FLASHCARDS PROVA 2 IC III

1
Q

O que é Febre Amarela?

A

Febre amarela é uma doença infecciosa aguda grave, transmitida através da picada do mosquito Aedes (ciclo urbano) ou Haemagogus (ciclo silvestre), contendo o vírus da febre amarela. Ela tem como hospedeiro o macaco.

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2
Q

Quais são os ciclos de transmissão da Febre Amarela?

A

Ciclo urbano e silvestre. No ciclo urbano, o ser humano infectado é picado pelo Aedes, que vai
inocular o vírus e transmitir para outra pessoa. No ciclo silvestre, o macaco infectado é picado pelo Haemagogus, que vai inocular o vírus e transmitir para outro macaco. Com a invasão das florestas, às vezes ocorre de o mosquito transmitir para o ser humano.

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3
Q

Quais são os hospedeiros silvestres da Febre Amarela?

A

São os macacos.

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4
Q

Quais são os vetores da Febre Amarela nos ciclos silvestre e urbano?

A

Ciclo urbano: Aedes.
Ciclo silvestre: Haemagogus.

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5
Q

Onde ocorre a epidemiologia da Febre Amarela no ciclo silvestre?

A

Ocorre mais na África e Américas, com destaque para a região de florestas, como na região da Amazônia.

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6
Q

Quais são os fatores sazonais que afetam a transmissão da Febre Amarela?

A

Durante as estações chuvosas, há um aumento na proliferação dos mosquitos vetores da doença. As águas das chuvas criam locais propícios para a reprodução dos mosquitos, aumentando assim o risco de transmissão.

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7
Q

Explique o processo de migração rural para urbano e seu papel na disseminação da Febre Amarela.

A

A migração rural para áreas urbanas desempenha um papel significativo na disseminação da Febre Amarela. Quando pessoas infectadas migram das áreas rurais, onde a doença é endêmica, para áreas
urbanas, onde os mosquitos Aedes aegypti estão presentes em grande número, há um risco
aumentado de transmissão. Os mosquitos urbanos podem picar essas pessoas infectadas e,
subsequentemente, transmitir o vírus a outras pessoas na área urbana, criando assim um ciclo de transmissão da doença em ambientes urbanos.

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8
Q

O que aconteceu com a Febre Amarela no Brasil em 1942 e por que houve um ressurgimento em 2016-2018?

A

Em 1942, o Brasil iniciou um bem-sucedido programa de controle da Febre Amarela, resultando na eliminação da transmissão urbana da doença. No entanto, a partir de 2016, o país enfrentou um ressurgimento da Febre Amarela. Esse ressurgimento foi atribuído à reurbanização do vírus, ou seja, a reintrodução do vírus da Febre Amarela em áreas urbanas, onde mosquitos Aedes aegypti estavam presentes. O surto de 2016-2018 foi particularmente grave devido à alta densidade populacional e à presença do vetor transmissor em áreas próximas a florestas onde o vírus circulava entre primatas não humanos.

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9
Q

Quais são os sinais e sintomas da Febre Amarela?

A

Inicialmente, os pacientes podem apresentar febre, cefaléia, náuseas e mialgia. A forma mais grave da doença é caracterizada por icterícia, hemorragias, insuficiência renal e hepática, e, em casos
extremos, choque e falência múltipla de órgãos.

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10
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial específico da Febre Amarela?

A

Sorologia para febre amarela, RT-PCR e isolamento viral.

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11
Q

Quais são os exames inespecíficos associados à Febre Amarela? Quais os achados nesses exames?

A

Hemograma (leucopenia com linfocitose, anemia, plaquetopenia), enzimas hepáticas aumentadas e
bilirrubinas aumentadas.

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12
Q

Quais são os critérios para definir um caso suspeito de Febre Amarela?

A

Indivíduo não vacinado que resida ou tenha viajado para região de risco ou região de recomendação de vacinação, e tenha apresentado quadro infeccioso febril agudo, icterícia e manifestações hemorrágicas.

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13
Q

Quais são as medidas de manejo para um paciente com Febre Amarela?

A

Hidratação, tratamento de suporte.

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14
Q

Como funciona a vacinação contra a Febre Amarela?

A

Administrar uma dose aos 9 meses de vida e uma dose de reforço aos 4 anos de idade.

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15
Q

Qual a contraindicação da vacinação contra a Febre Amarela?

A

Indivíduos com história de reação anafilática comprovada em doses anteriores ou relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras),
gestantes.

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16
Q

O que é a Malária e quantos novos casos e óbitos ela causa anualmente?

A

Doença infecciosa febril aguda, prevalente em regiões equatoriais, causando mais de 1 milhão óbitos ao ano. Transmitido pelo mosquito Anopheles.

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17
Q

Quais são os agentes causadores da Malária e como são transmitidos?

A

O causador é o Plasmodium. A transmissão se dá pela picada do mosquito Anopheles.

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18
Q

Quais são os principais vetores da Malária e qual é o seu comportamento?

A

Plasmodium vivax, falciparum (mais grave) e malarie. Eles têm comportamento antropofílico (preferem se alimentar do sangue humano em vez de escolher outros animais como fonte de alimento).

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19
Q

Quais são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dos vetores da Malária?

A

Próximo às residências, água parada e límpida e horários crepusculares.

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20
Q

Como a Malária leva à obstrução vascular e disfunção renal no corpo humano?

A

A hemácia naturalmente se “contorce/deforma” para passar pelo vaso. Quando infectada pela malária, a hemácia deforma menos, tendo dificuldade para passar e, consequentemente, causa obstrução do vaso.

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21
Q

Quais são as manifestações clínicas da Malária?

A

Os sinais e sintomas iniciais da malária são febre, cefaléia, calafrios, sudorese.

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22
Q

Quais são os sinais de Malária grave que indicam uma forma mais severa da doença?

A

Os sinais de malária grave são: Hiperpirexia: Acima de 41 graus (muita hemácia infectada, alta
parasitemia), vômitos repetidos, alteração de consciência , convulsão, oligúria, dispnéia, anemia intensa, icterícia, hemorragias, hipotensão arterial, hiperparasitemia (>2% das hemácias).

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23
Q

Como é feito o diagnóstico da Malária? Quais são os métodos utilizados para visualizar os parasitos no sangue?

A

Gota espessa e teste rápido para detectar o antígeno

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24
Q

Qual é o critério para definir um caso suspeito de Malária em uma região endêmica e não endêmica?

