Gineco/Obstetrícia Flashcards
Num abortamento, qual valor de espessura de endométrio indica esvaziamento
> 15mm
Marcos do US TV no começo da gestação
4 semanas: saco gestacional
6-7 semanas: embrião/BCF
Saco gestacional >= 25mm: embrião
Métodos de esvaziamento uterino em abortamento incompleto
<= 12 semanas: AMIU ou curetagem.
>12 semanas: precisa de um US. Se tiver feto, precisa usar misoprostol para eliminar. Se não tiver, curetagem.
Situações de abortamento provocado legal
Risco de vida materna
Estupro (só até 20 semanas de gestação)
Anencefalia
Principal causa de abortamento
Trissomia do 16
Abortamento habitual, definição e causas
3 ou mais perdas consecutivas
Causas: Doença cromossomial, anormalidades anatômicas uterinas, Incompetência istmocervical, insuficiência de corpo lúteo, síndrome anticorpo antifosfolipídico.
Cerclagem na incompetência istmo cervical
Entre 12 a 16 semanas, por técnica de McDonald. Não pode ter dilatação maior que 4 cm, nem má formações incompatíveis com a vida, nem rotura de membranas, membrana protrusa pelo canal cervical ou atividade uterina.
Dados clínicos sugestivos de Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídico
Perda fetal recorrente
Perda fetal inexplicável de 2° ou 3° trimestre
Início precoce de pré eclâmpsia grave
Trombose arterial ou venosa em pcte jovem
RCIU inexplicável
Hx de colagenose
Indicação de histerectomia em doença trofoblástica
Acima de 40 anos E prole constituída
Hemorragia intensa
Apresentação de uma gravidez ectópica
Atraso menstrual, dor. Útero vazio no US apesar de um bHCG > 1500.
Fatores de riscos de gravidez ectópica
Ectópica prévia, DIP (principal), endometriose, raça negra, >35 anos, tabagismo, reprodução assistida.
Indicações de conduta expectante na gravidez ectópica
bHCG < 1000 e declinante
Estabilidade hemodinâmica
Saco gestacional <= 3,5 cm
Contra indicações do metotrexato na gravidez ectópica
Aleitamento, imunodeficiência, alcoolismo, doença renal ou hepática, discrasia sanguínea, doença pulmonar ativa, úlcera péptica. Além disso, rotura é indicação de cirurgia.
Condições ideias para usar metotrexato na gravidez ectópica
bHCG < 5000, saco gestacional < 3,5, feto sem atividade cardíaca. Não é contra indicado se não cumprir esses valores, mas a chance de sucesso é menor.
Quando fazer imunoglobulina anti-D
Sangramento na gestação.
Exames invasivos na gravidez (cordocentese, amniocentese…).
Na hora do parto.
(deve ser aplicada em até 72 horas nesses)
Em 28 semanas sempre que mãe Rh- e pai Rh+
Mas qualquer que seja a situação, se coombs indireto + … não adianta mais fazer.
Seguimento de gestante Rh negativo
Pedir coombs indireto. Se negativo, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas.
Caso seja positivo, deve ser dosado mensalmente.
Caso os títulos cheguem a 1:16 ou mais, deve-se investigar anemia fetal com doppler de cerebral média.
Caso o pico de velocidade sistólica dá cerebral média passe de 1,5 é necessária cordocentese.
Principal fator de risco de DPP
Hipertensão arterial (50% dos descolamentos não traumáticos)
Abordagem no DPP
Diagnóstico clínico (dor, hipertonia uterina, taquissistolia, SFA, sangramento escuro com coágulos)
Amniotomia
Se feto vivo, tirar pela via mais rápida (geralmente cesárea, vaginal só se parto for iminente, dilatação total, e propício para fórceps)
Se feto morto, tirar via vaginal (mas se for demorar >6 horas para induzir e tirar, faz cesárea)
Síndrome de Sheehan
Necrose hipofisária após hemorragia puerperal intensa. Causa amenorréia.
