GAS 02 - Apendicite, Diverticulite, Câncer Colorretal Flashcards
Principal causa de abdome agudo inflamatório
Apendicite
Apendicite: quadro clínico
Dor em região periumbilical que migra para FID
Sinal de Blumberg
Descompressão brusca dolorosa no ponto de McBurney
Ponto de McBurney → limite entre o terço médio e o terço lateral de uma linha traçada da espinha ilíaca anterossuperior direita até o umbigo
Sinal de Rovsing
Dor em FID após compressão da FIE
Sinal de Dunphy
Dor em FID que piora com a tosse
Sinal do Obturador
Dor hipogástrica com a rotação interna da coxa direita flexionada
Sinal do Psoas
Dor à extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo
Apendicite: diagnóstico (2)
1) Clínico (história clássica, homem)
2) Idoso, mulher, criança, obeso, gestante
* TC (padrão ouro)
* USG/RNM (crianças e gestantes)
Apendicite: tratamento se < 48h de evolução e sem complicações
Apendicectomia + antibioticoprofilaxia
Apendicite: tratamento se > 48h ou massa
Realizar exame de imagem
Apendicite: sem complicações ao exame de imagem
Tratar como apendicite simples
Apendicite: fleimão (≤ 3cm) no exame de imagem (3)
ATB (7-10 dias) + colonoscopia com 4-6 semanas +/- cirurgia após 6-8 semanas
Apendicite: abscesso (> 3cm) no exame de imagem (4)
ATB (7-10 dias) + drenagem percutânea + colonoscopia com 4-6 semanas +/- cirurgia após 6-8 semanas
Apendicite: peritonite difusa (2)
ATB (7-10 dias) + cirurgia de emergência
Diverticulose: definição
Herniações intestinais, que podem ocorrer tanto no delgado quanto no cólon
Diverticulose: local mais comum
Sigmoide
Principal fator de risco para diverticulose congênita
Síndrome de Ehler-Danlos
Principal fator de risco para diverticulose adquirida
Dieta pobre em fibras
Diverticulite: definição
Inflamação de um divertículo devido a uma macro ou microperfuração do mesmo
Diverticulite: quadro clínico
Dor em FIE que piora com defecação
Diverticulite: diagnóstico
TC
Diverticulite: critérios de Hinchey (4)
- Hinchey I (não complicada) → abscesso pericólico ou mesentérico
- Hinchey II → abscesso à distância
- Hinchey III → peritonite purulenta
- Hinchey IV → peritonite fecal
Diverticulite não complicada (Hinchey I e Hinchey II com abscesso < 4cm)
1) Suporte + ATB
2) Cirurgia eletiva se imunodeprimido, fístula ou CA
Diverticulite Hinchey II com abscesso ≥ 4 cm
1) Drenagem
2) ATB
3) Colonoscopia
4) Cirurgia eletiva
Diverticulite Hinchey III e IV
Cirurgia de emergência (com colectomia à Hartmann)
Hinchey III pode tentar lavagem laparoscópica
Pólipo intestinal: definição
Qualquer lesão que surja na superfície interna do TGI, projetando-se para sua luz
Pólipos intestinais: classificação (2)
1) Neoplásico
2) Não-neoplásico
Pólipos neoplásicos (2)
1) Benignos → adenomas
2) Malignos → adenocarcinomas
Pólipos não-neoplásicos (3)
1) Hiperplásicos → hiperplasia de criptas
2) Hamartomatosos → crescimento exagerado de células normais
3) Inflamatórios → regeneração e cicatrização de processos inflamatórios
Pólipos intestinais: etiologia (2)
1) Idiopática
2) Síndromes de polipose familiar
Síndromes de polipose familiar (3)
1) Polipose adenomatosa familiar (PAF) → pólipos adenomatosos
2) Polipose juvenil (síndrome de Cowden) → pólipos hamartomatosos
3) Síndrome de Peutz-Jeghers → pólipos hamartomatosos
Síndrome de Gardner
variante da PAF associada a tumores de tecidos moles (tumores desmoides, cistos epidermoides, lipomas) e dentes supranumerários
Síndrome de Turcot
Variante da PAF associada a tumores do SNC (meduloblastoma)
Pólipos intestinais: tratamento
Polipectomia (colonoscopia de controle 2-6 meses depois)
Câncer colorretal: fatores de risco (5)
1) Idade
2) História familiar/pessoal de adenoma ou adenocarcinoma colorretal
3) Pólipos grandes (> 1 cm)
4) Síndromes de polipose familiar
5) Síndrome de Lynch
Câncer colorretal: sintomas
1) Colon direito → predomina sangramento
2) Cólon esquerdo → predomina alteração do trânsito intestinal
3) Reto → predomina hematoquezia, tenesmo
Câncer colorretal: diagnóstico
Colono + biópsia
Câncer colorretal: rastreamento se risco esporádico
Iniciar a partir dos 50 anos → colonoscopia de 10 em 10 anos
Se positivo → colectomia segmentar
Câncer colorretal: rastreamento se histórico familiar de CCR
Iniciar aos 40 anos OU 10 abaixo da idade em que o parente teve → colonoscopia de 5 em 5 anos
Se positivo → colectomia segmentar
Câncer colorretal: rastreamento se síndrome de Lynch
Iniciar aos 20 anos → colonoscopia de 2 em 2 anos (depois dos 40, fazer anualmente)
Se positivo → colectomia total
Câncer colorretal: rastreamento se PAF
Iniciar aos 10 anos → retossigmoidoscopia anual
Se positivo → colectomia total
Câncer colorretal: tratamento se tumor em cólon ou reto alto