A

Em região não endêmica, o indivíduo deve possuir febre, acompanhado ou não de cefaléia, sudorese, calafrios, mialgia e que tenha viajado para região endêmica 8 a 30 dias antes. No caso de região endêmica, basta apresentar febre.

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25
Q

Quais são as medidas de profilaxia e controle recomendadas para prevenir a Malária?

A

Repelente, combate ao vetor, uso de cortinado, vigilância de casos.

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26
Q

Existe uma vacina disponível para prevenir a Malária? Por que?

A

Não existe uma vacina. O parasita possui estágios de vida complexos, incluindo estágios no mosquito vetor e no hospedeiro humano, tornando difícil desenvolver uma vacina que possa atingir todas as etapas do ciclo de vida do parasita. Além disso, a malária é uma doença que afeta
principalmente regiões tropicais, onde os recursos para pesquisa e desenvolvimento de vacinas são limitados, o que impacta o progresso das pesquisas para encontrar uma vacina mais eficaz.

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27
Q

O que é a Leptospirose e quais são as formas de transmissão da doença?

A

Leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda causada por uma bactéria espiralada do gênero Leptospira.

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28
Q

Quais são os reservatórios da bactéria Leptospira interrogans e qual é o seu papel na transmissão da doença?

A

Ratos domésticos e selvagens. A doença é transmitida através da urina do rato, que carrega a
bactéria. Quando o ser humano entra em contato com água contaminada, seja por enchentes ou inundações, ou contato direto com a urina, há a penetração ativa da bactéria por pele lesada ou mucosas.

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29
Q

Quais são os sintomas comuns da forma anictérica da Leptospirose?

A

Febre alta; Cefaleia; Mialgia intensa; Vômitos; Náuseas; Hiporexia (falta de apetite).

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30
Q

O que o paciente apresenta no período septicêmico da doença?

A

O paciente apresenta pancapilarite, ficando avermelhado, têm vasodilatação periférica e apresenta
hemorragia e extravasamento plasmático.

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31
Q

Quais são os sinais clínicos da forma ictérica da Leptospirose e qual é a síndrome grave associada a essa forma?

A

Alterações hemodinâmicas, cardíacas e de consciência; Hepatite com colestase (menor fluxo de bile) intra-hepática: icterícia; Insuficiência renal aguda; Manifestações hemorrágicas; Comprometimento pulmonar.

  • Síndrome de Weil (forma ictérica grave): Icterícia, insuficiência renal aguda, hemorragia;
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32
Q

Como é feito o diagnóstico da Leptospirose e quais são os exames específicos utilizados? Quais os achados dos exames inespecíficos?

A

Hemograma (leucocitose e plaquetopenia) e teste bioquímico (menos íons K+ e enzimas hepáticas).

*PCR (em fases iniciais), sorologia com amostras pareadas.

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33
Q

Qual é o tratamento indicado para a Leptospirose e por que a notificação é importante?

A

Tratamento de suporte (sintomático), hidratação vigorosa, correção hidroeletrolítica.
Administração de antibiótico: Penicilina cristalina, Doxiciclina, Ceftriaxona. Também é feito o
tratamento de casos suspeitos e pós-exposição.

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34
Q

Quais são as medidas de profilaxia recomendadas para prevenir a Leptospirose?

A

Combate ao rato, saneamento básico, evitar acúmulo de lixo, evitar contato com enchentes.

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35
Q

Quais são os critérios para definir um caso suspeito de Leptospirose de acordo com os critérios epidemiológicos e clínicos?

A

Critério 1: Presença de antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas, como exposição a enchentes, alagamentos, esgoto, lixo e entulho.

Critério 2 : Presença de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas:
➔ Icterícia.
➔ Aumento de bilirrubinas.
➔ Sufusão conjuntival.
➔ Fenômeno hemorrágico.
➔ Sinais de insuficiência renal aguda.

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36
Q

O que são hepatites virais e quais são os principais vírus causadores dessas infecções?

A

Hepatites virais são inflamações do fígado causadas por vírus hepatotrópicos. Os principais vírus são:

Hepatite A (HAV): Vírus RNA do gênero Enterovírus.

Hepatite B (HBV): Vírus DNA do gênero Orthohepadnavirus.

Hepatite C (HCV): Vírus RNA do gênero Hepacivirus.

Hepatite D (HDV): Vírus RNA que depende da coinfecção com HBV.

Hepatite E (HEV): Vírus RNA do gênero Hepevirus.

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37
Q

Quais são as formas de transmissão da hepatite A e quais regiões do mundo são mais afetadas por essa doença?

A

Transmissão oral-fecal, através de água e alimentos contaminados. Regiões Afetadas são áreas com más condições de saneamento, frequentemente em países em desenvolvimento.

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38
Q

Como ocorre a transmissão da hepatite B e quais são as principais vias de entrada do vírus no organismo humano?

A

Transmissão ocorre por contato com sangue ou fluidos corporais infectados, relações sexuais
desprotegidas, compartilhamento de agulhas. Pode entrar por mucosas, pele com lesões ou através de ferimentos.

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39
Q

O que é a hepatite Delta e em que contexto ela pode surgir durante uma infecção pelo vírus B?

A

Surge em pacientes já infectados com HBV. HDV não é infeccioso sozinho; precisa de HBV para
replicação.

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40
Q

Quais são os principais modos de transmissão da hepatite C e quais regiões geográficas apresentam maior prevalência dessa infecção?

A

Exposição ao sangue contaminado, compartilhar agulhas, transfusões de sangue não seguras, relações sexuais desprotegidas.

Regiões geográficas de maior prevalência:

África Subsaariana;
Ásia Central e Oriental:
Europa Oriental e Central;
Ásia Meridional e Sudeste Asiático;
Oriente Médio e Norte da África.

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41
Q

Quais são os sintomas da hepatite aguda, incluindo as fases prodrômica, ictérica e de convalescença?

A

Fase prodrômica: Febre, mal-estar, astenia, hiporexia (falta de apetite), diarréia, náuseas,
desconforto abdominal.

Fase ictérica: Colúria, acolia fecal e icterícia.

Fase de convalescença: período de recuperação após a fase aguda.

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42
Q

Quais são os sintomas da hepatite crônica? Quais os riscos?

A

Atividade necro-inflamatória variável. Risco de cirrose hepática e carcinoma hepático.

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43
Q

Como é feito o diagnóstico específico das hepatites A, B e C? Quais são os marcadores sorológicos importantes para cada uma delas?

A

Hepatite A: Anticorpos anti-HAV (IgM e IgG).

Hepatite B: Antígeno de superfície HBsAg, anticorpos anti-HBc, anticorpos anti-HBs.

