Clínica Médica Flashcards
Úlceras gástricas recorrentes em paciente sem H pylori e sem uso de AINES
Síndrome de zollinger-ellison, gastrinoma
síndrome de rendu-osler-weber
displasia fibrovascular, com telangiectasias mucocutâneas. autossômica dominante. Epistaxes, sangramentos mucocutaneos, história familiar positiva.
principais vírus na diarreia aguda
Norovirus ( o mais comum do adulto)
Rotavírus (principal agente nas crianças, causa de diarreia grave em <2anos)
Principal bactéria causadora de SHU
Escherichia coli Entero Hemorrágica cepa O157:H7
Diarreia que evolui com convulsão/delírio/coma
Shigella
complicações de shigellose
megacolon tóxico, prolapso, perfuração intestinal, SHU, convulsão/delírio/coma.
Bactéria relacionada com Guillain-Barré
Campylobacter jejunii
osteomielite no falcemico (bactéria)
Salmonella
colite pseudonembranosa (fator de risco, agente, DX e tratamento)
Uso de clindamicina/cefalosporina/quinolona recente (até 6 semanas atrás)
Clostridium difficile
Toxina A ou B nas fezes, ou colonoscopia (placas esbranquiçadas, são as pseudomembranas)
Metronidazol ou Vancomicina oral (caso grave)
Sinais de alarme numa diarreia aguda
Desidratação Fezes sanguinolentas Febre >38,5 Sem melhora em 48 horas Idosos (>70 anos) Imunocomprometido Uso recente de antibiótico Nesses casos, investigar (hemograma, bioquímica, exames de fezes), e pode dar antibiótico empírico (QUINOLONA, ou metronidazol se suspeita de clostridium)
tratamento suboclusao por ascaris
Piperazina + óleo mineral. Depois de eliminar, dar antihelmintico
Helmintos que fazem ciclo pulmonar
Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenalis Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides
Helmintos que fazem ciclo pulmonar
Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenalis Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides
Strongyloides, como diagnosticar
parasitológico de fezes com método de Baermann-moraes.
Larva currens
erupções serpinginosas que avançam rapidamente. É a larva do strongyloides migrando.
Diagnóstico de Doença celíaca
- Anticorpo anti-transglutaminase IgA se ausência de alguma suspeita mas ausência de sintomas gastrointestinais. Caso seja negativo, pedir antigliadina IgG
- Biópsia de delgado em caso de forte suspeita ou sorologia positiva. Lesão típica: hiperplasia de criptas, atrofia de vilosidades e infiltrado linfoplasmocitario. Uma segunda biópsia com melhora histológica após 6 meses sem glúten confirma o diagnóstico.
Endoscopia e biópsia, Crohn x RCU
Crohn: pedras de calçamento e úlceras aftoides na endoscopia. Biópsia com granulomas não caseosos.
RCU: endoscopia com mucosa eritematoso, pseudo pólipos. Na bx criptite.
Febre de katayama
Fase aguda dá esquistossomose: febre, sudorese, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, eosinofilia.
Tratamento esquistossomose
Praziquantel ou oxamiquine
Critérios Roma IV (síndrome intestino irritável)
Dor abdominal (pelo menos 1dia/semana nos últimos 3 meses); Mais pelo menos dois: - relação dá dor com evacuação (melhora ou piora) - início associado a alteração na frequência das evacuações (pra mais ou pra menos) - e/ou a alteração na forma das fezes
manifestações extra-intestinais das DII
artrite periférica (Crohn, marcador de atividade), espondilite anquilosante ou sacroileíte, eritema nodoso (marcador de atividade), pioderma gangrenoso (RCU), uveíte, colelitíase (Crohn), colangite esclerosante (RCU), cálculo renal (Crohn)
Intoxicação por chumbo
Dor abdominal
Anemia hipo/micro com pontilhados basofílicos
Encefalopatia (crônica ou aguda), dificuldade de concentração, neuropatia periférica
Linha gengival de Burton
Síndrome de Fanconi, gota, HAS
DX por dosagem sérica de chumbo, tratamento com quelantes
Febre tifóide
Salmonela enterica (sorotipo Typhi)
Febre com sinal de Faget, dor abdominal. 1-2 semanas depois Rash (roseolas), hepatoesplenomegalia, torpor.
