Gestação ectópica Flashcards
O que é gestação ectópica?
A gestação ectópica corresponde a qualquer gestação com implantação e desenvolvimento do ovo fora da cavidade uterina.
O que é gestação heterotópica?
A gestação heterotópica corresponde a gestações tópica e ectópica simultâneas. Sua incidência tem aumentado com o advento do desenvolvimento de técnicas de reprodução humana.
Quais os tipos de gestação ectópica?
Tubária, ovariana, abdominal ou peritoneal, cervical e na região da cicatriz de cesárea.
Quais os tipos de gestação ectópica tubária?
Fimbrial, ampolar, ístmica e intersticial (mais grave). A maioria das gestações ectópicas tubárias ocorrem na ampolas das tubas uterinas.
Qual a epidemiologia da gestação ectópica?
A gestação ectópica acomete indivíduos do sexo feminino entre 30 e 40 anos de idade, multíparas, com histórico de infertilidade e/ou de gestação ectópica prévia e maior quantidade de infecções vaginais.
Qual a etiologia da gestação ectópica?
- Fatores tubários: Salpingite crônica, anormalidades (divertículos, óstio acessório, óstio pequeno, atresia, comprimento aumentado, tortuosidade), microcirurgia tubária, laqueadura, endometriose, compressão extrínseca.
- Anomalias embrionárias: Cromossomopatias, malformações.
- Fatores ovarianos: Transmigração, indução da ovulação, fecundação de óvulo não liberado.
- Hormônios exógenos: Métodos anticoncepcionais de progestagênio.
Qual a evolução das gestações ectópicas?
A maioria das gestações ectópicas apresenta resolução espontânea, com a morte do embrião e reabsorção de seus componentes devido à implantação, geralmente, em locais inadequados quanto ao suprimento sanguíneo e à estrutura. Em casos em que a gestação ectópica progride, ela pode evoluir para ruptura de estruturas e hemorragia, com abdome agudo hemorrágico.
Quais as manifestações clínicas de uma gestação ectópica?
Dor abdominal à palpação, atraso ou irregularidade menstrual e sangramento uterino escasso.
Quais as manifestações clínicas da ruptura de estruturas?
Sinais de hemorragia interna (palidez cutânea, taquicardia, descompressão brusca positiva, distensão abdominal), reflexo doloroso em região subescapular minutos a horas após a ruptura tubária (sinal de Laffont positivo), coloração azulada da região periumbilical (sinal de Cullen-Hellendal), dor muito intensa ao exame ginecológico (sinal de Proust ou grito de Douglas).
Quais exames complementares podem ser realizados?
Dosagem de β-hCG, ultrassonografia, culdocentese (punção com agulha grossa em fundo de saco de Douglas), biópsia de endométrio (reação de Arias-Stella). A concentração de β-hCG em casos de gestação ectópica tende a ser menor do que a observada na gestação tópica evolutiva da mesma idade.
Quais os diagnósticos diferenciais da gestação ectópica?
Abortamento de gestação tópica, torção/ruptura de cisto ovariano, salpingite, apendicite, pancreatite, colecistite, endometriose, leiomioma subseroso.
Qual o tratamento clínico das gestações ectópicas?
Se a paciente estiver estável, ela permanece em observação para determinação do desfecho da gestação ectópica, que pode apresentar resolução espontânea a partir da involução do concepto. Se isso não acontecer, é utilizado o fármaco antifolínico metotrexato. Quanto menor a idade gestacional, mais eficiente é o tratamento com metotrexato.
Qual o tratamento das gestações ectópicas?
Salpingectomia (tratamento radical) ou salpingostomia, ou seja, à retirada do concepto da tuba uterina (tratamento conservador que pode estenosar a tuba uterina).
Quais fatores influenciam o tratamento da gestação ectópica?
Integridade das membranas, idade gestacional, local de implantação do embrião, idade da paciente, paridade, interesse em manter a capacidade reprodutiva, condições locais, condições gerais, existência de tuba uterina contralateral sadia.
Como o acompanhamento deve ser realizado?
Após o tratamento, a paciente é acompanhada semanalmente com dosagem de β-hCG e coagulograma. Também é realizada a ultrassonografia. Após a primeira menstruação após a gestação ectópica, é realizada a histerossalpingografia para analisar as condições do sistema reprodutor feminino.