Hepatite C: Anticorpos anti-HCV, RNA do HCV por PCR.

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44
Q

Quais são as medidas de profilaxia e prevenção disponíveis para as hepatites virais, incluindo vacinação e estratégias de controle de transmissão?

A

Vacinação para hepatite A e B.

Controle de Transmissão: Educação pública, uso de preservativos, práticas médicas seguras, triagem de doadores de sangue.

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45
Q

O que é Dengue?

A

A dengue é uma doença febril aguda transmitida por mosquitos, sendo a mais importante arbovirose mundial. É causado por quatro sorotipos diferentes: DEN 1, 2, 3 e 4. O vetor responsável pela transmissão são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

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46
Q

Descreva a Patogênese da Dengue.

A

A patogênese da Dengue envolve inoculação do vírus, circulação, viremia, sintomatologia e convalescença. Cerca de 0,3-4% dos casos podem evoluir para a Febre Hemorrágica da Dengue,
sendo influenciados por fatores virais, ambientais e relacionados ao hospedeiro.

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47
Q

Quais são os sinais clínicos de Dengue e qual a diferença entre Dengue, Zika e Chikungunya?

A

A primeira manifestação do Dengue é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias.
As manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas em todas as
apresentações clínicas de Dengue.

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48
Q

O que constitui um caso suspeito de Dengue?

A

Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de, pelo menos, dois sintomas: cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além de ter estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de Dengue ou tenha a presença de Ae. aegypti.

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49
Q

O que é a Prova do Laço e qual é seu objetivo no diagnóstico da Dengue?

A

A Prova do Laço é utilizada para determinar a fragilidade capilar, estimar a tendência à hemorragia, ajuda a reconhecer a trombocitopenia. Exame para o manejo não para o diagnóstico de dengue

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50
Q

Qual é o manejo clínico da Dengue em diferentes grupos de pacientes?

A

GRUPO A: Prova do laço negativo, sem comorbidade, sem sangramento espontâneo, SEM SINAIS DE ALARME.

MANEJO: Hidratação → 60mL/Kg/d
* Repouso
* Hemograma opcional
* Reavaliação diária
* Dipirona/ paracetamol

GRUPO B: (idoso, criança, comorbidade, gestante, laço positivo) Prova do laço positivo OU petéquias, comorbidade ou grupo de risco, SEM SINAIS DE ALARME.

MANEJO: Hidratação → 60mL/Kg/d
* Repouso
* Hemograma obrigatório → verificar hematócrito e
plaquetas.
Hematócrito normal → obs
Hematócrito alto → internação
manter sob observação
* Reavaliação diária

GRUPO C: Um ou mais sinais de alarme, sangramento presente OU ausente. Sem hipotensão.

MANEJO: Internação

GRUPO D: Choque, sangramento presente ou ausente.

MANEJO: internação CTI.

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51
Q

Quais são os métodos de diagnóstico laboratorial da Dengue?

A

Os métodos de diagnóstico são isolamento viral e NS1 até 3º dia e pesquisa de anticorpos
específicos IgM, a partir do 6º dia.

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52
Q

Quais são os pontos chave no manejo clínico da Dengue?

A

Sinais vitais/prova do laço; Hidratação; Acompanhamento e orientações; Reavaliação no primeiro dia após o final da febre;
* Notificação.

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53
Q

Quais os sinais de alarme para dengue?

A
  • Dor abdominal;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • Hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • Letargia e/ou irritabilidade;
  • Hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
  • Sangramento de mucosa;
  • Aumento progressivo do hematócrito.
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54
Q

O que é a Doença de Chagas e qual é o agente causador?

A

Doença infecto-parasitária com curso clínico bifásico (fases aguda e crônica), podendo se manifestar sob várias formas. Agente etiológico é o Trypanosoma cruzi.

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55
Q

Quais são as principais vias de transmissão da Doença de Chagas?

A

Vetorial, oral através da ingestão do barbeiro triturado ou com fezes em açaí ou caldo de cana,
transfusional, transplacentária, leite materno (DCA), transplante.

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56
Q

Quais são os hospedeiros silvestres do Trypanosoma cruzi?

A

Mamíferos de pequeno e médio porte.

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57
Q

Quais são os principais vetores da Doença de Chagas?

A

Triatomíneos (barbeiros).

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58
Q

Onde a Doença de Chagas é endêmica no continente americano?

A

Região Amazônica.

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59
Q

Quais são as fases clínicas da Doença de Chagas?

A

Fase aguda, crônica indeterminada, cardíaca e digestiva.

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60
Q

Quais são os sintomas da fase aguda da Doença de Chagas?

A

Febre prolongada, adenomegalias, exantema, miocardite, pericardite, podendo ter sinais de porta de
entrada como sinal de Romanã e chagoma de inoculação.

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61
Q

O que é o sinal de Romanã e quando ocorre na Doença de Chagas?

A

Ocorre na fase aguda. É caracterizado pelo edema bipalpebral unilateral.

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62
Q

Quais são os sintomas da fase crônica da Doença de Chagas?

A
  • Indeterminada - Assintomática, sem evidências de lesões em órgãos-alvo.
  • Cardíaca - Cardiomegalia, insuficiência cardíaca e arritmias.
  • Digestiva - Megaesôfago e megacólon.
63
Q

Quais exames são usados para diagnóstico da Doença de Chagas?

A
  • Aguda - Sorologia IgM anti-T.cruzi, pesquisa em gota espessa e esfregaço.
  • Crônica - Sorologia IgG anti-T.cruzi.
64
Q

Qual é o tratamento específico para a Doença de Chagas?

A

Benznidazol, mais recomendado para infecções agudas ou crônicas recentes.

65
Q

O que é o tétano e qual é a sua causa?

A

O tétano é uma doença aguda não contagiosa causada pelas exotoxinas produzidas pelo
Clostridium tetani, que leva à hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.

66
Q

Qual é a história do tétano em termos de sua descoberta e imunização?

A

O tétano foi descrito pela primeira vez por Hipócrates e o agente etiológico foi descoberto em 1884. A imunização passiva foi usada durante a 1ª guerra mundial e o toxóide tetânico usado na 2ª guerra mundial.

67
Q

Quais são os fatores de transmissão do tétano?

A

O tétano é transmitido pela introdução dos esporos do Clostridium tetani em soluções de continuidade da pele e mucosas. Condições específicas incluem tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia e infecção.

68
Q

Quais são os sintomas característicos do tétano? Como evolui?

