Fitormônios, Movimentos Vegetais e Fotoperiodismo Flashcards

1
Q

Conceitue hormônios vegetais, ou fitomôrnios.

A

Hormônios vegetais, ou fitormônios, são substâncias orgânicas produzidas em determinados locais da planta e transportadas para outros locais onde exercem seus efeitos. Em pequeníssimas quantidades, eles afetam o funcionamento de células específicas, denominadas células-alvo do hormônio, provocando alterações no metabolismo celular.

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2
Q

Quais são os principais efeitos das auxinas e em que locais essas substâncias são produzidas nas plantas?

A

As auxinas estimulam o alongamento das células do caule e atuam no fototropismo, no geotropismo, na dominância apical e no desenvolvimento dos frutos. Auxinas são produzidas no meristema apical do caule, em primórdios foliares, folhas jovens, flores, frutos e sementes.

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3
Q

Como as auxinas controlam o fototropismo positivo do caule?

A

As moléculas de auxina deslocam-se do lado iluminado do caule para o lado oposto. Assim, a face oposta à fonte de luz fica com uma quantidade aumentada de auxina, o que faz as células se alongarem mais que na face iluminada, provocando o dobramento do caule em direção à fonte de luz.

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4
Q

Por que a auxina tem efeitos diferentes sobre caule e raiz?

A

As células do caule são menos sensíveis à auxina que as da raiz. Assim, uma concentração de auxina suficiente para induzir um crescimento “ótimo” do caule tem forte efeito inibidor sobre o crescimento da raiz. Por outro lado, concentrações ótimas para o crescimento da raiz são insuficientes para produzir efeitos no caule.

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5
Q

Que relação existe entre auxina e a produção de frutos partenocárpicos em certas plantas?

A

As auxinas também participam da formação dos frutos. As sementes em desenvolvimento de diversas plantas liberam auxinas que atuam sobre a parede do ovário, causando seu desenvolvimento no fruto. Quando a fecundação não ocorre e as sementes não se formam, o ovário dessas plantas não se desenvolve em fruto. No entanto, em diversas espécies, se auxina for aplicada ao ovário, este se desenvolve em fruto, mesmo que não ocorra fecundação. Essa estratégia tem sido utilizada para a produção comercial de frutos partenocárpicos, muito apreciados por não apresentarem sementes.

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6
Q

Conceitue dominância apical e descreva sucintamente como se pode demonstrar o papel da auxina no processo.

A

Dominância apical é o efeito inibidor que a gema apical do caule exerce sobre as gemas laterais, impedindo que elas saiam do estado de dormência e se desenvolvam em novos ramos. Quando a gema apical é removida, as gemas laterais começam logo a se desenvolver produzindo ramos laterais nas axilas das folhas. Entretanto, se auxina for aplicada sobre a região cortada, o desenvolvimento das gemas laterais continua inibido.

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7
Q

Descreva brevemente a abscisão de folhas, flores e sementes e como a auxina participa desse processo.

A

A separação natural de folhas, flores e frutos do caule, fenômeno conhecido como abscisão, resulta de alterações químicas e estruturais que ocorrem próximo à base do pecíolo. Ao envelhecerem, folhas, flores e frutos passam a produzir progressivamente menos auxina, cuja presença é importante para evitar a abscisão. Com isso, formam-se na base do pecíolo duas camadas transversais de células especializadas: a camada de separação, ou de abscisão, e a camada protetora. A primeira é constituída por células pequenas com paredes finas e frágeis, que são quebradas por enzimas, o que provoca a separação do pecíolo do caule. A camada protetora é formada por células com paredes suberificadas que isolam a folha do caule antes de sua queda, interrompendo o fluxo de seiva para os tecidos foliares. Após a queda, a camada protetora permanece no caule, formando a cicatriz foliar no nó.

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8
Q

Indique os principais efeitos de giberelina e os locais em que ela é produzida na planta.

A

A giberelina promove a germinação de sementes e o desenvolvimento de brotos; estimula o alongamento do caule e das folhas, a floração e o desenvolvimento de frutos. Ela é produzida em meristemas, frutos e sementes.

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9
Q

Estabeleça a relação entre giberelina e certas variedades anãs de plantas, como a ervilha utilizada por Mendel em seus experimentos genéticos

A

. Algumas variedades de plantas são anãs por não produzirem uma giberelina responsável pelo crescimento do caule. Por exemplo, uma linhagem de ervilha anã, a mesma usada pelo geneticista Gregor Mendel em seus experimentos clássicos sobre hereditariedade, não possui giberelina GA1. Nessas plantas, o gene responsável pela formação da giberelina GA1 está alterado, produzindo uma forma inativa da enzima responsável pela reação de formação desse hormônio. Plantas de ervilha com o gene da giberelina GA1 alterado, porém, crescem até o tamanho normal se for aplicada sobre elas a quantidade adequada de giberelina GA1 durante o desenvolvimento.

