Ginecologia Flashcards
Qual hormônio aumenta no início do ciclo?
Estrógeno
Qual o principal hormônio ovariano na primeira fase do ciclo?
estradiol
a ovulação é desencadeada após quantas horas do pico do LH?
36 horas
qual o tempo de duração do corpo lúteo?
14 dias (fase lútea é fixa)
qual o principal hormônio da fase lutea?
progesterona
quem produz a progesterona?
corpo lúteo
explique a síntese do estógeno com a teoria das duas células
Nas células da Teca: LH atinge receptor de membrana e estimula a produção de androstenidiona e testosterona a partir do colesterol Nas células da granulosa: o FSH atinge receptor de membrana que ativa a aromatase convertenso testostenoa e androstenidiona em estradiol e estrona
como é um ciclo menstrual normal?
duração de 21-35 dias? fluxo de 2-6 dias perda sanguínea de 20-60ml
qual a condição necessária para induzir o pico de LH w
estradiol > 200pg/ml : faz feedback positivo para o LH
quais as fases do ciclo ovariano e do ciclo endometrial?
OVARIANO: folicular e lútea EDOMETRIAL: menstrual, proliferativa e secretora
contra-indicações para progesterona
cancer de mama
TVP/TEP atual
cirrose descompensada
tumor hepático
lupus com SAF
IAM ou AVC
enxaqueca com aura
Contra-indicações ao DIU de cobre
alterações da cavidade endometrial MIPA atual 4 semanas após o parto (se fora do pós parto imediato) sangramento uterino inexplicado
Contra-indicações ao mirena
câncer de mama tumor hepático TVP/TEP atual LES + SAF enxaqueca com aura
qual método contraceptivo usar em varizes de MMII?
pode tudo- varizes não é trombose
Candidíase: fatores de risco
imunossupressão uso de ATB aumento da umidade local diabetes gestação uso de estrógeno: uso de ACO combinado
Quadro clínico Candidíase
prurido, queimação, irritação corrimento branco grumoso dispareunia de penetração disúria externa
pH candidíase
3,5-4,5
tto candidíase
medidas comportamentais fluconazol nistatina, miconazol tto do parceiro só se infecções recorrente ou parceiro com balanopostite
qual Vulvovaginite que é DST?
tricomoníase
Diagnóstico de candidíase
microscopia óptica: pseudohifas ou esporos bacterioscopia com coloração gram cultura para fungos
Exame físico tricomoníase
corrimento amarelo, esverdeado, bolhoso colo em framboesa
Diagnóstico tricomoníase
anamnese e exame físico
pH >5
teste das aminas +
microscopia: protozoário flagelado e leucócitos
PCR para tricomonas
cultura em meio Diamond
tto tricomoníase
metronidazol VO NÃO pode via vaginal
tratar parceiros
Efeitos colaterais metronidazol
efeito dissulfiram-like (antabuse) náuseas, vômitos gosto metálico na boca
Quais os dois principais agentes etiológicos da MIPA?
Chlamydia trachomatis Neisseria gonorrhoeae
como é a flora da MIPA?
polimicrobiana
fatores de risco para MIPA
vulvovaginites uso de DIU <25 anos história de MIPA ou DSTs início precoce da vida sexual múltiplos parceiros, relação sem camisinha
Agente etiológico de MIPA por DIU
Actinomyces israelli
Se tiver MIPA com DIU, tem que remover?