Pode complicar com sangramento e perfuração ileal. Diagnóstico por cultura (sangue ou fezes).
Tratamento ceftriaxona ou cipro (ou cloranfenicol pelo MS)
Dose terapêutica de nitroprussiato de sódio na emergência hipertensiva
0,25 a 10 mcg / kg por minuto
Critérios síndrome metabólica
Pelo menos 3 dos seguintes: PA >= 130 / 85 Triglicerídeos >= 150 HDL <50 (mulher) ou < 40 (homem) Circunferência abdominal >102 (homem) ou >88(mulher) Glicemia de jejum >= 100
Classificação de Keith-wegener-barker
1 - Estreitamento arteriolar
2 - Cruzamento patológico
3 - Hemorragias (chama de vela) ou exsudatos (algodonosos)
4 - Papiledema
HAS acelerada maligna (conceito)
retinopatia 3 ou 4 + lesão renal
Como diagnosticar HAS
- Pelo menos 2 consultas com média de PA >= 140/90
- Lesão de órgão alvo
- PA >= 180/110 em algum momento
- MRPA ou MAPA >= 135 / 85
Alvo de PA no tratamento de hipertensão
Geral: < 140 / 90
Idosos (65 anos): < 150 / 90
Alto risco CV: < 130 / 80
Terapia inicial na HAS
Pré HAS (121-139/81-89): MEV
HAS grau 1(140-159/90-99): tentar MEV por 6m se baixo risco CV, 1 droga se moderado, 2 drogas se alto risco CV.
HAS grau 2 (160-179/100-109) ou 3 (>=180/110): começar com 2 drogas.
Contra indicações de iECA/BRA
Creatinina > 3, potássio > 5,5, estenose bilateral de artérias renais.
Efeitos adversos de Tiazídicos
Hipovolemia, hiponatremia, hipomagnesemia, hipocalemia
Hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperuricemia
Definição HAS resistente
Não melhora, apesar do uso de pelo menos 3 antihipertensivos, otimizados, incluindo diurético.
Principal causa de HAS secundaria
Doença parenquimatosa renal.
Feocromocitoma, diagnóstico e preparo cirúrgico
Metanefrina e catecolaminas na urina de 24 horas, depois TC/RNM/PET
Pré operatório: alfa bloqueio (prazosin) por 10 dias, só então associar betabloq
Emergência hipertensiva
Elevação aguda de PA com lesão de órgão alvo curso (edema agudo de pulmão, encefalopatia, eclâmpsia, AVE, síndrome coronariana, dissecção de aorta).
Manejar com droga IV (nitroprussiato, hidralazina na gestante). Reduzir PAD para 100 (ou PAM em 20%) em uma hora.
Se AVEh ou dissecção, normalizar a PA (140/90).
Se AVEi, só reduzir a PA se acima de 220/120 (ou 185/110 em quem fará trombolítico).
Urgência hipertensiva
PA diastólica >= 120, assintomático
Reduzir PA para 160/110, com drogas VO (captopril, furosemida, clonidina), ao longo de 24-48hs.
Fórmula de Friedwald
LDL = Colesterol Total - HDL - (TG/5)
Indicações de estatinas
-Doença aterosclerótica ou LDL acima de 190: terapia de alta intensidade.
-LDL 70-189 associado a Diabetes ou a alto risco CV: Tratamento de moderada (no início) a alta intensidade.
Alta intensidade é atorvastatina 40-80 ou rosuvastatina 20-40
Moderada é atorvastatina 10-20, rosuvastatina 5-10, sinvastatina 20-40.
Efeito de Wolff-chaikoff e efeito de Jod-Basedow
Wolff-Chaikoff: iodeto diminui sensibilidade dá tireóide ao estímulo do TSH, podendo desencadear hipotireoidismo num paciente quase hipotiroideo (ao usar contraste para TC, amiodarona, comer muito sal…)
Jod-basedow: geralmente em um paciente com bócio endêmico (carência de iodo), com células tireoidianas ávidas por TSH e iodo, aquelas situações induzem um hipertireoidismo.
