Fixação Flashcards

1
Q

Para que serve?

A

Etapa fundamental que serve para preservar os tecidos

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2
Q

Principios Gerais: Imobilização de células e tecidos

A

A partir do momento em que o tecido é retirado, a autólise das células deixa de ser evitada e as enzimas começam a digerir as membranas proteicas.
Assim queremos que a fixação promova a máxima semelhança entre o tecido visto ao MO e in vivo

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3
Q

Principios Gerais: Inibição da Autólise Celular

A

Começa a haver uma autodigestão enzimática; Leva a instabilidade da membrana lisossómica e à rutura das membranas. Isto provoca uma libertação enzimática e assim à destruição.
O grau de autólise depende do órgão e do seu conteudo enzimático.
Efeitos ao MO –> áreas de necrose

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4
Q

Principios Gerais: Inibição da putrefação tecidular

A

É a destruição dos tecidos por ação microbiana, através de toxinas e enzimas bacterianas.
Orgãos com flora normal abundante são os mais sujeitos (intestino, estômago, vesícula)
Efeitos ao MO –> coloração difusa, vacuolização

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5
Q

Principios Gerais: Solidificação do material coloidal

A

Fixação induz a formação de novas ligações o que leva à solidificação.
Quistos ficam transformados em geis e não solidificam.

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6
Q

Principios Gerais: Endurecimento

A

É desejável e permite a manipulação das peças sem as danificar

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7
Q

Principios Gerais: Modificação dos indices de refração

A

Fixação muda o indice de refração de forma não uniforme e por isso permite distinguir certos detalhes celulares mesmo antes da coloração

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8
Q

Principios Gerais: Modificação do Volume

A

Varia consoante a quantidade de água que constitui o tecido e a PO entre fixador e tecido.
É de evitar que haja distorção do tecido.

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9
Q

Principios Gerais: Insolubilização dos constituintes celulares

A

As substancias devem ser insoluveis no fixador para que não se percam.
Há fixadores específicos para cada tipo de substancias. Por exemplo: Fixadores alcoolicos preservam melhor o glicogénio do que qualquer outro.

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10
Q

Principios Gerais: Modificação de afinidades tinturiais

A

A fixação pode ter um efeito:
Positivo - separa ácidos nucleios das histonas e permite a sua deteção e estudo
Negativo - fixação longa extrai os ácidos nucleicos e anula o seus estudo. Há basofilia nuclear.

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11
Q

Métodos de Fixação Físicos: Frio

A

A congelação do tecido é a forma de fixação e conservação.
Métodos:
Congelação instantânea por imersão em isopentano
Criodissecação ou Liofilização (uso de nitrogénio líquido; conserva estrutura antigénica)
Criosubstituição: rápida; tecidos imersos em acetona e etanol

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12
Q

Cortes de Congelação

A
Usados para: 
Estudos de lípidos
Estudos histoenzimáticos
Estudos de imunoflorescencia (deteção de antigénio)
Exames Temporâneos
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13
Q

Métodos de Fixação Físicos: Calor

A

Faz alterações profundas nos tecidos, maioritariamente irreversíveis;
Usa-se quando se querem acelerar as reações
É usado o microondas
Serve apenas para biópsias pequenas; é necessária a utilização de solução de NaCl a 0,9%; há preservação de antigénios

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14
Q

Métodos de Fixação Químicos: Vapores

A

Aquece-se o fixador e coloca-se o tecido a fixar por cima deste. Libertam-se vapores que levam à fixação.
Usado em:
Tecidos preservados por criodissecação; imunocitoquímica; estudos de flurescencia; demosntração de enzimas hidrolíticas; estudos ultraestruturais em ME

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15
Q

Quais os fixadores usados para estudos ultraestruturais na ME?

A

Formaldeído, Glutaraldeído; Tetróxido de ósmio;

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16
Q

Métodos de Fixação Químicos: Perfusão

A

Injeta-se reagente fixador no sistema circulatório e permite um estudo in vivo (só usado na experimentação)
Usa-se em AP pseudo-perfusão que é usada para estudo da árvore bronquica. É uma técnica ex vivo

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17
Q

Métodos de Fixação Químicos: Imersão

A

Contacto direto do fixador com o tecido;
A fixação ocorre de fora para dentro
É o método mais utilizado

18
Q

Fatores que influenciam a fixação por imersão

A
Intervalo entre a colheita e a fixação deve ser o mais curto possível
Rapidez
Volume do fixador
Espessura do material biológico
Consistencia dos tecidos
Tempo de fixaçao 
Concentração do fixador 
Temperatura
pH
Lavagens pós-fixação
PO
Tipo de fixador
19
Q

Situações especiais de fixação de órgãos:

A

Pulmão - pulmão está cheio de ar e por isso flutua. Faz-se pseudo-perfusão pela árvore bronquica e coloca-se gazes embebidas em formalina na superficie do pulmão para este ficar totalmente submerso.
Mama - tem tecido adiposo e por isso tendencia a flutuar e é um tecido dificil para o fixador penetrar. Fazem-se cortes seriados paralelos para aumentar a superficie de contacto. Coloca-se gaze embebida entre os cortes e em cima
Intestino e estomago - colocar gaze no lumen de forma a não enrolar ou então estica-se numa placa.

20
Q

Rapidez de penetração do fixador

A

Dependo do tipo de agente quimico;
É uma propriedade intrinseca de cada fixador.
Ordem (+rápido 1º) - ácido acético; acido tricloroacetico; formalina 10%; etanol 95%; cloreto de mercurio; Ácido pícrico; bicromato de potássio; tetróxido de ósmio.

