Gestação Flashcards
Categoria 1 da cardiotocografia
● FC entre 110-160 bpm (linha de base do laudo - a faixa dentro da cor);
● Variabilidade entre 6 - 25 bpm;
1. Excetuando aceleração transitória e desaceleração;
2. A aceleração transitória é marcada por uma aumento de FC fetal, em 15 bpm, por 15 segundos, em fetos > 32 semanas. Antes de 32 semanas, ela é uma subida de 10 bpm em 10 segundos.
● Desacelerações de bom prognóstico.
Conduta: seguimento.
Categoria 3 da cardiotocografia e conduta
● Variabilidade ausente;
+
● Desacelerações tardias (tipo 2) recorrentes;
● Desacelerações variáveis (umbilical) recorrente de mau prognóstico;
● Bradicardia fetal;
1. BCF < 110 bpm, por 10-20 minutos pelo menos (caso contrário, é uma desaceleração, não uma bradicardia)
● Padrão sinusoidal: sinal de anemia fetal grave;
1. Quadro de hipoxemia grave, com alto risco de óbito intraútero
Conduta: parto pela via mais rápida
Desaceleração Tipo 1 ou precoce
- Queda gradual e simétrica;
- O Nadir coincide com o pico da contração;
- Causa: compressão do polo cefálico (reflexo vagal).
Desaceleração Tipo 2 ou tardia
- Queda gradual e simétrica;
- Nadir após contração;
- Hipóxia e sofrimento fetal;
- Imagem abaixo: Padrão sinusoidal (anemia fetal grave - Não há concordância entre os traçados de nadir e de contração).
Tipo 3 ou umbilical ou variável
- Queda abrupta de frequência cardíaca fetal;
- Decorrente de compressão funicular;
- Pode, ou não, estar associada à sofrimento fetal;
- Imagem abaixo: Desaceleração profunda, FC < 60 bpm, recuperação da linha de base menor que anterior.
Categoria 2 da cardiotocografia e conduta
Marcada por alterações que não se enquadram em nenhuma das duas categorias citadas.
Medidas de ressuscitação intrauterina - em até 30 minutos -> ausência de melhora? = resolução da gestação pela via mais rápida;
1. O2 – em MNRI, principalmente
2. DLE;
3. Hidratação;
4. Taquissistolia;
5. Glicemia?
Forma de avaliar a acidose fetal
Avaliação do ducto venoso: se índice de pulsatilidade venoso (IPV) acima de 1,5 ou onda A negativa (reversa) -> indica resolução da gravidez.
* DV com IPV entre 1 e 1,5 permitem a realização de corticoide para maturação pulmonar fetal em fetos com idade gestacional inferior à 34 semanas.
Utilidade do doppler da artéria cerebral média (ACM)
Avalia a resposta fetal à insuficiência placentária, mas não indica sofrimento fetal agudo e, em geral, não define a conduta
Utilidade do doppler das artérias umbilicais
Reflete a resistência placentária, que pode estar aumentada por placentação inadequada, infartos e/ou trombose do leito placentário.
Quando pelo menos 70% da placenta apresenta lesões vasculares observa-se fluxo ausente (diástole zero) ou reverso (diástole reversa).
Definição de ABORTAMENTO
○ É a interrupção da gestação antes de 20 - 22 semanas e/ou feto com peso ≤ 500 gramas. Ou seja, perderum feto de 400g com 24s é abortamento!
Classificação:
○ Precoce: Até 12 semanas;
○ Tardio: Após 12 semanas;
○ Espontâneo ou Induzido.
Tipos de abortamento
○ Ameaça;
§ Sangramento em pequena quantidade;
§ Colo uterino fechado;
§ Saco gestacional, com ou sem embrião na cavidade uterina.
○ Retido;
§ Sangramento em pequena quantidade;
§ Colo uterino fechado;
§ Gestação inviável.
○ Incompleto;
§ Sangramento em moderada ou grande quantidade;
§ Colo uterino aberto;
§ Presença de conteúdo na cavidade uterina;
● Endométrio ≥ 15mm.
* O certo é tomar uma conduta: exemplo: curetagem
○ Completo;
§ Sangramento em moderada ou grande quantidade, que reduz;
§ Colo uterino fechado ou aberto;
§ Ausência de conteúdo na cavidade uterina.
● Endométrio < 15mm.