Diferenciar tireotoxicose com hipertireoidismo de tireotoxicose sem hipertireoidismo, e causa mais frequente de cada um
Pelo índice de captação de Iodo Radioativo (RAIU) Com hiperT (Graves na maioria) a captação é >35% em 24 horas. Estas se trata bom betabloqueador e antitireoidianos (ex: Metilmazol) Sem hiperT (tireoidites na maioria) a captação é <5%. O tratamento destas tireotoxicoses é apenas com betabloqueador.
Manifestações de doença de Graves
Tireotoxicose
Bócio difuso, com sopro e frêmito
Exoftalmia
Mixedema pré tibial
Tratamento de doença de Graves, primeira linha e alternativas
Primeira linha: betabloqueador e Metilmazol (em primeiro trimestre de gestação é propiltiuracil)
Se recidiva ou reação adversa à medicação: iodo radioativo (contraindicado na gravidez, aleitamento e bócio grande)
Tireoidectomia: se tiver Contraindicação ao iodo
Causas de tireoidites (aguda, subaguda e crônica)
Aguda: drogas (amiodarona, lítio, interferon…)
Subaguda: deQuervain (ou “granulomatosa subaguda”, é bem dolorosa, pós viral)
Crônica: Hashimoto
Dose inicial no tratamento de hipotireoidismo, e qual cuidado necessário
1,6 x peso por dia
Se coronariopatia ou idoso, deve-se iniciar com dose de 12.5 - 25, e ir aumentando em 12.5 - 25 por mês.
Hipotireoidismo subclínico, definição e quando tratar
TSH elevado (acima de 5) mas T4 normal Tratar se: grávida, sintomático, TSH>10 ou anti-TPO em altos títulos.
Abordagem geral do paciente em choque
- Repor volume se possível (exceções: sinais de congestão, aumento da PVC e PoAP)
- Vasopressores: noradrenalina ou dopamina alta dose ( >10ug/kg/min)
- Inotropicos: dobutamina ou dopamina dose intermediária (3-10/kg/min)
Escore SOFA (6 itens)
Respiração (PaO2/FiO2)
Coagulação (Plaquetas)
Fígado (Bilirrubina)
Cardiovascular (PAM e necessidade de DVA)
SNC (Glasgow)
Função renal (creatinina sérica e débito urinário)
Cada item pontua de 0 a 4, escore maior ou igual a dois é igual a sepse com disfunção orgânica (mortalidade acima de 10%).
Quick SOFA (3 critérios)
Frequência respiratória > 22
Pressão sistólica < 100
Glasgow < 15
2 ou mais significam sepse precoce, com risco de vida significativo. Começar a avaliar com SOFA.
Choque séptico (definição)
Necessidade de vasopressores para manter PAM >=65, e lactato > 2 após reanimação volêmica adequada
Abordagem geral da sepse
Controle do foco infeccioso (cultura e ATB)
Ressuscitação inicial (30mL/kg)
Avaliação hemodinâmica (alvos: PAM, FC, enchimento capilar e normalização do lactato)
Vasopressores se resposta insatisfatória (Noradrenalina)
Corticóide (se não responder a DVA)
Transfusão se Hb<7
Critérios morte encefálica
- Causa definida e irreversível
- Exame neurológico: Coma, pupilas fixas e arreativas, reflexos de tronco ausentes, apneia. Precisa ser feito por 2 médicos, com um intervalo de 6horas entre os exames no adulto.
- Exame complementar (ausência de perfusão ou de atividade elétrica ou de atividade metabólica)
Critérios de Berlim (DX de SDRA)
- Aparecimento ou piora do desconforto respiratório dentro de uma semana após exposição a fator de risco
- Radiografia com opacidade bilateral (não explicada por derrame/atelectasia/nódulo)
- Não é explicada por fator cardiogênico ou hipervolemia.
