Exame físico geral Flashcards

1
Q

Qual é a neoplasia que mais acarreta metástase pulmonar ?

A

Neoplasia mamária.

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2
Q

Como deve ser analisado o nível de consciência do animal ?

A

alerta (normal), diminuído (deprimido, apático), aumentado
(excitado).
O comportamento e nível de consciência do animal devem ser avaliados pela reação a estímulos, como palmas ou estalos de dedos, classificando a excitabilidade como diminuída, ausente, normal ou aumentada. No entanto, como animais saudáveis podem reagir de forma variada, esse parâmetro pode ser subjetivo em alguns casos.

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3
Q

Como deve ser avaliada a postura e locomoção do animal ?

A

Normal ou anormal (sugerindo dor localizada, fratura,
luxação ou doenças neurológicas); observe o animal em repouso e, em seguida, em movimento.
É necessário avaliar se o animal assume algum padrão de postura pouco usual, indicativo, muitas vezes, de anormalidades.
Em geral, os pequenos animais escondem-se, ficam indiferentes ou apáticos, gemem e, às vezes, irritam-se com facilidade. Nenhum animal adotará uma postura anormal, seja em posição quadrupedal, em decúbito ou em locomoção, sem que haja algum fator determinante.
Na maioria dos casos, as posturas anormais sugerem algia localizada e/ou comprometimento do sistema nervoso.

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4
Q

Como deve ser avaliada a condição física do animal ?

A

obeso, gordo, normal, magro, caquético.
Em animais normais, todas as partes proeminentes do esqueleto estão cobertas por músculos ou gordura, dando ao corpo um aspecto arredondado. Nos animais magros, várias partes do esqueleto são prontamente identificáveis (costelas, pelve) (Figura 4.2). Em animais de pelos curtos, esse exame pode ser realizado pela inspeção; em animais peludos ou lanados (como observado em algumas raças de ovinos, cães e gatos), deve ser feito pela palpação da região sacra, avaliando-se o preenchimento da musculatura nessa região. A caquexia é o grau extremo da perda de peso. Os animais apresentam-se, ainda, com pelo sem brilho, pele seca e desempenho ruim. Devemos considerar que o animal pode estar magro devido a não receber alimentação adequada, ou por doença, mesmo recebendo boa alimentação; a perda de peso de 30 a 50% da massa corporal total costuma ser fatal. Inversamente, a obesidade é vista com certa frequência, podendo ter, de
■maneira simplista, as seguintes causas: Endógena: distúrbio endócrino (p. ex.,
hipotireoidismo) Exógena: superalimentação ou alimentação mal orientada. Quando a alimentação é rica em carboidratos e gordura, a tendência do animal é engordar,principalmente animais idosos ou sedentários Mista: manejo alimentar errôneo associado a distúrbios endócrinos.

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5
Q

Como deve ser avaliado o pelame do animal ?

A

pelos limpos,
brilhantes ou eriçados, existência de ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas etc.);

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6
Q

Como deve ser avaliado o formato abdominal do animal ?

A

normal, anormal (timpanismo, ascite etc.)

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7
Q

Como deve ser avaliado as características respiratórias do animal ?

A

eupneia ou dispneia (postura ortopneica), tipo respiratório, secreção nasal etc.

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8
Q

O que mais se deve observar na avaliação geral do paciente ?

A

apetite, sede, defecação, vômito, secreções (vaginal, nasal, ocular) micção etc.

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9
Q

Porque o cão as vezes se deita com flexionar de membros torácicos e pélvicos, apoiando o esterno sobre o piso ?

A

Modo de perder calor.

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10
Q

O que quer dizer a postura de cão sentado ?

A

paralisia espástica dos membros pélvicos.

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11
Q

O que indica a postura de foca ?

A

comumente vista nas paralisias flácidas dos membros pélvicos.

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12
Q

O que indica a postura de cavalete ?

A

Observa-se rigidez e abdução dos quatro membros, sendo vista, mais frequentemente, nos casos de tétano.

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13
Q

Como é avaliada a obesidade ?