não. só remover se não tiver melhora após 72h de tto. mas se for remover, dar pelo menos 2 doses do ATB
Quadro clínico MIPA
dor pélvica corrimento purulento dispareunia de profundidade sangramento uterino febre
Critérios diagnósticos para MIPA (ministério da saúde)
3 critérios maiores + 1 menor ou 1 específico
Critérios maiores de Dx de MIPA
dor à palpação anexial dor à mobilização do colo dor pélvica
Critérios menores de MIPA
- febre >38.3
- secreção vaginal endocervical purulenta
- massa pélvica l
- eucocitose no hemograma
- aumento de PCR ou VHS
- >5 leucócitos/campo na secreção da encocérvice
- comprovação de infecção de clamidia/gonococo/ micoplasma
Critérios elaborado para MIPA
evidência histopatológica de endometrite abscesso tubo-ovariano ou no fundo de saco na imagem (USG) laparoscopia com sinais de MIPA
DD de MIPA
vulvovaginites, endometriose, torção de ovário, degeneração de mioma gravidez ectópica, abortamento séptico apendicite, diverticulite, litíase, ITU, Chron, RCUI
DD da MIPA que podem ter indicação cirúrgica
apendicite, torção anexial, gestação ectópica
Classificação de Monif para MIPA
- sem peritonite: único de tto ambulatorial 2. com peritonite 3. com abscesso ou oclusão tubária 4. abscesso > 8cm ou abscesso roto ou choque séptico
Critérios de internação para MIPA
abscesso tubo-ovariano gestação queda do estado geral sem melhora após 72h de ATB se não tolera ATB oral dúvida diagnóstica
tto ambulatorial da MIPA
Coisa: Ceftriaxone Do : Doxiciclina Mal: Metronidazol
tto hospitalar da MIPA
clinda + genta
CD no abscesso por MIPA
internação + ATB EV : não preciso drenar de cara
Quando operar a MIPA
sem melhora com ATB
rotura de abscesso
abscesso em expansão
O que orientar no tto de MIPA
abstinência sexual durante o tto métodos de barreira oferecer sorologias para outras DSTs avaliar e tratar parceiros dos últimos 60 dias
Complicações da MIPA
Agudas: abscesso tubo-ovariano Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: perihepatite que evolui com aderências em corda de violino Crônicas: infertilidade de fator tubário, gestação ectópica, dor pélvica crônica
Qual o principal fator de risco para gestação ectópica?
antecedente de MIPA
Quais as causas de infertilidade de fator tubário?
MIPA Endometriose
tto herpes genital
Aciclovir VO se for primeira infecção, pode aumentar frequência paciente imunossuprimido: aciclovir EV gestante: aciclovir VO
ocorre transmissão de sífilis em mucosa íntegra?
sim, o treponema é capaz de atravessar pele e mucosa mesmo íntegras: transmissão por contato, principalmente sexual
como é a lesão da sífilis?
úlcera única, indolor, rosa avermelhada de bordas bem delimitadas e base endurecida com fundo limpo. é rica em treponemas. Dura 2-6 semanas e desaparece sozinha (não cura a sífilis). Pode servir de porta de entrada para HIV
Díagnóstico de sífilis primária
microscopia em campo escuro com pesquisa direta do treponema sorologias: VDRL e FTA-Abs- podem demorar para positivar, então se vier negativo, não exclui- FTA-Abs positiva primeiro
tratamento sífilis primária
penicilina benzatina 2.4 milhões IM- 1,2 milhões em cada nádega tratar parceiro porque pode reinfectar opções: doxiciclina, ceftriaxone
Qual o agente da úlcera genital por DST mais comum?
Herpes simples: principalmente HSV 2 (HSV 1 é perioral) porém todos podem acometer qualquer lugar
quadro clínico da herpes genital
PRIMOINFEÇÃO: lesão + sintomas gerais de febre, mialgia, mal-estar, pode ter adenopatia dolorosa inguinal bilateral RECORRÊNCIA: pode ter pródromo de físgadas ou prurido local. As úlceras apareceram sempre no mesmo local lesão: vesículas agrupadas sobre base eritematosa, úlceras dolorosas com bordas lidas e crostas sero-hemáticas- lesões em diferentes fases de evolução. Regride espontaneamente em 7-10 dias se acometer colo do útero: corrimento
qual cuidado precisamos ter na gestante com antecedente de herpes genital ?
se tiver lesões herpéticas ativas no momento do parto, deve-se indicar a cesárea
Diagnóstico de herpes genital
clínica esfregaço de Tzanck cultura sorologia
cancro mole: agente, transmissão
Haemophillus ducreyi: bacilo gram - transmissão sexual
lesões cancro mole
múltiplas, dolorosas, borda irregular, contorno eritemato-edematoso, base amolecida de fundo irregular com exsudato necrótico amarelado e fedido começa como uma pápula que ulcera TEM LINFONODO: bulbão unilateral que fistuliza
tto cancro mole
azitromicina 1g VO ou ceftriaxone ou cipro, higiene local tratar parceiro
Chlamydia causa qual úlcera genital?
