FRATURAS E LUXAÇÕES - MMSS Flashcards
Definições:
- Fratura: perda parcial ou total da continuidade da estrutura óssea
- Luxação/subluxação: Perda total/parcial da congruência articular
- Entorse: lesão ligamentar
1) Grau 1: microlesões
2) Grau 2: lesão parcial
3) Grau 3: lesão total ou desinserção do membro - Estiramento muscular: lesão muscular
1) 1º grau: pequenas lesões e hematomas
2) 2º grau: lesão parcial
3) 3º grau: lesão total
Fratura de clavícula - aspectos gerais:
- Epidemiologia:
1) Homens < 20a
2) Principal tocotraumatismo (90%) - Mecanismo: queda sobre o ombro
- Quadro clínico: “DDI” - Dor, deformidade e impotência funcional
Fratura de clavícula - diagnóstico e diferenciais:
- Diagnóstico: quadro clínico + radiografia
1) Mais comum: fratura 1/3 médio
2) 2º mais comum: fratura 1/3 lateral - Diferenciais:
1) Adulto: luxação acrômioclavicular - apresentação clínica semelhante à fratura 1/3 lateral
2) RN: paralisia obstétrica
° Paralisia: moro assimétrico e indolor palpação da clavícula
Fratura de clavícula - tratamento:
- RN: imobilizar o braço 7 a 10 dias - formação do calo e pode deixar sem: não precisa acompanhar com radiografia
- Adulto: maioria é conservador
1) Rx pode ser feita p/ acompanhamento - Tratamento em geral é CONSERVADOR
- Tratamento cirúrgico: “223 - ALBINA FLEX” - indicações relativas
1) 2 cm de encurtamento
2) 2 cm de desvio
3) > 3 cm fragmentos
4) Escápula alada
5) Lesão neurológica e arterial
6) Ombro flutuante - Exposta: única indicação absoluta
Fratura de clavícula - Imobilização:
- Tipoia simples
- Tipoia velpeau
- Imobolização em oito
Luxação glenoumeral - aspectos gerais:
- Epidemiologia:
1) Anterior: 95% dos casos
2) Risco de instabilidade de associa c/ idade - quanto mais novo a luxação maior a chance de luxar novamente - Mecanismos:
1) Anterior: abdução + rotação externa
2) Posterior: flexão + rotação interna - Quadro clínico:[
1) DDI + sinal da DRAGONA (dragona militar)
2) Diferencial: sinal da tecla de piano - luxação acrômioclavicular
Luxação glenoumeral - diagnóstico e diferenciais:
- Diagnóstico:
1) DDI + sinal da dragona
2) Radiografia: AP, Y escapular e axilar - Diagnóstico diferencial:
1) FRATURAS - impede redução
Luxação glenoumeral - tratamento:
- Descartado fratura: reduzir incruenta
- Técnica de redução incruenta do ombro
1) Tração e contra-tração
2) Manobra de Milch:
° Abduzir + rodar externo lentamente (mecanismo de luxação)
° Após: aduz e roda interno e deixa quieto - Se imobolizar: pouco tempo - máx: 1 semana
Luxação acrômioclavicular - aspectos gerais:
- Epidemiologia: pacientes jovens
- Mecanismo de trauma:
1) Traumas esportivos: impacto direto lateral
2) Resultado: acroMIo é impulsionado p/ Medial e Inferior - Quadro clínico:
1) DDI
2) Sinal da tecla de piano - desabamento do acrômio e clavícula mantida (parece alta) - Diagnóstico: radiografia (biacromial e zanca) + quadro clínico
Luxação acrômioclavicular - classificação e tratamento:
- Classificação: Rockwood
1) I: radiografia normal c/ clavículo não elevada
2) II: alargamento c/ elevação de até 25%
3) III: clavícula elevada acima da borda superior do acrômio c/ distância coracoclavicular menor que o dobro do normal (alargamento até 100%)
4) IV: clavícula descolada p/ posterior (raro)
5) V: distância coracoclavicular é > dobro do normal
6) VI: clavícula deslocada p/ inferior (raro) - Abordagem:
1) Rockwood I e II: conservador
2) Rockwood III: caso a caso (considerar o trabalho)
3) Rockwood IV-VI: cirúrgico
Pronação dolorosa - aspectos gerais:
- Subluxação da cabeça do rádio
- Epidemiologia: 2-5 anos
