Ginecologia Flashcards

1
Q

Quais são os principais sintomas de síndromes de transmissão sexual?

A

alto - Dor abdominal, dor anexial, alteração do estado geral, alteração laboratorial, febre
baixo - vulvovaginite, cervicite

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2
Q

O que caracteriza a vaginose bacteriana?

A

Perda da microbiota vaginal normal (diminui Lactobacilos > diminui ácido lático > pH mais alto) > aumenta proliferação de outras bactérias

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3
Q

Quais são os critérios de Amsel para diagnóstico de vaginose bacteriana?

A

3 de 4 critérios:
 Corrimento branco acinzentado, fino, homogêneo – pode ter microbolhas
 pH > 4.5
 Teste das aminas/KOH/whiff positivo – odor piora com coito e menstruação
 Clue cells (células alvo) – bactérias aderidas na membrana celular

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4
Q

Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?

A

Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias ou Clindamicina 300mg VO 12/12h por 7 dias.

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5
Q

O que caracteriza a candidíase?

A

Corrimento branco aderido tipo ‘nata de leite’, prurido intenso, pH < 4.5, pseudo-hifas na microscopia

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6
Q

Qual é o tratamento para candidíase e para a recorrente?

A

 Miconazol creme por 7 dias
 Nistatina creme por 14 noites

Recorrente: Fluconazol VO 150mg 1cp dias 1/4/7 > 1cp/semana por 6 meses.

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7
Q

Características da tricomoníase

A

 Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, odor fétido
 Teste das aminas/KOH/whiff positivo
 Colo em framboesa/morango – colpite focal
 pH > 5
 Schiller de aspecto tigroide
 Protozoário móvel flagelado

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8
Q

Qual é o tratamento para tricomoniase?

A

Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias e tratar parceiro + parceiro tratado com 2g VO dose única

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9
Q

Quais são os sinais da vaginite atrófica e seu tratamento

A

 Corrimento amarelado
 Prurido
 pH > 5
 Ausência de patógenos + aumento
de PMN + aumento de células basais e parabasais

Estrogênio vaginal

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10
Q

Qual é o agente etiológico da sífilis?

A

Treponema pallidum.

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11
Q

Como se caracteriza a sífilis primária?

A

Úlcera única, indolor, fundo limpo que some sozinha.

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12
Q

Quais são os testes laboratoriais para diagnóstico de sífilis?

A

Teste treponêmico e não treponêmico (VDRL).

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13
Q

Qual é o tratamento recomendado para sífilis primária?

A

Penicilina benzatina 2.4 milhões IM em dose única.

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14
Q

Como se apresenta a úlcera causada pela donovanose?

A

Úlcera profunda, crônica, indolor.

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15
Q

O que caracteriza a cervicite?

A

Corrimento cervical, colo hiperemiado e friável.

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16
Q

O que é a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis?

A

Aderência peri-hepática em cordas de violino associada à dor pleurítica.

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17
Q

Qual é a conduta após uma violência sexual?

A

Notificação compulsória imediata, se adolescente acionar conselho tutelar, comunicar autoridade policial sem obrigatoriedade de fazer BO

pedir exames para rastrear DST, contracepção de emergência e profilaxia de DST

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18
Q

Qual a profilaxia recomendada para HIV após exposição?

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) até 72h.

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19
Q

Qual é o pH normal da microbiota vaginal?

A

pH 4-4.5.

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20
Q

Preencha a lacuna: A vaginite inespecífica é causada por __________.

A

Má higiene.

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21
Q

Quais são os principais sintomas da uretrite?

A

Corrimento uretral e cervicite.

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22
Q

Qual é a profilaxia para HIV até 72 horas?

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)

Profilaxia em caso de exposição ao HIV.

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23
Q

Qual a profilaxia recomendada para Hepatite B?

A

Imunoglobulina até 14 dias + Vacina

Indicado para abusadores com Hepatite B ou de grupo de risco.

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24
Q

Qual é o tratamento para Sífilis primária?

A

Penicilina benzatina 2.4 milhões IM dose única.