Útero de couvelaire (apoplexia utero-placentaria), opções terapêuticas em ordem de tentativa
- Massagem + ocitocina
- Sutura de B-lynch
- Ligadura de artéria hipogástrica/uterina
- Histerectomia
Placenta prévia, definição
Implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero, APÓS 18 SEMANAS DE GESTAÇÃO.
Fatores de riscos para placenta prévia
Cesariana anterior (principal) Intervenções uterina (miomectomia, curetagens) Multiparidade Gestação múltipla, hidropsia fetal Tabagismo Idade >35 anos Endometrite História de abortamento provocado
contra indicações absolutas à indução de parto em paciente com cesariana anterior
A cesariana anterior foi com incisão corporal
Ausência de dados sobre vitalidade fetal
Apresentação anômala
Contra indicações de parto vaginal (Placenta prévia total, rotura uterina prévia, múltiplas incisões uterinas (iteratividade), desproporção cefalo-pelvica).
Sinais de iminência de rotura uterina
Sinal de Bandl (distensão do segmento inferior uterino, dando aspecto de ampulheta ao útero)
Sinal de Frommel (ligamentos redondos distendidos e retesados, puxando o útero anteriormente)
Derrame papilar, o que é suspeito e o que fazer
Descarga espontânea, uniductal, unilateral, em água de rocha ou sanguinolento. Investigar com BIÓPSIA.
Principal causa de derrame papilar sanguinolento
Papiloma intraductal (mas pode ser câncer, precisa biópsia)
Investigação de nódulo de mama palpável
Primeiro PAAF e mamografia/ultrassom, sempre.
Na PAAF, líquido sanguinolento, mais de duas recidivas, massa residual ou sólido é indicação de biópsia.
Na mamografia/us, biópsias conforme achados suspeitos ou de lesão sólida.
Bi-Rads, classificação e conduta
0) Inconclusiva, magnificar imagem/usg/RNM
1) nenhuma alteração. Manter rastreio normal
2) Achado benigno, rastreio normal
3) duvidoso (provavelmente benigno), repetir em 6m acompanhando por 3 anos.
4/5) Suspeita/altamente suspeita, biópsia.
Fatores de risco para câncer de mama (8)
Idade (acima de 40, mais ainda acima de 50), história familiar (parente de 1 grau), mutação BRCA, nulipara, menacme longo, dieta rica em gordura, CA in situ/hiperplasia atípica, sexo feminino.
Rastreamento do Câncer de mama
Baixo risco: a partir de 40 anos, exame clínico das mamas anual. A partir de 50 anos, exame clínico anual + mamografia Bienal, até 69 anos.
Alto risco*: exame clínico + mamografia anuais a partir de 35 anos
*alto risco = parente de primeiro grau (com CA antes dos 50, ou com câncer bilateral, ou masculino com CA).
Cirurgia do CA de mama…quando pode ser conservadora? Avalia axila? Esvazia axila?Quando faz QT? Quando faz QT neo? Quando faz Radioterapia adjuvante? E hormônio terapia?
Conservadora: lesão < 3,5 cm e menor que 20% dá mama. Sempre tem que fazer rádio adjuvante
Axila: avaliar linfonodo sentinela em lesão infiltrante, esvaziamento radical se positivo.
Quimioterapia: sempre que tumor maior de 1cm, linfonodo positivo ou metástase.
Quimio neo: reduzir tumor localmente avançado (CA inflamatório ou tumor acima de 4cm)
Rádio: sempre que for cx conservadora ou tumor grande (>4cm).
Hormônio: receptor de estrogênio positivo.
HER2: trastuzumabe
Fatores de risco para tumor ovariano
História familiar (principal) Idade (60 anos) mutação brca dieta rica em gordura obesidade tabagismo menacme longo nulipara indutores de ovulação
Massa ovariana suspeita
Sólida Ultrassom doppler com baixa resistência vascular Septada Papilas (solido-cistica) Espessamento dá parede Irregular Tamanho >8cm Antes/Após menacme
Cirurgia tumor ovário
Laparotomia, inventário, lavado peritoneal, HTA, anescectomia bilateral, omentectomia, ressecar implantes e linfonodos.