A

Febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas paroxísticas. Assim, o paciente apresenta dificuldade de deglutição (disfagia), contratura dos músculos masséteres (trismo e riso sardônico), do pescoço (rigidez de nuca) e da região dorsal (opistótono). A rigidez muscular é progressiva, atingindo os músculos reto-abdominais (abdomem em tábua) e diafragma, levando à insuficiência respiratória, podendo evoluir com contraturas generalizadas. As crises de contraturas, geralmente, são desencadeadas por estímulos luminosos,
sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

69
Q

O que determina o prognóstico do tétano?

A

O período de incubação e o período de progressão são determinantes importantes. Quanto mais curtos esses períodos, mais grave é o prognóstico. Se o período de incubação para inferior a 7 dias
ou o período de progressão para inferior a 48, isso indica mau prognóstico.

70
Q

Quais são os focos de infecção que podem levar ao tétano?

A

Os focos de infecção incluem lesões, aborto provocado, focos prematuros, lesões por T. penetrans, miíase, mordeduras de cães, acidentes com coto umbilical.

71
Q

Como é feito o diagnóstico do tétano?

A

O diagnóstico do tétano é essencialmente clínico/epidemiológico. Embora existam métodos laboratoriais, eles não são amplamente utilizados devido à dificuldade.

72
Q

Qual é o tratamento e a profilaxia do tétano?

A

Metronidazol ou Penicilina; sedativos; debridamento e limpeza do ferimento; soro antitetânico e vacina quando necessário. Profilaxia envolve evitar ferimentos, vacinação de rotina, limpeza do ferimento, soro-vacinação.

73
Q

Qual a indicação de vacina do Tétano em caso de ferimento?

A

Se o paciente teve 3 vacinas ou mais e a última dose foi em menos de 5 anos ele não necessita de reforço.

74
Q

O que é a Febre Maculosa e quais são suas formas de manifestação?

A

É uma doença infecciosa febril aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. É transmitida
através da picada do carrapato infectado.

75
Q

Quais são as regiões no Brasil onde a Febre Maculosa (Rickettsia rickettsii) é mais prevalente?

A

Mais prevalente no sudeste (SP, MG, RJ, ES).

76
Q

Quais são os principais reservatórios da Rickettsia rickettsii e como ocorre a transmissão da doença?

A

Carrapatos, roedores, equinos e marsupiais. A transmissão ocorre com a picada do carrapato infectado por um período maior que 4-6 horas.

77
Q

Quais são os sintomas comuns da Febre Maculosa durante o período de incubação?

A

Os sintomas iniciais são febre, cefaléia, mialgia, mal estar, náusea e vômito. Depois evolui para exantema maculopapular de evolução centrípeta.

78
Q

Qual é a sazonalidade da Febre Maculosa e por que ela é mais prevalente nessa época?

A

Inverno e primavera, pois é o período de reprodução dos carrapatos.

79
Q

Como evolui o exantema maculopapular da Febre Maculosa e qual é o padrão típico de acometimento?

A

Evolução centrípeta. Padrão típico: Acometimento de membros inferiores e palmo-plantar.Evolução para padrão petequial hemorrágico

80
Q

Quais são as manifestações clínicas das formas graves de Febre Maculosa?

A

Hepatoesplenomegalia, edema de membros inferiores, manifestações gastrointestinais, respiratórias e neurológicas, hemorragias.

81
Q

Como é feito o diagnóstico da Febre Maculosa? Quais são os métodos laboratoriais utilizados?

A

Sorologia através de amostras pareadas (RIFI).

82
Q

Quais são os critérios para definir um caso suspeito de Febre Maculosa em um paciente?

A

Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia, mialgia e que tenha relatado história de
picada de carrapatos ou tenha frequentado área de transmissão de febre maculosa, nos últimos 15 dias, exantema maculopapular e/ou manifestações hemorrágicas.

83
Q

Qual é o tratamento indicado para a Febre Maculosa?

A

Doxiciclina.

84
Q

Quais são as medidas de profilaxia e controle recomendadas para prevenir a Febre Maculosa?

A

Controle dos carrapatos, uso de roupas compridas e repelentes.

85
Q

Quais são as populações-chave mais afetadas pelo HIV e quais são os grupos de risco associados à transmissão do vírus?

A

Homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis, trabalhadores do sexo, clientes de trabalhadores do sexo. Os grupos de risco são pessoas com múltiplos parceiros sexuais, que fazem relação sexual sem preservativos, usuários de drogas injetáveis, parceiros de pessoas HIV +, bebês de mães HIV +.

86
Q

Como é feito o diagnóstico do HIV e quem deve fazer o exame de sorologia regularmente?

A

Exame sorológico anti-HIV, deve-se fazer 2 testes + 1 teste confirmatório em 2 amostras diferentes. Deve fazer o exame todas as pessoas acima de 13 anos que tenham vida sexual ativa. Populações-chave devem fazer exame a cada 6 meses.

87
Q

Qual é a janela imunológica no teste de sorologia para o HIV e por que é importante considerá-la ao interpretar os resultados?

A

A janela imunológica é de 60 dias. É importante considerá-la pois, ao fazer o teste devemos nos atentar aos exames falso negativos em estágios iniciais da infecção.

88
Q

Quais são os estágios clínicos da infecção pelo HIV, desde a fase aguda até a AIDS, e quais são os sinais e sintomas associados a cada estágio?

A

Estágio 1: Assintomático, fase aguda, maior carga virêmica;

Estágio 2: Sintomas leves;

Estágio 3: Sintomas moderados;

Estágio 4: Sintomas graves, fase de AIDS.

89
Q

Qual é o papel da carga viral e da queda de CD4 na progressão da infecção pelo HIV?

A

A carga viral indica qual o estágio da doença do indivíduo. Carga viral alta é na fase aguda da doença, onde há um maior risco de transmissão, e na fase tardia, próximo à morte do indivíduo.

  • O nível de CD4 indica o acometimento do sistema imune do indivíduo e consequentemente o risco
    de infecções oportunistas.
  • Normal: CD4 acima de 500, preferencialmente 1000.
  • Imunossupressão
    avançada: Abaixo de 200.
90
Q

Quais são os sinais de sintomas da infecção pelo HIV?

A

Febre, mal-estar, adenopatia, faringite, exantema.

91
Q

Quais são os tratamentos disponíveis para o HIV e o que envolve essa terapia?

A

O tratamento consiste na Terapia Antirretroviral (TARV), que consiste em um coquetel de
medicamentos capazes de agir em diferentes fases de replicação viral: inibidores de protease, inibidores de transcriptase reversa, inibidores de integrases, etc. O TARV permite o controle do
HIV, reduzindo a carga viral entre os infectados, permitindo com que a doença fique indetectável e intransmissível pelo indivíduo.