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25
Qual é o tratamento para Gonorreia?
Ceftriaxona 500mg IM dose única.
26
Qual é o tratamento para Clamídia e Cancro mole?
Azitromicina 1g VO dose única.
27
Qual é o tratamento para Tricomoníase?
Metronidazol 2g VO dose única.
28
Quais as recomendações para o parto em gestantes com HIV?
CV indetectável: parto vaginal (sem AZT); CV < 1.000: AZT por 3h + parto vaginal; CV > 1.000: AZT por 3h + cesárea eletiva.
29
Qual é o tratamento para inibir lactação em gestantes com HIV?
Cabergolina.
30
Quais exames são indicados para investigar incontinência urinária?
Urina rotina + Urocultura (avaliar ITU); teste do cotonete e USG (avaliar mobilidade do colo); urodinâmica
31
Quando deve ser realizada cistoscopia em caso de hematúria?
Hematúria sem ITU + > 50 anos + tabagista.
32
Quais são os fatores de risco para fístula vesico/ureterovaginal?
Cirurgia pélvica, radioterapia.
33
fístula ureterovaginal - clínica
perda de urina pela vagina durante micção normal
34
quais as etapas da urodinâmica?
Urofluxometria -  Esvaziamento inicial: volume, fluxo máximo evolume residual Cistometria – fase de enchimento Não pode ter:  Atividade do detrusor  Perda de urina  Dor *Compara pressão vesical com abdominal (retal) Estudo miccional – estudo de fluxo-pressão Obstrução x hipocontratilidade
35
Quais são as indicações para urodinâmica?
* Incontinencia de esforço sem perda no exame físico; * Falha no tratamento clínico; * Antes do tratamento cirúrgico; * Associado a prolapso grande.
36
Quais são os sintomas da bexiga hiperativa e sua causa?
Urgência miccional, polaciúria, noctúria. Contração não inibida do detrusor *O diagnóstico é clínico!
37
Qual é o tratamento clínico para incontinência urinária de esforço? e o cirúrgico?
 Perda de peso  Fisioterapia – Kegel, biofeedback  Duloxetina – aumenta suicídio  Agonistas alfa-adrenérgicos – aumenta AVE Cirúrgico  Sling – TVT (preferir!), TOT *Se TVT: cistoscopia intraoperatório!
38
O que caracteriza a síndrome da bexiga dolorosa? qual sua alteração cistoscópica?
Urgência miccional e polaciúria + dor à distensão vesical que alivia ao esvaziar. úlcera de Hunner
39
Quais são os tipos de prolapso genital?
* Prolapso uterino; * Prolapso de cúpula (pós-histerectomia); * Prolapso de parede anterior (cistocele); * Prolapso de parede posterior (retocele).
40
O que caracteriza o prolapso uterino? e seu tratamento?
Alongamento hipertrófico do colo. Sintomáticas:  Histerectomia vaginal total  Manchester – se alongamento hipertrófico do colo / caso leve com desejo reprodutivo Sintomáticas de alto risco:  Colpocleise (LeFort) – contraindicar se vida sexual ativa  Pessários – + incontinência de esforço
41
Quais músculos compõem o diafragma pélvico?
* M. levantador do ânus; * M. coccígeo.
42
Quais são os fatores de risco para câncer de mama?
* Sexo feminino; * Idade; * HF 1º grau; * Mutação BRCA 1 e 2  Nuliparidade  Menacme prolongado  Dieta rica em gordura  Obesidade pós-menopausa  Álcool  CA in situ (ductal ou lobular)  Hiperplasia atípica – ressecção!
43
Qual é o método de rastreio para câncer de mama?
MMG (Mamografia) é o método - MS 50-69 anos: MMG 2/2 anos / Alto risco: > 35 anos MMG anual - FEBRASGO 40-69 anos: MMG anual
44
O que caracteriza um nódulo mamário palpável suspeito?
* Aderido; * Irregular; * Pétreo.
45
Qual é a diferença entre nódulo mamário benigno e maligno em ultrassonografia?
* Benigno: Anecoico, homogêneo, bem delimitado, reforço acústico posterior, ovo DEITADO; * Maligno: Heterogêneo, mal delimitado, sombra acústica posterior, ovo em pé.
46
Quais são os tipos histológicos de câncer de mama?
* Ductal infiltrante + comum * Lobular infiltrante (bilateral, multicêntrico) * CA inflamatório (localmente avançado, casca de laranja) *Paget
47
Indicações para radioterapia adjuvante no Ca de mama
 Cirurgia conservadora  > 4cm  >4 linfonodos acometidos
48
fibroadenoma - fatores, clínica e conduta
 Mais comum  Jovens (20-35 anos)  Nódulo bem delimitado, móvel, regular, consistência fibroelástica  Retirar se: > 35 anos, crescimento rápido
49
tumor filóides - clínica e tratamento
 Parece fibroadenoma, mas cresce muito rápido (estroma hipercelular)  30-50 anos  Tratamento: exérese com margem – tendência à recidiva
50
esteatonecrose mamaria
 Nódulo após trauma
51
Qual o tumor benigno mamário mais comum?
Fibroadenoma
52
What age group is most commonly affected by Fibroadenoma?
20-35 anos
53
Quais as características do fibroadenoma?
* Nódulo bem delimitado * Móvel * Regular * Consistência fibroelástica
54
alteração funcional mamária
 Pode se manifestar como adensamento, cisto, mastalgia cíclica ou derrame papilar multicolor
55
abscesso subareolar recidivante
 Tabagista, 30-50 anos  Doença congênita da papila  Tratamento: ATB
56
Fatores protetivos para Ca ovariano
 Amamentação  Multiparidade  Uso de anovulatório  Laqueadura tubária / fimbriectomia
57
alterações ovarianas suspeitas de malignidade ao USG
S Sólida U USG Doppler com baixa resistência (< 0.4) – neovascularização S Septações espessas (> 3mm) P Papilas E Espessamento de parede I Irregular T Tamanho > 8cm A Antes ou após menacme / Ascite
58
Qual o principal fator de risco para Ca de ovário?
História familiar (3x)
59
Quais os fatores de risco para Ca de ovário?
 HF – principal (3x)  Idade (> 60 anos)  Mutação BRCA 1 e 2  Dieta rica em gordura  Obesidade  Menacme longo  Nuliparidade  Indutor de ovulação  Tabagismo – mucinoso
60
adenocarcinoma mucinoso ovariano
 Pseudomixoma peritoneal – também ocorre no tumor de apêndice  CA 19.9, CEA
61
Qual o tipo mais comum de tumor epitelial maligno ovariano?
Adenocarcinoma seroso (marcador Ca 125)
62
Qual o tumor ovariano germinativo mais comum?
Disgerminoma
63
tumor epitelial ovariano com pior prognóstico
tumor epitelial de células claras
64
disgerminoma ovariano
 Germinativo maligno mais comum  Crianças  Disseminação linfática  Sensível à RT  LDH
65
tumor ovariano germinativo embrionário
 Puberdade precoce  AFP, HCG
66
Qual o tipo mais ocmum de cancer de colo uterino?
Carcinoma epidermoide / escamoso
67
Qual o tipo mais comum de cancer vulvar?
Carcinoma espinocelular/epidermoide/escamoso
68
Qual o tratamento primário para Ca de colo invasivo localmente?
Histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs)
69
Qual a principal ferramenta diagnóstica para cancer de endométrio e quais seus pontos de corte?
USG na menopausa > 4mm sem TRH / > 8mm com TRH
70
Quais os tipos de cancer de endométrio?
Tipo I  Mais comum – endometrioide  Origina-se a partir da hiperplasia endometrial  Relação com estrogênio Tipo II  Pior prognóstico  Origina-se a partir do endométrio atrófico  Mulheres mais velhas e magras
71
Quais fatores de risco estão associados ao câncer endometrial?
* Obesidade * > 60 anos * Nuliparidade * Tamoxifeno * Nível socioeconômico elevado * Branca * Anovulação crônica * Menacme longo * DM * Hiperplasia * Síndrome de Lynch II ## Footnote A presença de estrogênio sem proteção da progesterona é um fator de risco significativo.
72
Quais são os fatores de proteção contra o câncer endometrial?
* Contracepção com progesterona * Multiparidade * Tabagismo!!! ## Footnote Embora o tabagismo seja um fator de risco para muitos cânceres, ele parece ter um efeito protetor no câncer endometrial.
73
Qual é a principal causa de sangramento na menopausa?
Atrofia endometrial ## Footnote A atrofia do endométrio é comum e frequentemente causa sangramentos anormais em mulheres na menopausa.
74
Qual é o padrão-ouro para diagnóstico de câncer endometrial? quais os métodos secundários?
Histeroscopia com biópsia é o principal!  Cureta de Novak – ambulatorial, às cegas  Curetagem fracionada / semiótica – cirúrgico, às cegas ## Footnote Este método permite visualização direta do interior do útero e coleta de amostras para análise.
75
Qual é o tratamento inicial para o câncer endometrial?
Cirurgia ## Footnote A cirurgia é fundamental para o estadiamento e tratamento do câncer endometrial.
76
Quais são as fases do ciclo menstrual? qual o comportamento do eixo HHG durante cada fase?
FASE FOLICULAR (variável) – 1a fase Hipotálamo > GnRH pulsátil (baixa amplitude, alta frequência) > aumenta FSH FASE LÚTEA (14 dias, fixa) – 2a fase Hipotálamo > GnRH pulsátil (alta amplitude, baixa frequência) > aumenta LH ## Footnote O ciclo menstrual é dividido em duas fases principais, cada uma com características hormonais distintas.
