CIR 2 - SÍNDROME DISFÁGICA Flashcards
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP-RP - 2020)
Mulher, 55 anos, procedente do Vale do Jequitinhonha, refere disfagia baixa há 2 anos, ora para alimentos sólidos, ora para líquidos, associada ao emagrecimento de 6 kg no período. Informa morte súbita em dois irmãos e pai. Endoscopia digestiva alta sem alterações. Qual alteração manométrica é mais provável?
a) Relaxamento transitório de esfíncter esofágico.
b) Aumento da amplitude das contrações no corpo do esôfago.
c) Aperistalse do corpo do esôfago.
d) Hipotonia do esfíncter inferior esofágico.
C
Considerando as doenças endêmicas na região de procedência da paciente e a história de morte súbita
familiar, devemos pensar em doenças de chagas. O acometimento por esta doença causando disfagia baixa, como apresentado pela paciente, nos faz pensar obrigatoriamente em acalasia secundária. Das opções, a única característica manométrica de uma acalasia é a aperistalse do corpo do esôfago. Gabarito: letra C.
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO - UERJ - 2020)
No tratamento cirúrgico da acalasia do esôfago, recomenda-se associar à esofagocardiomiotomia
videolaparoscópica o procedimento de:
a) Cricofaringostomia per-oral.
b) Esofagostomia cervical.
c) Gastrostomia à Stamm.
d) Fundoplicatura gástrica
D
Como vimos, ao realizar a cardiomiotomia, a maioria dos autores recomenda ainda a realização de uma
fundoplicatura parcial anterior (Thal ou Dor), para evitar a doença do reýuxo gastroesofágico no pós-operatório.
(FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – ABC-SP - 2019)
Em relação ao tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado, assinale a alternativa CORRETA:
a) A presença de miocardiopatia chagásica contraindica o tratamento cirúrgico.
b) O tratamento endoscópico através de dilatação esofágica é a melhor opção.
c) A cardiomiomectomia videolaparoscópica é a técnica mais utilizada.
d) A esofagectomia subtotal por via cérvico-abdominal, com abertura da rafe mediana do diafragma ou por
videolaparoscopia, é a opção mais adequada
D
MEGAESÔFAGO AVANÇADO, ou seja, grau IV na classiåcação de Mascarenhas e na de Rezende. Qual é
a conduta? Como acabamos de ver, ESOFAGECTOMIA.
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO – UFF - 2018)
A cirurgia de Heller é indicada para o tratamento de:
a) Carcinoma do esôfago.
b) Acalasia do esôfago.
c) Espasmo difuso do esôfago.
d) Hérnia por deslizamento.
e) Divertículo epifrênico.
B
R. Como vimos, a esofagomiotomia à Heller ou miotomia de Heller modiåcada é uma das opções para o tratamento da ACALASIA.
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – UFSC - 2017)
Paciente do sexo masculino, 27 anos, apresenta-se com história de três meses de disfagia. Primeiro notou que o problema aparecia quando da ingestão de água, agora também sente diåculdade em deglutir sólidos. Tem regurgitação e perda de peso. Uma radiograåa de tórax mostra alargamento do mediastino. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável:
a) Aneurisma da aorta torácica.
b) Acalasia.
c) Esclerodermia.
d) Síndrome de Plummer-Vinson.
e) Espasmo esofagiano.
B
R. Não tem como errar: disfagia progressiva + regurgitação + perda de peso, devemos pensar
obrigatoriamente em câncer ou acalasia. Isso, em um paciente jovem, indica um quadro de ACALASIA… E
veja que, entre as alternativas, nem encontramos o câncer como opção. O déficit de relaxamento do esfíncter esofageano inferior gera uma dilatação progressiva do corpo esofágico e acúmulo de alimentos, justificando o alargamento do mediastino, observado na radiografia.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP 2016)
Paciente de 40 anos de idade relata dificuldade persistente para deglutir alimentos sólidos há um ano, e para líquidos, há dois meses, acompanhada de regurgitação, mas sem pirose. Refere, às vezes, desconforto retroesternal e tosse após alimentação. Nega emagrecimento, contato com barbeiro, etilismo ou tabagismo. O exame físico é normal. Qual é o provável diagnóstico e qual deve ser o primeiro exame para fins de diagnóstico?
a) Espasmo esofágico difuso e manometria esofágica.
b) Esofagite eosinofílica e endoscopia digestiva alta.
c) Acalasia idiopática e estudo contrastado com bário.
d) Refluxo gastroesofágico e pHmetria de 24 horas.
e) Disfagia lusória e angio-TC do pescoço e do tórax.