- PaO2/FiO2 (< 300 é leve, < 200 é moderada, < 100 é grave)
Como decidir se interna pneumonia
CURB 65
Confusão mental
Ureia >= 43 (ou 50 na diretriz brasileira)
Respiratory rate >= 30
Blood pressure (PAS < 90 ou PAD <= 60)
65 (idade a partir de 65)
A partir de dois pontos, interna. A partir de 3 pontos, interna em UTI. 0 ou 1 trata ambulatorial
Causas pulmonares de SIADH
Carcinoma “oat cells”
Legionella pneumophila
Pneumonia em etilista e em diabético, pneumonia do lobo pesado
Klebsiella pneumoniae
Pneumonia grave, com diarréia, aumento de transaminase, diagnosticado por antígeno urinário (TAU)
Legionella pneumophila
Escolha de antibiótico na pneumonia
Ambulatorial: macrolídeo ou doxiciclina (EUA) ou amoxicilina (BR).
Mas, se uso de ATB há <3m, comorbidades ou etilista, opção é quinolona respiratória, ou macrolídeo + betalactamico (ceft ou amoxi)
Internado enfermaria: quinolona, ou macrolídeo + ceftriaxona
Internado UTI: quinolona + ceft ou macrolídeo + ceft
Pneumonia por anaeróbios
Paciente com história de macroaspirações, ou com evolução para abscesso pulmonar. Tratamento com claritromicina ou clavulin
SRAG
Síndrome gripal associada a…
Dispnéia, satO2<95, desconforto respiratório, taquipneia, hipotensão ou piora de uma doença de base.
Indicações de oseltamivir por vírus influenza
Infecção grave (SRAG) Infecção em pacientes alto risco: Idade <5a, >60a ou <19a com uso de AAS Imunodeprimidos IMC>=40 gestante/puérpera Estes recebem tratamento (75mg 2x dia 5 dias)
Profissionais de saúde ou pacientes de alto risco, expostos e não vacinados recebem quimioprofilaxia (75mg 1x dia 10 dias)
Critérios de Light
Quando drenar exsudatos
Proteína pleural / sérica > 0,5
LDH pleural / sérico > 0,6
LDH pleural > 2/3 do limite superior do LDH sérico (~200)
Um desses = exsudatos
pH < 7,2; LDH > 1000; glicose < 60; pus; bactérias no gram. São sinais de exsudato complicado, precisa drenar
Pneumonia nosocomial, que paciente e quais bacterias
Paciente internado/intubado há pelo menos 48 horas.
Principal germe: pseudomomnas aeruginosa.
Coberta com Ceftazidime/cefepime, ou “Pipe Tazo” ou Imi/meropenem.
Considerar germes MDR se ATB IV nos últimos 90 dias, choque séptico, SDRA, diálise, > 5 dias no hospital.
Considerar MRSA se ATB IV recente ou dependendo do seu hospital (coberto com Vancomicina ou linezolida)
Diagnóstico de diabetes
E pré diabetes
Glicemia de jejum >= 126,
ou Glicemia 2hs após TOTG >= 200,
ou HbA1C >= 6,5%,
Tem que ser alterado em duas ocasiões diferentes.
Ou Glicemia ao acaso >= 200 com sintomas típicos
Pré diabetes: Glicemia de jejum entre 100 e 125, ou 2hs pós TOTG 140-199, ou HbA1C 5,7-6,4
Rastreio de DM
A partir de 45 anos, ou IMC aumentado (a partir de sobrepeso) + fator de risco (história familiar, HAS, dislipidemia, SOP). Se normal, é repetido de 3/3anos.
Esquema de insulina plena
Iniciar com 0,5 - 1 unidade por kg ao dia. 50% com insulina “lenta” e 50% com “rápida”
NPH/regular: 2 aplicações de NPH, sendo 2/3 de manhã ao acordar e 1/3 de noite antes de dormir. Pelo menos 3 doses de regular, 30 min antes de cada grande refeição.
Glargina/lispro: quase igual, mas glargina é dose única, e lispro é no momento da refeição.