77
descreva o ciclo ovariano
FSH alto – aumenta no fim do ciclo anterior  FSH estimula vários folículos que secretam estrogênio + inibina B (inibe FSH)  1 folículo se destaca – folículo dominante (mais aromatase, mais receptores para FSH e receptores de LH na granulosa)  Pico de estrogênio (> 200 + 50h) gera pico de LH  Pico de LH (aumento de prostaglandinas, aumento de receptores de LH na granulosa) gera ovulação – discreto aumento de progesterona/FSH 12-24h antes da ovulação  Formação do corpo lúteo que secreta progesterona (inibe LH) + inibina A (inibe FSH)  Regressão do corpo lúteo (não tem HCG para sustentar): queda de estrogênio, progesterona e inibina A + aumento do FSH ## Footnote O FSH estimula a maturação dos folículos, levando à produção de estrogênio.
78
qual a duração do ciclo menstrual, dias de fluxo normal e perda sanguínea em volume esperados na menstruação?
Duração 21-35 dias Fluxo 2-6 dias Perda sanguínea 20-60 ml ## Footnote A progesterona inibe a produção de LH e FSH, preparando o útero para uma possível gestação.
79
descreva a teoria das 2 células e 2 gonadotrofinas
Células da teca LH Colesterol > Androgênios (Androstenediona, Testosterona) Células da granulosa FSH Androgênios (Androstenediona, Testosterona) > Estrogênio (Estrona, Estradiol) *Aromatase ## Footnote O muco cervical muda de características conforme o ciclo, tornando-se elástico e fluido durante a ovulação.
80
descreva o ciclo uterino
1) Proliferativa: glândulas curtas e pequenas – estrogênio 2) Secretora: glândulas longas, tortuosas e dilatadas – progesterona 3) Menstrual ## Footnote A duração do ciclo menstrual pode variar entre as mulheres, mas a faixa considerada normal é de 21 a 35 dias.
81
Qual é o tempo de ovulação em relação ao pico de LH?
32-36h após o início do aumento e 10-12h após pico máximo do LH ## Footnote O aumento de LH é um sinal crucial para a ovulação, ocorrendo em um intervalo específico após seu pico.
82
quais os principais esteroides sintetizados em cada fase da mulher?
Menacme Estradiol – ovários Menopausa Estrona – aromatização periférica Gravidez Estriol – placenta ## Footnote Estes métodos envolvem o monitoramento de sinais fisiológicos para evitar a gravidez.
83
discorra sobre o DIU de cobre
Cobre – dura 10 anos  Ação espermicida, irritativa e inflamatória  Aumenta dismenorreia e fluxo ## Footnote O DIU de cobre é um método contraceptivo de longa duração que provoca alterações no ambiente uterino para prevenir a gravidez.
84
Quais são os efeitos da minipílula de progesterona?
* Altera muco cervical * Atrofia endometrial ## Footnote A minipílula é especialmente indicada para mulheres amamentando ou na peri-menopausa.
85
DIU de progesterona
Progesterona – dura 5 anos  Atrofia endometrial + muco hostil  Gera amenorreia
86
Qual é a definição de síndrome dos ovários policísticos?
Resistência à insulina, hiperandrogenismo e anovulação ## Footnote Esta condição afeta uma porcentagem significativa de mulheres e está associada a várias complicações metabólicas.
87
Quais são os sinais clínicos da síndrome dos ovários policísticos?
 Acantose nigricans  Acne, alopecia, hirsutismo (pelo grosso em regiões masculinas) – Ferriman ≥ 8  Irregularidade menstrual, infertilidade ## Footnote A resistência à insulina é um dos fatores que contribuem para a manifestação clínica da síndrome.
88
quais exames solicitar na SOP?
Laboratório – excluir outras doenças  TSH  Prolactina  17-OH-progesterona  Cortisol  SDHEA – > 700: pedir TC/RM (tumor adrenal?) ## Footnote Isso leva a um ciclo vicioso de hiperandrogenismo e anovulação.
89
Quais são os critérios de diagnóstico da SOP de acordo com os critérios de Rotterdam?
Pelo menos 2 dos seguintes: ovários policísticos à USG, oligo ou anovulação, hiperandrogenismo ## Footnote Para ovários policísticos, ≥ 12 folículos com 2-9mm ou ovário > 10cm³.
90
Qual é a primeira linha de tratamento para a SOP?
 Mudança do estilo de vida (dieta, exercício, perda de peso)  ACO (Etinilestradiol + Ciproterona/Drospirenona/Dienogeste) ou progesterona – se não quer engravidar  Clomifeno / Letrozol (inibidor da aromatase) +/- Metformina – se quer engravidar (diminui estrogênio > aumenta FSH) ## Footnote ACO pode incluir Etinilestradiol + Ciproterona/Drospirenona/Dienogeste, dependendo da necessidade de gravidez.
91
Quais são as complicações associadas à SOP?
Obesidade, infertilidade, abortamento, diabetes mellitus, doença cardiovascular, câncer endometrial ## Footnote O ACO regulariza o ciclo e diminui o risco de câncer de endométrio.
92
Defina infertilidade e quando investigar
Sem gravidez após 1 ano de atividade sexual regular < 35 anos: aguardar 1 ano > 35 anos: imediato ou após 6m ## Footnote Avaliar fatores masculinos, tuboperitoneais e anovulação.
93
Quais são as causas de infertilidade?
Fator masculino, fator tuboperitoneal, anovulação ## Footnote A avaliação deve considerar a idade da mulher e frequência das relações.
94
Quais exames devem ser avaliados na investigação da infertilidade?
 Hormônios: FSH, progesterona, TSH, prolactina  USG-TV – documenta ovulação, acompanha  Histerossalpingografia  Espermograma *Avançada: videolaparoscopia / histeroscopia ## Footnote Outros exames incluem USG-TV, histerossalpingografia e espermograma.
95
principais causas de SUA em cada fase de vida
Neonatal  Privação do estrogênio materno Infância  Corpo estranho  Infecção – vulvovaginite inespecífica  Trauma *Excluir: abuso sexual, neoplasia (sarcoma botroide) Adolescência  Anovulação – imaturidade do eixo HHO (primeiros 2 anos da menarca)  Sangramento da gestação *Excluir: DST, SOP, coagulopatia (ex: PTI, deficiência de VWB) Adultos  Anovulação  Sangramento da gestação *Excluir: neoplasias benignas e malignas, DST Pós-menopausa  Atrofia endometrial  TRH *Excluir: CA de endométrio ## Footnote A dor pode melhorar durante a gestação.
96
Qual é a definição de climatério?
 Vai dos primeiros indícios de falência ovariana até os 65 anos (senilidade)  Engloba a perimenopausa (ciclos irregulares) e a pós-menopausa  Menopausa: 46-52 anos – diagnóstico retrospectivo (12m sem menstruação) ## Footnote Inclui a perimenopausa e a pós-menopausa.
97
fisiopatologia do climatério
Diminuição da quantidade e qualidade dos folículos > diminui inibina (produzida pelas células da granulosa) > aumenta FSH > esgotamento folicular (menopausa) > cessa produção de estradiol e progesterona pelo ovário (mas mantém produção de androgênios) > androgênio é convertido em estrona através da aromatização periférica no tecido adiposo, mas não é suficiente ## Footnote Obesidade pode diminuir sintomas, mas aumentar risco de câncer de endométrio.
98
clínica do climatério
sinais e sintomas de hipoestrogenismo  Irregularidade menstrual – mais precoce e mais comum  Sintomas vasomotores (fogachos)  Distúrbio do sono  Diminuição da libido  Alterações do humor  Alterações atróficas  Doenças CV  Osteoporose
99
How does obesity affect symptoms of hipoestrogenismo?
Obese individuals may experience fewer symptoms but have a higher risk of endometrial cancer ## Footnote This is due to increased peripheral conversion of estrogen without progesterone opposition.
100
o que avaliar antes de começar a TRH?
Antes do ínicio da TH são essenciais: * A anamnese e o exame físico detalhados * Mamografia há, no máximo, um ano (nível de evidências: A). * Dosagem de colesterol total, HDL - colesterol, triglicérides e glicemia de jejum antes do ínicio da TH (nível de evidência: B) * Deve ser realizado rastreamento mamográfico anual em usuárias de TH (nível de evidência: A) * A avaliação periódica dos fatores de risco cardiovascular deve fazer parte da propedêutica de mulheres em uso do TH (nível de evidência: B)
101
o que avaliar DURANTE a TRH?
 Avaliar FR para DCV  Lipidograma – anual se TH VO  Glicemia de jejum – 3/3 anos  Mamografia anual  USG-TV – se SUA, TH estrogênica, alto risco para CA de endométrio *Outros: USG-TV anual para ## Footnote Glicemia de jejum should be checked every 3 years.
102
tratamento de fogachos
Com útero / Endometriose: E + P Sem útero: E Patologias: Parenteral Colesterol: Comprimido *Progesterona: VO ou SIU de Levonorgestrel ## Footnote This period is referred to as the 'janela de oportunidade'.
103
tratamento de síndrome genitourinária
estrogênio tópico ## Footnote For those without a uterus, only estrogen (E) is indicated.
104
