Ferida cirúrgica Flashcards

1
Q

Definição de ferida cirúrgica

A
  • Interrupção de continuidade da pele.
  • Tem repercussão sistêmica.
  • É a >causa de sepse pós-operatória.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

As feridas podem classificar-se segundo a causa ou mecanismo que a produz em:

A

-Cortantes
-Contusas
-Penetrantes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

As feridas podem classificar-se segundo a profundidade em:

A
  • Superficial
  • profunda
  • zonas de cavidades ou órgãos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

As feridas podem classificar-se segundo o contato com microrganismos em :

A
  • Limpa - classe 1
  • Limpa contaminada - classe 2
  • Contaminada - classe 3
  • Suja - classe 4
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

características das feridas limpas - tipo 1:

A
  • ~75% de todas feridas.
  • Se produz em tecido sano.
  • Estritas normas de assepsia.
  • Não tem contato com cavidade oral, trato digestivo e nem trato urinário.
  • Possibilidade de infecção ~1%.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Características da ferida limpa contaminada - tipo 2

A
  • Feridas em cavidade que não possui contaminação significativa.
  • Feridas da cavidade bucal, urinário, digestivo (exceto o colón) e ou nasal.
  • Possibilidade de infecção de 5 a 15% sem ATB.
  • São as mais beneficiadas com profilaxia com ATB.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Características da ferida contaminada - tipo 3

A
  • Podem ser de origem traumático.
  • São feridas que violam as normas de assepsia.
  • Se não trata, se infectam em ~6hrs.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Características de ferida suja - tipo 4

A
  • causadas por traumas com perfuração de vísceras ocas.
  • Rico ~50% de infecção sem ATB empírico.
  • Estão evidentemente infectadas.
  • Tem pus, tecido necrótico, fezes.
  • Ocorrem quando uma ferida traumática fica >4hrs sem tratar.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Objetivos ao tratar uma ferida

A

Favorecer o fechamento da ferida, sem complicações, com a menor e melhor cicatriz.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Passos a seguir na Curaçao de uma ferida

A
  • Assepsia
  • Hemostasia
  • Sutura
  • Curativos
  • Situações especiais
  • Retirar os pontos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Características da profilaxia antibiótica

A
  • Diminui significativamente o risco de infecção cirúrgica.
  • Está recomendado em cirurgias com risco de infecção >~5%
  • Não evita infecções hospitalarias que não estão relacionadas ao sitio cirúrgico.
  • Não substitui outras medidas de controle de infecção.
  • O uso inapropriado cria microrganismos resistentes, expõe o hospital aos efeitos adversos e aumento os custos de TTO.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Complicações do uso inadequado de ATB na profilaxia de feridas.

A

cria microrganismos resistentes, expõe o hospital aos efeitos adversos e aumenta os custos de TTO.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Fatores para ter em conta para selecionar corretamente os ATB empíricos nas profilaxias de feridas.

A
  • Deve usar ATBs que são as principais causas de infecções, representados pela flora habitual do paciente ou seja cobrir os patogenos mais frequentes.
  • O ATB não deve cobrir todos os patógenos possíveis.
  • Não deve usar ATB que induza resistência.
  • O ATB deve ter uma farmacocinética com boa difusão tissular e vida media prolongada.
  • Deve considerar a toxicidade, alergias e interações com outros medicamentos.
  • Ter um bom perfil de segurança.
  • De ser de baixo custo
  • As cefalosporinas de 1° geração são as primeiras indicadas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Microrganismos do trato gastrointestinal que podem causar infecção, divididos por região:

A

Boca e esofago

  • Aerobios (Estreptococo…)
  • Anaerobios (bateroides, peptoestreptococo, fusobacteria).
#Estomago
-Aerobios (bacilos entericos gram (-), estreptococo...)
  • Aerobios (bacilos entericos gram (-), enterococo…)
  • Anaerobios (costridium)
  • Aeróbios (bacilos entéricos…)
  • Anaeróbios ( Gram(-), B.Fragilis, Peptoestreptococo, costidium…)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Vantagens da prolaxia com ATB empírico.

A
  • Diminui a mortalidade
  • Diminuição da morbilidade.
  • Diminuição da permanência hospitalar.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Riscos da profilaxia com ATB.

A
  • Aparição de resistências
  • Colite pseudomembranosa por costridium difficile relacionado a ampicilina, clindamicina e cefalosporinas.
  • Alteração da coagulação
  • Anafilaxia.
17
Q

Fator que determina o tamanho da lesão infecciosa final

A

número de bactérias que sobrevivem a defesa inicial do tecido.