92
Q

Como ocorre a transmissão sexual do HIV e quais são os fatores de risco que aumentam a probabilidade de transmissão?

A

A transmissão do HIV ocorre principalmente por sexo anal e vaginal desprotegido, além de uso de drogas injetáveis. Os fatores de risco são lesões genitais, ISTs, carga viral, estágio de infecção.

93
Q

Quais são as medidas preventivas eficazes para evitar a transmissão do HIV?

A

Comportamentais incluem uso de preservativos, sexo com menos parceiros, uso de seringas descartáveis, reduzir consumo de álcool e drogas, uso da TARV entre os infectados, educação em saúde.

94
Q

Qual é o impacto da Terapia Antirretroviral (TARV) na morbimortalidade relacionada ao HIV e na expectativa de vida dos pacientes?

A

Reduz significativamente a morbimortalidade relacionada ao HIV e aumenta a expectativa de vida dos pacientes, permitindo vidas saudáveis e produtivas.

95
Q

Por que é importante que as pessoas saibam seu status sorológico do HIV e como isso influencia as práticas seguras e a prevenção?

A

Para tratar adequadamente e adotar práticas seguras para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas.

96
Q

Qual é o conceito de “indetectável = intransmissível” no contexto do HIV e por que é relevante para a prevenção da transmissão?

A

Pessoas com carga viral indetectável devido à TARV não transmitem o HIV sexualmente, desde que mantenham a supressão viral. Reforça a importância do tratamento e da adesão à TARV para prevenir a transmissão do HIV.

97
Q

Quais são as fases da sífilis e quais são as características clínicas de cada fase?

A
  • Sífilis Primária: Cancro duro: Lesão ulcerada indolor com bordas endurecidas e fundo liso e brilhante.
  • Sífilis Secundária: Disseminação sistêmica, roséola sifilítica (lesões de pele avermelhadas e descamativas), lesões cutâneas (diversos padrões), exantema, adenomegalia, úlceras orais,
    acometimento palmo plantar, alopécia, condiloma plano.
  • Sífilis Terciária: Necrose gomosa, com acometimento cutâneo, cardiovascular (aneurismas), ósseo e neurosífilis.
98
Q

Como a sífilis é transmitida e quais são os comportamentos de risco associados à sua disseminação?

A

A sífilis é transmitida através da relação sexual desprotegida (inclusive por sexo oral), parenteral (drogas injetáveis) e congênita. Comportamentos de risco: Sexo sem uso de preservativo, múltiplos
parceiros, compartilhamento de seringas.

99
Q

Qual é a relação entre sífilis e HIV?

A

As lesões provocadas pela sífilis favorecem a infecção pelo HIV, uma vez que permite o contato com mucosa lesada.

100
Q

Quais são os métodos de diagnóstico da sífilis, tanto clínicos quanto laboratoriais?

A

Microscopia em campo escuro. Sorologia para sífilis: testes não-treponêmicos (VDRL) e testes
treponêmicos. O VDRL detecta novas infecções, enquanto o treponêmico fica positivo pelo resto da vida após a infecção.

101
Q

Quais são as manifestações da sífilis congênita e quais são as diferenças entre a forma recente e tardia?

A

Sífilis congênita: Recente - Prematuridade, rinite, osteocondrite, hepatoesplenomegalia, lesões
cutâneas, alterações de cartilagens e mucosas.

*Tardia - Alterações ósseas, nariz em sela, deformidades
dentárias, déficits auditivos e visuais, retardo mental.

102
Q

Qual é o tratamento padrão para a sífilis e qual é o medicamento de escolha?

A

Penicilina.

103
Q

Como a sífilis pode ser controlada e prevenida, especialmente em grupos de alto risco, como gestantes e parceiros sexuais?

A

Através da relação sexual com uso de preservativo, testagem e tratamento dos doentes, pré-natal.

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

104
Q

O que caracteriza as meningites agudas e por que elas são consideradas uma condição grave?

A

Inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), causada por agentes infecciosos, geralmente bacterianos ou virais. São consideradas graves devido à proximidade do sistema nervoso central e podem levar a complicações neurológicas e até à morte.

105
Q

Quais são as principais etiologias das meningites agudas bacterianas e virais?

A

Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae; Enterovírus.

106
Q

Quais são os sinais e sintomas clássicos das meningites agudas e como eles podem variar entre as diferentes etiologias?

A

Cefaléia, febre, alteração do estado mental (TRÍADE) + Rigidez de nuca. Outros: Edema de papila óptica, hemiparesia.

107
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial das meningites agudas? Quais os achados?

A

Através da punção lombar, para examinar o líquido cefalorraquidiano (LCR).

Hematologia: Hemácias/leucócitos (aumentados); Bioquímica: Glicose (diminuída) /proteínas (aumentada).
Também é feito PCR e cultura.

108
Q

Quais são as complicações possíveis das meningites agudas, incluindo sequelas neurológicas e outras
condições graves?

A

Hidrocefalia (dilatação do ventrículo), crise convulsiva, inflamação nos vasos, pequenos infartos, derrames, sequela motora, alteração visual e auditiva, herniação transtentorial.

109
Q

Como é realizada a profilaxia para meningites bacterianas, especialmente em contatos próximos de pacientes diagnosticados com meningite meningocócica ou por Haemophilus influenzae?

A

Pré-exposição: Vacina
* Vacina Meningocócica conjugada (C, ACWY, B), Vacina Pneumo (7-10-13-23), Vacinas bacterianas combinadas: HiB, difteria, tétano, coqueluche, BCG: Formas graves da tuberculose (neurotuberculose).

  • Pós-exposição: Neisseria meningitidis - Indicada para contatos íntimos, expostos a secreções orais, de pacientes com meningite meningocócica (Rifampicina 600 mg ou Ciprofloxacina 500 mg).
    Haemophilus influenzae B - Todos os contatos domiciliares quando há criança <4 anos não
    vacinada (Rifampicina 600 mg/dia por 4 dias).
110
Q

Quais são os critérios para iniciar rapidamente a antibioticoterapia em casos suspeitos de meningite
aguda, e por que a velocidade de intervenção é crucial?

A

Qualquer suspeita de meningite deve iniciar imediatamente a administração de antibióticos. A
velocidade de intervenção está diretamente ligada ao bom prognóstico do paciente.

111
Q

Quais são os sinais meníngeos clássicos, incluindo o sinal de Brudzinski, o sinal de Kernig e o sinal de Lasegue?

