4 milhões UI, intramuscular, sendo 1,2 milhões UI em cada glúteo.

Caso o teste treponêmico e não treponêmico do parceiro sexual fossem positivos e tivessmos o diagnóstico de sífilis latente com duração ignorada, seria realizado tratamento igual ao da gestante: penicilina benzatina 2,4 milhões de UI intramuscular, 01 dose por semana durante 03 semanas, com controle de cura com teste não-treponêmico, mais comumente o VDRL. Lembre-se que a gestante da questão realizará o tratamento com penicilina benzatina 2,4 milhões de UI IM, 03 doses e realizará o controle de cura, com VDRL, mensalmente!

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6
Q

2021 HIAE
Em relação às vulvovaginites:
A) A vaginite atrófica ocorre com frequência em mulheres que fazem antibioticoprofilaxia para infecção
urinária.
B) O tratamento da vaginose bacteriana é realizado com ampicilina via oral e corticoide via vaginal por 7
dias.
C) A vaginite atrófica acomete puérperas e usuárias de contraceptivos hormonais e é tratada com
progesterona natural por pelo menos 30 dias.
D) Os agentes etiológicos mais comuns da vaginite aeróbica são Escherichia coli, Staphylococcus aureus,
Streptococcus agalactiae e Enterococcus faecalis.
E) A vaginite aeróbica é diagnosticada pela coloração de Gram e dosagem de interleucina B diminuída.

A

D

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7
Q

2021 HSJC - SP
A vaginose bacteriana:
A) cursa com redução acentuada de lactobacilos vaginais.
B) é considerada doença sexualmente transmissível.
C) é causa frequente de infertilidade feminina.
D) causa sintomas irritativos vaginais na maior parte dos casos.

A

A

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