Farmacodinâmica Flashcards

1
Q

O que é um Agonista? Quais são os tipos de Agonistas?

A

DEFINIÇÃO:

  • O agonista é definido como o fármaco que pode se ligar ao receptor e provocar um efeito biológico.
  • Outra definição:
    • Outra definição de agonista é um fármaco que se liga ao receptor estabilizando-o no seu estado conformacional ativo.

Um agonista em geral mimetiza a ação de um ligante endógeno original no seu receptor, como a norepinefrina nos receptores ß1 cardíacos.

A intensidade do efeito depende da concentração do fármaco no local do receptor que, por sua vez, é determinada pela dose do fármaco administrado e por fatores característicos do perfil farmacocinético do fármaco, velocidades de absorção, distribuição e biotransformação.

TIPOS DE AGONISTAS

► AGONISTA TOTAIS

  • Se um fármaco se liga a um receptor e produz a resposta biológica máxima que mimetiza a resposta do ligante endógeno, ele é denominado agonista total. Em geral, um agonista total tem elevada afinidade pelo seu receptor e boa eficácia.

► AGONISTA PARCIAIS

  • Os agonistas parciais têm eficácia (atividade intrínseca) maior do que zero, mas menor do que a de um agonista total. Mesmo que todos os receptores sejam ocupados, os agonistas parciais não conseguem produzir um Emáx da mesma amplitude de um agonista total.

► AGONISTA INVERSOS

Tipicamente os receptores livres são inativos e precisam da interação com um agonista para assumir uma conformação ativa. Entretanto, alguns receptores revelam uma conversão espontânea de R para R* (forma ativa) na ausência de agonistas (isto é, eles podem ser ativos sem a presença de um agonista). Esses receptores, mostram uma atividade constitutiva que é parte da resposta basal mensurada na ausência de fármaco. Os agonistas inversos, diferentemente dos agonistas totais, estabilizam a forma R inativa. Todos os receptores constitutivamente ativos são forçados ao estado inativo pelo agonista inverso. Isto diminui o número de receptores ativados para menos do que observado na ausência do fármaco. Assim, os agonistas inversos revertem a atividade constitutiva dos receptores e exercem um efeito farmacológico oposto aos agonistas.

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2
Q

Potência de um fármaco

A

É uma medida da quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de uma dada intensidade. A concentração de fármaco que produz um efeito, que é igual a 50°/o do máximo, é usada para determinar a potência; comumente isso é designado como CE50.

Por exemplo:

  • O fármaco A é mais potente do que o B porque menor quantidade de fármaco A é necessário para obter 50°/o do efeito. Logo, CE50-A < CE50-B.
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3
Q

Eficácia de um fármaco?

A

Significa a habilidade do fármaco de provocar a resposta farmacológica quando interage com um receptor. Depende do número de complexos fármacor-receptor formados e da eficiência do acoplamento.

OBS MASTER!

  • A eficácia é mais importante do que a potência do fármaco. Pois, um fármaco com maior eficácia é, terapeuticamente, mais benéfico do que um que é mais potente.

A eficácia máxima (Emáx) de um fármaco considera que todos os receptores estão ocupados pelo fármaco e não se obterá aumento na resposta se mais fármaco for administrado.

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4
Q

Antagonistas: quais as formas de antagonismo?

A

DEFINIÇÃO:

  • pesquisar…

TIPOS DE ANTAGONISMO

► Antagonistas competitivos:

Se ambos, antagonista e agonista, se ligam ao mesmo local receptor, eles são denominados “competitivos”. O antagonista competitivo impede que um agonista se ligue ao seu receptor e mantém este receptor no estado conformacional inativo.

O antagonismo competitivo desloca, portante a DE50 do fármaco p/ a direita (ou seja, devemos atingir uma concentração maior de fármaco p/ atingir o mesmo efeito).

OBS ⇒ O efeito do antagonista competitivo pode ser superado com adição de mais agonista…

► Antagonistas irreversíveis:

É uma forma de antagonismo competitivo em que o antagonista pode ligar-se covalentemente ou com afinidade muito alta ao local ativo do receptor (antagonista irreversível). Esta irreversibilidade reduz o número de receptores disponíveis para o agonista. O agonista não consegue deslocar o antagonista, mesmo que a dose aumente.

► Antagonismo alostérico:

O antagonista se fixa em um local (“local alostérico”) diferente do que o local de ligação do agonista. Este antagonista alostérico impede o receptor de ser ativado mesmo quando o agonista está fixado no local ativo.

► Antagonismo funcional e químico:

O antagonismo funcional também é conhecido como “antagonismo fisiológico”.

Exemplo: Ação da Histamina e da epinefrina, a primeira causa contração da musculatura dos brônquis, já a segunda promove o seu relaxamento.

O antagonismo químico evita as ações de um agonista, modificando-o ou sequestrando-o, de modo que fica incapaz de se ligar e de ativar seu receptor. Por exemplo, o sulfato de protamina é um antagonista químico da heparina, pois é uma proteína básica (com cargas positivas) que se fixa à heparina ácida (com cargas negativas), prevenindo rapidamente seus efeitos terapêuticos.

RESUMO DA DIF. ENTRE O ANTAGONISMO COMPETITIVO E O NÃO-COMPETITIVO

Portanto, a diferença fundamental entre o antagonista competitivo e o não competitivo é que:

  • No competitivo:
    • O antagonista reduz a potência do agonista (ou seja, devemos aumentar a dose do fármaco p/ obter o mesmo efeito).
  • Não competitivo:
    • Reduz a eficácia do agonista (ou seja, diminui a sua capacidade de desencadear a resposta desejada).
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5
Q

Índice terapêutico

A

O índice terapêutico (IT) de um fármaco é a relação da dose que produz toxicidade com a dose que produz o efeito eficaz ou clinicamente desejado em uma população de indivíduos:

Índ. Terap. = DT50 / DE50

  • DT50 = a dose do fármaco que produz efeito tóxico em metade da população.
  • DE50 = a dose do fármaco que produz uma resposta terapêutica ou desejada na metade da população.

O índice terapêutico é uma mensuração da segurança do fármaco, pois um valor elevado indica uma grande margem entre as doses que são efetivas e as que são tóxicas.

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