Geral Flashcards
Qual o período de incubação do
sarampo ? E de transmissibilidade ?
8 a 12 dias.
Como é o período prodromico do sarampo ?
Febre alta progressiva + tosse +
conjuntivite com fotofobia + manchas
de Koplik + transmissão por via aérea
A febre no sarampo
Progressiva no período prodromico.
Quando aparece o exantema a febre
começa a diminuir.
Vírus do sarampo:
Morbilivirus da família do paramixovirus.
Mesma família do vírus sincicial
respiratório.
Quais são as três doenças com
transmissão aérea por aerosóis
Sarampo, catapora, tuberculose
Período de transmissão do sarampo
Dos dois últimos dias do período prodromico até o fim do
exantema.
A mancha de Koplik costuma aparecer 48 horas antes do
exantema, então de tiver essa mancha provavelmente ta
transmitindo.
Exantema do sarampo
Morbiliforme. Progressão crânio caudal lenta: primeira dia vai até o
pescoço, segundo até a cintura, no terceiro até o pé.
Descamação furfurácea na convalescença
Complicações neurológicas do sarampo:
Meningoencefalite inespecífica.
Panencefalite esclerosante subaguda: Pode acontecer inclusive
depois da vacina, 7 a 10 anos depois da doença aguda o vírus
que ficou incubado no sistema nervoso central destrói o sistema
nervoso central, não há tratamento
Tratamento do sarampo
Administrar vitamina A.
Bloqueio vacinal: até 72 horas.
Bloqueio com Imunoglobulina para quem não pode
receber vacina: até 6 dias
Marca do período prodromico da
rubéola
Linfonodomegalia: retro auricular,
cervical posterior e/ou suboccipital
Exantema da rubéola
Róseo com progressão rápida.
Sinal de Forschheimer
Placas e petéquias vinho no palato.
Coincide com o exantema na Rubéola.
Não é patognomônico de rubéola, mas é muito
característico.
Qual o grande problema da rubéola
A síndrome da rubéola congênita.
Detalhe: não existe bloqueio pós exposição.
É por esse motivo que a rubéola, assim como o
sarampo, é de notificação imediata
Como é o período prodromico do
exantema súbito
Febre alta SOMENTE por 3 a 5 dias.
Pense nela em lactentes com febre alta que
desenvolvem exantema 12 horas após
defervescência
Outro nome do exantema súbito
Roséola infantil.
Exantema da roséola infantil
Rubeoliforme de progressão rápida e
centrífuga.
É comum ver atrás das orelhas
Incubação do eritema infeccioso
17 a 18 dias.
Vírus do eritema infeccioso
Parvovírus B19.
Eritrovirus, vírus de D-N-A.
Tropismo pela medula óssea.
Exantema do eritema infeccioso
Trifásico: face esbofeteada - eritema rendilhado -
recorrência.
Progressão crânio caudal: primeiro na face depois
em faces extensoras dos membros.
Incubação da varicela:
10 a 21 dias.
As 5 lesões e o exantema da catapora
Mácula - pápula - vesícula - pústula - crosta.
Polimorfismo regional: conseguimos ver as 5 lesões em pequenas regiões
do corpo.
Progressão crânio caudal e distribuição centrípeta.
Lesões importantes em mucosas.
Muito prurido !
Quando trato a varicela com
aciclovir
Endo venoso: imunodeprimidos; gestantes; recém nascido;
varicela progressiva.
Oral: maior de 13 anos; doença cutânea ou pulmonar crônica;
uso de dose não imunossupressora de corticóide; uso crônico
de A-A-S; segundo caso domiciliar.
Bloqueio da varicela
Vacina: até 5 dias.
Imunoglobulina: até 6 dias
Detalhes na indicação de bloqueio da catapora com Imunoglobulina
Contato tem que ser significativo: mais que 1 hora.
Grupos de pacientes: grávidas; imunodeprimidos; recém nascido
prematuro, se maior que 28 semanas depende se a mãe já teve a
doença; recém nascido de mãe na qual a varicela apareceu nos
cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas de nascido
Apresentação clínica do vírus da Zika:
Até todas as lesões chegarem ao
estado de crosta.
Enteroviroses não pólio:
Meningite: ecovirus.
Miocardite: coxsackie B.
Mão pé boca: coxsackie A.
Achados que ajudam no diagnóstico
diferencial entre a faringoamigdalite e a
mononucleose
Mononucleose: Quadro arrastado + linfadenopatia
generalizada e/ou epitroclear + esplenomegalia em
50% + atipia linfocitária + exantema após amoxicilina
em 80%.
Apresentação clínica do vírus da Zika
80% assintomático.
Exantema prurriginoso difuso +
conjuntivite
Exantema da escarlatina
Escarlatiniforme: micro papular, mais palpável do que visível.
Eritrodermia abaixo do exantema.
Sinal de Pastia: intensificação nas dobras.