Rastreio colpocitologia, quando colher
E no HIV? e na virgem?
1 vez ao ano, até ter 2 negativas, então uma vez a cada 3 anos
Entre 25 e 64 anos (desde que tenha sexarca)
Gestante: manter igual
HIV: a partir da sexarca, semestral no primeiro ano, depois anual. Se cd4 < 200, é semestral até que melhore esse valor.
Na virgem não colher.
Resultados de colpocitologia, e conduta
LIEBG (LSIL) - repetir em 6m (3 anos se <25a)
ASCUS - repetir em 6m a partir dos 30 anos. Em 1 ano entre 25 e 29 anos, em 3 anos se <25a.
ASCH - colposcopia
AGC (AGUS) - colposcopia e avaliar canal
LIEAG (HSIL) - colposcopia
Tratamento lesões intraepiteliais do colo uterino
NIC 1: acompanha, se persistir por 2 anos é destrutivo (crio ou cauterização)
NIC 2 ou 3: EZT por CAF. Mas, se gestante, suspeita de invasão pela colpo ou JEC não visível, precisa ser cone.
Estadiamento CA colo invasor, e tratamento
1 - restrito ao colo. 1A1 é menos de 3mm de profundidade, trata com histerectomia. 1A2 de 3 a 5mm, HT + linfadenectomia.
1B1 é até 4cm, a partir dele é cirurgia de WERTHEIN MEIGS (HT, parametrios e retirada de 1/3 superior dá vagina). 1B2 é maior de 4cm
2 - Invade um pouco para baixo e pros lados. 2A pega 2/3 superiores dá vagina (ainda dá pra fazer a cx)
2B pega parametrios, a partir daqui não faz mais cirurgia, só quimiorradio.
3 - invade tudo pra baixo e tudo pros lados. 3A 1/3 inferior dá vagina, 3B ureteres.
4 - “pra frente e pra trás”. 4A bexiga e reto, 4b metástases.
Cirurgia de câncer de vulva
Até 2 cm retira com margem de 2 cm, maior que isso tira por vulvectomia.
Câncer de endométrio, fatores de risco e suspeita no USG
Obesidade, >60 anos, nulipara, branca, anovulação crônica, menacme longo, diabetes, hiperplasia.
USG suspeita: endométrio > 4mm na menopausa (ou >8 se usar TRH)
Câncer de endométrio, como tratar as lesões precursoras e o próprio câncer
Hiperplasia sem atipia: Progesterona.
Hiperplasia com atipia: Histerectomia.
Câncer: laparotomia com HTA, lavado, anexectomia, linfadenectomia. Rádio se invadir mais dá metade do miométrio. Quimio se metástase.
Fatores de riscos e dados laboratoriais sugestivos de pré-eclâmpsia
FR: <18a e >35a, primigesta (ou novo parceiro), negra, PE anterior, obesidade, HAS.
Labs: proteinúria após 20 semanas, calciúria < 100/24hs, atividade antitrombina 3 reduzida
Pré eclâmpsia sem proteinúria?
Sim, se hipertensão de início após 20 semanas +
Plaquetopenia (<100mil) Creatinina > 1,1 Edema agudo de pulmão aumento 2x das transaminases Sintomas cerebrais/visuais
Síndrome HELLP
LDH > 600, Esquizócitos, bilirrubina total > 1,2
TGO >= 70
Plaquetas < 100mil
Alvo de PA na gestação para paciente com HAC ou PE
Que PA é emergência e droga de escolha para tal
PAS 140-155, PAD 90-100
Se chegar em 160/110 precisa abaixar usando hidralazina IV, labetalol IV ou nifedipina VO.
Aplicação de MgSO4 na gestante
Quando tiver eclâmpsia/iminência/PE grave
Modo: 4g de sulfato a 20% (diluir 8mL de sulfato 50% em 12 mL de água destilada), aplicar IV lentamente. Manter 1-2g/h em bomba de infusão.
Se diurese < 25, ajustar a dose
Se abolição se reflexos ou bradipneia (<16mrpm), suspender e dar 1g de gluconato de cálcio a 10%.