A

Geralmente, a obesidade é identificada por meio da inspeção do animal. Os animais, de maneira geral, devem ter as costelas facilmente palpáveis e o formato de ampulheta quando vistos de cima. Os indícios de obesidade são: incapacidade de palpar as costelas, falta de recorte caudal à última costela, abdome penduloso, abdome protruso depois da última costela e depósitos de gordura facilmente palpáveis em ambos os lados do início da cauda sobre os quadris ou na área inguinal. A obesidade é a desordem nutricional mais comum em pequenos animais, sendo caracterizada pela elevação de 15 a 20% do peso considerado normal para a raça e a idade do animal. A história nutricional deve incluir a quantidade e a qualidade da dieta, comparando-as com a recomendada para a espécie e raça envolvida. Para cães e gatos, é importante questionar o proprietário se estão sendo oferecidos restos de comida caseira ou de guloseimas.

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14
Q

O estado da pele indica a saúde do animal ?

A

Sim, o estado do manto piloso é também um bom indicador da saúde física, tanto com relação ao estado nutricional e à constituição física do indivíduo quanto ao manejo a que esse animal é submetido (ou seja, é um bom revelador, também, das características de manejo adotadas pelo proprietário do animal).

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15
Q

Como as alterações de pele podem ser localizadas ?

A

As alterações de pele podem ser localizadas ou generalizadas, únicas ou múltiplas, simétricas ou assimétricas etc.

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16
Q

Qual a grande importância de se avaliar a pele do paciente logo no começo da consulta ?

A

A fim de determinar o estado de hidratação do paciente.

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17
Q

Como é uma pele saudável ?

A

elástica quando pinçada com os dedos, voltando rapidamente à posição normal quando solta (2 s, em média).

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18
Q

Qual o primeiro e mais importante sinal de desidratação ?

A

O ressecamento e o enrugamento da pele.

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19
Q

Como fica a pele em animal desidratado ?

A

quanto maior for o grau de desidratação, maior será o tempo (em segundos) que a pele permanecerá deformada. A desidratação discreta (até 5%) não promove alterações clínicas marcantes; no entanto, animais com desidratação moderada a grave apresentarão várias alterações importantes, incluindo o aprofundamento ou a retração do globo ocular na órbita, em virtude da perda de fluido em região periorbital e ocular.
Deve-se ter cuidado na estimativa da desidratação em raças que apresentam pele em excesso (p. ex., Shar- pei) e em animais idosos, cuja elasticidade da pele passa a ser fisiologicamente diminuída.

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20
Q

Como também pode ser destacada a desidratação durante o exame laboratorial ?

A

É possível utilizar também a avaliação da concentração das proteínas totais (somente em animais sem hipoproteinemia) e do hematócrito.

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21
Q

Quais sinais de uma desidratação de até 5% ?

A

↓ Elasticidade da pele discreta ou sem alteração Enoftalmia ausente ou muito discreta
Estado geral sem alteração ou levemente alterado Apetite preservado/sucção geralmente presente Animal alerta e em posição quadrupedal.

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21
Q

Quais sinais de uma desidratação acima de 12% (gravíssima) ?

A

Choque e óbito.

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21
Q

Quais sinais de uma desidratação entre 8 e 10% (moderada) ?

A

↓ Elasticidade da pele (6 a 10 s)
Enoftalmia evidente
↓ Reflexos palpebrais
↓ Temperatura das extremidades dos membros, de orelhas e focinho.
Mucosas secas
Animal se mantém em posição quadrupedal e/ou em decúbito esternal Apatia de intensidade variável.

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21
Q

Quais sinais de uma desidratação entre 6 e 8% (leve) ?

A

↓ Elasticidade da pele (de 2 a 4 s)
Enoftalmia leve
Animal ainda alerta.