Sinal de filatov: palidez ao redor da boca.
Língua em framboesa.
Convalescença: descamação laminar que começa nas mãos.
O que considero uma febre sem sinais de localização
A principal característica a ser respeitada
é a duração menor que 7 dias, depois
disso o diagnóstico diferencial é outro.
O que define a conduta na febre sem
foco até os 36 meses de idade
presença de toxemia ! O estado geral
Febre sem foco em menor de 1 mês independente da toxemia
Risco de sepse: 10%, altíssimo.
Internação + rastreio completo incluindo
punção lombar + antibiótico amplo
Febre sem foco entre 1 e 3 meses sem toxemia
Hemograma + sumário sempre: maior risco é foco urinário.
Avaliar punção lombar.
Baixo risco: previamente higida + exame físico normal + hemograma e
sumário normais = reavaliar em 24 horas.
Alto risco: internação + rastreamento completo incluindo punção lombar +
antibiótico parenteral.
Hemograma normal entre 1 e 3 meses:
Entre 5 e 15 mil leucócitos.
Menos que 1,5 mil bastões
Febre sem foco entre 3 e 36 meses sem toxemia
Menos que 39 graus: observar em casa.
Maior ou igual a 39 graus: sumário + urinocultura + hemograma +
hemocultura + 1 dose de antibiótico para não vacinados (menos
que 2 doses) por haemophillus ou pneumococo.
E se a criança menor que 3 anos tem febre sem foco com toxemia
Internação + rastreio completo incluindo
punção lombar + antibiótico amplo
sempre !
Taquipneia na infância:
Até 2 meses: a partir de 60.
2 a 12 meses: a partir de 50.
De 1 a 5 anos: a partir de 40.
Condições para o diagnóstico de
otite média aguda
Na prova tem que ter abaulamento da membrana
timpânica !
A exceção: otorréia sem otite externa, pois como
rompeu a membrana não se vê abaulamento
Etiologia da otite média aguda:
Pneumococo.
Haemophillus e moraxella empatados
em segundo lugar.
Quando é mandatório o uso de antibióticos na otite média aguda
Menores que 6 meses sempre.
Entre 6 meses e 2 anos: se tiver certeza do diagnóstico sempre, se tiver na
dúvida só se critério de risco.
Maior que 2 anos: só se tiver certeza + critério de risco.
Critérios de risco: Toxemia; Febre maior que 39 graus;
Dor muito intensa
O que faço se não usar antibiótico
na otite média aguda ?
Reavaliação da criança em até 48
horas
Antibiótico de escolha para o
tratamento da otite média aguda:
Amoxicilina 50 miligramas por quilo por dia por 10 dias.
Dobrar dose se: menor que 2 anos; frequenta creche; uso
recente de antibióticos.
Amoxicilina + clavulanato se: falha terapêutica ou doença grave.
Frequência das complicações do
resfriado comum:
A mais comum é a otite média aguda: 5 a 30%. A segunda é a sinusite aguda: 5 a 13%.
Quais seios nasais já estão presentes
e aerados ao nascimento ?
Etmoidais.
Maxilares e esfenoidal: aerados aos 4 anos.
Frontal: desenvolvimento começa aos 7 anos e
completamente aerado na adolescência
Quadro clínico da sinusite aguda na
infância:
Mais clássico: resfriado prolongado por mais que 10
dias com muita tosse.
Pode ser: quadro grave com toxemia e secreção
purulenta.
Diferenças entre o tratamento da
otite média e da sinusite
Não precisa dobrar dose da amoxicilina em nenhuma situação, pois ainda
não foi identificado pneumococo com sensibilidade intermediária.
Tempo: tratamento mais prolongado, estender até 10 dias depois do término
do último sintoma, geralmente tosse, normalmente fica entre 14 e 21 dias
Frequência aceitável de resfriados
em crianças menores que 5 anos
Até 1 por mês.
Fale sobre a PFAPA:
Criança entre 2 e 5 anos.
Febre periódica + adenite + faringite + estomatite aftosa.
Faringite que não responde a antibióticos, mas
responde muito bem a corticóide
Quadro clínico da adenovirose
A febre faringo conjuntival.
Geralmente doença de lactente e pré escolar.
Faringite não purulenta acompanhada de
conjuntivite e sinais catarrais
Quadro clínico da herpangina
Geralmente lactentes e pré escolares.
Coxsackie A.
Criança apresenta febre alta com vesículas e úlceras no palato.
Pode se apresentar como síndrome mão-pé-boca.
Abscesso peri amigdaliano, quando
pensar
Após faringoamigdalite aguda:
trismo + disfagia + sialorréia
Abscesso retro faríngeo, quando
pensar
Disfagia + sialorréia + dor a mobilização
cervical + posição viciosa + estridor
Por que praticamente erradicamos a
epiglotite aguda
Porque o principal agente etiológico é o
haemophillus influenza do tipo B, praticamente
erradicado pela vacinação em massa.