C
R. Disfagia progressiva, com evolução de meses a anos, nos deve fazer pensar em ACALASIA, ainda mais neste caso em que não há emagrecimento. Na maioria dos casos, pensamos em acalasia idiopática, mas fique atento, pois se o enunciado te apresentar um paciente proveniente de área endêmica para doença de Chagas, devemos pensar em acalasia secundária. E o primeiro exame a ser realizado é a esofagografia. Lembrando que o padrão-ouro é a esofagomanometria.
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – UERJ 2016)
Paciente de 32 anos com quadro de disfagia de condução, regurgitação e perda de peso significativa, realiza endoscopia digestiva alta, que mostra dilatação de esôfago distal. A esofagomanometria evidencia redução da peristalse e prejuízo do relaxamento do esfíncter esofagiano inferior. Tais achados são compatíveis com diagnóstico de:
a) Acalasia.
b) Polimiosite.
c) Adenocarcinoma de esôfago.
d) Estenose péptica de esôfago.
A
R. Disfagia de condução com uma esofagomanometria como essa, não dá para ter dúvida.
(HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS – HNMD – RJ 2018)
O tratamento adequado do espasmo esofágico difuso consiste em:
a) Esofagomiotomia a Heller.
b) Fundoplicatura de Toupet.
c) Fundoplicatura a dor.
d) Intervenções farmacológicas ou endoscópicas.
e) Esofagectomia com transposição de tubo gástrico.
D
R. Vamos lembrar que o tratamento é medicamentoso, sendo a cirurgia reservada para casos refratários e
intensos.Como vimos, tratamento endoscópico, hoje em dia baseado na injeção intramural de toxina botulínica,
pode ser tentado nos casos refratários ou intolerantes ao tratamento clínico
(FMJ - SP 2017) Paciente masculino, de 37 anos, apresenta queixa de disfagia e dor torácica. Realizados exames: esofagomanometria com contrações simultâneas e de amplitude normal, seguidas de relaxamento normal do EEI. O paciente já tinha uma esofagografia da semana anterior sem alterações. O diagnóstico mais provável para este caso é: a) Espasmo esofagiano difuso. b) Adenocarcinoma de esôfago. c) Esclerodermia. d) Esôfago de quebra-nozes. e) Acalasia.
A
R. A presença de dor torácica e disfagia sugere dois diagnósticos diferenciais: espasmo esofageano difuso e esôfago de quebra-nozes. A esofagograåa pode auxiliar no diagnóstico, mas pode não mostrar alterações em ambos os casos. O grande exame para os distúrbios motores do esôfago é a
ESOFAGOMANOMETRIA. No espasmo esofageano, apresenta contrações simultâneas de alta amplitude ou longa duração, enquanto no esôfago de quebranozes, apresenta contrações de amplitude muito elevada (> 2 vezes o valor normal). Por isso, neste caso pensamos em espasmo esofagiano difuso.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
Paciente feminina refere dor torácica e disfagia. A endoscopia digestiva alta revelou hiperperistaltismo
esofágico, enquanto a manometria do esôfago não identificou alteração na pressão e no relaxamento do esfíncter esofagiano inferior; a amplitude pressórica foi de 408 mmHg, com ondas de contração de nove
segundos. Qual o diagnóstico da paciente?
a) Motilidade esofágica ineficaz.
b) Distúrbio inespecífico da motilidade esofágica.
c) Esôfago quebra-nozes.
d) Acalasia.
e) Espasmo esofágico difuso.