○ Infectado;
§ Qualquer um dos anteriores, com sinais clínicos de infecção.
*Aborto inevitável:
○ Há dilatação do colo uterino, ao exame físico;
○ Percepção das membranas ou embrião ao toque;
○ Demonstra sangramento, cólica e útero compatível com a idade gestacional;
○ Prescinde de ultrassonografia!
○ É necessária uma conduta ativa pelo profissional da saúde!
Tratamento para cada tipo de ABORTAMENTO
○ Gerais:
§ Avaliar a estabilidade hemodinâmica;
§ Fazer a tipagem sanguínea;
§ Outros exames:
● Sorologia para HIV e sífilis;
● Sorologia para hepatites.
§ Avaliar a administração de Imunoglobulina anti-D;
● Se o pai for Rh positivo e a mãe Rh negativo.
§ Orientar a contracepção e acolher as pacientes!
○ Na ameaça:
§ Vigilância clínica;
§ Orientações gerais.
○ No retido:
§ Conduta expectante;
● Esperar a eliminação em até 28 dias.
§ Conduta Ativa;
● Misoprostol + curetagem ou AMIU (aspiração manual intrauterina);
1. Observação: pacientes com IG > 12 semanas, há o risco da presença de espículas ósseas;
2. Dessa forma, deve-se eliminar o produto conceptual antes de curetar / aspirar, pelo alto risco de perfuração intrauterina.
○ No tipo incompleto:
§ Curetagem ou AMIU. Não é necessário fazer preparo pois o colo já está aberto.
○ No completo:
§ Não há necessidade da conduta expectante ou curetagem;
§ Seriar beta-hCG: se não houver material para anatomopatológico. Costuma negativa em no máximo até 1 mês.
○ No infectado:
§ Esvaziamento + antibioticoterapia;
● Gentamicina + ampicilina + (clindamicina ou metronidazol), por 48 horas.
§ Medidas para sepse, se necessário.
Investigação de abortamento de repetição
§ Realizar o cariótipo do casal;
§ Investigar doenças sistêmicas/metabólicas;
● Glicemia de jejum;
● TSH;
● Obesidade.
§ Avaliar hábitos e vícios;
§ Realizar a avaliação anatômica:
● USG tranvaginal + HSC (histeroscopia) ou HSG
(histerossalpingografia);
● RNM (ressonância magnética) de pelve.
§ Investigar Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAAF):
● Anticorpos anti-cardiolipina + anti-B2-glicoproteína-1 + anticoagulante lúpico;
● Em caso de alteração de algum dos exames: repetir a dosagem em, pelo menos, 12 semanas.
Conduta na gestação ectópica
○ Tratamento expectante:
§ Quando posso fazer?
● GE (gestação ectópica) íntegra de até 4 cm (ou 5 cm);
● Ausência de batimentos cardiofetais (BCF);
● Líquido livre limitado à pelve;
● Beta-hCG < 5000 mUI/mL (ou 2000 mUI/mL) e em queda.
○ Tratamento medicamentoso (metotrexato):
§ Quando posso fazer?
● GE (gestação ectópica) íntegra de até 4 cm (ou < 3,5 cm);
● Ausência de BCF;
● Líquido livre limitado à pelve;
● Beta-hCG < 5000 mUI/mL e crescente.
§ Critérios para uso do metotrexato:
● Estabilidade hemodinâmica;
● Desejo reprodutivo;
● Consentimento da paciente.
§ Contraindicações ao uso do metotrexato;
● Recidiva ectópica na mesma tuba;
● Amamentação;
● Alteração das enzimas hepáticas ou creatinina;
● Impossibilidade de seguimento.
○ Cirúrgica:
§ Laparoscopia: preferência, se estabilidade hemodinâmica;
§ Laparotomia: preferência, se instabilidade hemodinâmica.
Dx diferenciais da DOença Trofoblástica Gestacional
Cinco entidades clínicas – diagnósticos diferenciais;
○ Mola hidatiforme - é mais comum;
§ Completa ou parcial.
○ Formas malignas (NTC);
§ Mola invasora;
§ Coriocarcinoma;
§ Tumor trofoblástico do sítio placentário;
§ Tumor trofoblástico epitelióide.
Tipos e características das molas hidatiformes
○ Potencial de malignização;
§ 10 – 20%: completa;
§ 4 – 8%: incompleta.