Alvo terapêutico na diabetes
HbA1C < 7% (o principal)
Glicemia capilar pré prandial entre 80 - 130, pós prandial < 180.
Drogas que diminuem resistência insulínica, vantagens e efeitos adversos
Metformina, atua no fígado. Reduz peso. Risco de acidose lática (evitar se ClCr < 30, insuficiência hepática ou cardíaca), deficiência de b12 a longo prazo.
Glitazonas, atuam no músculo. Retém sal, faz edema (evitar em IC), risco de fraturas.
Drogas secretagogas de insulina, efeitos adversos
Sulfoniureias (glibenclamida, glimepirida, glipizida) aumentam insulina basal.
Glinidas (repaglinida, nateglinida) aumentam a pós prandial.
Ambas fazem aumento de peso e risco de hipoglicemia.
Inibidor de alfaglucosidase, mecanismo, droga e efeito colateral
Diminui absorção intestinal dá glicose, é a acarbose, colateral é flatulências.
Incretinomimeticos, classes, nomes
Inibidores de DPP4, gliptinas (vildagliptina, sitagliptina…).
Análogos de GLP1 (liraglutide, exenatide). Estes diminuem peso.
Redutores dá reabsorção urinária dá glicose, nomes, vantagens e colaterais
Glifozinas (dapa/empa/cana), diminuem peso e PA. Mas causam ITU, candidíase, poliúria com desidratação.
Indicações insulina plena
Se não controlar com 3 drogas VO (ou duas VO + NPH noturna 10u).
Hiperglicemia franca (HbA1C >= 10, glicemia >= 300, sintomas)( neste caso pode-se de-escalonar a terapia após controle)
Gravidez, estresse (pcte internado para cirurgia, infecção…), doença renal ou hepática avançadas
Indicações insulina plena
Se não controlar com 3 drogas VO (ou duas VO + NPH noturna 10u).
Hiperglicemia franca (HbA1C >= 10, glicemia >= 300, sintomas)( neste caso pode-se de-escalonar a terapia após controle)
Gravidez, estresse (pcte internado para cirurgia, infecção…), doença renal ou hepática avançadas
Rastreamento das complicações microvasculares do DM
Anual. Após 5 anos de doença na DM1, ao diagnóstico na DM2.
Fundoscopia (retinopatia), albuminuria + estimativa de TFG (nefropatia), monofilamentos (neuropatia).
Fase da retinopatia diabética, e condutas
Não proliferativa: Microaneurismas, exsudatos duros, hemorragia chama de vela, exsudatos algodonosos, veias em conta de rosários (“mico duro chama algodão de rosa”). Precisa melhorar controle glicêmico.
Proliferativa: neovascularização. Precisa de fotocoagulação a laser.
Lesões renais na DM
Glomeruloesclerose difusa (a mais comum) Glomeruloesclerose nodular (ou Kimmelstiel-Wilson, a mais específica)
Critérios de cetoacidose diabética
Sintomas dela
Criterios: glicose acima de 250, cetonemia/cetonuria (3+/4), pH abaixo de 7,3 e HCO3 abaixo de 15.
Dores abdominais, hálito cetônico, respiração Kusmaul, leucocitose, aumento de creatinina e transaminases e amilase.
Manejo da cetoacidose diabética
reposição hídrica, insulina, potássio, bicarbonato, quando compensa
Reposição hídrica: 1L de NaCl 0,9% na primeira hora. Depois manutenção de 250-500 mL/h, com 0,45% se sódio normal ou alto, e 0,9% se baixo.
Insulinoterapia: Regular, 0,1U/kg em bolus, depois manter 0,1u/kg por hora infusão contínua venosa. Baixar glicemia em 50-80 por hora. Iniciar soro glicosado 5% se chegar em 200.
Potássio: Repor 20-30 mEq em cada litro de reposição. Se K>5,2 adiar o potássio. Se K<3,3 adiar a insulina.
Bicarbonato? Se pH< 6,9 dar 100 mEq.
Compensando: Quando HCO3 > 15. Iniciar dieta e insulina SC, 1-2hs depois retirar a insulina IV.
