Fundamento Sociológico Do DIP Flashcards

1
Q

O que é o fundamento sociológico do DIP?

A

É aquilo que consubstancia a existência de um DIP.

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2
Q

Quais são os 5 fenómenos do fundamento sociológico do DIP?

A

1) Existência de uma pluralidade de sujeitos.
2) Existência de uma concessão de soberania.
3) Existência de relações económicas internacionais.
4) Guerra (sobretudo o pós-guerra, onde é preciso encontrar soluções)
5) Consciência e aceitação de diversos princípios internacionais.

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3
Q

Qual foi a base/fundamento essencial à emergência de um DIP?

A

Cooperação internacional entre Estados num primeiro momento (previstamemte) e, posteriormente, a cooperação entre estes e outras comunidades internacionais (OIs, Igreja Católica, etc).

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4
Q

Qual é o ensinamento de Verdross?

A

O DIP resultou de uma pluralidade: não havia necessidade de um DIP caso a comunidade internacional não contasse com uma pluralidade de sujeitos carentes de interação para além do limite da sua atuação. Estes, entretanto, assaltados pela consciência, perceberam que não podem substituir isoladamente.

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5
Q

Como se caracteriza a sociedade internacional?

A

A sociedade internacional é poliárquica, pautada por diversas manifestações de poder.

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6
Q

Qual foi o primeiro momento da evolução do conceito de soberania?

A

No século XVI opera-se o primeiro grande aprimoramento da ideia de soberania: começa-se a teorizar as relações entre o poder temporal (exercido pelo homem) e o poder religioso (exercido no seio de uma convicção espiritual convertida em realidade pelo Chefe da Igreja). Começam a avançar ténues sensibilidades quanto à independência do poder temporal face ao poder religioso.

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7
Q

O que disse Bodin sobre a soberania estadual?

A

Bodin definiu a soberania estadual como o poder supremo sobre os cidadãos e os súbditos, mas ainda vinculada a um poder divino.

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8
Q

Até quando se manteve a definição de Bodin de soberania estadual?

A

A definição manteve-se até à emergência do pensamento político renascentista - onde se vem proclamar a autonomia da esfera política em relação à religiosa.

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9
Q

O que disse Maquiavel?

A

Maquiavel introduz na teoria política a expressão “stato”, para designar a comunidade política onde se verifica uma autonomia da esfera política em relação à religiosa.

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10
Q

O pensamento de Maquiavel conduziu à construção de uma “Razão de Estado”. Em que se define?

A

Aquela que se sobrepõe a tudo e à qual todos se têm de submeter, não lhe sendo imposto qualquer limite decorrente da esfera ético-religiosa.

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11
Q

Qual era a ideia de Estado soberano para Bodin?

A

O poder confiado a uma única pessoa, em regra monarca, que não conhece qualquer limite e que acima dele só se encontra o seu Deus.

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12
Q

Que impacto teve, na construção do DIP, a leitura de estado soberano de Maquiavel?

A

Os Estados voltaram-se outra vez para dentro de si mesmos, circunstância que é apenas alterada (mas não de forma significativa) pela Revolução Francesa - transferência de poder do monarca para o povo.

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13
Q

O que é que a Revolução Industrial veio alterar?

A

A Revolução Industrial veio mostrar aos Estados a necessidade de estes se voltarem para fora: veio por a descoberto uma necessidade de inter-relação/interdependência além fronteiras - os Estados não eram auto-suficientes.

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14
Q

O que é que a necessidade de interdependência além fronteiras veio propiciar?

A

Isto propiciou o estabelecimento de relações económicas e comerciais internacionais, retirando protagonismo ao conceito de uma soberania absoluta, assente na ideia de que os Estados são sociedades perfeitas - os Estados são finitos/dependentes.

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15
Q

Explica o conceito de soberania relativa (que ainda hoje se coloca).

A

Os Estados não podem, sem o seu consentimento, ser submetidos a uma autoridade superior; no entanto, quando a reconhecem não podem negá-la posteriormente, nem se recusar (posteriormente) a cumprir as normas a que previamente se vincularam.