○ Completa:
§ Cariótipo diplóide de origem paterna;
● Óvulo vazio + 1 spz (espermatozóide) duplicado ou 2 spz: 46, XX
em 90% dos casos;
● Sem óvulo = sem embrião.
○ Parcial:
§ Cariótipo triplóide de origem paterna;
● Óvulo haplóide + 1 spz duplicado ou 2 spz: 69, XXX; 69, XXY;
69, YYY.
§ Presença do feto; há menos vesículas e apresenta um diagnóstico mais tardio
Fluxo de tratamento da Mola Hidatiforme
§ Conduta principal: esvaziamento + seguimento pós-molar;
● Esvaziamento uterino:
1. Dilatação mecânica;
2. Uso de ocitocina;
3. Aspiração;
4. Misoprostol – não usar!
§ Conduta cirúrgica: HTA / HTL profilática;
● Considerar em:
1. Pacientes > 40 anos e com prole constituída.
Seguimento clínico da Mola Hidatiforme
§ Dosagem semanal/quinzenal de beta-hCG;
§ Após 3 valores normais (negativos): dosar mensalmente por 6 meses.
OBS.: Contracepção! ACOH é o ideal! Gravidez somente se 6 meses de b-hCG negativo!
Progressão para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG)
Quando suspeito de neoplasia?
● Elevação BhCG (≥ 10%) em três dosagens ou mais: dias 1, 7 e 14;
● Platô (< 10%) em 4 ou mais aferições em mais de três semanas: dias 1, 7, 14 e 21.
OBS.: Para tais casos, é importante repetir o exame físico e ginecológico, USG transvaginal e radiografia de tórax.
● Diagnóstico histológico de coriocarcinoma.
ATENÇÃO! Se coriocarcinoma ou metástase pulmonar: proceder com ressonância magnética de sistema nervoso central e de abdome.
Características do DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA
○ Sangramento vaginal – moderado a intenso, escuro. Ou pode estar ausente!
○ Dor abdominal;
○ Hipertonia;
○ Contrações aumentadas – pode demonstrar taquissistolia;
○ Altura uterina (AU) aumentada;
§ Aos casos com sangramento oculto.
○ Sofrimento fetal;
○ Hemoâmnio.
O diagnóstico é clínico
Conduta:
1º: Amniotomia
2°: Manter a estabilidade hemodinâmica, e avaliação se o feto está vivo;
§ Paciente instável? Feto vivo?
● Parto pela via mais rápida. Normalmente, é por meio da cesárea, contudo é preciso analisar caso a caso.
§ Paciente estável? Óbito fetal?
● Preferir parto por via vaginal.
Características da PLACENTA PRÉVIA
*A placenta que se encontra no segmento inferior do útero após o período de 28 semanas de gestação
○ Sangramento vaginal progressivo, recorrente, de aspecto vermelho-vivo;
§ Tende a ser indolor;
§ Podem haver contrações associadas
○ Ausência de sofrimento fetal; no geral;
○ Tônus uterino normal.
Dx por ULTRASSONOGRAFIA!
*Não realizar toque vaginal diante da suspeita ou confirmação de placenta prévia.
ATENÇÃO! Na presença de sangramento, caso a mãe seja Rh – e o pai seja Rh +
administrar Imunoglobulina anti-D.
○ Planejamento do parto:
§ Programação da cesárea;
§ Período: a partir 36a - 36a e 6 dias de gestação;
§ Caso haja inserção baixa, pode-se tentar o parto por via vaginal;
§ Deve-se evitar a incisão placentária.
Características do Acretismo Palcentário
Principal fator de risco: cesárea anterior
○ Manifestações clínicas: Em geral, é “uma placenta prévia que não sangra”;
Dx: USG TV ou RNM (especialmente na placenta posterior)
○ Conduta
§ Planejamento do parto: 36° semana;
§ Demais condutas:
● Estimar o risco de infiltração de outras estruturas;
● Reserva de sangue;
● Preparar equipe para protocolo de transfusão maciça;
● Diálogo com o paciente e familiares.
Características da Rotura Uterina
Fatores de risco:
○ Rotura em gestação anterior;
○ Incisão miometrial prévia;
§ Especialmente nos casos com miomectomia.