Paciente após cetoacidose diabética, começa com rinossinusite destrutiva e invasiva. Diagnóstico e tratamento
Mucormicose. Anfotericina B e debridamento.
Critérios estado hiperosmolar hiperglicemico
Glicemia acima de 600
Osmolaridade > 320
pH acima de 7,3 e HCO3 acima de 18 (não é acidose, mas o tratamento segue os mesmos princípios).
Agentes mais comuns na endocardite (nativa aguda, subaguda e protética)
Nativa - subaguda: Streptococcus viridans (o mais comum), Enterococcus faecalis, Streptococcus gallolyticus (ou bovis)
- Aguda: Staphylococcus aureus (o mais comum no usuário de drogas).
Valva protética - <2m da troca: Staphylococcus epidermidis e S. aureus.
- >1ano dá troca: igual a nativa.
Critério de Duke
Maiores: -Hemocultura (duas com agente típico, ou persistentemente positivo com atípico, ou uma com Coxiella burneti, ou até uma sorologia positiva para Coxiella).
- Ecocardiograma (vegetação ou abscesso ou deiscência ou regurgitação nova)
menores: Fator predisponente (ex: uso de drogas), Febre (38°), Fenômenos vasculares (aneurisma micotico, manchas de Janeway), Fenômenos imunes (manchas de Roth, GANDA, Osler, FR+), Hemocultura positiva que não fecha critério maior
2 M, ou 1M + 3m, ou 5m para fechar endocardite infecciosa.
Tratamento inicial (empírico) das endocardites infecciosas
Valva nativa: Penicilina + Oxacilina + Gentamicina
Usuário de drogas: Vancomicina + Gentamicina
Valva protética: Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina.
Por 4-6 semanas.
Profilaxia de endocardite infecciosa pré procedimento
quando, quem , como
quando: procedimento em gengiva/dentes, ou procedimentos com perfuração oral ou respiratória.
Quem: EI prévia, prótese valvar, cardiopatia cianotica não reparada, cardiopatia congênita com correção incompleta.
Com o quê: Amoxi 2g VO 1h antes do procedimento
Indicações de tratar bacteriúria assintomática
Grávida
Procedimento urológico invasivo
Tratamento pielonefrite
Não complicada (trato urinário normal): Ciprofloxacina, levofloxacino, ceftriaxona.
Complicada (cateter, cálculo, abscesso, anormidade do trato…): Pipe/Tazo, Cefepime, Imipenem.
Por 10 a 14 dias
Diferenciação Erisipela x Celulite
Erisipela: tecido superficial, bastante vermelhidão, borda bem definida, dor intensa. Agente é o pyogenes, tratar com penicilina.
Celulite: tecido profundo, rósea, bordas imprecisas, dói. Agente S. pyogenes ou S. aureus, tratar com cefalosporina de 1° (cefalexina/cefazolina) ou Oxacilina.
Osteomielite, agentes e antibiótico
Aureus (o mais comum). Oxacilina/Cefazolina/Vancomicina
Salmonella (falcemico). Ceftriaxona.
Pseudomonas (lesão penetrante no pé). Cefepime/Ceftazidime.
Por 4-6 semanas. 6-8 se for vertebral.
Febre de origem obscura (definição e causas)
Febre há mais de 3 semanas, sem imunodeficiência, com diagnóstico incerto apesar de uma semana de investigação ambulatorial.
Causas: neoplasias, doenças inflamatórias não infecciosas (arterite temporal…), infecções (abscessos, tb extra pulmonar…), medicações (fenitoína)
Abscesso hepático piogênico, apresentação e tratamento
Febre, dor em HCD, icterícia (exceto se amebiano). Aumento de enzimas canaliculares, transaminases, Brb, hipoalbumina, bastonetose, anemia.
Tratamento é drenagem (exceto se amebiano) + cefalosporina de 3° + metronidazol
Neoplasias definidoras de AIDS
Sarcoma de Kaposi
Linfoma não Hodgkin
Câncer de colo uterino
Nefropatia do HIV
Glomeruloesclerose Focal e Segmentar (GEFS)
Doenças definidoras de AIDS
Candidíase esofágica/traqueal, pneumocistose pulmonar, micoses disseminadas.