C
R. Frente a um quadro de disfagia + dor torácica, duas condições devem ser sempre lembradas: espasmo esofagiano difuso e o esôfago em quebra-nozes. Dois aspectos nos ajudam a chegar na resposta:
1- A amplitude de contração: um valor de 408 mmHg é altíssimo, bem maior do que os 120 mmHg, que é o limite para pensarmos em EED;
2- Duração: de maneira bem característica, as ondas de peristalse no esôfago em quebra-nozes são mais
duradouras. No caso, elas estão durando 9 segundos.
Por isso, melhor resposta: letra C. Mas grave o conceito de que não é fácil dar o diagnóstico diferencial entre o esôfago em quebra-nozes e o EED
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – PSU-MG
Paciente do sexo masculino, 64 anos, natural e residente em Belo Horizonte, procura UBS por estar apresentando nas últimas semanas disfagia, halitose, sialorreia, regurgitação líquida, tosse e deglutição ruidosa. Relata melhora da disfagia quando ele próprio comprime a região cervical esquerda com a mão espalmada ou inclina a cabeça para esse mesmo lado. Refere emagrecimento de 5Kg em dois meses. O
exame inicial MAIS ADEQUADO para se fazer o diagnóstico dessa afecção é:
a) Endoscopia digestiva alta.
b) Esofagograma baritado.
c) Manometria esofágica.
d) Tomografia de cabeça e pescoço.
B
R. Em pacientes mais idosos, geralmente a partir da sétima década de vida, que se apresentam com disfagia mais alta, com REGURGITAÇÃO de alimentos não digeridos e de ODOR FÉTIDO, e com uma massa compressível na região cervical, nos faz pensar obrigatoriamente em divertículo de Zenker. Como vimos, o grande exame para o diagnóstico é a esofagograåa baritada.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017 HOSPITAL MILITAR DE ÁREA DE SÃO PAULO – HMASP O reparo anatômico chamado de triângulo de Killian é associado a qual das alternativas? a) Divertículo de Meckel. b) Cisto de ducto colédoco. c) Divertículo de Zenker. d) Trígono hepatocístico. e) Insulinoma.
C
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL – AMRIGS – RS
Em relação ao Divertículo de Zenker, é CORRETO afirmar que:
a) A miotomia distal faz parte da técnica cirúrgica para o tratamento.
b) É uma doença congênita.
c) A perfuração é comum.
d) Tem como complicação mais frequente o sangramento.
A
R. Vamos avaliar as alternativas:
A - Correta. A miotomia do EES, que é distal à formação diverticular, é um dos pilares para o tratamento.
B - Incorreta. É uma condição adquirida, é um divertículo por pulsão.
C e D - Incorretas. Costumam ser assintomáticos, mas podem causar classicamente regurgitação, halitose e
massa cervical que pode ser esvaziada com os dedos (pelo acúmulo de material dentro do divertículo).
Dentre as complicações mais frequentes, citamos a pneumonia broncoaspirativa e a ulceração. Sangramento, fístula entre divertículo e traqueia, e paralisia de corda vocal podem acontecer de forma menos comum
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ - AMP - PR
Os divertículos de tração do esôfago são causados ou originados principalmente por qual dos fatores
relacionados abaixo?
a) Por serem divertículos falsos ou de pulsão, originam-se da fraqueza da camada muscular do corpo do esôfago.
b) Por serem divertículos falsos ou de pulsão, originam-se da fraqueza da camada muscular do segmento distal do esôfago.
c) Por serem divertículos falsos ou de pulsão, originam-se da fraqueza da camada muscular do segmento proximal do esôfago.
d) Por serem divertículos verdadeiros, originam-se pela retração da camada muscular do segmento proximal
do esôfago, motivada pela cicatrização fibrótica retrátil crônica de processos inflamatórios da região.
e) Por serem divertículos verdadeiros, originam-se pela retração da camada muscular do corpo do esôfago,
motivada pela cicatrização fibrótica retrátil crônica de processos inflamatórios da região.