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10
Q

Descreva brevemente a ação da giberelina na germinação.

A

Um efeito importante da giberelina é na germinação das sementes. Quando as sementes absorvem água (embebição) e a germinação tem início, o embrião libera giberelinas. Estas difundem-se pelos tecidos da semente e estimulam a síntese de enzimas hidrolíticas, que passam a degradar as moléculas das reservas alimentares estocadas no endosperma e cotilédones. Os produtos dessa digestão (açúcares, aminoácidos etc.) são absorvidos pelas células do embrião, que os utilizam como matéria-prima para seu crescimento.

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11
Q

Indique os principais efeitos da citocina e os locais em que ela é produzida.

A

A citocinina estimula as divisões celulares e o desenvolvimento das gemas, participa da diferenciação dos tecidos e retarda o envelhecimento dos órgãos. Seu local de produção é desconhecido, mas acredita-se que um deles seja a extremidade das raízes.

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12
Q

Qual é o papel da citocina no desenvolvimento das gemas laterais do caule?

A

As citocininas atuam em associação com as auxinas no controle da dominância apical. Nesse caso, os dois hormônios têm efeitos antagônicos: as auxinas que descem pelo caule inibem o desenvolvimento das gemas laterais, enquanto as citocininas provenientes das raízes estimulam as gemas a se desenvolverem. Quando a gema apical é removida, cessa a ação das auxinas e as citocininas induzem o desenvolvimento das gemas laterais.

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13
Q

Qual é a importância da citocina na propagação de plantas por cultura de tecido?

A

Quando um fragmento de uma planta, um pedaço de parênquima, por exemplo, é colocado em meio de cultura contendo todos os nutrientes essenciais à sua sobrevivência, as células podem crescer mas não se dividem. Se adicionamos apenas citocinina a esse meio, nada acontece, mas, se também colocamos auxina, as células passam a dividir-se e podem diferenciar-se em diversos órgãos. O tipo de órgão que surge em uma cultura de tecidos vegetais depende da relação entre as quantidades de citocinina e auxina adicionadas ao meio. Quando as concentrações dos dois hormônios são iguais, as células se multiplicam mas não se diferenciam, formando uma massa celular denominada calo. Se a concentração de auxina é maior que a de citocinina, o calo forma raízes. Se, por outro lado, a concentração de citocinina é maior que a de auxina, o calo forma brotos.

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14
Q

Indique os principais efeitos do ácido abscísico e os locais em que ele é produzido na planta.

A

O ácido abscísico é um inibidor do crescimento, promovendo a dormência de gemas e de sementes, e induzindo o envelhecimento de folhas, flores e frutos. Ele induz também o fechamento dos estômatos. Seu local de produção são: folhas, coifa e caule.

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15
Q

Que relação existe entre o ácido abscísico e a dormência das sementes?

A

O ácido abscísico causa a dormência de sementes, impedindo sua germinação prematura. Embriões de milho portadores de mutações que impedem a produção de ácido abscísico não apresentam dormência e germinam ainda na espiga. Em regiões áridas, as sementes de muitas plantas só germinam após serem lavadas pela água da chuva, que remove o excesso de ácido abscísico nelas presente.

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16
Q

Indique os principais efeitos do etileno e os locais em que ele é produzido na planta.

A

O etileno atua no amadurecimento de frutos e na abscisão das folhas. Ele é produzido em diversas partes do corpo da planta.

17
Q

De que modo o etileno participa da abscisão das folhas?

A

O etileno participa da abscisão das folhas juntamente com a auxina. Quando a concentração de auxina nas folhas diminui, a produção de etileno é estimulada e é ele o responsável direto pela queda das folhas.

18
Q

Caracterize o tropismo e nastismo.

A

Tropismo é o crescimento de uma planta em resposta a um estímulo externo. Quando a planta cresce em direção à fonte de estímulo, fala-se em tropismo positivo; quando o crescimento ocorre em direção oposta à fonte de estímulo, fala-se em tropismo negativo. Nastismos são movimentos que ocorrem em resposta a um estímulo, mas cuja direção é independente da orientação do fator estimulante.

19
Q

Explique brevemente o papel das auxinas no geotropismo de caule e raiz.

A

Quando uma planta é colocada na posição horizontal, as auxinas produzidas pela gema apical do caule migram para a região voltada para o solo, o que faz as células desse lado crescerem mais que as do lado oposto; com isso, o caule curva-se para cima. Na raiz, o aumento de auxina no lado voltado para baixo inibe o alongamento celular e as células do lado oposto alongam-se relativamente mais, o que faz a raiz se curvar para baixo.