18
Q

Tempo de administração do ATB

A

A profilaxia de ATB não pode ser feita, nem muito antes e nem muito depois da cirurgia, isso porque a eficácia da profilaxia vai ser comprometida, aumentando o risco de infecção.

  • O ATB se deve dar 30min antes da incisão e repete a dose somente se a cirurgia se prolonga mais de 4 horas ou se existe perca sanguínea abundante.
  • A dose administrada nunca deve ser inferior a dose terapêutica usual da medicação.
19
Q

Vantagens da monodose de ATB profilático:

A

Baixa o custo, limita a toxicidade e exerce mínima influencia na flora bacteriana hospitalar.

20
Q

Oque fazer quando passou o período de ouro para fazer a profilaxia ATB:

A

se administra ATB de curta ação e uma segunda administração ~3hrs depois da cirurgia.

21
Q

ATBs de seleção na profilaxia cirúrgica:

A
  • As cefalosporinas de 1° geração são as primeiras indicadas.
  • No trato gastrointestinal baixo, deve cobrir anaeróbios com os possiveis ATBs: Metronidazol, clindamicina ou ampicilina/sulbactam.
  • Só se utiliza vancomicina em casos de alergia a betalactamicos.
22
Q

Porque não utilizar cefalosporinas de 3° geração na profilaxia cirurgica?

A
  • Induzem maiores resistências.
  • Pouca eficácia contra estafilococo
  • Útil para germes que raramente produzem infecção pós-operatória.
  • Alto custo.
23
Q

Erros frequentes na profilaxia com ATB

A
  • ATB inadequado
  • administração muito precoce ou tardia
  • Omissão de dose extra em intraoperatorio.
  • Extensão do tempo de profilaxia.
24
Q

profilaxia com ATB em cirurgia vascular

A

Monodose de cefazolina 2g/IV ou cefuroxima 1,5g/IV

25
Q

Profilaxia com ATB em cirurgia gineco-obstetrica

A

O ATB de eleção é a amoxilina + clavulanico 2g/IV ou cefazolina 2g/IV em monodose pre-operatoria.

26
Q

Profilaxia com ATB em cirurgia gastroduodenal em pacientes com alto risco de infecção:

A

Cefazolina 2g/IV e repetir a dose a cada 4 horas de cirurgia ou com sangrado abundante.

27
Q

Definição de pacientes com alto risco de infecção quando submetidos a cirurgia gastroduodenal.

A
  • > 60 anos
  • cirurgia por CA
  • Ulcera gástrica sangrando ou obstrução.
  • Obesidade mórbida
  • Supressão farmacológica ou natural da acidez gástrica.
28
Q

Profilaxia com ATB em pacientes com alto risco de infecção quando submetidos a colecistectomia aberta?

A

Cefazolina 2g/IV e repetir a dose a cada 4 horas de cirurgia ou se houver sangrado abundante.

29
Q

Definição de pacientes com alto risco de infecção quando submetidos a colecistectomia aberta

A
  • > 60 anos
  • Colecistite recente
  • Coledocolitiase, ictericia ou cirurgia biliar previa.
30
Q

Profilaxia de ATB em pacientes submetidos a colecistectomia laparoscópica, porém que tem critérios de alto risco de infecção:

A

Mesmo esquema antibioticos para colecistectomia aberta

31
Q

Profilaxia antibiotica na apendicite aguda

A

É muito beneficiosa, principalmente na apeendicite aguda purulenta, com monodose de amoxicilina + acido clavulanico 2g/IV.

No caso da apendicite perfurada, se considera cirurgia suja e neste caso os ATBs deve ser mantidos por 5 a 10 dias.

32
Q

profilaxia antibiótica na cirurgia colorretal

A

Ampicilina/sulbactam 3g/IV e repetir dose a cada 4 horas de cirurgia ou se sangrado abundante.
-ou uma 2° opção seria monodose de amoxicilina + acido clavulanico 2g/ IV

33
Q

Quando suspender o ATB

A
  • Estabilidade de leucocitos.
  • Ausencia de desvio a esquerda.
  • Ausencia de febre

A presença de algum desses fatores não exige continuar o ATB e sim buscar uma outra causa residual de infecção, como abcessos…

34
Q

manejo da infecção do sitio cirurgico

A
  • Toma de mostra
  • liberar pontos de sutura
  • lavar com soro fisiológico 2 vezes ao dia.
  • ATB segundo resultado do LAB.
  • cicatrização por segunda intenção.
35
Q

Como prevenir a infecção do sitio cirúrgico?

A
  • Detecção e eliminação de alguma infecção preexistente.
  • Encurtar o máximo a estadia hospitalar.
  • Reduzir o peso.
  • Banho pré-operatório com sabão antisséptico.
  • Preparar a pele com antisséptico.