FV/TV sem Pulso Flashcards
Ritmos encontrados em FV/TV sem pulso: (São 4)
1- Fibrilação Ventricular
2- TV
3- Artefato de ECG semelhante à FV
4- Novo BRE
Qual a carga a ser administrada com o DEA ?
DEA monofásico: 360J
DEA Bifásico: 120J ou 200J
Se o modelo de DEA não tiver especificações do fabricante sobre qual voltagem utilizar, deve-se utilizar a capacidade máxima do aparelho tanto na primeira quanto nos demais choques.
Qual a conduta após o choque (DEA) ?
Reiniciar o RCP imediatamente, com compressões torácicas.
Não verificar ritmo ou pulso, a menos que o paciente evidenciar sinais de vida ou a monitorização indicar RCE.
Estabeleça o acesso EV/IO
Após 2 minutos de RCP, verificar ritmo, com pausa máxima das compressões em 10s.
Após o segundo choque, pode-se administrar Epinefrina 1mg EV/IO, a cada 3 a 5 minutos.
OBS: A Vasopressina foi retirada do protocolo de ressuscitação, pela AHA 2015, por não ter vantagem em relação à epinefrina.
Qual a medicação de escolha como antiarrítmico?
Quando usa-lo?
Primeira escolha: Amiodarona.
Bolus de 300mg EV/IO, em seguida, considere mais 150mg EV/IO uma única vez.
Se não houver amiodarona….
Segunda escolha: Lídocaina.
1 dose: 1 a 1,5mg/kg EV/IO,
Próximas doses: 0,5 a 0,75mg/kg EV/IO, em intervalos de 5 a 10 min, até uma dose máxima de 3mg/kg.
Para Torsades de Pointes com QT prolongado ?
Sulfato de Magnésio:
Doses de ataque de 1 a 2g EV/IO + 10ml SF 0,9%, em Bolus. A cada 5 a 20min.
Quais parâmetros de monitorização podem otimizar a RCP e detectar a RCE?
PetCO2, PPC, ScvO2. Os quais estão relacionados com o débito cardíaco e ao fluxo sanguíneo miocárdio.
Se PetCO2<10mmHg, durante RCP, indica RCP ineficaz, deve-se melhorar as compressões.
Se PetCO2<10mmHg, durante RCP, em paciente entubados sugere que o RCE é improvável.
Se PetCO2 subir para 35 a 40mmHg abruptamente, é um indicador de RCE.
A PPC (Pressão de Perfusão Coronária) esta relacionada ao fluxo sanguíneo do miocárdio e ao RCE. A PPC pode ser substituída pela avaliação de Pressão arterial de relaxamento, com cateter intra-arterial. Se a pressão de relaxamento fo <20mmHg, é plausível melhorar as compressões torácicas e o tratamento com vasopressor.
Se ScoVO2 <30%, é plausível melhorar as compressões torácicas e o tto com vasopressor.
Qual tratamento do paciente em FV/TV sem pulso, em hipotermia?
Desfibrilação.
Esta é apropriada para paciente em PCR com FV/TVSP, e hipotermia intensa, com temperatura corporal <30 graus.
A administração de medicações não é aconselhada em paciente com hipotermia intensa. Se hipotermia moderada, (30 a 34 graus) pode se administrar tto medicamentoso se já estiver em vigência de reaquecimento central ativo.
Em hipotermia intensa deve-se realizar reaquecimento central ativo.
Estabelecer uma via de acesso é prioridade em uma RCP?
Quais as vias de acesso para medicamentos ?
Não, são de importância secundária. É prioridade a RCP de alta qualidade e a desfibrilação.
Endovenosa;
Intraóssea;
Endotraqueal
Via Endovenosa:
A via periférica é preferível, exceto se já houver acesso venoso central disponível.
Para estabelecer a EV periférica não é necessário interromper a RCP, porém as medicações precisam de 1 a 2 minutos para alcançar a circulação central.
Especificações para administração EV periférica:
- Administre em Bolus, salvo medicações específicas que indiquem o contrário.
- Suceda de um bolus de 20ml de fluido EV;
- Eleve a extremidade por aproximadamente 10 a 20 segundos para facilitar a entrada do fármaco.
Via intra-óssea
Qualquer fluido ou medicação pode ser administrado pela IO, não havendo EV disponível.
O acesso IO pode ser obtido em paciente de qualquer faixa etária;
Pode ser obtido em 30 a 60 segundos;
A via IO tem preferência sobre a via ET.
Locais de preferência (Crianças e adultos): Tíbia proximal; Tíbia distal (acima do maléolo medial); Fêmur distal; Espinha ilíaca anterossuperior.
Via endotraqueal
A via ET é a terceira na linha de prioridade para administração de medicações durante a PCR.
A dose ideal dos medicamentos ainda é incerta/desconhecida nesta via;
Usualmente se utiliza de 2 a 2,5x a dose EV para ET;
A RCP precisa ser pausada para a administração, para não haver refluxo da medicação.
Estudos mostram que a Epinefrina e a Lidocaína são absorvidas via ET, devendo-se dilui-las em 5 a 10 ml de SF e injetar diretamente no Tubo ET.
A absorção e concentração sérica é variável e imprevisível
Devo usar Vasopressor? Qual?
Sim, após o segundo ciclo de RCP, considerar administrar a droga.
Epinefrina.
Comprovadamente a curto prazo a epinefrina traz melhora da RCE e das taxas de internação hospitalar, por PCR.
Não há estudos de demonstrem o efeito a longo prazo, ou sobrevida.
Fazer EV/IO 1mg ou 2 a 2,5mg ET, e repetir a cada 3 a 5 minutos.
Qual o agente anti-arrítmicos de escolha?
Amiodarona:
A considere para tratamento de FV/TV sem pulso que não responde ao Choque, RCP, e vasopressor.
Fazer: Bolus de 300mg EV/IO na primeira dose.
Se FV/TV sem pulso persistir, considere administrar 150mg EV/IO em 3 a 5 minutos.
Se não houver Amiodarona disponível, o que usar?
Lidocaína:
A dose inicial é de 1 a 1,5mg/kg EV/IO, podendo se repetir e doses de 0,5 a 0,75mg/kg, chegando a dose máxima de 3mg/kg.
A administração pode ser ET, 2 a 4mg/kg.
O que é Torsales de Pointers ?
É uma forma específica de TV polimórfica em pacientes com um intervalo QT longo. Ela é caracterizada por complexos QRS irregulares rápidos, que parecem estar se torcendo em torno da linha de base do ECG.
Quando a PCR com FV/TVSP estiver associada a Torsales, administre Sulfato de Magnésio em dose de ataque de
1 a 2g EV/IO, diluído em 10ml, e administrada por 5 a 20 min.
Lembrando que a forma de tto inicial para TV é a descarga elétrica.
É certo o uso de Corticoesteróides em PCR?
Não há evidencia significativa para resposta, ainda sendo incerto.
Em PCREH, o uso combinado de Vasopressina, Epinefrina e Metilpredinisolona indicou melhora significativa na sobrevida e alta hospitalar.
Em PCRIH não foi avaliado o uso de Esteróides durante a PCR, mas no Pós-PCR, indicando melhora da RCE.
Ainda não há uma recomendação para o uso, porém a combinação de vasopressina, Epinefrina e Metilpredinisolona na PCR, e Hidrocortisona no Pós-PCR pode ser considerada.