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22
Porque é necessário levar em consideração o estado nutricional do animal para a estimativa da desidratação pela elasticidade da pele ?
Animais gordos ou obesos podem ter seu grau de desidratação subestimado (em virtude do acúmulo de tecido adiposo em região subcutânea) ou superestimado em animais magros (pela ausência de gordura).
22
Quais sinais de uma desidratação entre 10 e 12% (grave) ?
↓ Marcante da elasticidade da pele (> 10 s) Enoftalmia intensa Extremidades, orelhas e focinho frios Tônus muscular ↓ ou ausente Mucosas ressecadas Reflexos muito ↓ ou ausentes Decúbito lateral Apatia intensa
23
Quantas vezes ao dia deve-se aferir os parâmetros vitais de um paciente ?
Os parâmetros devem ser aferidos e monitorados rotineiramente, se possível, 2 vezes/dia, uma pela manhã e outra ao final da tarde.
23
Quais são as duas causas principais de desidratação ?
a primeira e principal causa de desidratação observada é a perda excessiva de líquido promovida pela ocorrência de diarreia e/ou vômito; a segunda é a ingestão inadequada de água (devido à privação ou à diminuição na ingestão de água em decorrência de algumas enfermidades ou por impedimento à ingestão por paralisia faríngea ou obstrução esofágica, por exemplo).
24
Qual o valor normal de temperatura para cão jovem ?
+- 38,5°C.
25
Qual o valor normal de temperatura para cão adulto ?
37,5°C - 39,2°C°
26
Qual o valor normal de temperatura para gato ?
37,8°C - 39,2°C
27
Qual o valor normal de temperatura para equino jovem ?
37,2 a 38,9
28
Qual o valor normal de temperatura para equino adulto ?
37,5 a 38,5
29
Qual o valor normal de FC para cão adulto ?
60 a 160.
30
Qual o valor normal de FC para gato adulto ?
120 a 240.
31
Qual o valor normal de FC para gato adulto ?
28 a 40.
32
Qual o valor normal de FR para cão adulto ?
18 a 36.
33
Qual o valor normal de FR para gato adulto ?
20 a 40.
34
Quais são as mucosas que costuma-se avaliar ?
Oculopalpebrais (conjuntiva palpebral superior, conjuntiva palpebral inferior, terceira pálpebra ou membrana nictitante e conjuntiva bulbar ou esclerótica), mucosas nasal, bucal, vulvar, prepucial e, raramente, anal.
35
O que geralmente se deve avaliar no exame das mucosas ?
atenção às alterações de coloração, como também à ocorrência de ulcerações, hemorragias e secreções durante o exame visual.
36
O que se encontra nas mucosas oculopalpebrais que pode facilmente ser confundida com tecido linfóide ou neoplasia ?
Nas mucosas oculopalpebrais encontra-se a membrana nictitante ou terceira pálpebra – uma prega da conjuntiva que apresenta, em sua porção interna, uma glândula denominada glândula da terceira pálpebra (Figura 4.5) ou de Harder (exceto nos equinos), que pode facilmente ser confundida com tecido linfoide, responsável pela produção de 30% do filme lacrimal.
37
Quando a glândula da terceira pálpebra se torna evidente ?
Ela se torna evidente no tétano, na síndrome de Horner (perda da inervação simpática do globo ocular) e em algumas intoxicações (nicotina e estricnina).
38
O que se deve observar principalmente na mucosa bucal além da coloração ?
A mucosa bucal apresenta informações sobre o tempo de preenchimento capilar. É interessante, principalmente nos casos de desidratação, visto que, muitas vezes, o animal apresenta a elasticidade de pele normal e tempo de refluxo capilar aumentado, demonstrando, na verdade, que o animal está desidratado. Isso pode ser visto em casos de hidratação subcutânea, quando o líquido se acumula no tecido subcutâneo, não atingindo, ainda, a circulação sistêmica.
39
O que se deve prestar atenção durante o exame da mucosa vulvar e vaginal ?