○ Uso de ocitocina, com fase ativo prolongada;
○ Trauma abdominal (automobilístico, versão cefálica externa);
○ Fraqueza intrínseca:
§ Ehlers-Danlos tipo IV;
§ Malformação mulleriana.
○ Parto obstruído (desproporção céfalo-pélvica), taquissistolia.
Exame físico e sinais clínicos – Antes do rompimento uterino;
○ Sinal de Bandl: refere a presença de anel de constrição patológico;
§ Gera o “sinal da ampulheta”
ESíndrome de Bandl-Frommel – caracteriza a iminência de rotura, manifestada através de dor intensa em segmento inferior e, em alguns casos, bradicardia fetal associada
Após o rompimento uterino:
○ Desaparecimento da apresentação fetal ao toque vaginal;
○ Alívio da dor por interrupção das contrações choque hemorrágico;
○ Ausência de batimento cardiofetais (BCF);
○ Sinal de Laffont: dor escapular, por irritação do nervo frênico;
○ Sinal de Cullen: hematoma periumbilical.
Conduta:
○ À cessação das contrações uterinas: proceder com parto pela via mais rápida!
§ Há grande de necessidade de histerectomia;
§ Prover suporte hemodinâmico.
Características da Rotura de VASA PRÉVIA
Definição: são vasos que se posicionam entre a apresentação e o orifício interno do colo
Manifestações clínicas:
○ Sangramento de início súbito;
§ Em geral, é indolor;
§ Normalmente, pode ocorrer após a amniotomia.
OBS.: A origem do sangramento é fetal!
Diagnóstico:
○ Inspeção da placenta;
○ Ultrassom com dopplerfluxometria.
Conduta:
○ Cesárea eletiva com 36 semanas;
§ Quando houver diagnóstico precoce.
○ Cesárea de emergência;
§ Caso o diagnóstico seja dado durante o trabalho de parto, com sofrimento fetal;
§ A via vaginal não é ideal, nesses casos.
Características da Rotura do SEIO MARGINAL
É a rotura da periferia do espaço interviloso;
§ É denominado seio marginal
Quadro clínico:
○ Manifesta-se por meio de:
§ Sangramento súbito periparto;
§ Não há presença de demais sintomas associados.
OBS.: A origem do sangramento é materna!
Diagnóstico
○ É dado através da histopatologia.
Conduta
○ Vigilância clínica;
○ Monitorização materno-fetal.
Características da consulta pré-concepcional
§ Ácido fólico 5 mg, VO, 1x ao dia - com início cerca de 60 – 90 dias antes da concepção.
○ Vacinação:
§ Rubéola;
§ Sarampo;
§ Hepatites;
§ Tétano.
○ O intervalo intergestacional recomendado é de 2 anos
● Identificação dos riscos:
○ Diabetes mellitus;
§ Controle glicêmico;
§ Substituição dos hipoglicemiantes orais.
OBS.: A gestação com HbA1c ≥ 6,5% prediz maior risco de malformações fetais.
○ Hipertensão arterial crônica;
§ Adequação das drogas anti hipertensivas;
§ Avaliação das lesões de órgão-alvo.
○ Epilepsia;
§ Orientação para monoterapia e uso de droga com menor potencial
§ O fenobarbital está associado a menor risco de malformações fetais.
○ Infecção por HIV;
§ Recuperação dos linfócitos TCD4;
§ Redução da carga viral.
○ Doença falciforme (rastreamento em mulheres com HF).
Periodicidade de Pré-Natal de qualidade
○ Periodicidade;
§ Mensais até 28° semana;
§ Quinzenais entre 28 – 36 semanas;
§ Semanais no termo.
Regra de Naegele
a partir da data da última menstruação
1. Dia da última menstruação + 7;
2. Mês da última menstruação – 3.
● Exemplos:
1. DUM 13/09/2022: DPP 20/06/2023;
2. DUM 02/02/2023: DPP 09/11/2023;
3. DUM 27/01/2023: DPP 03/11/2023.
Manobra de Leopold
Composta de 4 tempos:
1. Palpação do fundo uterino;
2. Palpação lateral;
3. Palpação da apresentação fetal;
4. Identificação de insinuação fetal.
Exames da 1° Consulta de Pré-Natal
○ 3 exames de sangue;
○ 3 pares de sorologias;
○ 3 orifícios.