- Mecanismo: tração do cotovelo estendido c/ antebraço pronado (cotovelo da babá)
- Quadro clínico:
1) Dor e incapacidade de movimentação
2) Recorrente, s/ complicações
Pronação dolorosa - diferenciais:
- Fratura ou luxação do membro superior: não quebra nada sendo puxado pela mão
- Sinotive de cotovelo: história de trauma
- Hemorrafia intra-articular: trauma ou hemofilia
- Pioartrite: febre, leucocitose, sinais flogísticos
- Osteocondrose: crianças mais velhas (> 10a) e relacionada c/ atividade física
Pronação dolorosa - Redução:
- Supinar o membro c/ ele extendido
- Realizar a FLEXÃO
- Pode fazer leve apoio/pressão na cabeça do rádio
- Sentirá um “click” na região
OBS: às vezes fazer pronado também funciona - Dor resolve em pouco minutos e criança pode ir p/ casa
Fratura supracondilar - aspectos gerais:
- Ocorre pois região supracondilar possui região frágil
- Epidemiologia: 5 a 10a - pico 5 a 6 anos
- Mecanismo:
1) Queda com cotovelo estendido c/ certo valgo
2) 95-97% em extensão
3) O desvio posteromedial é o mais comum (75%) - Quedo clínico
1) Dor, deformidade e impotência funcional
2) POSSIBILIDADE DE LESÃO NEUVASCULAR
Fratura supracondilar - lesões possíveis:
- Lesão do nervo radial (até 5% dos casos):
1) Deriva do desvio posteromedial (mais comum - 75%)
2) Laceração do nervo - apraxia
3) Lesão mais comum - Lesão da a. braquial (20%) e nervo mediano (4%)
1) Deriva do desvio posterolateral (25%)
Fratura supracondilar - avaliação neurovascular:
Jogar “pedra, papel e tesoura”
Movimento avaliado / músculo avaliado / nervo avaliado
- Pedra: flexão dos dedos / flexores superficiais e profundos / n. mediano (dedos radiais) e n. ulnar (dedos ulnares)
- Papel: extensão dos dedos e extensão do punho e das metacarpofalangeanas / extensores do punho e dos dedos / n. radial
- Tesoura: abdução dos dedos e oponência polegar / interósseo e musculatura tenar / n. ulnar e mediano
- OK: pinça / flexores profundos do indicador e polegar / nervo interósseo anterior (ramo do mediano)
OBS: teste de kiloh-nevin - pinça mal formada (“pontiaguda”)
Fratura supracondilar - classificação e tratamento:
- Classificação de Gartland:
1) Tipo I: fratura s/ desvio - tala axilopalmar por 3 semanas
2) Tipo II: fratura c/ contato posterior preservado
° IIa: s/ rotação - conservador ou cirúrgico
3) Tipo III: Sem contato de parede anterior e posterior: cirúrgico
4) Tipo IV: Instável durante redução cirúrgica (flexão e extensão): cirúrgico
Fratura supracondilar - Lesão vascular:
- Perfusão diminuída, s/ pulso
- Reduzir e fixa incruenta
1) Se recuperar o pulso: sucesso
2) Não recuperou pulso em até 15 min
° Abrir o foco e procurar artéria no interior da fratura
Punho - Anatomia:
- Carpos:
1) Proximal: ESSE PIPI - Escafoide, Semilunar, Piramidal e pisiforme
2) Superficial: Trapézio, trapezóide, capitato, hamato - Ligamentos: liga tudo com tudo
Fratura do escafoide - aspectos gerais:
- Epidemiologia: homens jovens
- Mecanismo:
1) Queda c/ antebraço estendido + dorsiflexão do punho > 90° - Quadro clínco:
1) Dor à palpação da tabaqueira anatômica
2) Dor à palpação da tuberosidade do escafoide
3) Dor à compressão axial do polegar
Fratura do escafoide - diagnóstico:
- Rx: AP, perfil, AP c/ desvio, AP c/ punho fechado, oblíqua radial, Ziter ou Banana view
- Fratura de escafoide não visível na radiografia:
1) Dor na tabaqueira anatômica ao desvio ulnar do punho
° Não: 0% de chance
° Sim: próximo passo
2) Avaliar fatores: paciente sexo masc e/ou lesão durante prática esportiva (queda de moto) e/ou dor à pínça
° Ausência dos 3: risco de 6% - considerar alta/reavaliação
° ≥ 1 fator: risco 26%
° 3 fatores: risco 74%