A

SINAL DE BRUDZINSKI:

Descrição: Este sinal é positivo quando, ao flexionar passivamente o pescoço do paciente (elevar a cabeça em direção ao peito), ocorre uma flexão involuntária das pernas e dos quadris.

Interpretação: A flexão reflexa das pernas ao flexionar o pescoço sugere irritação meníngea.

SINAL DE KERNIG:

Descrição: paciente é colocado deitado de costas, o examinador flexiona a perna do paciente no quadril e no joelho a 90 graus e, em seguida, tenta estender a perna no joelho. O sinal é positivo se houver dor nas costas ou resistência à extensão do joelho.

Interpretação: Dor ou resistência à extensão da perna indicam irritação das meninges.

SINAL DE LASEGUE (Teste de Elevação da Perna Retificada ou Sinal da Perna Estendida):

Descrição: paciente deitado de costas, o examinador eleva passivamente a perna estendida do paciente. O teste é positivo se a elevação da perna causar dor ao longo do trajeto do nervo ciático (especialmente abaixo dos 70 graus de elevação), sugerindo irritação do nervo ciático ou, menos frequentemente, da raiz do nervo, que pode ser associada a condições que afetam a coluna vertebral e não especificamente a irritação meníngea.

Interpretação: Este teste é mais comumente usado para detectar ciática ou hérnia de disco, mas pode estar presente em casos de irritação meníngea se a dor for mais difusa e não apenas ao longo do trajeto do nervo ciático.

112
Q

Como a meningococcemia se diferencia da meningite meningocócica em termos de apresentação clínica e tratamento?

A
  • Meningite Meningocócica: Envolvimento primário das meninges, sintomas neurológicos, progressão mais lenta, tratamento com antibióticos e suporte sintomático.
  • Meningococcemia: Disseminação sistêmica, sintomas de sepse, erupção cutânea característica, progressão muito rápida, tratamento com antibióticos e suporte intensivo agressivo devido ao risco de choque séptico e falência múltipla de órgãos.
113
Q

Por que as meningites bacterianas são consideradas mais graves e têm uma taxa de mortalidade mais
alta do que as meningites virais?

A

Natureza da Infecção:

Bacterianas: As bactérias causadoras de meningite, como Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae, causam inflamação severa e liberam toxinas que danificam os tecidos do cérebro e da medula espinhal.
Virais: Os vírus causadores de meningite, como os enterovírus, o vírus do herpes simples e o vírus da caxumba, provocam inflamações menos intensas e menos destrutivas, geralmente não tão agressivas quanto as bactérias.
Resposta Inflamatória:

Bacterianas: Provocam uma resposta inflamatória intensa, causando edema cerebral, aumento da pressão intracraniana e diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, podendo levar a danos neurológicos permanentes ou morte.
Virais: A resposta inflamatória é menos severa, resultando em menores complicações neurológicas e menor risco de morte.
Rapidez de Progressão:

Bacterianas: Podem progredir rapidamente, com agravamento dos sintomas em poucas horas. Se não tratada imediatamente, pode resultar em complicações graves ou morte.
Virais: A progressão é mais lenta, com sintomas desenvolvendo-se ao longo de dias. Muitas formas são autolimitadas, resolvendo-se sem necessidade de tratamento específico.
Tratamento e Resistência:

Bacterianas: Requerem antibióticos específicos, com eficácia dependendo da rápida administração. Pode haver resistência bacteriana, complicando o tratamento.
Virais: Geralmente não têm tratamento antiviral específico e são tratadas com medidas de suporte, com recuperação completa na maioria dos casos sem intervenções agressivas.
Complicações:

Bacterianas: Podem incluir sepse, choque séptico, convulsões, perda de audição, déficits neurológicos permanentes e, em casos severos, morte.
Virais: As complicações são menos comuns e severas. Os pacientes geralmente se recuperam completamente sem sequelas graves.

114
Q

Quais são as principais causas de diarréias agudas infecciosas e por que representam um grande problema de saúde pública em todo o mundo?

A

As diarréias agudas infecciosas são causadas por uma variedade de agentes infecciosos, incluindo
vírus (ex. rotavírus), bactérias (ex. E. coli, Salmonella, Shigella), protozoários (ex. Giardia,
Entamoeba), entre outros. Essa diversidade torna o controle e a prevenção desafiadores. As diarreias agudas representam um grande problema de saúde pública devido à sua alta incidência e ao risco de
desidratação, especialmente em crianças. A morbimortalidade é significativa, muitos deles em
crianças.

115
Q

Como a desnutrição está relacionada com a diarreia em crianças?

A

A desnutrição leva a uma imunidade comprometida, atrofia da mucosa intestinal e diminuição da absorção de nutrientes, tornando a criança mais suscetível à diarreia. Além disso, a diarreia leva à
perda de água e eletrólitos, piorando a desnutrição.

116
Q

Quais são os fatores que determinam a frequência, tipo e severidade das diarreias agudas, e como esses fatores variam de acordo com “quem, onde e quando”?

A

Quem: Idade, condições de moradia, hábitos pessoais, exposição a comunidades com alta prevalência de diarreia.

Onde: Variações climáticas e socioeconômicas influenciam a disponibilidade de água limpa e
saneamento.

Quando: É mais comum durante o período chuvoso, quando a contaminação da água é mais
provável.

117
Q

Explique por que o período de desmame é considerado de alto risco para a ocorrência de diarreia em crianças.

A

Durante o período de desmame, a criança é exposta a alimentos e líquidos que podem ser
contaminados e inadequados. Além disso, há um hiato imunológico, uma vez que a proteção dos anticorpos maternos diminui, tornando a criança mais suscetível a infecções.

118
Q

Quais são os sinais de desidratação e como ela pode ser classificada em relação à perda hídrica do corpo?

A

Sede, pele e mucosas ressecadas, perda da elasticidade da pele e oligúria; diminuição do débito urinário. Sinais tardios - taquicardia, hipotensão postural pulso fraco, obnubilação, febre e coma.
Choque hipovolêmico.

119
Q

Descreva as características das diarreias aquosas “delgado” (alta) e das diarreias sanguinolentas “grosso”.

A

Diarreias Aquosas “Delgado” (Alta): Caracterizadas por fezes explosivas, grande volume, conteúdo de resíduos de alimentos, sem sangue ou muco, febre baixa e menos episódios/dia. Podem ser
causadas por vírus, como o rotavírus.