Além de apresentar alterações da coloração, devemos observar nas cadelas a ocorrência de formações vegetantes e hemorrágicas (aspecto de couve-flor) na mucosa vulvar e na vagina, características do tumor venéreo transmissível, o qual é transmitido principalmente pelo coito.
40
De que fatores depende a coloração das mucosas ?
Quantidade e qualidade do sangue circulante, eficácia (ou eficiência) das trocas gasosas, da existência ou não de hemoparasitos, da função hepática adequada, da medula óssea e outros.
41
Como são as mucosas do recém nascido ?
As mucosas do animal recém-nascido apresentam coloração rósea menos intensa.
42
Como pode se apresentar a mucosa vulvar em fêmeas no cio ?
Em fêmeas no cio, a mucosa vulvar pode se encontrar avermelhada.
43
Em quais raças de cães a mucosa é fisiologicamente mais avermelhada ?
Em determinadas raças de algumas espécies domésticas, a coloração das mucosas tende a ser mais avermelhada (cães: Fila Brasileiro, Cocker Spaniel, Bulldog, Boxer). Não devendo ser confundida com processo inflamatório ou irritativo da referida mucosa.
44
O que quer dizer caso apenas uma mucosa estiver com coloração alterada ?
Se uma única mucosa estiver alterada, pode ser um problema localizado ou uma particularidade do animal; já o envolvimento de várias mucosas pode ser um indício de comprometimento sistêmico. Existem várias tonalidades ou gradações de uma mesma cor que, na maioria das vezes, refletem, proporcionalmente, a intensidade do processo mórbido em evolução. Por exemplo, a palidez pode variar desde branco-rósea até branco-porcelana ou perlácea considerada o grau máximo de palidez; a congestão varia desde vermelho discreto (irritação) até vermelho-tijolo (endotoxemia).
45
Em paciente com palidez de mucosa o que deve ficar estabelecido ?
Se a mudança de coloração é causada por hipoperfusão ou por anemia. A abordagem mais simples para resolver esse problema é avaliar o volume globular (VG) ou hematócrito (Ht) e o tempo de preenchimento ou perfusão capilar (TPC), visto que a palidez de mucosa pode ser decorrente de anemia ou de vasoconstrição periférica.
46
O que reflete o TPC ?
Reflete o estado circulatório do animal (volemia)
47
Qual é o TPC normal ?
A coloração normal deve voltar dentro de 2 segundos.
48
O que geralmente indica um tempo maior de preenchimento capilar ?
desidratação ou vasoconstrição periférica, associada a baixo débito cardíaco.
49
O que indica um TPC de mais de 10 segundos ?
em geral, significa falha circulatória potencialmente fatal.
50
O TPC é extremamente sensível ?
Não, esse tipo de avaliação não é tão sensível, visto que um TPC normal pode ser observado em animais com doença cardíaca grave.
51
É possível visualizar palidez de mucosa em animal com algia abdominal grave ?
Em animais com algia abdominal grave, também é possível observar a palidez de mucosa, em virtude do estímulo do sistema nervoso simpático e, consequentemente, de alfarreceptores, que induzem diminuição do lúmen vascular.
52
O que pode indicar um TPC de 6 segundos ou mais ?
Caso leve um tempo maior que 6 s, isso indica comprometimento circulatório grave, levando, pelas alterações isquêmicas, a comprometimento renal e hepático grave e, muitas vezes, irreversível.
53
Quais são os tempos de preenchimento capilar ?
Animal sadio: 1 a 2 s Animal desidratado: 2 a 4 s Animal gravemente desidratado: > 5 s
54
Quais são os principais sintomas de anemia nos animais ?
palidez das mucosas, intolerância ao exercício, aumento da frequência (taquicardia) e da intensidade (hiperfonese) de bulha cardíaca e apatia. Tais sintomas podem ser agudos ou crônicos e de intensidade variável. todo o esforço deve ser feito para identificar a sua causa em um paciente anêmico.
55
Quais são as perguntas que devem ser feitas para estabelecer a causa da anemia ?