linfogranuloma venéreo
Lesão do linfogranuloma venéreo
3 fases inoculação: pápula indolor que some sem deixar sequela (quase nunca da para ver) disseminação linfática regional: linfadenopatia inguinal unilateral sequelas: linfonodos fundem e fistulizam, tecido cicatricia, aderências
TTO linfogranuloma venéreo
doxiciclina 100mg 12/12h VO por 21 dias ou azitro tratar parceiros
diagnóstico linforgranuloma venéreo
clínico PCR, sorologia, cultura
Agente da donovanose
Klebsiella granulomatis
lesão donovanose
úlcera de borda plana, bem delimitada, fundo granuloso, vermelho vivo e de sangramento fácil múltiplas lesões em espelho evolui com destruição tecidual com cicatrizes, deformidades e estase linfática
diagnóstico Donovanose
esfregaço ou biópsia da lesão: corpúsculos de Donovan
tto donovanose
doxiciclina ou cipro ou azitro até desaparecer lesão não precisa tratar parceiro porque tem baixa infectividade
toda úlcera genital é DST?
Não, Existem úlceras causadas por EBV, CMV, Crohn, Behçet, úlcera de Lipshutz
diagnóstico
sífilis primária
diagnóstico
herpes genital
diagnóstico
herpes genital
diagnóstico
cancro mole
diagnóstico
linfogranuloma venéreo
diagnóstico
donovanose
qual exame e qual diagnóstico
exame de Tzanck: herpes
qual exame e qual diagnóstico
microscopia de campo escuro visualizando o treponema
sífilis
quais as principais causas de sangramento uterino anormal na menacme?
- *P**ólipos
- *A**denomiose
- *L**eiomioma
- *M**alignidade
- *C**oagulopatias
- *O**varianas
- *E**ndometriais
- *I**atrogênicas
- *N**ão classificadas
Qual a primeira coisa a fazer na SUA?
excluir gestação
Exames de SUA no PS
beta-HCG
hemograma
USG pélvico (TV)
tto fase aguda da SUA
AINE
anti-fibrinolóticos (transamin)
hormônios: estrogênio, progesterona ou os dois
porque obesas tem SUA?
tecido adiposo produz estrona
o que devemos investigar em pacientes jovens com SUA e outros sinais de sangramento?
coagulopatias: doença de von Willebrand e uso de anticoagulantes
como é a SUA por causa ovulatória?
sangramento imprevisível quanto ao fluxo e a duração
associado a quadros de anovulação crônica
não produz progesterona e endométrio fica instável
causas de SUA ovulatória
SOP
hipotireoidismo
hiperprolactinemia
obesidade/stress
perto da menarca ou perto da menopausa
uso de drogas que interferem na dopamina
tto SUA ovulatória
hormônios- progesterona
anti-fibrinolíticos
tratar causa base
causas iatrogênicas de SUA
uso de homônios: principalmente estrogênio em baixa dose
DIU
Pólipos: fisiopatologia
crescimento das glândulas e do estroma do endométrio: dependente de estrógeno
pólipos sintomas:
aumento do fluxo menstrual, irregularidade menstrual, infertilidade, hipercontratilidade uterina (cólicas)
diagnóstico pólipos
histologia : excluir malignidade (baixa chance)
USG: espessamento endometrial
tto pólipos
histeroscopia cirúrgica com ressecção do pólipo
não fazer curetagem porque você não consegue ver o pólipo
Adenomiose: quadro clínico
SUA
dismenorreia
dispareunia
dor pélvica crônica
infertilidade
melhora após menopausa
Adenomiose: o que é?