○ Segundo o Ministério da Saúde;
§ Exames de sangue:
● Hemograma;
● Tipagem sanguínea + fator Rh;
● Coombs indireto;
● Glicemia de jejum.
§ Sorologia:
● HIV + sífilis;
● Toxoplasmose (IgG e IgM);
● Hepatite B.
§ Exames orificiais:
● Urina tipo 1 e urocultura;
● Colpocitologia oncótica;
● Protoparasitológico de fezes.
○ Segundo a FEBRASGO:
§ Em adição aos exames recomendados pelo Ministério da Saúde, solicitar:
● T4 livre + TSH;
● Sorologia de rubéola e CMV;
● Ferritina sérica;
● Hemoglobina glicada.
○ Situações especiais – recomendação do MS:
§ Eletroforese de hemoglobina: antecedentes de anemia falciforme ou anemia crônica;
§ Exame de secreção vaginal.
Outros exames do 2° trimestre de gestação
§ Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75g de dextrosol:
● Solicitar entre 24 – 28 semanas;
● Durante o teste, aferir glicemia em jejum, após 1 hora e após 2 horas.
§ Coombs indireto;
● Se for Rh negativo: repetir mensalmente até 28 semanas.
§ Toxoplasmose:
● Se suscetível: solicitar sorologias mensalmente ou, no máximo, a cada 2 meses.
Exames do 3° trimestre de gestação
§ Hemograma;
§ VDRL + anti-HIV + sorologia para hepatite B (HbsAg);
§ Urocultura + urina tipo 1;
§ Rastreio de Estreptococo do grupo B, vaginal e anal:
● Entre 36 sem 0/7 dias – 37 sem 6/7 dias de gestação.
USG na gestação
● Ultrassom obstétrica inicial:
○ Período: 6 – 9 semanas;
○ É útil para:
§ Diagnóstico da gravidez/evolutiva;
§ Datação;
§ Diferenciar gestação tópica de ectópica;
§ Única ou múltipla;
§ Corionicidade.
● Ultrassom morfológica do 1° trimestre;
○ Período: 11 – 14 semanas;
○ É útil para:
§ Rastreio de risco de cromossomopatias:
● Medida de translucência nucal;
● Fluxo do ducto venoso – demonstra padrão trifásico (Se onda A ausente ou reversa: sugere cromossomopatias);
● Identificação do ossículo nasal.
● Ultrassom morfológica do 2° trimestre;
○ Período: 18 – 24 semanas;
○ Avalia toda a morfologia do feto;
○ É capaz de aferir a medida do comprimento do colo uterino, normal se ≥ 2,5 cm.
○ Avaliação da placenta.
● Ultrassom obstétrica do 3° trimestre;
○ Período: 34 – 36 semanas;
○ Demonstra a apresentação fetal;
○ Avaliação da vitalidade fetal (através da Dopplervelocimetria e ILA);
○ Peso fetal estimado.
Ecocardiograma fetal:
○ Período: 22 – 28 semanas;
○ Indicações:
§ Idade materna avançada;
§ Diabetes mellitus pré-gestacional;
§ Antecedente de outro filho com cardiopatia congênita;
§ Cardiopatia congênita materna;
§ Doenças reumatológicas com anti-Ro/anti-La positivos;
§ Ultrassom morfológico alterado;
§ Cariótipo alterado;
§ Gestação de FIV;
§ Medicações: carbamazepina, lítio, iECA, varfarina.
Vacinas seguras na gestação
○ Tétano, difteria e coqueluche acelular – dTPa:
§ A partir da 20° semana de gestação.
○ Influenza:
§ A qualquer momento da gestação;
§ Em geral, assim que possível, durante a campanha anual do Ministério da Saúde.
○ Hepatite B:
§ 3 doses: em mulheres sem imunização prévia;
● Segunda dose: 1 mês após a dose inicial;
● Terceira dose: 6 meses após a dose inicial.
○ Covid-19:
§ Butantan/SinoVac Biotech – vírus inativado;
§ Pfizer Biotech – vacina de RNA mensageiro incorporado em nanopartículas lipídicas capazes de codificar a proteína S (Spike) do
SARS-CoV 2.
OBS.: A partir de 2017, o Ministério da Saúde emitiu recomendação para a vacinação de febre amarela para as gestantes que vivem em áreas endêmicas.
OBS.: A vacina contra Meningo A e ACWY é permitida em vista às situações de risco; enquanto que a Meningo B ainda não tem estudos suficientes para sustentar a administração segura na gestação.