Tuberculose extra pulmonar
Doença por CMV (exceto fígado, baço e linfonodos)
Ca cervical invasivo, linfoma não Hodgkin, linfoma 1° de SNC, Kaposi
Neurotoxo, reativação de chagas
Encéfalo/cardio/nefropatia por HIV
Diagnóstico de HIV
<18 meses: 2 cargas virais positivas, ou 1 carga viral + 1 DNA pró viral.
>18m: Um imunoensaio ou dois testes rápidos positivos. Então confirmação com Teste molecular (carga viral RNA) (no imunoensaio positivo, além do teste molecular, será solicitada nova amostra para mais um imunoensaio “só pra garantir que não trocaram o exame”)
Discordâncias são tiradas a dúvida com Western Blot.
Esquemas de tratamento inicial do HIV (4)
3 drogas: TDF + 3TC +…
Dolutegravir (DTG), primeira linha após 12 anos;
Efavirenz (EFV), intolerância, gestante, <12anos;
Raltegravir, tuberculose grave;
Atazanavir (ATZ/r), em profilaxia pós exposição
Definição de falha virologia no HIV
Carga viral detectável após 6 meses de TARV. precisa genotipar.
Profilaxia pós exposição de risco para o HIV
Em até 72 horas (ideal 2h)
Testes rápidos no pcte e na fonte. Se paciente (-) e fonte (+ ou desconhecida): profilaxia com TDF + 3TC + ATZ/r por 28 dias.
Doenças pulmonares no HIV
Pneumonia bacteriana (continua sendo o mais comum, e com incidência aumentada)
Pneumocistose
Tuberculose
Pneumocistose, apresentação e abordagem
pcte HIV, cd4 < 200, com candidíase oral, apresentando HIPOXEMIA importante, LDH alto, infiltrados difusos bilaterais. DX por escarro ou lavado.
Tto Sulfametoxazol + trimetropim. Corticóide oral se PaO2 < 70
Indicações de profilaxia da pneumocistose no paciente HIV +
CD4 < 200
Cândida oral
Febre > 2 semanas
Com SMX + TMP
Paciente com DX recente de TB é de HIV, como iniciar as terapias
Primeiro com RIPE. Postergar a TARV por pelo menos 2 semanas.
Se CD4 > 350 ou Tb neurológica, postergar TARV por 8 semanas.
Profilaxia da Tb no paciente HIV
PPD deve ser realizado anualmente
Tomar 180 doses de Isoniazida se:
Prova tuberculínica >= 5mm
Contato domiciliar bacilífero, independendo a PT
PT era >5 mas diminuiu, sem tratamento.
RX com cicatriz de Tb, sem nunca ter tratado, independente da PT.
Doenças neurológicas no HIV (5)
Meningite criptocócica Neuro toxoplasmose Linfoma primário de SNC Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva Encefalite difusa pelo HIV
Meningite Criptocócica, apresentação e abordagem
Paciente HIV, CD4<100, quadro subagudo de febre, cefaléia, confusão mental, sem sinais meningeos. Liquor com mononucleares, fungo corado por nanquim ou antígeno achado com prova de látex. Tratado com Anfotericina B por 2 semanas, e então fluconazol 10 semanas.
Neuro Toxoplasmose, apresentação, imagem típica e tratamento
paciente HIV, CD4<100, com sinais neurológicos focais (hemiparesia, convulsão…).
Tc de crânio com lesões hipodensas, edema ao redor e realce em anel no contraste.
Tratar com Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folinico.
Neuro Toxoplasmose, apresentação, imagem típica e tratamento
paciente HIV, CD4<100, com sinais neurológicos focais (hemiparesia, convulsão…).
Tc de crânio com lesões hipodensas, edema ao redor e realce em anel no contraste.
Tratar com Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folinico.
Vírus relacionado ao Linfoma primário de SNC
Ocorre no paciente imunodeprimido, pelo EBV.