tratamento da disfunção sexual e benefícios da medicação preferencial
Tibolona (estrogênico + progestagênico + androgênico) Diminui atrofia, melhora fogachos, diminui fraturas – estrogênicos Melhora na função sexual, aumento da libido – androgênicos ## Footnote It reduces atrophy, improves fogachos, and decreases fractures.
105
contraindicações da TRH
* CA de mama * CA de endométrio * SUA de causa desconhecida * IAM / AVC / TVP / TEP * Hepatopatia descompensada * Porfiria * LES * Meningioma
106
riscos e benefícios da TRH
Aumenta DCV – fora da janela de oportunidade (> 10 anos)  Aumenta CA de mama – após 5o ano de TH  Aumenta CA de endométrio  Diminui DCV – dentro da janela de oportunidade (< 10 anos)  Diminui CA colorretal
107
Quais os tratamento não hormonais para fogachos, síndrome genitourinária e libido baixa da menopausa?
* Venlafaxina (ISRSN) * Paroxetina (ISRS) Lubrificantes vaginais * Bupropiona para libido
108
Quais os tipos de fratura mais comuns na osteoporose?
* Vertebrais * Antebraço (Colles) * Quadril (fêmur proximal)
109
Qual a diferença da osteoporose primária para a secundária?
* Primária: ausência de doenças * Secundária: decorrente de doenças ou medicamentos
110
osteoporose - fatores de risco
 Idade – principal!  HF  Raça branca  Magras  Hipoestrogenismo ## Footnote Other factors include family history, race, body weight, and hipoestrogenismo.
111
osteoporose - fatores de risco
 Idade – principal!  HF  Raça branca  Magras  Hipoestrogenismo
112
indicação e método diagnóstico de osteoporose
▪ DENSITOMETRIA ÓSSEA Indicações:  Mulheres ≥ 65 anos / Homens ≥ 70 anos  Após menopausa  Fratura por fragilidade T-SCORE (compara com jovens) – pós-menopausa -1 a -2.5: osteopenia ≤ -2.5: osteoporose FRATURA DE FRAGILIDADE Queda de baixa impacto + fratura de rádio / coluna / fêmur *Z-SCORE (compara com a mesma idade) – crianças, menacme
113
Qual é a ingestão diária recomendada de cálcio para a osteoporose?
1,200 mg/day ## Footnote Forms include carbonato de cálcio and citrato de cálcio.
114
Quais são os exemplos de bifosfonatos usados ​​no tratamento da osteoporose?
* Alendronato 70 mg/semana VO * Risendronato 35 mg/semana VO * Zolendronato 5 mg/ano IV
115
Para que é usada a teriparatida?
osteoporose severa (T-score < -3.5), por no máximo 2 anos ## Footnote It has an anabolic effect and is limited to a maximum of 2 years.
116
corrimento vaginal fisiológico
consistência flocular, transparente/branco, pH 4-4.5, bacilos gram positivos (Lactobacilos – bacilos de Doderlein), alguns leucócitos
117
clínica da vaginose citolítica, com o que parece e como tratar
 Corrimento branco grumoso, inodoro  Prurido  pH < 4.5  Poucos sinais inflamatórios  Ausência de patógenos + Lactobacilos abundantes + núcleos nus (citólise) parece candidíase tratar com banho de assento com bicarbonato de sódio
118
vaginite inespecífica - público alvo, causa, tratamento/investigação
Má higiene > germes saprófitas multiplicam-se e tornam-se agressivos *Ausência de agente etiológico específico! Crianças!  Leucorreia  Prurido  Ardência  Hiperemia Pesquisar corpo estranho + EPF para oxiuríase + higiene
119
principais AE das cervicites
 Neisseria gonorrhoeae – gonococo  Chlamydia trachomatis – clamídia
120
cervicite - clínica
 Corrimento cervical  Colo hiperemiado e friável  Sinusorragia – sangramento pós coito  Dispareunia
121
aspecto ao gram - gonorreia e clamídia
Gonococo = diplococo gram negativo Clamídia = bacilo gram negativo
122
tratamento da cervicite
- Gram disponível? NÃO > trata gonococo + clamídia (Ceftriaxona + Azitromicina) SIM > Diplococo gram negativo (gonococo)? Sim: trata gonococo + clamídia (Ceftriaxona + Azitromicina) Não: trata clamídia (Azitromicina) *Tratar parceiro! *Rastrear outras DST
123
bartolinite - etiologia e tratamento
a. Etiologia  Neisseria gonorrhoeae – gonococo  Chlamydia trachomatis – clamídia b. Tratamento  Marsupialização  Bartolinectomia  Drenagem – porém tem alta recorrência
124
DIP - agentes etiológicos
 Neisseria gonorrhoeae – gonococo  Chlamydia trachomatis – clamídia *Depois torna-se polimicrobiana
125
critérios diagnósticos da DIP
MAIORES/MÍNIMOS  Dor hipogástrica  Dor anexial  Dor à mobilização do colo MENORES/ADICIONAIS  Febre  Leucocitose  Aumento de VHS/PCR  Cervicite – cultura para gonococo + PCR para clamídia DEFINITIVOS/ELABORADOS  Endometrite na biópsia  Abscesso tubo-ovarino (massa anexial palpável) ou no fundo de saco  DIP na laparoscopia: aderência em corda de violino, edema tubário, exsudato purulento nas tubas 3 maiores + 1 menor OU 1 definitivo/elaborado
126
classificação de MONIF para DIP
1- DIP não complicada (ambulatorial) 2- DIP com peritonite (internação) 3- DIP com oclusão da trompa/abscesso (internação) 4- DIP com abscesso > 10cm ou roto (cirúrgico)
127
tratamento da DIP - ambiente e medicações
DIP 1 - Ambulatorial  Ceftriaxona 500mg IM dose única + Metronidazol 500mg VO 12/12h 14 dias + Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14 dias + Reavaliar em 48-72h! DIP 2, 3, 4, gestante, sem melhora > 48-72h - Hospitalar  Ceftriaxona 1g IV 14 dias + Metronidazol 400mg IV 12/12h 14 dias + Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14 dias *DIP 4: + cirurgia! *Opção: Clindamicina + Gentamicina IV
128
complicações da DIP
 Infertilidade – oclusão tubária  Gravidez ectópica  Dor pélvica crônica  Hidrossalpinge  Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: aderência peri-hepática em cordas de violino > peri-hepatite > dor pleurítica + dor em HD
129
escala diagnóstica da úlcera genital
1) múltiplas? - SIM = herpes, cancro mole, donovanose - NÃO = sífilis, linfogranuloma 2) DOLOROSAS? - SIM = herpes (limpa), cancro mole (suja) - NÃO = sífilis, linfogranuloma, donovanose 3) FISTULIZAÇÃO DE LINFONODOS? - SIM = cancro mole (fístula única), linfogranuloma (fistulas multiplas) - NÃO = síffilis, herpes, donovanose
130
herpes genital - clínica
 Vesículas e úlceras dolorosas, fundo limpo  Adenopatia dolorosa que não fistuliza  Sintomas prodrômicos (mal estar, mialgia, febre) *Teste de Tzanck: células multinucleadas (gigantes), balonização celular – não é específico
131
herpes genital - tratamento
 Aciclovir 400mg 3x/dia por 7 dias (primo-infecção) ou 5 dias (recorrência)  Se ≥ 6/ano: tratamento supressivo por 6m
132
herpes genital na gestante - tratamento
 Aciclovir 400mg 3x/dia por 7 dias (primo-infecção) ou 5 dias (recorrência)  Mesmo tratamento, mas para evitar recidiva, considerar Aciclovir > 36 semanas  Herpes ativo no parto = cesárea!
133
cancro mole - agente, clínica e tratamento
a. Etiologia  Haemophilus ducreyi – coco gram negativo b. Diagnóstico  Múltiplas úlceras, dolorosas, fundo sujo  Adenopatia que fistuliza por 1 orifício c. Tratamento  Azitromicina 1g dose única VO  Ceftriaxona 500mg IM
134
Como se caracteriza a sífilis secundária?
após 6 semanas a 6m do cancro  Condiloma plano  Lesão cutaneomucosa não ulcerada
135
Como se caracteriza a sífilis terciária?
após 2 a 40 anos do cancro  Goma sifilítica: tumoração com liquefação  Tabes dorsalis  Aneurisma aórtico  Artropatia de Charcot
136
qual exame é padrão ouro no diagnóstico da sífilis primária?
campo escuro
137
descreva o fenômeno de Jarish-Herxheimer
exacerbação das lesões cutâneas sifilíticas, febre, cefaleia, artralgia após 24h do inicio do tratamento e tem regressão espontânea
138
tratamento da sífilis
Primária / Secundária / Latente recente (< 1ano) / Parceiro 1 dose de 2.4 milhões IM Terciária / Latente tardia (> 1 ano) / Indeterminada 3 doses/semana de 2.4 milhões IM
139
defina o tratamento inadequado da sífilis na gestação
 Incompleto  Outra medicação  Iniciado < 30 dias do parto
140
defina como deve ser feito o controle de cura da sífilis gestacional
Controle de cura:  VDRL trimestral (gestante: mensal!): tem que cair > 2 diluições em 3 meses e 4 diluições até 6 meses
141
linfogranuloma
papula/úlcera indolor que fistuliza em múltiplos orificios, tratavel com doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14-21 dias C Cervicite L Linfogranuloma A Adenite que fistuliza M Múltiplos orifícios I Imunofluorescência Di Doxiciclina – linfogranuloma A Azitromicina – cervicite
142
donovanose - etiologis, diagnóstico, tratamento
a. Etiologia  Klebsiella (Calymmatobacterium) granulomatis b. Diagnóstico  Úlcera profunda, crônica, indolor – dd com CA!  Biópsia: corpúsculos de Donovan c. Tratamento  Azitromicina 1g VO 1x/semana por 21 dias  Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias
143
quais doenças merecem profilaxia e investigação após violência sexual?
HIV hepatite B sífilis gonorreia clamídia, cancro mole tricomoníase
144
como fazer a profilaxia pós violência sexual para uma paciente com todas as sorologias negativas?
- HIV Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) até 72h - Hepatite B Imunoglobulina (se abusador com HB ou de grupo de risco) até 14 dias + Vacina (SN) - Sífilis Penicilina benzatina 2.4 milhões IM dose única - Gonorreia Ceftriaxona 500mg IM dose única - Clamídia, Cancro mole Azitromicina 1g VO dose única - Tricomoníase Metronidazol 2g VO dose única
145
opções de tratamento para bexiga hiperativa
Clínico  Perda de peso, diminuir consumo de cafeína e fumo, treinamento vesical  Fisioterapia – exercícios perineais, eletroestimulação  Anticolinérgicos (M2, M3): Oxibutinina / Tolterodina / Darifenacina / Solifenacina – muito efeito colateral  Imipramina – 2a linha  B3-agonista: Mirabegrona – relaxa detrusor + diminui acetilcolina
146
clínica da incontinência de esforço
Tosse, espirro Hipermobilidade vesical: PPE > 90 cmH2O Defeito esfincteriano: PPE < 60 cmH2O *PPE = pressão de perda ao esforço
147
tratamento do prolapso de cúpula
 Fixar cúpula ao promontório/sacroespinhoso/uterossacro  Colpocleise (LeFort)
148
tratamento da cistocele
Colporrafia/colpoperineoplastia anterior com correção da fáscia pubovesicocervical  Tela – se recidiva
149
tratamento da retocele
 Colporrafia posterior com correção da fáscia retovaginal *Enterocele: exérese do saco herniário com obliteração do fundo de saco
150
classificação do popQ - significado das letras
Aa, Ba Parede anterior Ap, Bp Parede posterior C Colo ou cúpula D+: colo D-: cúpula D só tem quem tem útero - Fundo de saco de Douglas CVT Comprimento vaginal total CP Corpo perineal – distância entre o ânus e a vagina (< 3 na rotura perineal) Negativo: antes do hímen Positivo: além do hímen *Carúncula himenal: ponto 0
151
classes do POPQ - 1 a 4
0 sem prolapso I < -1 II -1 e +1 III ≥ +2, mas não total IV Total (> CVT – 2cm)
152
quais as estruturas de sustentação perineais?
1) DIAFRAGMA PÉLVICO  M. levantador do ânus – pubococcígeo + puborretal + iliococcígeo  M. coccígeo 2) DIAFRAGMA UROGENITAL  M. transverso profundo  Esfíncter uretral externo 3) FÁSCIA ENDOPÉLVICA
153
quais as estruturas de suspensão perineais?
1) ANTERIORES  Lig. pubovesicouterinos 2) LATERAIS  Lig. cardinais 3) POSTERIORES  Lig. uterossacros
154
quais os possíveis tipos de derrame papilar e suas causas?
Lácteo - Hiperprolactinemia  Gestação  Medicamentosa – psicotrópicos  Prolactinoma (> 100)  Hipotireoidismo Multicolor (verde/amarelo/marrom)  Alteração funcional benigna da mama – + adensamento + mastalgia cíclica  Ectasia ductal – múltiplos ductos, bilateral, à expressão Sanguíneo - Papiloma intraductal – principal causa, CA
155
quando investigar um derrame papilar? qual o método?
 Espontâneo  Uniductal  Unilateral  “Água de rocha”  Sanguinolento *Mesmo com exame de imagem normal!!!!!! ressecção ductal
156
diferencie mastalgia cíclica de acíclica
Cíclica Fase lútea Bilateral em QSE Ex: alteração funcional da mama *Orientar e melhorar sustentação! Acíclica Mamária ou não Unilateral Ex: mastite, abscesso, neuralgia, angina
157
processo de investigação de um nódulo mamário palpável
1. exame clínico - suspeitar se aderido, irregular, pétreo 2. PAAF - diferencia sólido e cístico > se secreção amarela esverdeada, sem lesão residual, partir pra USG/MMG; se > 2 recidivas, sanguinolento, lesão residual ou sólidos, fazer USG/MMG + biópsia
158
quando fazer ressonância na investigação de nódulos mamários? qual seu defeito?
▪ RM Indicações:  Prótese mamária  Múltiplas cirurgias  BI-RADS 0 *Não mostra microcalcificações e lesões < 2mm
159
classificação BIRADS
0 Inconclusivo Mama densa USG / RM / Compressão localizada 1 Nenhuma alteração Só mama Repetir de acordo com idade 2 Alteração benigna Regular, homogênea, calcificação grosseira/em pipoca/vascular Repetir de acordo com idade 3 Provavelmente benigna - Repetir em 6 meses (acompanha por 3 anos) 4/5 Provavelmente maligna Espiculado, microcalcificações pleomórficas agrupadas fazer Biópsia 6 CA confirmado Avaliar resposta ao tratamento
160
métodos de biópsia de lesão mamária
 Core biopsy / PAG: vários disparos  Mamotomia: disparo único, de escolha em microcalcificações  Biópsia cirúrgica: padrão-ouro, PAG / mamotomia inconclusiva *Se impalpável/microcalcificações: estereotaxia
161
defina doença de Paget
 Descamação unilateral com destruição do complexo areolopapilar  Biópsia: incluir pele na ressecção *Diferenciar de eczema – pruriginoso, não destrói complexo, melhora com corticoide
162
quais os subtipos dos Cas de mama na imunohistoquímica?
Luminal A: Receptor de Estrógeno (RE) e Progesterona (RP) positivo(s); HER 2 negativo (Escore 0 ou 1+); Ki-67 < 20%. Luminal B: Receptor de Estrógeno positivo; HER 2 positivo ou negativo, RP < 20% e/ou Ki-67 > 20%. HER 2 (puro): HER 2 positivo (Superexpressão=Escore 3+), RE e RP negativos Triplo negativo: Receptores de Estrógeno e Progesterona negativos e HER 2 negativo
163
estadiamento Ca de mama
1 < 2cm sem invasão 2 2-5cm com invasão dos linfonodos axilares 3 > 5cm com invasão dos linfonodos torácicos ou da pele 4 Invade linfonodo contralateral ou metástase
164
possibilidades de tratamento do Ca de mama
CONSERVADORA – Segmentectomia/Quadrantectomia + RT pós operatória  < 3.5cm  < 20% da mama RADICAL – Madden, Patey  Localmente avançado  Multicêntrico  Relação mama/tumor ruim  Gestação  Impossibilidade de realizar RT pós conservadora
165
quando pesquisar linfonodo sentinela no Ca de mama? Se for positivo, como conduzir?
quando as cadeias são clinicamente negativas, porque evita esvaziamento axilar completo Se positivo ou clínica positiva: proceder o esvaziamento axilar completo *< T1/T2 + axila livre + sentinela até 2 linfonodos positivos: não precisa do esvaziamento
166
como fazer hormonioterapia no Ca de mama e quais suas indicações?
▪ HORMONIOTERAPIA – Tamoxifeno (SERM) ou Inibidor da Aromatase por 5 anos Indicações:  RE/RP +
167
qual o momento preferencial de uso das medicações para hormonioterapia no Ca de mama e quais seus efeitos colaterais?
Inibidores da aromatase – anastrozol Pós menopausa Aumenta desmineralização óssea Inibidores da recaptação do estrogênio – tamoxifeno Pré menopausa Aumenta CA de endométrio e trombose
168
qual a medicação para terapia alvo dirigida no Ca de mama? qual sua indicação?
▪ TERAPIA ALVO DIRIGIDA – Transtuzumabe, menos efeito adverso Indicações:  Superexpressão HER2 (3+)
169
tumor ovariano - krukenberg
metastático  Tumor primário do TGI (maioria gástrico)  Presença de células em anel de sinete
170
tratamento do Ca de ovário
▪ CIRURGIA FUNDAMENTAL – Laparotomia  Lavado peritoneal + biópsias peritoneais + histerectomia total + anexectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecção de implantes, linfonodos pélvicos e para-aórticos *Se mucinoso: + apendicectomia
171
tratamento do Ca de ovário - se desejo de engravidar
 Epitelial + estádio IA (Apenas 1 ovário) G1/G2 ou borderline: avaliar salpingooforectomia unilateral
172
tratamento do Ca de ovário se doença avançada
Se doença avançada: QT neoadjuvante (3 ciclos) > cirurgia de citorredução > QT adjuvante
173
cisto ovariano folicular
 Cisto funcional mais comum  Cisto simples > 3cm
174
Corpo lúteo hemorrágico
 2o cisto funcional mais comum  Dor pélvica – dd com gravidez ectópica  USG: aspecto heterogêneo/reticular, doppler com anel de fogo com baixa resistência  Conduta: expectante (ACO evita novos cistos) / cirurgia se dor intensa ou instabilidade
175
endometrioma
 Líquido achocolatado  Conduta: excisão se sintomático – não responde à medicamento!
176
teratoma ovariano benigno
maduro / dermoide – mais comum  Formação heterogênea, com calcificações e sombra acústica  Risco de torção anexial  Conduta: cirurgia
177
cistoadenoma ovariano
 Seroso: multiloculado, corpos de Psammoma  Mucinoso: atinge grandes dimensõess
178
struma ovarii
 Contém tecido tireoidiano – crises tireotóxicas!
179
fibroma ovariano
benigno  Síndrome de Meigs: tumor de ovário benigno (fibroma ou Brenner) + ascite + derrame pleural
180
histologia do colo uterino