O paciente está sendo medicado? Quais são a medicação e a dose utilizadas? Observou alteração na consistência e na coloração das fezes (diarreia, melena, hematoquezia)? Apresentou alteração de coloração na urina (hematúria, hemoglobinúria)? Quando e com qual fármaco foi feita a última vermifugação?
56
A congestão de mucosas ocorre devido a que ?
ocorre devido ao ingurgitamento de vasos sanguíneos, por processo infeccioso ou inflamatório, local ou sistêmico (congestão pulmonar, conjuntivite, estomatite); é de grande valia como indicador do estado circulatório do animal. Além disso, a hiperemia pode ser difusa ou ramiforme; é difusa quando a tonalidade avermelhada é uniforme (intoxicação), e ramiforme quando é possível notar os vasos mais salientes, com maior volume sanguíneo (dispneias).
57
Quem causa a cianose ?
indica um distúrbio da hematose (troca gasosa que ocorre nos alvéolos) e que depende mais dos pulmões que do coração; no entanto, caso não consiga proporcionar ao organismo circulação sanguínea adequada, esse órgão poderá levar à cianose, tanto por problemas cardíacos quanto vasculares. é necessário averiguar se o animal apresenta ou não anemia, a qual deixará as trocas gasosas e o transporte de oxigênio deficiente, tornando-o hipercapneico (com excesso de dióxido de carbono). Além disso, é preciso avaliar se o animal está desidratado ou em choque, o que levará a menor pressão sanguínea, acarretando diminuição da perfusão tecidual e acúmulo de dióxido de carbono nos tecidos periféricos, dentre os quais, os das mucosas passíveis de serem inspecionadas clinicamente. Ou seja, muitas são as causas de cianose: algumas, de origem circulatória; outras, por processos respiratórios ou sistêmicos. para que a alteração na coloração da mucosa seja percebida, o quadro patológico do animal deverá estar bastante avançado, caso contrário, pouca ou nenhuma alteração será observada – como em casos de cianose. Em geral, a cianose não é observada em pacientes com hemorragia, haja vista que há, também, perda de hemoglobina.
58
O que é a icterícia ?
É o resultado da retenção de bilirrubina nos tecidos, e ocorre devido ao aumento da bilirrubina sérica acima dos níveis de referência.
59
Icterícia aparece apenas em afecções hepáticas ?
Não, a ictericia é uma alteração clínica que aparece com frequência não apenas nas doenças hepáticas e do sistema biliar, mas também em afecções hemolíticas; contudo, constitui um achado importante, pois dificilmente uma doença hepática grave apresenta-se sem icterícia, ainda que transitória.
60
Quais são os principais casos de icterícia pré-hepática ?
Anemia hemolítica principalmente por anaplasmose, babesiose e hemobartoneiose.
61
Quais são os achados laboratoriais de icterícia pré-hepática ?
Aumento de Bilirrubina indireta maior que bilirrubina direta e diminuição de volume globular.
62
Quais as principais causas de icterícia hepática ?
Hepatite bacteriana, viral ou toxemia.
63
Quais são os achados laboratoriais de icterícia hepática ?
Aumento de ALT e AST (esse acontece primeiro), aumento de bilirrubina direta, GGT e FA (por último).
64
Quais são as principais causas de icterícia pós-hepática ?
Obstrução de fluxo biliar Colangite (fasciolose, fotossensibilização) Abscesso Neoplasia
65
Quais são as alterações laboratoriais de icterícia pós-hepática ?
Bilirrubina direta maior que Bilirrubina indireta, aumento de GGT, FA Aumento de AST e ALT mais depois.
66
De onde se origina a maioria da bilirrubina ?
Cerca de 80% da bilirrubina produzida origina-se da degradação da hemoglobina a partir da remoção dos eritrócitos da circulação.
67
De onde se origina o restante da bilirrubina ?
os 20% restantes são originados na medula pela eritropoiese.
68
O que ocorre com a bilirrubina uma vez na circulação ?