E
R. Ótima questão para revisarmos alguns conceitos.
A, B e C - Incorretas: os divertículos que se formam por tração, não são por pulsão. Diferente dos divertículos
que se formam por pulsão (divertículo de Zenker, por exemplo), que são falsos, os divertículos por tração são
verdadeiros.
D - Incorreta e
E - Correta: o grande exemplo é o divertículo médio-esofágico (corpo do esôfago e não distal). Eles são verdadeiros e classicamente são relacionados à presença de linfonodos mediastinais inflamatórios decorrentes de infecção por BK. Hoje, as infecções e mediastinites fibrosantes também são descritas como
causas. A presença desses linfonodos inflamados acaba tracionando a parede do esôfago em sua direção,
formando esses divertículos. Gabarito: letra E
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ – AMP – PR
O divertículo do terço médio do esôfago é:
a) Anomalia congênita.
b) Hipotensão muscular nesse segmento.
c) Causado por orifício na camada muscular da parede do esôfago nesse ponto.
d) Divertículo falso causado por tração externa principalmente causada por inflamação de linfonodos
mediastinais.
e) Divertículo verdadeiro causado por tração externa principalmente causada por inflamação e retração de
linfonodos mediastinais.
E
R. Os divertículos do terço médio do esôfago classicamente decorrem da tração de linfonodos mediastinais inflamados, seja por tuberculose, histoplasmose, entre outros. Nestes casos, são divertículos formados por tração. Outra possibilidade é a presença de uma desordem primária na motilidade esofágica, que também pode resultar em um divertículo do terço médio, só que afora por pulsão. De qualquer maneira, a única opção correta é a letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ
Homem, 50 anos, apresenta diåculdade de engolir alguns alimentos há cerca de um ano. Nega perda de
peso, azia ou outros sintomas. Relata que nos últimos meses tem preferido ingerir carne moída ou picada, o
que facilita a deglutição desse alimento.
O diagnóstico provável é:
a) Divertículo de Zenker.
b) Carcinoma de esôfago.
c) Anel de Schatzki.
d) Síndrome de Plummer-Vinson.
C
R. Não vamos pensar em câncer de esôfago para explicar a disfagia desse paciente por conta de sua evolução arrastada e ausência de outros comemorativos importantes, como perda ponderal imotivada. Não vamos pensar em divertículo de Zenker pois, apesar de se tratar de adulto mais velho, o paciente não está exatamente na faixa etária típica (em geral, o Zenker aparece após os 70 anos), além do que, ele não refere regurgitação e halitose, os “carros-chefes” na sintomatologia deste problema. Não vamos pensar em PlummerVinson (também chamada de síndrome de Paterson-Kelly), porque esta condição é mais frequente em mulheres e se caracteriza pela coexistência de notável ferropenia (com anemia e outros comemorativos). Enfim, a hipótese de anel de Schatzki é totalmente compatível com o quadro, pois há relato de disfagia
exclusivamente para sólidos, desacompanhada de outros sintomas. É comum que portadores desta patologia experimentem diåculdade para deglutir carne, sendo clássica a queixa de episódios recorrentes de afagia aguda quando o paciente tenta comer pedaços maiores de carne. O diagnóstico pode ser conårmado pelo esofagograma e pela EDA, e o tratamento consiste em dilatação endoscópica da lesão. Resposta certa: letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
H.U. BETTINA FERRO DE SOUZA/JOÃO BARROS BARRETO – HUBFS/HUJBB
Homem de 65 anos vem à consulta com queixa de dispepsia. Relata que os sintomas iniciaram há 3 meses.
Nega sinais de alerta, como disfagia, hematêmese, melena, perda de peso ou vômitos incoercíveis. A conduta a ser adotada é:
a) Prescrever inibidor de bomba de próton por 30 dias e reavaliar ao ånal desse período.
b) Solicitar endoscopia digestiva alta.
c) Prescrever inibidor de bomba de próton e domperidona por 30 dias.
d) Prescrever bloqueador H2 por 30 dias.
e) Orientar os hábitos alimentares e evitar medicar o paciente.