Endocérvice - Epitélio colunar/cilíndrico/glandular Ectocérvice - Epitélio escamoso JEC - Onde os 2 epitélios se encontram – é dinâmica, varia com estímulo hormonal! Ectopia/Eversão JEC exteriorizada – mácula rubra Metaplasia escamosa - transformação do epitélio cilíndrico da endocérvice em epitélio escamoso da ectocérvice *É fisiológico!!!!!! Zona de transformação – onde surge o CA Área onde a metaplasia escamosa ocorre – área entre a JEC original e a nova JEC
181
tipos de zona de transformação - colo uterino
Área onde a metaplasia escamosa ocorre – área entre a JEC original e a nova JEC Tipo 1: totalmente na ectocérvice Tipo 2: parte na endocérvice, porém visível Tipo 3: parte na endocérvice, não visível
182
subtipos do Ca de colo uterino
 Mais comum: epidermoide / escamoso / espinocelular (HPV 16)  2o mais comum: adenocarcinoma (HPV 18)  Evolução lenta (10-15 anos)
183
fatores de risco para Ca de colo
 HPV + fatores de risco para IST  Idade > 30 anos  Tabagismo  Imunodepressão
184
indicações de rastreamento de Ca de colo - como colher?
 1x/ano > após 2 negativos > a cada 3 anos  25-64 anos, após sexarca  Coleta ectocervical – espátula de Ayre 360 graus  Coleta endocervical – escova dentro do OEC
185
indicações de rastreamento de Ca de colo - como colher em populações especiais?
Gestante - Tudo igual HIV / imunodepressão - Após sexarca 6/6m no 1o ano > anual *CD4 < 200: manter 6/6m Virgem / Histerectomia total por doença benigna - Não faz
186
colpocitologia e colposcopia - LSIL
Repetir  < 25 anos: 3 anos  ≥ 25 anos: 6m 2 alterados > colposcopia
187
colpocitologia e colposcopia - ASCUS
Repetir  < 25 anos: 3 anos  25-29 anos: 1 ano  ≥ 30: 6m 2 alterados > colposcopia
188
quais alterações de colpocitologia indicam colposcopia de imediato?
HSIL, ASC-H, AOI, HIV ou imunossupressão ACG
189
como conduzir uma colpocitologia com AGC?
Colposcopia + avaliar canal endocervical (escovado, curetagem, histeroscopia) + avaliar endométrio (≥ 35 anos)
190
alterações sugestivas de malignidade na colposcopia
 Ácido acético – marca proteínas do epitélio alterado: área acetobranca  Teste de Schiller (lugol) – marca glicogênio das células normais: iodo negativo (Schiller positivo)  Vasos atípicos – achado mais suspeito de invasão
191
condução do NIC 1
 Acompanhar Permanecer por 2 anos: acompanhar / destrutivo (crioterapia, cauterização)
192
condução do NIC II ou III
 Exérese EZT I (CAF) EZT II: resto EZT III (Cone): suspeita de invasão, não vê limite da lesão, JEC não visível *< 20 anos: colposcopia 6/6m por 2 anos *NIC II/III com margens comprometidas: colposcopia 6/6m por 2 anos
193
como é feito o estadiamento do Ca de colo?
é clinico!
194
tratamento - Ca de colo
0 EZT III (cone) IA1 Histerectomia tipo 1 – quer engravidar: EZT III IA2 Histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica IB1 / IB2 Histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs) IB3 / IIA1 Histerectomia tipo 3 (Wertheim-Meigs) ou QT + RT ≥ IIA2 QT + RT
195
tratamento do condiloma acuminado
HPV 6, 11  Cautério/laser: lesão extensa  Ácido tricloroacético: lesão pequena, gestante  Imunomodulador: uso domiciliar, pior resposta
196
cirurgia de Wertheim-Meigs
histerectomia total + retirada de paramétrios, uterossacros e terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica Anexectomia não é obrigatória!
197
Ca de vulva - características gerais
 Idosas (70-80 anos)  Mais comum: escamoso / epidermoide / espinocelular  Local mais comum: grandes lábios  Disseminação linfática
198
Ca de vulva - fatores de risco
 HPV  Tabagismo  Linfogranuloma venéreo  Líquen
199
clínica do Ca de vulva e seu diagnóstico
 Prurido – mais comum (70%) Diagnóstico - Teste de Collins + Biópsia
200
quando realizar vulvectomia no Ca de vulva?
> 2 cm (IIB
201
conduta na hiperplasia endometrial
Hiperplasia – precede 80% dos casos Sem atipia / Benigna  Progesterona + biópsia após 3-6m *Falha: Histerectomia Com atipia / NIE  Histerectomia *Deseja engravidar: Progesterona + biópsia após 3-6m
202
como usar o método da tabelinha?
Registrar ciclo menstrual por 6m, se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for < 10: pode usar – subtrair 18 do mais curto e 11 do mais longo (período de abstinência)
203
como avaliar o muco cervical no método de Billings?
Muco elástico, com filância e cristalização (estrogênio) > ovulação > muco espesso, sem filância (progesterona)
204
DIU de cobre e prata
Cobre + Prata – dura 5 anos  Forma em “Y” que facilita a inserção e remoção NÃO É ANOVULATÓRIO!
205
ação da minipilula
 Altera muco cervical + atrofia endometrial  Ideal: amamentando ou peri- menopausa NÃO É ANOVULATÓRIO!
206
contraindicações dos ACCs
4:  Amamentação < 6 meses pós-parto  CA de mama atual  Tabagismo > 35 anos – ≥ 15 cigarros é 4, qualquer cigarro é 3  IAM / TVP / TEP / AVE atual ou prévio  LES + SAF  Hepatopatia grave  Enxaqueca com aura *Anticonvulsivantes (exceto ácido valproico) e Rifampicina diminuem eficácia do ACO VO!
207
métodos contraceptivos combinados
ACO, anel vaginal, adesivo, injetável mensal
208
metodos contraceptivos isoladamente progestínicos
minipílula, injetavel trimestral, implante subdérmico
209
contraindicações dos métodos contraceptivos isoladamente progestínicos
3:  Gravidez  Tumor hepático  HAS grave  AVE / TVP / TEP aguda  Amamentação < 6 semanas pós-parto – Injetável 4:  CA de mama atual
210
contracepção de emergencia
Altera ovulação + atrofia endométrio Levonorgestrel 1.5mg VO dose única 72h a 5 dias
211
definição de amenorreia primária
ausência de menstruação: Sem caracteres sexuais: 13-14 anos Com caracteres sexuais: 15-16 anos
212
definição de amenorreia secundária
ausência de 3 ciclos menstruais ou sem menstruar por 3-6 meses
213
como é o desenvolvimento embriológico da genitália interna feminina e masculina?
células de Sertoli: anti-Mulleriano Mulher XX Ausência do hormônio anti-Mulleriano > ducto de Muller (paramesonéfrico) > útero, tubas e 2/3 superiores da vagina Homem XY Presença do hormônio anti-Mulleriano > ducto de Wolff > epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e vesícula seminal
214
como é o desenvolvimento embriológico da genitália externa feminina e masculina?
células de Leydig: testosterona Mulher XX Ausência de testículos > ausência de testosterona > 1/3 distal da vagina Homem XY Presença de testículos > presença de testosterona > pênis
215
origem embriológica das estruturas reprodutivas femininas e masculinas
ESTRUTURA / MULHER / HOMEM Seio urogenital / Uretra e 1/3 distal da vagina / Uretra prostática e próstata Tubérculo genital / Clitóris / Glande Eminência urogenital / Grandes lábios / Bolsa escrotal Prega urogenital / Pequenos lábios / Corpo peniano
216
sequencia investigativa da amenorreia secundária
1) EXCLUIR GRAVIDEZ  B-HCG quantitativo4 2) TSH + PROLACTINA  Hipotireoidismo + Hiperprolactinemia: tratar hipotireoidismo  Hiperprolactinemia: - Prolactinoma (> 200): RM > cabergolina, bromocriptina - Medicamentosa (mais comum): metoclopramida, neurolépticos, tricíclicos, ranitidina, ACO.. - Outras: gestação/lactação, estimulação, lesão torácica, insuficiência renal 3) TESTE DA PROGESTERONA (Medroxiprogesterona 10mg 5-10d) – avalia estrogênio e trato de saída  Sangrou: anovulação – ex: SOP  Não sangrou: deficiência de estrogênio / lesão do endométrio / obstrução ao fluxo? 4) TESTE DO ESTROGÊNIO + PROGESTERONA (ACO 21d) – avalia endométrio e trato de saída  Não sangrou: causa anatômica - Síndrome de Asherman: sinéquias após curetagem - Hiperplasia adrenal congênita: pseudo-hermafroditismo feminino – principal causa de genitália ambígua  Sangrou: não é causa anatômica > ovário / central? 5) FSH – diferencia causa ovariana e central  FSH > 20: causa ovariana > hipogonadismo hipergonadotrófico - Insuficiência ovariana prematura (< 40 anos): idiopática, irradiação, QT, doença autoimune, infecção - Síndrome de Savage: resistência dos ovários ao LH e FSH > biópsia > terapia hormonal  FSH < 5 ou normal: causa central > hipogonadismo hipogonadotrófico > TC/RM + teste do GnRh 6) TESTE DO GNRH  Sem aumento de LH/FSH: causa hipofisária - Síndrome de Sheehan: hipotireoidismo + hipocortisolismo + hipogonadismo + agalactorreia pós parto  Aumento de LH/FSH: causa hipotalâmica - Craniofaringioma - Anorexia, exercício, estresse
217
amenorreia primária - com caracteres sexuais
▪ COM CARACTERES SEXUAIS – tem ovário funcionante > causa anatômica!  Hímen imperfurado: cólica menstrual intensa (sangue menstrual acumulado – criptomenorreia)  Septo vaginal transverso: não dá pra ver no exame clínico (diagnóstico: US)  Síndrome de Rokitansky/agenesia dos ductos de Muller (46XX): US com ausência de útero, tubas e terço superior da vagina