20
Q

Conceitue fitocromo.

A

Fitocromo é uma proteína de cor azul-esverdeada que pode assumir duas formas interconversíveis, isto é, que podem se transformar uma na outra: o fitocromo Pr, uma forma inativa, e o fitocromo Pfr, a forma ativa. O fitocromo Pr transforma-se em fitocromo Pfr ao absorver luz vermelha de comprimento de onda na faixa dos 660 nm. O fitocromo Pfr, por sua vez, se transforma em fitocromo Pr ao absorver luz vermelha de comprimento de onda mais longo, na faixa dos 730 nm (vermelho de onda mais longa), ou na escuridão. A capacidade das plantas de responderem a estímulos luminosos é conferida pelo fitocromo Pfr.

21
Q

O que é fotoblastismo? Como ele se relaciona com o fitocromo?

A

Fotoblastismo é o efeito que a luz exerce sobre a germinação das sementes. As sementes que necessitam de estímulo luminoso para germinar são chamadas de fotoblásticas positivas e as que não necessitam de luz são denominadas fotoblásticas negativas. As sementes fotoblásticas positivas necessitam de estímulo luminoso porque nelas o processo de germinação é induzido pelo fitocromo Pfr, que se forma durante o período de exposição à luz.

22
Q

Caracterize estiolamento.

A

É o fenômeno apresentado pelas plantas que germinam no escuro. Normalmente ele ocorre enquanto a jovem planta está sob o solo e constitui um processo adaptativo que evita o contato direto da gema apical e das primeiras folhas com as partículas de solo, o que poderia acarretar danos às frágeis estruturas da jovem planta. Quando a jovem planta continua a crescer no escuro, o estiolamento resulta em caule muito alongado, devido ao crescimento anormal dos entrenós, folhas pequenas, persistência do gancho de germinação e cor amarelada, uma vez que os plastos não produzem clorofila na ausência de luz. Esse conjunto de características, típico do estiolamento, é causado pela ausência de fitocromo Pfr.

23
Q

Conceitue fotoperiodismo.

A

Fotoperiodismo é qualquer resposta biológica que ocorre em função de mudanças na razão entre o período iluminado e o período de escuridão a que o organismo fica exposto, em um ciclo de 24 horas.

24
Q

Como são classificadas as plantas em função da influência do fotoperiodismo na floração?

A

Quanto à influência do fotoperiodismo na floração, as plantas são classificadas em: de dia-longo, de dia-curto e indiferentes. Plantas de dia-curto são aquelas que florescem quando a duração do período iluminado é inferior a um determinado número de horas, denominado fotoperíodo crítico. Plantas de dia-longo são as que florescem quando a duração do período iluminado é superior a um determinado número de horas (fotoperíodo crítico). Plantas indiferentes são as que florescem independentemente do fotoperíodo.

25
Q

Como se pode demonstrar que a floração é influenciada pelo comprimento da noite e não do período iluminado?

A

Se o período de escuridão de um ciclo indutor de floração (dias curtos) em plantas de dia-curto for interrompido pela exposição das plantas a um curto período de iluminação, elas deixam de florescer. Se o período de escuridão de um ciclo inibidor de floração (dias curtos) em plantas de dia-longo for interrompido pela exposição das plantas a um curto período de iluminação, elas passam a florescer. A interrupção do período de iluminação não tem nenhum efeito sobre a floração.

26
Q

Qual é o papel do fitocromo na floração das plantas que respondem ao fotoperíodo?

A

Nas plantas de dia-curto, o fitocromo Pfr atua como inibidor da floração. Assim, elas só florescem em estações do ano em que as noites são longas porque, durante o período prolongado de escuridão, todo fitocromo Pfr converte-se espontaneamente em fitocromo Pr, deixando de inibir a floração. Nas plantas de dia-longo, o fitocromo Pfr atua como indutor da floração. Assim, elas só florescem se os períodos de escuridão não forem muito prolongados, de modo que não haja conversão total de fitocromo Pfr em fitocromo Pr. Na época do ano em que as noites são longas, as plantas de dia-longo não florescem, porque todo o fitocromo Pfr é convertido em fitocromo Pr, o qual não é capaz de induzir a floração.

27
Q

Conceitue vernalização.

A

Vernalização é o efeito que o frio exerce sobre processos fisiológicos das plantas como a floração ou a germinação da semente de certas espécies. Por exemplo, o trigo de inverno, uma planta de dia-curto, não florescerá, mesmo quando submetido a fotoperíodo apropriado, se a planta não for exposta por várias semanas a temperaturas inferiores a 10 °C. Se, após a vernalização, o trigo de inverno for submetido a fotoperíodos indutores menores que o fotoperíodo crítico, ele florescerá.