Colectomia + linfadenectomia (QT adjuvante se N positivo)
Câncer colorretal: tratamento se tumor a > 5cm de margem anal
RAB (ressecção abdominal baixa) + excisão total do mesorreto + anastomose colorretal
Câncer colorretal: tratamento se tumor a * ≤ 5cm da margem anal
Cirurgia de Miles → ressecção abdominoperineal + excisão total de mesorreto + colostomia definitiva
Síndrome de câncer colorretal hereditário mais comum
Síndrome de Lynch
Síndrome de Lynch tipo I
Apenas CA colorretal
Síndrome de Lynch tipo II (2)
Câncer colorretal + câncer ginecológico
Principais marcadores das neoplasias
- Pâncreas
- Ovário
- Colorretal
- Hepatocarcinoma
Pâncreas → CA 19.9
Ovário → CA 125
CCR → CEA
Hepatocarcinoma → alfafetoproteína
Hemorragia digestiva baixa: conceito
Hemorragia abaixo da junção duodenojejunal (AKA ângulo de Treitz)
Hemorragia digestiva baixa: principal causa
Diverticulose
Hemorragia digestiva baixa: diagnóstico (2)
1) Sangramento leve/moderado → colonoscopia
2) Sangramento maciço → angiografia (trata) ou cintilografia (mais sensível mas não trata)
Pólipos e intervalo até a próxima colonoscopia (6)
1) Normal → 10 anos
2) 1-2 adenomas < 10 mm → 7-10 anos
3) 3-4 adenomas < 10 mm → 3-5 anos
4) Qualquer outro achado nesse intervalo → 3 anos
5) Mais de 10 adenomas → 1 ano
6) Adenoma ≥ 20 mm → 6 meses
Pileflebite: definição
Inflamação da veia porta
Nos quadros de apendicite aguda não-complicada, sem peritonite, a utilização de antibióticos no pós-operatório deve ser por quanto tempo
Somente na indução anestésica
Verdadeiro ou falso: no câncer de cólon se faz quimioterapia neoadjuvante
Falso
Síndrome de Lynch: diagnóstico (5)
Critérios de Amsterdã (tem que ter todos)
1) Presença de CA em cólon (ou CA relacionado) diagnosticado em 3 ou mais familiares
2) Um dos familiares obrigatoriamente tem que ser parente de 1º grau dos outros dois
3) Pelo menos 1 caso antes dos 50 anos
4) CCR acometendo pelo menos 2 gerações
5) Ausência de síndrome de polipose hereditária
Verdadeiro ou falso: o gene responsável pela transmissão da PAF é o gene APC, que se encontra localizado no cromossomo 5q23
Falso
O gene responsável pela transmissão da PAF é o gene APC, que se encontra localizado no cromossomo 5q21-22
Tomar no cu, com todo respeito
Verdadeiro ou falso: a hiperplasia congênita do epitélio pigmentar da retina é um marcador interessante para o PAF e pode ser detectado em 75% dos casos
Verdadeiro
Principais causas de febre no pós-operatório (6)
1) Pulmão (1-3 dias) → atelectasia
2) Piúria (3-5 dias + uso de cateter vesical) → ITU
3) Perna (5-6 dias + imobilização/fatores de risco) → TEP e TVP
4) Parede (7-10 dias) → infecção e deiscência de ferida operatória
5) Piriri (a qualquer momento + uso de ATB) → diarreia
6) Perigosas drogas (a qualquer momento)
Escore de Alvarado (7)
1) Dor em FID → 2 pontos
2) Leucocitose → 2 pontos
3) Blumberg positivo → 1 ponto
4) Dor migratória para FID → 1 ponto
5) Anorexia → 1 ponto
6) Febre → 1 ponto
7) Náuseas ou vômitos → 1 ponto
Verdadeiro ou falso: é possível fazer neoadjuvância em tumores de sigmoide
Falso
A neoadjuvancia (antes da cirurgia) está indicada apenas para tumores de cólon extra-peritoneais, ou seja, reto médio e baixo
Conduta no adenocarcinoma de apêndice
Colectomia direita com linfadenectomia
Verdadeiro ou falso: a marcação do local de confecção de uma ostomia deve ser realizada no pré-operatório com o paciente deitado
Falso
A marcação do local de confecção de uma ostomia deve ser realizada no pré-operatório com o paciente em pé
Síndrome carcinoide: principal substância envolvida
Serotonina
Síndrome carcinoide: quadro clínico (5)
1) Rubor facial
2) Diarreia
3) Hepatomegalia
4) Doença orovalvar direita
5) Asma
Síndrome carcinoide: diagnóstico
Pesquisa de 5-HIAA (metabólito da serotonina) na urina
Câncer colorretal + metástases hepáticas ISOLADAS: conduta
Colectomia + ressecção das metástases hepáticas
Paciente portador de PAF apresenta ao exame físico tumor de aproximadamente 4cm de consistência endurecida, indolor, com difícil mobilização, localizado em flanco direito. Durante as manobras de contração da musculatura abdominal, o tumor mantém as mesmas características descritas anteriormente. Qual a hipótese mais provável?
Tumor desmoide (típico da síndrome de Gardner)
Verdadeiro ou falso: o diagnóstico de uma possível perfuração esofágica pode ser feito por meio de uma radiografia de tórax, que pode demonstrar um hidropneumotórax, ou de uma esofagografia com contraste
Verdadeiro
Verdadeiro ou falso: a cintilografia é o exame mais sensível e precico para localizar uma HDB, tanto no intestino delgado quanto no grosso
Falso
É muito sensível e pouco preciso