21
Q

Volume do fixador

A

Influencia diretamente a rapidez;

Volume deve ser suficiente para deixar a peça totalmente submersa

22
Q

Espessura do material

A

Quanto menor a espessura mais rápida e eficiente é a fixação;
Espessura máxima - 5mm

23
Q

Consistencia dos tecidos

A

Mais denso, mais dificil a penetração

24
Q

Duração da fixação

A
Varia consoante: 
Espessura das peças
Volume das peças
Volume de fixador
Temperatura
Tipo de fixador (há fixadores que atuam de forma mais rápida e outros de forma mais lenta)
25
Q

Concentração do Fixador

A

Quanto mais concentrado mais rápida vai ser a fixação

concentrações elevadas podem ser prejudiciais

26
Q

Temperatura

A

Maior temperatura acelera

Menor temperatura retarda a fixação

27
Q

pH

A

Fixadores normais - pH entre 6 e 8

Para preservação de ultraestruturas usam-se soluções tampão com pH entre 7.2 e 7.4

28
Q

Lavagem após fixação

A

Serve para remover os pigmentos artefatuais que as vezes se formam.
Pigmento formólico causado pela acidificação da formalina devido à formação de ácido fórmico tem uma cor castanha. Remove-se com Acido picrico alcoolico ou carbonato de litio
Pigmento de ácido picrico - tem cor amarela fluorescente e é removido com carbonato de litio
Pigmento de mercurio - removido com iodina de Lugol ou Tiossulfato de sódio.

29
Q

Pressão Osmótica

A

Soluções hipotónicas - água entra e pode provocar o rebentamento das células
Soluções hipertónicas - água sai e tecido retrai

30
Q

Tipos de Fixadores (Modo de Atuação)

A

Aditivos - adicionam grupos metileno e ligações cruzadas; provocam alteração no tecido
Não aditivos
Coagulantes - precipitam proteínas devido a uma rápida penetração
Não coagulantes - forma-se um gel e os tecidos ficam mais impermeáveis.

31
Q

Classificação segundo o modo de atuação:

Etanol; Acetona; ácido pícrico; formalina; glutaraldeído; Metanol

A
Etanol - não aditivo coagulante
Acetona - não aditivo coagulante
ácido pícrico - aditivo coagulante
formalina - aditivo não coagulante
glutaraldeído - aditivo não coagulante
metanol - não aditivo coagulante
32
Q

Tipo de fixador (Mecanismo de ação)

A

álcoois - fixadores por coagulação
aldeídos - fixadores aditivos que adicionam ligações cruzadas e fazem preservação antigénica
Agentes oxidantes - aditivos e desnaturação proteica (coagulantes)
Mercúrios
Picratos - ácido picrico e líquido de bouin

33
Q

Tipo de fixador (Natureza das estruturas a fixar) - Ácidos nucleicos

A

Fixadores Ideais - ácido acético e solução de Carnoy
Mais utilizado - formalina
Há estabilização das proteínas nucleares

34
Q

Tipo de fixador (Natureza das estruturas a fixar) - Lípidos

A

Fixador ideal - formalina tamponada 10%; tetróxido de ósmio e ácido de crómio

35
Q

Tipo de fixador (Natureza das estruturas a fixar) - Glícidos

A

Glicogénio e glucose têm tendencia a desaparecer.

Fixador ideal - Carnoy’s, Gendre’s, formalina alcoolica ácida, álcool absoluto, metacarn

36
Q

Tipo de fixador (Natureza das estruturas a fixar) - Proteínas

A

Fixadores aditivos alteram a estrutura terciária
Fixadores não aditivos coagulantes tornam a proteína terciária insoluvel
fixador ideal - Clark-Carnoy; Carnoy; Metacarn
Metanol e etanol são fixadores ideais para estruturas terciárias, mas não para secundárias

37
Q

Fixadores: Formaldeído ou Metanal

A

É fixador aditivo não coagulante
Fixador universal.
O paraformaldeído quando aquecido a 60ºC gera o gás que é o formaldeído. Este em solução aquosa forma a formalina.
A formalina tem uma concentração entre 37%-40%. Numa solução de 10% tem entre 3,7 a 4% de formaldeído.
Caracteristicas - penetra rapidamente e de forma uniforme; endurece moderadamente; pouca retração; fixador lento; preserva tecido adiposo (lípidos); tempo máximo de fixação indeterminado
Desvantagens: é lento; carcinogénico; tóxico quando ingerido; irritante

38
Q

Fixadores: Líquido de Bouin

A

É composto = ácido pícrico + ácido acético + formalina a 37%-40%
Indicado para exames histoquímicos
Utilizado para visualização de gânglios
Coloração amarela possível de ser removida com etanol ou etanol 70% saturado com carbonarto de lítio
Fixador rápido
Tempode fixação máximo = 8 dias

39
Q

Fixadores: Etanol

A

Fixador não aditivo coagulante
Utilizado para preservação de componentes de tecidos soluveis em água como o glicogénio
Dissolve lípidos
Torna o fragmento duro e quebradiço
Faz desaparecer grânulos e pigmentos acidófilos.

40
Q

Características de um bom fixador:

A

Penetração rápida e uniforme (homogénea)
Não provoca retração
Evidencia estruturas intracelulares
Evita o desaparecimento de formações solúveis
Confere solidez e insolubilidade suficientes
Não cria artefactos