Diarreias Sanguinolentas “Grosso” (Colite e Proctite): Apresentam sangue, muco, pus nas fezes, dor abdominal, tenesmo (sensação de evacuação incompleta) e febre. Podem ser causadas por bactérias como Shigella, Campylobacter, Salmonella, entre outras.

120
Q

Como é feito o diagnóstico clínico e epidemiológico das diarreias agudas, e quais são os exames laboratoriais geralmente realizados, se necessário?

A

O diagnóstico geralmente é clínico e epidemiológico, baseado na história clínica, sintomas, exame físico e na exposição a fatores de risco. Exames laboratoriais, como coprocultura, podem ser
realizados em casos selecionados.

121
Q

Qual é a importância da hidratação no tratamento das diarreias agudas e como a terapia de reidratação oral é administrada?

A

A hidratação é essencial para prevenir a desidratação, sendo a terapia de reidratação oral uma
abordagem comum. Sachê disponível no SUS faz reposição de potássio (comum hipocalemia).

122
Q

Quando a antibioticoterapia é indicada no tratamento de diarreias agudas?

A

A antibioticoterapia é indicada no tratamento de diarreias agudas em casos específicos,
especialmente quando há sinais de infecção bacteriana grave, presença de sangue nas fezes e
comprometimento do estado geral do paciente

123
Q

Quais são as medidas de prevenção das diarreias agudas?

A

Medidas de prevenção incluem saneamento básico, lavagem das mãos, cuidado com alimentos, controle da qualidade da água e vacinação (por exemplo, contra o rotavírus).

124
Q

Qual é o papel dos adultos como reservatório?

A

Os adultos podem atuar como reservatórios de patógenos e transmitir a infecção às crianças.

125
Q

O que é a esquistossomose e quais são as áreas geográficas onde ela é mais prevalente, incluindo regiões específicas no Brasil?

A

A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni. É prevalente em áreas tropicais e subtropicais de países em desenvolvimento, especialmente na África, América do Sul, Caribe, Oriente Médio e Sudeste Asiático. No Brasil, é encontrada em regiões específicas, como Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Espírito Santo, principalmente em áreas rurais e periurbanas.

126
Q

Explique o ciclo de vida do Schistosoma mansoni, indicando os hospedeiros intermediários e definitivos envolvidos.

A

O ciclo de vida envolve hospedeiros intermediários, que são caramujos do gênero Biomphalaria, e hospedeiros definitivos, que são seres humanos. Os ovos liberados nas fezes de pessoas infectadas contaminam a água. Na água, os ovos liberam miracídios, que infectam caramujos, onde se
desenvolvem em cercárias. As cercárias penetram ativamente a pele humana quando entram em contato com água contaminada. No corpo humano, as cercárias se transformam em vermes adultos que residem nas veias mesentéricas.

127
Q

Como ocorre a transmissão da esquistossomose, especialmente em relação ao contato com águas contaminadas por cercárias?

A

A transmissão ocorre quando as pessoas entram em contato com águas contaminadas por cercárias. Atividades domésticas, profissionais e de lazer no peridomicílio, como lavagem de roupas ou banho em rios contaminados, aumentam o risco de infecção.

128
Q

Como é feito o diagnóstico da esquistossomose?

A

O diagnóstico é clínico/epidemiológico. Pode-se pedir exames laboratoriais, como hemograma, EPF
para detecção de ovos nas fezes e biópsia retal, em alguns casos.

129
Q

Quais são as manifestações clínicas da forma crônica da esquistossomose, incluindo as formas intestinal, hepatointestinal e hepatoesplênica?

A

Forma Intestinal: Diarréia periódica, dor abdominal, náuseas, tonteira.

Forma Hepatointestinal: Lesões hepáticas discretas, Hepatomegalia endurecida, fibrose septal, inflamação porta.

Forma Hepatoesplênica: Envolvimento do fígado e do baço, fibrose periportal (de Symmers), hipertensão portal, ascite, varizes esofagianas (hemorragia digestiva alta), circulação portossistêmica
colateral, esplenomegalia e hiperesplenismo (menos plaquetas e anemia), dilatação de veia porta, dilatação de veia esofágica.

129
Q

Quais são as características clínicas da forma aguda da esquistossomose, incluindo os sintomas e sinais observados?

A

Na forma aguda, os sintomas incluem febre, calafrios, cefaleia, mialgia, diarreia, hepatomegalia e esplenomegalia. Pode haver também reações cutâneas e pulmonares devido à migração dos vermes.

130
Q

Qual é o tratamento específico para a esquistossomose e quais são as medidas de controle
recomendadas para prevenir a disseminação da doença?

A

O tratamento envolve antiparasitários específicos, como o praziquantel. Medidas de controle incluem identificação e tratamento de casos, controle de caramujos, saneamento ambiental,
tratamento químico de criadouros, controle biológico com espécies competidoras e notificação compulsória de casos suspeitos.

131
Q

Quais são os critérios clínicos de suspeita para a esquistossomose e quais são os procedimentos de notificação compulsória em caso de suspeita da doença?

A

Indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica, com quadro clínico sugestivo das formas assintomática, aguda ou crônica, com história de contato com as coleções hídricas nas quais existam caramujos eliminando cercárias. Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de
fezes.

  • Constituem critérios clínicos de suspeita todas as manifestações clínicas compatíveis, especialmente das formas mais graves: forma toxêmica aguda, hepato-esplênica, hipertensão portal, vasculho-pulmonar, neuroesquistossomose (mielite), nefropatia, ginecológica, intestinal pseudotumoral.
132
Q

Explique como a migração dos ovos do Schistosoma mansoni pode levar à hipertensão portal e quais são as complicações associadas a esse fenômeno.

A

Veias mesentéricas captam o sangue venoso do mesentério e levam ao fígado via sistema porta e sai via sistema cava. O ovo vai na direção contrária ao fluxo sanguíneo, desce até o sigmóide, atravessando o capilar e posteriormente a luz intestinal. Segue o fluxo e vai para o fígado, forma granuloma, fibrose (dificulta a drenagem do sistema porta), aumenta a pressão (hipertensão portal),
aumenta o baço. As possíveis complicações são ascite, varizes esofagianas (hemorragia digestiva alta), circulação portossistêmica colateral, esplenomegalia e hiperesplenismo (menos plaquetas e anemia), dilatação de veia porta, dilatação de veia esofágica

133
Q

Por que o exame sorológico não é recomendado para diagnóstico?

A

O exame sorológico não é recomendado para o diagnóstico de esquistossomose porque ele não é suficientemente sensível ou específico para identificar a infecção de forma confiável.