B
R. Paciente de 65 anos com um quadro de dispepsia, como vimos, a EDA é obrigatória.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
SELEÇÃO UNIFICADA PARA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO CEARÁ – SURCE
Paciente de 18 anos, feminina, é atendida no ambulatório por queixa de epigastralgia. Refere que a dor é “em ardência” em epigástrio, sem irradiações, sem piora com movimentação, porém melhora com ingesta alimentar (aumento de peso de 3kg no período dos sintomas). Relata que o quadro se iniciou há 3 meses, sendo observado com frequência diária. Nega sangramentos ou melena. Exame físico normal. Não há histórico familiar patológico relevante e a paciente era previamente saudável. Não havia histórico de uso de medicações. Exames laboratoriais (hemograma, proteína C-reativa, creatinina e tireotropina) estavam normais. Qual a conduta mais apropriada, nesse momento?
a) Indicar realização de endoscopia digestiva alta.
b) Pesquisar antígeno fecal para Helicobacter pylori.
c) Realizar tratamento para Helicobacter pylori.
d) Prescrever bloqueador de bomba de prótons.
B
R. É dispepsia? Tem indicação de EDA? Não. Próximo passo, testar e, se positivo, erradicar o H. pylori.
Gabarito: letra B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016 HOSPITAL ALVORADA – HA – SP O principal sintoma relacionado à Doença do Refluxo Gastroesofágico é a pirose ou queimação retroesternal. O segundo sintoma MAIS prevalente é: a) Tosse. b) Disfonia. c) Vômitos. d) Regurgitação.
D
R. O que marca o quadro clínico da Doença de Reýuxo Gastroesofágico (DRGE) é a ocorrência de PIROSE
(queimação retroesternal) e REGURGITAÇÃO. Gabarito: letra D!
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RP DA USP - USP-RP
Você atua como médico(a) de família e comunidade em uma unidade de saúde da família e atende um
paciente do sexo masculino de 45 anos, que apresenta queixa de dor de garganta há 4 semanas. Relata que a dor é mais intensa do lado esquerdo da garganta e tem caráter intermitente, sendo mais pronunciada no período da noite e mais branda durante o dia. Relata também que, eventualmente, tem sofrido de rouquidão, no mesmo período. Nega outras queixas. Refere o consumo de 3 latas de cerveja por dia e tabagismo de Q maço dia há 25 anos. No exame físico, você identifica um paciente em bom estado geral e obeso, com índice de massa corporal de 32 kg/m2. No exame da cavidade oral, você observa discreta hiperemia na orofaringe, mais pronunciada à esquerda, sem outras alterações. Qual seria então a hipótese diagnóstica mais provável nesse caso?
a) Angina de Plaut Vincent.
b) Carcinoma espinocelular de orofaringe.
c) Mononucleose infecciosa.
d) Doença do refluxo gastresofágico.
D
R. Boa questão para discutirmos sobre o diagnóstico da DRGE.
Paciente obeso, tabagista e etilista tem quadro de odinofagia há quatro semanas… Qual será o motivo dessa dor de garganta? Primeiro, note que não há outros comemorativos da síndrome de mononucleose infecciosa - adenomegalias, hepatoesplenomegalia, febre (C errada). Ao mesmo tempo, não há nada sugestivo de câncer de esôfago, como perda ponderal ou disfagia (B errada). A angina de Plaut Vincent é caracterizada por disfagia dolorosa unilateral, geralmente sem elevação de temperatura e queda importante do estado geral; à oroscopia, observa
ulceração da amígdala (ausente aqui), recoberta por pseudomembrana, facilmente desprendida e friável, com necrose e eliminação de exsudato de odor fétido (A errada). Assim, nos resta, dentre as opções, pensar em doença do refluxo gastroesofágico: o paciente tem fatores de risco - tabagismo, etilismo, obesidade - e, aparentemente, duas manifestações atípicas da doença: rouquidão e odinofagia. O fato de a dor de garganta ser pior pela manhã é bastante sugestivo - enquanto o paciente está deitado, o “peso” do panículo adiposo abdominal aumenta a pressão dentro do abdome, piorando o refluxo. Ou seja, apesar de não identificarmos os achados típicos, devemos sim pensar em DRGE como um dos possíveis diagnósticos. E pensando na nossa prática, este paciente fatalmente merece uma EDA. Gabarito: letra D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020 HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS - HNMD - RJ Qual o padrão-ouro para o diagnóstico e quantiåcação do reýuxo gastroesofágico? a) Esofagograåa. b) Endoscopia digestiva alta. c) Manometria esofagiana. d) pHmetria de 24 horas. e) Ultrassonografia endoscópica.