218
síndrome de Rokitansky
 46XX > tem ovário  Agenesia dos ductos de Muller  Amenorreia primária com caracteres sexuais + ausência de útero, tubas e 2/3 superiores da vagina + dispareunia (vagina curta) + pelos normais + ovários normais *Sempre investigar alteração renal (US!), pois os ductos de Muller tem a mesma origem dos paramétrios
219
síndrome de Morris
 46XY > tem testículo  Insensibilidade androgênica (completa ou incompleta)  Amenorreia primária com mama pequena + ausência de útero, tubas e 2/3 superiores da vagina + dispareunia (vagina curta) + ausência de pelos + presença de testículos *Genótipo masculino, fenótipo feminino
220
amenorreia primária sem caracteres sexuais
▪ SEM CARACTERES SEXUAIS – ovário não funcionante (hipogonadismo) > primário ou secundário? 1) FSH  FSH alto: causa ovariana > hipogonadismo hipergonadotrófico (disgenesia gonadal) > cariótipo - Disgenesia gonadal – ex: Síndrome de Turner (45X0, pescoço alado + tórax em escudo + baixa estatura) - Síndrome de Savage  FSH baixo: causa central (hipotalâmica ou hipofisária) > hipogonadismo hipogonadotrófico > teste do GnRH - Síndrome de Kallman: deficiência do GnRH – anosmia + cegueira para cores + amenorreia primária
221
investigação da infertilidade masculina
normal = > 15 milhões sptz/ml, >1/3 normal, >1/3 móvel alterado - repetir após 3 meses. Se azoospermia = Biópsia + cariótipo + FSH + tamanho do testículo *Diferenciar obstrutiva x não obstrutiva (mais comum)
222
investigação da infertilidade feminina - fator ovariano
1) Progesterona – avaliar se há ovulação  Fase lútea: 21-24 dia – normal: > 3-5 2) FSH – avaliar reserva ovariana (quantidade e qualidade)  Fase folicular: 2-5 dia – normal: < 10  Opção: hormônio antimulleriano (em qualquer fase) – normal: > 2.5  A idade é o melhor preditor de reserva ovariana! 3) US-TV – documenta ovulação  Programar coito ou intervenções  Contagem de folículos: prognóstico na reprodução assistida
223
investigação da infertilidade feminina - fator tuboperitoneal
1) Histerossalpingografia – exame inicial  Prova de Cotte: positiva (tubas pérvias) x negativa (tubas não pérvias) 2) Videolaparoscopia – padrão-ouro  Diagnóstico e terapêutico
224
investigação da infertilidade feminina - fator uterino
1) US-TV 2) Histerossalpingografia 3) Histeroscopia – padrão-ourot
225
tratamento de cada fator da infertilidade
 Fator masculino: FIV  Fator ovariano: indução (clomifeno) ou FIV  Fator tuboperitoneal: laparoscopia – retirar aderência, endometriose, salpingoplastia  Fator uterino: histeroscopia – retirada de pólipos, septos *Inseminação intrauterina: infertilidade sem causa aparente, fator masculino leve (> 5 milhões de SPTZ normais)
226
mioma x adenomiose x endometriose
mioma - sangramento mais comum no submucoso adenomiose - sangramento, dismenorreia secundária endometriose - dismenorreia secundária + dor pélvica + infertilidade
227
pólipo cervical x endometrial
cervical - sinusorragia endometrial - maioria assintomática, identificados no USG/histeroscopia
228
definição de mioma
Tumor benigno (monoclonal) da musculatura lisa uterina hormônio-dependente Maioria assintomático!
229
classificação de miomas
Subseroso - 5, 6, 7 (pediculado) - Compressão, dor Intramural - 3, 4 (só intramural) - Sangramento, infertilidade Submucoso - 0 (pediculado), 1, 2 - Sangramento, infertilidade
230
métodos diagnósticos para miomas
 USG: nódulo hipoecoico com vascularização periférica  RM: antes de cirurgia de
231
tratamento de miomas
Assintomática - Expectante Sintomática  Sangramento leve/moderado: clínico (ACO)  Sangramento intenso + nulípara: miomectomia  Sangramento intenso + multípara: histerectomia *Miomectomia histeroscópica: só submucoso *Embolização: multípara + múltiplos, mas não pediculados Análogo do GnRH: diminui mioma e anemia no pré-operatório *Muito efeito adverso – usar no max 6m
232
degeneração dos miomas
 Hialina: mais comum  Rubra/necrose asséptica: dor na gravidez  Sarcomatosa: rara, mioma que cresce após a menopausa
233
adenomiose - definição e clínica
Tecido endometrial no miométrio hormônio-dependente a. Clínica  SUA  Dismenorreia 2a  Útero aumentado difusamente
234
adenomiose - diagnóstico
 USG: normal / miométrio heterogêneo  RM: zona juncional mioendometrial > 12mm  Biópsia: diagnóstico definitivo
235
tratamento da adenomiose
 Histerectomia – definitivo Outros: SIU progesterona (melhor!), ACO, ablação endometrial
236
endometriose- definição
Endométrio (glândulas e estroma) fora do útero – maior expressão de aromatase e resistência a progesterona Local mais comum: ovário > ligamento uterossacro Infiltrativa profunda: penetra espaço retroperitoneal / órgãos pélvicos > 5mm de profundidade
237
endometriose - FR
 Menacme longo  Primiparidade tardia  Nuliparidade  HF  Raça branca  Malformação uterina  Excesso de álcool e café
238
Endometriose - clínica
 Dismenorreia 2a  Infertilidade – aderências, distorções anatômicas, fluido peritoneal com prostaglandinas e citocinas  Dispareunia de profundidade melhora na gestação
239
endometriose - diagnóstico complementar
 USG-TV: endometrioma (aspecto em vidro fosco/moído)  USG-TV com preparo intestinal: visualiza lesões intestinais, incluindo as camadas acometidas  RM: ótimo, mas não vê implantes pequenos – se normal, NÃO exclui  Laparoscopia: se falha no tratamento clínico – padrão-ouro (controverso!) *Atividade das lesões: vermelha > preta > branca
240
endometriose - tratamento
Dor  Clínico: ACO / progesterona / análogo de GnRH / inibidores da aromatase Se refratário: laparoscopia *Não age na infertilidade e endometrioma! Endometrioma (> 4-6cm)  Cistectomia – melhora infertilidade e dor Infertilidade  Leve: laparoscopia – retira implantes  Grave: FIV *CA-125: útil no controle do tratamento
241
dismenorreia primária
 Surge com ciclos ovulatórios  Dor inicia com fluxo e perdura por 2-3 dias  Pode ter náuseas/vômitos, cefaleia, diarreia  Responde à analgésicos comuns  Não tem doença pélvica detectável – é de exclusão!  Pode diminuir após 20 anos ou 1a gestação *Aumento da produção endometrial de leucotrienos e prostaglandinas > contração uterina > diminui fluxo sanguíneo > hipoxia > dor
242
dismenorreia secundária
 Surge ao longo da menacme  Pode ser progressiva  Pode não responder à analgésicos comuns  Presença de doença detectável – adenomiose, endometriose, DIP, aderência.. / SII, doença de Chron.. / síndrome da bexiga dolorosa, cistite.. / escoliose, dor miofascial..
243
tratamento da dismenorreia primária
 AINE 1-2 dias antes do fluxo  ACO  SIU de Levonorgestrel  MEV: atividade
244
métodos comportamentais - planejamento familiar
OGINO-KNAUS Abstenção do coito vaginal durante o período fértil (tabellnha) TEMPERATURA BASAL Identifica a fase lútea do ciclo menstrual com base na temperatura basal MUCO CERVICAL OU MÉTODO BILLINGS Identifica o início e o fim do período fértil com base nas características do muco cervical AMENORREIA LACTACIONAL Baseado na supressão da ovulação durante o período de amamentação exclusiva SINTOTÉRMICO Baseado no muco cervical, calendário e temperatura basal COITO INTERROMPIDO Ejaculação fora da vagina
245
progestágenos androgênicos
levonorgestrel, gestodeno, desogestrel, norgestrel
246
progestágenos antiandrogênicos
ciproterona, drospirenona, clormadinona, dienogeste
247
prosgestágenos glicocorticoides
medroxiprogesterona
248
progestágenos antimineralocorticoides
drospirenona, gestodenont
249
contraindicações absolutas ao ACCs
< 6 semanas pós-parto em lactantes < 21 dias pós-parto em não lactantes, mas com fatores de risco para TVP TVP/TEP atual ou pregressa, independentemente do uso de anticoagulante Trombofilia conhecida Cirurgia maior com imobilização prolongada Lúpus eritematoso sistêmico com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos Doença valvular complicada com hipertensão pulmonar, FA ou endocardite Tabagismo (≥15 cigarros/dia + idade ≥ 35 anos) Enxaqueca com aura Doença cardíaca isquêmica atual ou pregressa Hipertensão arterial sistêmica descompensada (sistólica>160 ou diastólica >100mmHg) Hipertensão arterial sistêmica associada à doença vascular Múltiplos fatores de risco para DCV (idade avançada, tabagismo, DM, HAS) Câncer de mama atual Adenoma hepatocelular e tumores hepáticos malignos Cirrose descompensada