a maior parte da bilirrubina liga-se à albumina, soltando- se da mesma no sinusoide hepático, sendo transportada até o retículo endoplasmático liso, no qual é conjugada ao ácido glicurônico, transformada em bilirrubina direta, também denominada de conjugada. Esta é eliminada pela bile, vai ao intestino e, no íleo e no cólon, é transformada em urobilinogênio. A maior parte do urobilinogênio formado é eliminada pelas fezes e o restante retorna para a circulação sistêmica, sendo grande parte eliminada pelos rins. Uma parte do urobilinogênio fecal volta ao fígado pela circulação êntero-hepática.
69
O que ocorre com os tecidos em casos de icterícia resultante de hiperbilirrubinemia conjugada (direta) ?
Em caso de icterícia resultante da hiperbilirrubinemia conjugada ou direta (hidrossolúvel), os tecidos mais facilmente impregnados são os superficiais, pela maior afinidade desta com áreas de alta concentração de fibras elásticas, como a conjuntiva bulbar.
70
O que geralmente ocorre em casos de icterícia por bilirrubina não conjugada ?
apresenta maior afinidade por tecido adiposo, pois, por ser lipossolúvel, penetra mais facilmente.
71
Quais são os primeiros locais em que se detecta icterícia ?
mucosas oral e bulbar
72
Em qual icterícia a coloração é mais forte ?
A coloração é mais intensa em casos de icterícia obstrutiva e hepatocelular que na icterícia hemolítica.
73
Quem pode causar icterícia ?
Doenças hemolíticas (aumento da produção por hemólise): quando o fígado não tem condições de excretar e/ou conjugar toda a bilirrubina formada (babesiose). Lesões hepáticas (infecções bacterianas: leptospirose; substâncias hepatotóxicas: aflatoxina, fenol “creolina”). Obstrução dos ductos biliares, quando a bilirrubina, em vez de ser excretada pela bile, chega à circulação sistêmica.
74
O que além da coloração e TPC devem ser observadas nas mucosas ?
Além da coloração, é interessante observar a ocorrência de petéquias e de hemorragias equimóticas na esclera ou nas mucosas oral, nasal ou vaginal, indicativas de anormalidades na hemostasia.
75
O que é indica a secreção serosa ?
Mais denso que o fluido, mas ainda transparente (processos virais, alérgicos e precede a secreção de infecções ou inflamações)
76
O que indica o corrimento catarral ?
Mais viscoso, mais pegajoso, esbranquiçado. Infecção.
77
O que é e o que indica o corrimento purulento ?
Mais denso e com coloração variável (amarelo-esbranquiçado, amarelo-esverdeado; na verdade, é um produto de necrose em um exsudato rico em neutrófilos, indicando, por exemplo, a ocorrência de processos infecciosos, corpos estranhos
78
O que é e indica o corrimento sanguinolento ?
Vermelho-vivo ou enegrecido; poderesultar de traumas, distúrbios hemorrágicos sistêmicos, processos patológicos agressivos etc.
79
O que indica a mucosa pálida ?
Esbranquiçada Anemia Ecto e endoparasitose Hemorragias/choque hipovolêmico Aplasia medular Insuficiência renal Falência circulatória periférica.
80
O que indica a mucosa congesta ou hiperêmica ?
Avermelhada ↑ Permeabilidade vascular Inflamação e/ou infecção local Septicemia/bacteriemia Febre Congestão pulmonar Endocardite Pericardite traumática.
81
O que indica a mucosa cianótica ?
Azulada Distúrbio na hematose Anafilaxia Obstrução das vias respiratórias Edema pulmonar Insuficiência cardíaca congestiva Pneumopatias Exposição ao frio.
82
O que indica a mucosa ictérica ?
Amarelada Hiperbilirrubinemia Estase biliar (obstrução) Anemia hemolítica imune Isoeritrólise neonatal Anemia hemolítica microangiopática – Babesiose – Anaplasmose – Hemobartonelose Hepatite tóxica e/ou infecciosa
83
Descreva os focos de ausculta cardíaca
Hemitórax Esq: palpação do ponto de máxima intensidade = foco mitral. Foco aórtico é o mais dorsal e cranial ao foco M. Foco pulmonar (P) mais cranial. Hemotórax Dir: Foco tricúspide na mesma altura do mitral