endométrio ectópico dentro do miométrio
epidemiologia adenomiose
25-30% das mulheres na menacme
associado a multiparidade
EF da adenomiose
aumento difuso do tamano do útero, dor à palpação
Diagnóstido adenomiose
USG TV ou RM: aumento do volume difusamente com miométrio heterogêneo, zona juncional espessada (transição entre endométrio e miométrio), áreas císticas
biópsia: dx definitivo
tto adenomiose
clínico: mirena, ACO, AINE, anti-fibrinolíticos, análogos de GnRH
cirúrgico: histerectomia
mioma: o que é
tumor benigno monoclonal de células de músculo liso, dependente de estrogênio
epidemiologia miomas
negras
AF
maior período de exposição hormonal
nuliparidade
sobrepeso/obesidade
classificação dos miomas
submucoso- no endométrio- sangramento, infertilidade
intramural- no miométrio
subseroso- serosa: vai para abdome
sintomas de miomas
SUA
dismenorreia
infertilidade
massa pélvica
sintomas compressivos
abortamento + parto prematuro
dor: torção do mioma, efeitos compressivos
tipos de degeneração dos miomas
hialina
císticas
mucoide
vermelha
gordurosa
sarcomatosa
calcificação
Dx mioma
USG pélvico, RM
histeroscopia
histerossonografia
tto miomas
- controle de sintomas: ACO, anti-fibrinolíticos, AINE
- análogos do GnRH: única medicação que faz diminuir o tamanho e a vascularização- pode servir de ponte para a cirurgia
- tto cirúrgico:
- miomectomia (pode recidivar)
- histerectomia
- mioma submucoso pode ser removido por histeroscopia cirúrgica
- embolização de artérias uterinas: risco de evoluir com insuficiência ovariana (fazer só se não tiver desejo reprodutivo)
- ablação térmica
Malignidade que causa SUA
hiperplasia de endométrio
câncer de endométrio
leiomiossarcoma
cuidados na gestação de mulheres com miomas
principal causa de SUA na pós-menopausa
atrofia endometrial: vasos ficam expostos e sangram
critérios de rotterdam da SOP
- ciclos anovulatórios
- hiperandrogenismo: laboratorial ou clínico
- ovários micropolicísticos (>10-12) no USG
qual a endocrinopatia mais comum na menacme?
SOP
fisiopatologia da SOP
-alteração da liberação do GnRH- altera a relação entre LH/FSH
2LH:1FSH- diminuição relativa do FSH
LH estimula as células da teca a produzir androgênios
como não tem FSH, células da granulosa não consguem transformar o androgênio produzido em estrogênio
prejudica desenvolvimento do folículo normal: não tem folículo dominante- anovulação crônica
não forma corpo lúteo- não produz progesterona
como não tem progesterona, a ação do estrogênio predomina no endométrio causando SUA e cronicamente pode levar a câncer de endométrio
como tem aumento de androgênios, o fígado não produz SHBG, ai aumenta a fração livre de testosterona
testosterona na periferia vita di-hidrotestosterona e causa hiperandrogenismo
hiperinsulinemia aumenta androgênios e promove atresia folicular, contribuindo para queda de SHBG
clinicamente como é um ciclo anovulatório?
amenorreia secundária
oligomenorreia
SUA
qual escala avalia hirsutismo?
escala de Ferriman-Gallwey
será hirsutismo se >8
características do hiperandrogenismo de SOP
hirsutismo
acne
alopecia
não tem sinais de virilização
QC da SOP
obesidade de padrão andróide: central
hirsutismo
acne
oligomenorreia
infertilidade
acantose nigricans
alopecia
critérios de síndrome metabólica na mulher
3 de 5
circunferência abdominal >88
triglicérides >150
HDL< 50
PA > 130x85
glicemia de jejum > 100
Qual o problema de não tratar SOP?
risco de câncer de endométrio
exames complementares a pedir na SOP
USG TV
LH, FSH
BHCG, TSH, PRL
testosterona, androstenediona, SDHEA
SHBG
17- OH- progesterona
perfil lipidico
glicemia, GTT
DD para SOP
gestação
hipotireoidismo
hiperprolactinemia
tumor de ovário
tumor de adrenal
HAC
Sd. de Cushing
medicamentos