OBS.: A vacina contra raiva humana segue a mesma recomendação de risco das demais.
OBS.: A vacina para pneumococo é indicada a todas as pacientes com alto risco para infecção grave, independentemente da gestação.
Hiperglicemia na gestação
§ DMG se :
● Medição inicial: ≥ 92 mg/dL;
● Medição na 1° hora: ≥ 180 mg/dL;
● Medição na 2° hora: ≥ 153 mg/dL.
§ Diabetes prévio, se:
● Medição inicial: ≥ 126 mg/dL;
● Medição após 2 horas: ≥ 200 mg/dL.
§ Na impossibilidade de realização do TOTG-75g: proceder com a repetição da glicemia de jejum entre 24 – 28 semanas.
ITU na gestação
○ Bacteriúria assintomática:
§ Quando urocultura ≥ 100.000 UFC;
§ Toda bacteriúria assintomática deve ser tratada na gestante!
● Sem o tratamento adequado, cerca de 20% evoluem para cistite e infecções mais graves.
○ Cistite – Urocultura positiva com sintomas urinários:
§ Conduta:
● Urocultura + antibiograma pré e pós-tratamento (em 7 dias);
● A repetição do quadro prediz profilaxia até o parto.
§ Profilaxia – 2 ou mais episódios de cistite ou 1 episódio de pielonefrite;
● Nitrofurantoína 100 mg/dia;
1. Alguns guidelines não recomendam o uso a partir de 37 semanas de gestação, pelo risco aumentado de icterícia neonatal.
● Cefalexina 250 - 500 mg/dia.
Toxoplasmose na gestação
○ Atualização em 2022!!!
§ Em relação ao anticorpo IgM materno contra o toxoplasma: na suspeita de infecção, deve-se iniciar a espiramicina;
§ O esquema tríplice deve ser iniciado anteriormente à confirmação do acometimento fetal;
● Válido para os casos de IgM e IgG +, em gestantes ≥ 16 semanas.
○ Esquemas:
§ IgG - / IgM –: gestante suscetível à infecção;
● Conduta:
1. Repetir sorologia para toxoplasmose, mensalmente! No máximo,
de 2 em 2 meses.
§ IgG + / IgM –: gestante imune (infecção prévia);
● Conduta: seguir o pré-natal de baixo risco.
§ IgG - / IgM +: infecção aguda ou falso-positivo;
● Conduta:
1. Iniciar o tratamento com espiramicina;
2. Repetir a sorologia em 2 semanas a fim de observar se houve soroconversão dos anticorpos.
○ Após repetição da sorologia:
§ IgG - / IgM – : não ocorreu soroconversão. Logo, é falso-positivo;
● Conduta: rastreamento pré-natal para toxoplasmose.
§ IgG + / IgM +: infecção aguda ou antiga;
● Para < 16 semanas:
1. Iniciar espiramicina + teste de avidez do IgG;
2. Em caso de elevada avidez: infecção antiga;
3. Em caso de baixa avidez: a infecção pode ter ocorrido no 1° trimestre; demonstra alto risco de transmissão vertical.
Obs.: Os casos de baixa avidez devem ser encaminhados ao pré-natal de alto risco.
● Para ≥ 16 semanas:
1. Inicia-se a pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico;
2. Encaminhamento ao pré-natal de alto risco.
Vitaminas e Suplementos na Gestação
○ Suplementação de ferro:
§ Administrar entre a 20° semana de gestação e o 3° mês pós-parto.
○ Ingestão de polivitamínicos contendo vitamina A deve ser evitada;
○ Suplementação de cálcio:
§ Indicada para gestantes que não consumam produtos lácteos:
§ Dose recomendada: 600 mg/dia.
Lei do Planejamento Familiar (Lei 9.263/1996) e esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes
Apenas mediante autorização judicial!
Prazo mínimo para a esterilização cirúrgica entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico
60 dias!
Pode-se afirmar que mulheres que amamentam, em geral, apresentam retardo do reinício da atividade ovariana por inibição da pulsatilidade das gonadotrofinas hipotalâmicas induzida por:
Hiperprolactinemia!
Dessa forma, a hiperprolactinemia leva a um quadro de hipogonadismo hipogonadotrófico (interfere na secreção de GnRH e LH)