Tratamento da laringotraqueobronguite
aguda (crupe)
Estridor inspiratório ou de esforço: vaporização.
Estridor em repouso: nebulização com adrenalina
+ manutenção com corticóide
Qual a grande marca da
laringotraqueobronquite bacteriana ?
Ausência de resposta a adrenalina.
Quadro grave e raro causado pela
staphyloccocus aureus.
Quadro clínico da laringite
estridulosa
Quadros de crupe recorrentes causados por mecanismos imuno alérgicos, não há participação do parainfluenza.
Os episódios acontecem geralmente a noite e o prognóstico é bom.
O tratamento também é com nebulização com adrenalina e
corticóide
Qual a principal causa de estridor
congênito
Laringomalácia.
Amolecimento das cartilagens da laringe.
Geralmente vai melhorando e normaliza após os 6 meses de vida.
Estridor congênito com piora
progressiva, no que pensar
Anel vascular.
Má formação da crossa da aorta que vai comprimindo a laringe
a medida que a criança e os vasos crescem de tamanho.
Bom prognóstico
Exceção na etiologia das
pneumonias bacterianas na infância
Abaixo dos dois meses os mais implicados são o
estreptococo do grupo B, a Escherichia coli e
outros Gram negativos entéricos
Indicações de internação na
pneumonia da criança
Menor que 2 meses; doença de base grave;
complicações radiológicas; comprometimento do
estado geral; sinais de comprometimento
respiratório como a tiragem subcostal
Tratamento da pneumonia no
hospital
Menor que 2 meses: ampicilina +
gentamicina.
Maior que 2 meses: penicilina cristalina
Tratamento da pneumonia no
ambulatório
Amoxicilina.
Penicilina procaína.
Macrolídeos: alergia a beta lactâmicos
O que fazer na falha terapêutica na
pneumonia bacteriana
Solicite novo raio x de tórax em busca de derrame pleural.
Se tiver derrame: toracocentese.
Se o derrame for complicado: drenagem.
Se a drenagem não resolver: mudar antibiótico pensando em estafilo
e em pneumococo resistente, iniciar oxacilina + ceftriaxona.
Quando considerar um derrame
pleural complicado
Aspecto purulento.
pH menor que 7,2.
Glicose menor que 40.
Gram com germe visualizado.
Paciente típico na bronquiolite
aguda
Geralmente é um lactente que abre primeiro quadro de
sibilância na vida.
Esse primeiro episódio costuma ser o único, as recorrências são
incomuns.
Agente etiológico da bronquiolite
aguda
Vírus sincicial respiratório: 80% dos
casos.
É um paramixovirus
Exames na bronquiolite aguda
Hemograma: ajuda a diferenciar de etiologia bacteriana, na
bronquiolite pode ter linfocitose discreta, mas costuma estar
normal.
Pesquisa de antígenos virais na orofaringe: padrão ouro.
Radiografia: hiperinsuflação + atelectasias são muito sugestivas.
Características da pneumonia afebril
do lactente
Lactente jovem nascido por parto vaginal.
Causada pela Chlamydia trachomatis.
Conjuntivite unilateral purulenta no final da primeira semana de vida.
Quadro arrastado.
Taquipneia + tosse coqueluchoide.
Eosinofilia importante no hemograma.
Trato com macrolídeos.
Peculiaridades clínicas da pneumonia
atípica pelo mycoplasma
Típica de escolares e lactentes e relacionada a surtos em aglomerados.
Evolução arrastada: Febre baixa + cefaléia + mialgia + faringite + otalgia por
miringite bolhosa + tosse intensa com piora progressiva.
A tosse progressiva é o sintoma mais importante, geralmente não tem
taquipneia.
Trato com macrolídeos
Diferença clínica das ITU baixa e alta
nas crianças
A presença de febre determina a
presença de pielonefrite
Primeiro pico de ITUs na infância:
No primeiro ano de vida. Acontece por má
formações grosseiras do trato urinário.
Nesse pico a infecção predomina em meninos.
Segundo pico de incidência das
ITUs na infância:
Acontece quando começa o treinamento esfincteriano.
A criança, geralmente meninas pela uretra mais curta e anteriorizada,
prende a urina e faz as medidas higiênicas de forma errada.
As bactérias mais implicadas são coliformes fecais como a Escherichia
coli.
Fatores de risco adicionais para ITU
na infância:
Ausência de circuncisão em meninos.
Fatores de obstrução urinária.
Disfunções miccionais.
Constipação intestinal.
Qual o grande fator de risco para ITUs
na infância ? Quando indico profilaxia
O refluxo vesicoureteral.
1% de Prevalência.
Profilaxia com doses baixas de Bactrim ou nitrofurantoína se
refluxo de alto grau ou refluxo associado a bexiga hiperativa