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16
Q

A soberania foi afastada após a Revolução Industrial?

A

Não. A soberania não foi afastada, nem nos fenómenos de cooperação mais estreita. Os Estados não podem é, com base na sua soberania, vincular-se a um determinado tratado e depois “saltar fora”.

17
Q

O que é que os sujeitos do DIP passaram a fazer após se aperceberem que não eram auto-sustentáveis?

A

Os sujeitos do DIP passaram a estabelecer e a aderir a relações económicas internacionais.

18
Q

Quais foram as consequências do estabelecimento de relações económicas internacionais?

A

Essa relações passaram a ter repercussões noutro tipo de relações: políticas, religiosas, culturais e militares. Com o seu desenvolvimento, operou-se uma complexificação dessas relações que determinou o surgimento de vários ramos especializados do DIP.

19
Q

Dá um exemplo de um ramo especializado do DIP.

A

O direito diplomático que passou a ser fundamental pelo envio de diplomatas a fim de negociar as relações que iriam ser mantidas.

20
Q

A que é que conduziram as relações económicas internacionais?

A

Estas relações conduziram à edificação de uma ordem jurídica internacional e também determinaram que grande parte das regras jurídicas passassem a estar escritas/positivadas.

21
Q

As relações internacionais sempre forma perturbadas por _________, mas estas também impulsionaram o DIP, sobretudo pela adoção de normas tendentes à regulação do _______________ para evitar novos _________________.

A

guerra/uso da força/conflitos bélicos

22
Q

Explica a influência da I Guerra Mundial no DIP.

A

A I Guerra Mundial é responsável pela criação de uma consciência da necessidade da manutenção da paz, o que se conseguiria através do estabelecimento de instituições capazes de garantir a cooperação entre os sujeitos do DIP.

23
Q

Quando começa a despontar a ideia do estabelecimento de OIs de carácter universal?

A

Com o estabelecimento da sociedade das nações - a partir daqui, outras surgem, vocacionadas à manutenção da paz no contexto internacional, e com elas surge também muito do direito internacional escrito.

24
Q

Porque é que certos princípios fundamentais são considerados gerais e jurídicos?

A

Porque se configuram como exigências feitas por qualquer ordenamento jurídico, quando este tem de ser coerente com as suas próprias opções de legitimidade e validade.

25
Q

Dá um exemplo de um princípio fundamental.

A

Proteção da dignidade humana: algo que a comunidade internacional acomoda como princípio geral porque diz respeito a vários estados. No DIP há vários princípios deste tipo: princípio da Boa Fé, Pacta Sunt Servanda, etc. Estes princípios depois reproduzem-se noutros ramos do Direito.

26
Q

O que são os princípios gerais e jurídicos fundamentais?

A

São manifestações que existem nos ordenamentos jurídicos que explicam a existência de um Estado, o ADN de uma organização internacional, etc. e que por serem comuns são acomodados no DIP (uma vez que é aceite por todos).

27
Q

Os princípios fundamentais são princípios que se foram enraizando progressivamente na _________________ dos povos e que depois receberam _________________, imanente aos vários __________________.

A

consciência jurídica
consagração expressa/positivada
ordenamentos jurídicos

28
Q

Como surgem os princípios fundamentais?

A

Surgem como exigências aplicáveis às relações internacionais, sendo que alguns emergem 1) do próprio direito natural, ou seja, aquilo que é comum e inerente à natureza humana e 2) outros surgem da adequação social, histórica, económica, científica, etc sob pena de perderem a fundamentalidade que lhes é característica.

29
Q

Dá exemplo da adequação de um princípio geral fundamental.

A

Princípio da igualdade. Teve inicialmente uma configuração positiva (somos todos iguais perante a lei) mas depois foi necessário promover a igualdade por categorias - são tratados de forma igual quem é igual e diferente quem é diferente (exemplo: direito do trabalho).

30
Q

Os princípios fundamentais podem ser ______________ ou podem _____________ ao longo do tempo, dando-se assim uma evolução do __________________.

A

estáticos/evoluir/ordenamento jurídico