Causas de diarreia crônica no HIV
Criptosporidium (pega via biliar)
Isospora (faz eosinofilia)
Micobacterium avium
CMV (faz retinite em katchup com queijo)
Lesões esofágicas no HIV (3)
Candidíase (o mais comum, placas brancas não aderidas)
CMV (úlcera grande e plana, biópsia com inclusões citomegálica)
HSV (vesículas e úlceras múltiplas de bordos elevados
Síndrome de Pancoast (tríade)
Dor torácica
Compressão de plexo braquial
Síndrome de Horner (ptose, miose, anidrose, rubor)
Intervalo QT curto, 3 hipóteses
Hipercalcemia, hipercalemia ou digital.
NEM 2a e NEM 2b
NEM 1
Ambos os NEM2: Carcinoma Medular de Tireóide + feocromocitoma.
2a: Hiperparatireoidismo
2b: neuromas
NEM 1: tumor de paratireoide, gastrinoma, prolactinoma
Síndrome de Lynch
Hereditária autossômica dominante
Câncer colorretal hereditário sem polipose.
Também associado a AdenoCA de endométrio, ovário, delgado, estômago, pâncreas, via biliar e trato urinário superior.
Bloqueio de ramo direito + hemibloqueio anterior esquerdo é típico de…
Doença de Chagas
Paciente com dermatomiosite com uma recidiva que não controla com medicação. Hipótese?
Neoplasia com manifestação paraneoplásica de dermatomiosite.
síndrome de Trousseau
tromboflebites migratórias, síndrome paraneoplásica (ex: câncer de pâncreas)
Febre aguda, inespecífica, no segundo a sexto dia evolui com exantema maculo papular que predomina em mmii e pega palmas e plantas
Febre maculosa
Agente: Rickettsia rickettsii
Vetor: carrapato Amblyomma
Sinais de alarme na dengue
Hipotensão postural ou lipotímia, aumento progressivo do hematócrito, acúmulos de líquidos (ascite, derrame pleural, pericárdico)
Dor abdominal intensa e continua, ou dor à palpação abdominal. Hepatomegalia > 2cm. Letargia ou irritabilidade. Vômitos persistentes.
Sangramento de mucosas
Critérios dengue grave
Choque, insuficiência respiratória
Sangramento grave (melena, hematemese, SNC)
Miocardite, encefalite.
Como fazer prova do laço
Desenhar uma área de 2,5 x 2,5 no antebraço
Medir PA, calcular a média da PA.
Deixar insuflado na media da PA por 5 minutos (adulto) ou 3 minutos (criança)
Positivo se o número de petéquias for 20 (adultos) ou 10 (crianças)
Classificação da dengue em grupos, para manejo clínico
A: Sem sinais de alarme, condições especiais, risco social ou comorbidades
B: Sangramento de pele, ou prova do laço positivo, ou risco (social, extremo de idade, comorbidades, gestante)
C: Sinais de alarme
D: sinais de dengue grave
Manejo da dengue por grupo
A: hidratação oral domiciliar 60ml/kg ao dia, sendo 1/3 de solução salina. Orientações
B: Pedir hemograma, começar hidratação como na A. Deixar em observação até o resultado do exame, seguir conduta conforme este
C: Hidratação venosa hospitalar 20mL/kg em 2 horas, repetido até 3 vezes. Reavaliar. Manutenção de 25ml/kg em 6-8, ou manejar como D se nao melhorar.
D: Em UTI. 20mL/kg em 20 minutos. Repetir até 3 vezes. Se não melhorar, considerar hemaceas, albumina, plasma. Se melhorar, abordar como C.
Exames de diagnóstico para dengue
Obrigatório confirmar em pacientes a partir do grupo B. Ou para qualquer caso suspeito mas fora de período epidêmico.
Do primeiro ao quinto dia de doença: isolamento viral, PCR ou NS1 (só até terceiro dia).
A partir do sexto dia: teste sorológico (IgM).
2 doenças que fazem sinal de Faget
Febre amarela e Tifóide
Febre de início agudo com ictericia, aumento de transaminase, lesão renal aguda, hematemese
Febre amarela