250
contraindicações absolutas ao ACs progestínicos
Câncer de mama atual
251
lei do planejamento familiar
1. QUEM PODE? * Homens e mulheres. * Idade igual ou superior a 21 anos ou dois filhos vivos. * Risco de vida à mulher ou ao futuro concepto → assinado por 2 médicos. 1. Manifestação da vontade por escrito -> prazo de 60 dias entre a manifestação do desejo e a realização do procedimento; 2. Permitida a esterilização cirúrgica no parto ou aborto; 3. Proibida esterilização por histerectomia ou ooforectomia; 4. Se sociedade conjugal -> não é necessária a assinatura do cônjuge; 5. PENA: reclusão de 2-8 anos e multa.
252
síndrome de Asherman
amenorreia secundária de causa uterovaginal SÍNDROME DE ASHERMAN O QUE SÃO: SINÉQUIAS INTRAUTERINAS CAUSAS: CURETAGENS EXCESSIVAS, TUBERCULOSE PÉLVICA, DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA  CICATRIZAÇÃO ANORMAL DO ENDOMÉTRIO SINTOMAS: AMENORREIA, DOR PÉLVICA CÍCLICA OUTRAS CONSEQUÊNCIAS: ABORTAMENTOS DE REPETIÇÃO, INFERTILIDADE DIAGNÓSTICO: ULTRASSONOGRAFIA, HISTEROSSAPINGOGRAFIA, HISTEROSCOPIA (PADRÃO-OURO) TRATAMENTO: LISE HISTEROSCÓPICA DAS SINÉQUIAS
253
falência ovariana prematura
amenorreia secundária de causa ovariana FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA DEFINIÇÃO: PERDA DE OÓCITOS < 40 ANOS 10% DOS CAUSAS DE AMENORREIA SECUNDÁRIA CAUSAS: GENÉTICAS, AUTOIMUNES, RADI/QUIMIOTERAPIA, IDIOPÁTICAS (MAIORIA) SINTOMAS: OLIGO/AMENORREIA + SINTOMAS CLIMATÉRICOS TRATAMENTO: TERAPIA HORMONAL
254
síndrome de Savage
CAUSA: RESISTÊNCIA À AÇÃO DAS GONADOTROFINAS PRIMÁRIA OU ADQUIRIDA SINTOMAS: SIMILARES À FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA DIAGNÓSTICO: BIÓPSIA DE GÔNADA (NÃO REALIZAR NA PRÁTICA) TRATAMENTO: TERAPIA HORMONAL
255
algoritmo para diagnóstico da SOP - 2023
1o Passo: Ciclos irregulares + hiperandrogenismo clínico (excluir outras causas*) = diagnóstico! 2o Passo: Se não houver hiperandrogenismo clínico - Avaliação bioquímica de hiperandrogenismo (excluir outras causas*) = diagnóstico! 3o Passo: Somente ciclos irregulares OU hiperandrogenismo - Adolescentes = ultrassom não é indicado = considerar em risco de SOP e reavaliar posteriormente - Adultos = solicitar ultrassom ou AMH (se positivo e após Eexcluir outras causas*) = diagnóstico!
256
Critérios ultrassonográficos para SOP
» 20 ou mais folículos com diâmetro médio de 2 a 9 mm (antes se considerava 12 ou mais folículos); e/ou » Volume ovariano total > 10 cm3
257
o que aumenta na SOP?
LH, resistência insulínica, testosterona
258
o que diminui na SOP?
FSH, SHBG
259
tratamento da infertilidade na SOP
1a opção Perda de peso 1a opção (medicamentosa) Letrozol (mais eficaz), Clomifeno 2a opção Gonadotrofinas (FSH) 2a opção Perfuração ovariana (drilling) 3a opção Fertilização in vitro (FIV)
260
locais de acometimento mais frequente na endometriose
Ovários Fundo de saco anterior e posterior Ligamentos uterossacros Ligamentos largos posteriores Útero (serosa) Trompas Sigmoide, Apêndice Ligamentos Redondos
261
indicações de tratamento cirúrgico pra endometriose
Dor refratária ao tratamento medicamentoso Recusa ao tratamento clínico (ou contraindicações medicamentosas) Necessidade de diagnóstico histológico de endometriose Exclusão de malignidade de uma massa anexial Obstrução do trato urinário ou intestinal Endometrioma de ovário > 5-6 cm Tratamento da infertilidade
262
indicações de polipectomia em mulheres assintomáticas
9 Pólipo > 1,0 cm - 1,5 cm de diâmetro 9 Pólipos múltiplos 9 Pólipo prolapsado pelo colo do útero 9 Infertilidade 9 Pólipo em mulher menopausada
263
indicações de miomectomia laparoscópica
Miomas intramurais ou subserosos Número máximo de nódulos = 6 Mioma Único < 10 cm Sem Prole constituídac
264
indicações de miomectomia laparotômica
Miomas intramurais ou subserosos Múltiplos miomas (> 6 nódulos) Mioma Único > 10 cm Sem Prole constituída
265
indicações de tratamento cirúrgico definitivo para mioma
Pacientes com prole constituída Falha do tratamento clínico Escolha da paciente Suspeita de Malignidade (Sarcoma)
266
janela de oportunidade para TRH
Idade inferior a 60 anos e menos de 10 anos desde a menopausa
267
Indicações de tratamento cirúrgico para DIP
Manutenção de abcesso pélvico, mesmo após o tratamento clínico Suspeita de abscesso tubo-ovariano roto Peritonite difusa ou hemoperitônio Instabilidade hemodinâmica refratária Abscesso em fundo de saco de Douglas (indicação de culdocentese) Critérios para abordagem cirúrgica Falha de tratamento clínico
268
pseudociese
amenorreia + sintomas de gravidez mecanismo desconhecido, provavelmente por alterações nos pulsos de LH e aumento de PRL + sofrimento psíquico
269
ciclo menstrual normal
* Frequência – de 24 a 38 dias. * Regularidade - variação ≤ 7 a 9 dias (mulheres < 25 anos e na perimenopausa podem apresentar variações de até 20 dias). * Duração - ≤ 8 dias. * Volume - ≤ 80 mL.
270
menorragia
menstruação excessiva, fluxo aumentado
271
hipermenorreia
maior duração (>8 dias)
272
hipomenorreia
menstruação curta ou de baixo volume (<3 dias ou <5ml)
273
metrorragia
sangramento contínuo, não associado a menstruação
274
oligomenorreia
intervalo superior a 38 dias entre ciclos
275
polimenorreia
intervalo menor que 24 dias
276
tratamento do SUA agudo
EV - estrogenio conjugado 25mg 4/4h OU acido tranexamico ou acido aminocaproico VO - ACHO 50mcg EE 6/6h OU progestágeno isolado em altas doses OU transamin 3-4x ao dia
277
tratamento da infertilidade na SOP
perda de peso letrozol clomifeno FSH perfuração ovariana (drilling) FIV
278
indicações de PAAF em nódulos mamários
* Esvaziar cistos grandes (> 2cm), dolorosos e em crescimento; * Análise citológica imediata de nódulos sólidos; * Diferenciar cistos espessos de nódulos sólidos; * Biópsia de nódulos na indisponibilidade de equipamento para biópsia por agulha grossa.
279
indicações de core biopsy em nódulos mamários
* Estudo histológico e imunoistoquímico; * Biópsia de nódulos suspeitos BI-RADS 4 e BI-RADS 5; * Biópsia de microcalcificações (na indisponibilidade de mamotomia).
280
indicações de mamotomiaem nódulos mamários
* Microcalcificações suspeitas; * Biópsia de nódulos menores que 1-1,5 cm; * Biópsia de distorções arquiteturais.
281
indicações de sectorectomia em nódulos mamários
* Estudo das microcalcificações suspeitas na indisponibilidade de mamotomia ou core biopsy; * Estudo de nódulos suspeitos; * Exérese de nódulos benignos e provavelmente benignos; * Biópsias anteriores inconclusivas; * Exérese completa das lesões com biópsia anterior com resultado de atipia.
282
indicações de mastectomia profilática
* Mutação genética confirmada (BRCA1, BRCA2) * Radioterapia torácica prévia antes dos 30 anos de idade
283
284
conclusões possíveis do estudo urodinâmico
Presença de contrações não inibidas do detrusor = hiperatividade de detrusor. Avaliação de pressão de perda aos esforços: < 60 cmH2O: deficiência esfincteriana intrínseca >90 cmH2O: hipermobilidade do colo vesical
285
como avaliar um POPq?
1o Veja os valores dos pontos Ba, Bp, C e D (a partir deles você conseguirá avaliar se há a presença de prolapso e sua localização). O comprimento vaginal total (CVT) também será importante para fazer a classificação. 2o Os pontos Ba e Bp são maiores do que –3 (por exemplo -2, -1, 0 etc.)? Se sim, isso significa que há prolapso e você deve empregar a classificação em estádios para definir seu grau. Lembrando que o ponto Ba representa a parede vaginal anterior e o Bp, a parede posterior. 3o Qual o valor do comprimento total da vagina? Vamos supor que seja de 10 cm. Transforme esse valor em um número negativo e compare-o com o ponto D. Se o valor do ponto D for maior que -10, por exemplo -9, -8 ou -7, isso significa que há uma descida da cúpula vaginal, porém consideraremos patológico somente se a diferença for maior do que 2 cm. A partir disso, você deve usar a classificação do POP-Q para ver seu estádio. É importante lembrar que o ponto C e o ponto D descem juntos, pois representam o colo do útero e a cúpula vaginal. 4o Desse modo, você já sabe se há prolapso, qual a localização e o seu grau.
286
estadiamento do POPq
287
vacinação para HPV
meninos e meninas de 9-14 anos em DU 15-19 anos - dose única de resgate para não vacinados 9-45 anos 3 doses se imunodeprimidos se vitimas de violência sexual: - 9-14 anos 2 doses - 15-45 anos 3 doses - 9-45 anos imunodeprimidos 3 doses