D
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019 SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO – SMS-SP
Mulher, 38 anos, advogada, casada. Paciente chega ao seu consultório encaminhada pelo otorrinolaringologista, o qual procurou por tosse seca persistente. Diz que os sintomas se iniciaram há alguns meses e são mais intensos após as refeições e em decúbito dorsal. Sem comorbidades e sem medicações. Nega atopias. Nega história familiar de neoplasias gastrointestinais. Traz consigo exames já realizados: laringoscopia que mostra laringite posterior, e endoscopia digestiva alta normal. Qual a hipótese diagnóstica mais provável e que exame deve ser solicitado para confirmação diagnóstica?
a) Asma / Espirometria.
b) Sinusite / TC de seios da face.
c) Alergia / Patch test.
d) Pneumonia / RX de tórax PA.
e) Doença do reýuxo / pHmetria.
E
R. A piora da tosse após as refeições e com o decúbito aventam a hipótese de DRGE atípica (isto é, com
manifestações predominantemente extra-esofágicas). A laringite posterior é um achado característico nestes
casos, e não se esqueça que a EDA é normal em cerca de 50% dos pacientes com DRGE. O método padrãoouro para conårmar o diagnóstico (útil em casos duvidosos) é a pHmetria de 24h (de preferência associada à
impedanciometria). Melhor resposta: letra E
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – UFSCAR – SP
A Doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE) é, provavelmente, uma das doenças mais prevalentes no mundo que compromete significativamente a qualidade de vida. Tendo em vista as elevadas e crescentes incidências, a intensidade dos sintomas e a gravidade das complicações. Sendo assim, qual a principal forma do seu diagnóstico?
a) Endoscopia digestiva alta.
b) Radiograåa de esôfago, estômago e duodeno.
c) Manometria esofágica.
d) TC de tórax.
e) História clínica.
E
R. Apesar de sabermos que o exame considerado como padrão-ouro para o diagnóstico de DRGE é a
pHmetria 24 horas, ela não deve ser utilizada para todos os pacientes. Isso porque a grande maioria dos
casos é diagnosticada apenas com anamnese, exame físico e farmacoterapia empírica. Ou seja, tratamos
como se fosse DRGE. Se melhorar, o diagnóstico está fechado. Caso contrário, realizaremos outros exames
complementares. Gabarito: letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS - HCG
Paciente do sexo masculino, de 50 anos, obeso, procedente de Barreiras-BA, apresentando disfagia
intermitente com alimentos sólidos há seis meses. Relatava ainda pirose retroesternal frequente há seis anos.
Neste caso, o diagnóstico mais provável é:
a) Síndrome de Plummer-Vinson.
b) Divertículo de Zenker.
c) Megaesôfago chagásico.
d) Estenose péptica de esôfago
D
R. Estamos diante de um paciente com pirose retroesternal frequente há seis anos, o que, provavelmente,
corresponde a uma DRGE nunca diagnosticada ou tratada. Há seis meses, esse paciente passou a apresentar
disfagia. Ora, sabemos que a DRGE de longa data leva à esofagite distal e pode complicar com estenose
péptica. Outra complicação que poderíamos pensar é esôfago de Barrett e adenocarcinoma, mas não temos
essa opção, logo åcaremos mesmo com a letra D.