3) Imobilizar + exame de imagem (RNM) ou reavaliar e 1-2 semanas - À reavaliação: masculino, prática esportiva, dor à palpação da tuberosidade do escafoide
1) 0 fatores: risco de 9%
2) 3 fatores de risco: risco de 91%
Fratura do escafoide - tratamento:
- Conservador: gesso antebraquio-palmar (não imobiliza polegar)
1) Desvio < 1 mm
2) Ângulo intraescafoide < 35°
3) Sem comunicação
4) Sem desalinhamento - Complicações:
1) Consolidação normal: 8-12 semanas
° Vascularização retrógrada: distal p/ proximal e dorsal p/ volar
2) Pseudoartrodse
Fratura de metacarpo - aspectos gerais:
- Epidemiologia: homens jovens
- Mecanismo: traumas diretos, atividade esportivas e socar parede
- Quadro clínico:
1) Dor e edema da mão
2) Rotação da falange: desalinha o dedo fraturado
° Dedos normais: apontam p/ escafoide na flexão
Fratura de metacarpo - diagnóstico e tto:
- Diagnóstico: radiografia
1) Base de metacarpo: TC p/ ver articulação c/ detalhes - Tratamento:
1) Conservador conforme tolerância
° II e III: diáfise: 10-20° - encurtamento: 2-5 mm - colo: 10-15°
° IV: diáfise: 30° - encurtamento 2-5 mm - colo: 30-40°
° V: diáfise: 40° - encurtamento 2-5 mm - colo: 50-60°
2) Cirúrgico: desvio acentuado (placa ou fio Kirchner)
Fratura do 1º metacarpo:
- Fratura de Bennet:
1) Parcial articular: apenas 1 fragmento
2) Desvio do fragmento
° Dorsal e medial: abdutor longo do polegar
° Supinação e adução: adutor do polegar - Fratura de Rolando: 2 fragmentos (total articular)
Fratura falange:
- Tofo: conservador
- Diáfise:
1) Fragmento pequeno ou cominuto: conservador
2) Fragmento grande c/ desvio: fixar
3) Fragmento grande s/ desvio: conservador - Hematoma subungeral: NÃO DRENAR - transforma em fratura exposta
Fratura de rádio distal - radio distal:
- Epidemiologia: crianças e idosos
- Mecanismo:
1) Queda com a mão estendida - Deilimitando rádio distal: superfície articular do rádio e da úlna (faz uma linha) e delimita um quadrado –> radio distal
- Quadro clínico: DDI
Fratura de radio distal - epônimos:
- Colles: desvio dorsal (deformidade em garfo) - extra articular
- Smith: desvio volar - extra articular
- Barton: traço intrarticular e desvio dorsal ou volar
- Chauffer: fratura do processo estiloide do rádio
Fratura do radio distal - classificação:
Saber que existe, não precisa decorar:
1) AO: completa, difícil de aplicar
2) Fernandez: considera mecanismo da lesão
3) Frykman: simples, envolve o envolvimento articular (radiocárpica, radioulnar, ambas) e fratura do estiloide ulnar
4) Melone: específica p/ fraturas intra-articulares
Fratura do radio distal - tratamento cirúrgico:
- Degrau articular:
1) Normal: 0
2) Aceitável: até 2mm - Tilt volar (radio distal é naturalmente fletido): normal (11°)
1) Angulação dorsal de até 5º
2) < 20º de diferença contralateral - Altura radial:
Normal: 13 mm
Aceitável: < 5mm de encurtamento (medida vertical da ponta do estiloide à superfície articualr da ulna) - Inclinação radial:
1) Normal: 23°
2) Aceitável: diferença < 5º (ângulo de inclinação da superfície articular do rádio)
Fratura do radio distal - complicações:
- Síndrome compartimental aguda
- Síndrome do túnel do carpo
- Pseudoartrose
- Síndrome da dor complexa regional (frequente nessa fratura)
Fratura de ossos do antebraço:
- Anel do antebraço: articulação radioulnar (ARU) proximal, rádio, ulna, ARU distal
- Monteggia: fratura proximal da ulna c/ luxação da cabeça do rádio
- Galeazzi: fratura distal do rádio c/ luxação da ARU distal
- Outro conceito importante do anel:
1) Ft em pronação: lesão em rádio e ulna em níveis diferentes
2) Ft em supinação: lesão em rádio e ulna em níveis iguais