134
Q

Quais são os fatores epidemiológicos que contribuem para a alta incidência de esquistossomose em determinadas áreas?

A

A alta incidência em certas áreas está relacionada a atividades no peridomicílio, como lavagem de
roupas em rios contaminados e uso de água para higiene pessoal. A falta de saneamento básico e a proximidade com águas contaminadas contribuem para a disseminação da doença

135
Q

O que é Leishmaniose Tegumentar?

A

Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete
pele e mucosas.

136
Q

O que é Leishmaniose Visceral?

A

Doença crônica e sistêmica que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

137
Q

Qual é a diferença entre Leishmaniose Tegumentar e Leishmaniose Visceral em termos de acometimento e sintomas?

A

LV - É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, entre outras manifestações.

LT - As lesões cutâneas podem ser únicas, múltiplas, disseminada ou difusa. A úlcera típica da forma cutânea é geralmente indolor, com formato arredondado ou ovalado, com bordas bem
delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e granulações grosseiras. Já a forma mucosa
caracteriza-se pela presença de lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores.

138
Q

Quais são os agentes etiológicos, reservatórios e vetores de Leishmaniose Tegumentar e Visceral?

A

LV - Agente é o protozoário Leishmania (Leishmania) infantum. Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os marsupiais.
Vetor é o Lutzomyia longipalpis.

LT - Leishmania (Leishmania) amazonensis; Leishmania (Viannia) guyanensis; Leishmania (Viannia) braziliensis. Os reservatórios são espécies de animais silvestres (roedores, marsupiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) e domésticos (canídeos, felídeos e
equídeos). Vetor é o Lutzomyia.

139
Q

Quais são os países onde a Leishmaniose Visceral é endêmica?

A

Brasil, Índia, Etiópia, Quênia, Sudão do Sul, Somália, Sudão.

140
Q

Descreva o padrão típico de uma úlcera de Leishmaniose Tegumentar.

A

Bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor.

141
Q

Como o equilíbrio entre as respostas imunes Th1 e Th2 pode influenciar o curso da Leishmaniose?

A

TH1>TH2 (+Celular) = Hipersensibilidade tardia - Tende a ter forma MUCOSA

TH2>TH1 (+Humoral) - Tende a ter forma DISSEMINADA

Equilíbrio TH1-TH2 - Tende a ter forma LOCALIZADA

142
Q

Quais são os métodos de diagnóstico de Leishmaniose Tegumentar e Visceral?

A

LT - Imunológico: Intradermorreação de montenegro; Molecular: PCR.

Parasitológico: Aspirado de medula óssea, baço e linfonodo.

LV - Imunológico: Sorologia (RIFI, ELISA);

Parasitológico: Biópsia da lesão (demonstração direta); Isolamento em cultivo

143
Q

Qual é o tratamento de primeira linha para Leishmaniose no Brasil?

A

Antimoniato de meglumina .

144
Q

O que é a raiva humana e qual é a sua causa?

A

Raiva humana é uma doença infecciosa aguda e fatal causada por um vírus neurotrópico que
infecta animais de sangue quente e penetra através de soluções de continuidade

145
Q

Quais são os animais de alto risco de transmissão da raiva?

A

Morcegos, gatos, cães, bovinos e equinos são considerados de alto risco para a transmissão da raiva.

146
Q

Como a raiva afeta o sistema nervoso central (SNC) e outras glândulas do corpo?

A

O vírus da raiva adere aos receptores de acetilcolina de células musculares e, via centrípeta, relacionada ao SNC, e via centrífuga, atinge glândulas salivares e outros órgãos.

147
Q

Quais são os sintomas da raiva humana e como eles se manifestam ao longo do tempo?

A

Os sintomas incluem mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer
linfoadenopatia, dolorosa à palpação, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, bem como alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou convulsões. Ocorrem espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua, quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorréia
intensa.

148
Q

Quais são as medidas de vigilância epidemiológica para a raiva humana?

A

Notificação compulsória de caso suspeito, vacinação de bloqueio de cães e gatos, vacinação de
rotina de animais domésticos, profilaxia de indivíduos expostos.

149
Q

Como são as exposições à raiva?

A

As exposições são exposições como contato com saliva animal indireto, acidentes leves (ferimentos superficiais), e
acidentes graves (ferimentos profundos).

150
Q

Qual é o esquema de profilaxia pós-exposição para diferentes tipos de acidentes com animais?

A

A profilaxia inclui cuidados locais, vacinação e soro antirrábico em alguns casos.

Acidentes Leves:
➔ Cão ou gato sem suspeita - Esquema 4 doses (dias 0, 3, 7, 14)
➔ Cão ou gato suspeito - Esquema 2 doses (dias 0 e 3); Observar animal por 10 dias. Se animal adoecer ou morrer: Completar 4 doses (dias 7, 10, 14)
➔ Cão ou gato raivoso, morto, desaparecido, animal de produção - Esquema (dias 0, 3, 7, 14).

Acidentes graves:
➔ Cão ou gato sem suspeita - Esquema 2 doses (dias 0 e 3). Observar animal por 10 dias. Se
animal adoecer ou morrer: Completar 4 doses (dias 7, 10, 14).
➔ Cão ou gato suspeito - Esquema SORO e VACINA - 2 doses (dias 0 e 3). Se animal adoecer ou morrer: Completar 4 doses (dias 7, 10, 14).
➔ Cão ou gato raivoso, morto, desaparecido, animal de produção. Esquema SORO e
VACINA (dias 0, 3, 7, 14).

Nas agressões por morcegos, deve iniciar SORO/VACINA em
qualquer situação.

151
Q

Quais são as reações adversas associadas à vacinação contra a raiva?

A

Reações adversas leves ocorrem em 10-30% dos casos e podem incluir dor, edema e hiperemia no local da injeção.

152
Q

Quando é indicada a aplicação de soro antirrábico e qual é a dose utilizada?

A

Em casos de mordeduras graves, em que o animal é suspeito ou quando o cão ou gato está raivoso, morto, desaparecido. A dose é de 40ui por kg.

153
Q

Quais são os métodos de diagnóstico de Leishmaniose Tegumentar e Visceral?

A

LTA:
- Parasitológico: Biópsia da lesão (impressão por aposição na lâmina e coloração de Giemsa).

  • Imunológico: Intradermorreação de Montenegro.

LV:
- Parasitológico: Exame direto (observar formas amastigotas de material coletado, pode ser aspirado de medula óssea, ou baço, linfonodo e fígado).

  • Imunológico: RIFI (reações de imunofluorescência indireta).