Exame do Estado Mental Flashcards

1
Q

Quase metade dos pcts com transtorno mental isolado têm critérios diagnósticos para mais de uma doença mental. V/F

A

V

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2
Q

Transtornos mentais mais comuns no ambiente de atendimento primário

A

Ansiedade – 20%
Transtornos do humor, incluindo distimia, transtornos depressivos e transtornos bipolares – 25%
Depressão – 10%
Transtornos somatoformes – 10a15%
Uso abusivo de álcool e substâncias psicoativas - 15 a 20%

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3
Q

Prevalência de depressão e ansiedade em pcts com sintomas inexplicáveis

A

Mais de 50%

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4
Q

Como avaliar possibilidade de transtorno mental em pcts com condições inexplicadas de duração > 6 semanas

A

Como o rastreamento de todos os pacientes seria demorado, além de dispendioso, os
especialistas recomendam uma abordagem em duas etapas: perguntas de rastreamento concisas, com especificidade e seletividade elevadas, quando os pacientes são considerados de risco, seguidas por investigação mais
detalhada, quando indicado.

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5
Q

Ferramenta para auxiliar no diagn ambulatorial de transtornos mentais na AP

A

PRIME-MD

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6
Q

Indicações de pacientes para rastreamento de saúde mental

A

Manifestações físicas sem explicação anatômica – mais da metade apresenta depressão ou ansiedade
Múltiplas manifestações físicas ou somáticas (o “paciente poliqueixoso”)
Manifestação somática inicial muito intensa
Dor crônica
Sintomas há mais de 6 semanas
Avaliação pelo médico como sendo uma “consulta difícil”
Estresse recente
Baixa autoavaliação da saúde como um todo
Uso frequente do serviço de saúde
Uso abusivo de substâncias psicoativas

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7
Q

Perguntas de rastreamento para depressão

A

Nas duas últimas semanas, você se sentiu infeliz, deprimido ou desesperado?

Nas duas últimas semanas, você sentiu pouco interesse ou prazer em fazer suas tarefas (anedonia)?

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8
Q

Perguntas de rastreamento para ansiedade

A

Nas duas últimas semanas, você se sentiu nervoso, ansioso ou “à beira de um ataque de nervos”?

Nas duas últimas semanas, você sentiu-se incapaz de parar de se preocupar ou de controlar a preocupação?

Nas quadro últimas semanas, você apresentou algum ataque de ansiedade - sentiu-se subitamente com medo ou em pânico?

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9
Q

Perguntas de rastreamento de transtorno de ansiedade de doença (substituindo a hipocondria no DSM-V)

A

Índice de Whiteley- Escada de autoavaliação de 14 itens

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10
Q

Rastreamento de transtornos relacionados a substâncias e dependência

A

Perguntas do Questionário CAGE adaptadas para etilismo e abuso de substâncias psicoativas

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11
Q

Definição de transtornos de personalidade

A

“um padrão persistente de experiência interior e
comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é generalizado e inflexível, tem início na adolescência ou início da vida adulta, mantém-se estável ao longo do tempo e resulta em desconforto ou comprometimento”

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12
Q

Descreva sucintamente os 3 tipos de transtorno de personalidade e os seus padrões de comportamento característicos

A

Paranoide: Desconfiança e suspeita
Esquizoide: Afastamento de relacionamentos sociais com restrição da amplitude emocional
Esquizotípico: Excentricidades no comportamento e distorções cognitivas; desconforto agudo nos relacionamentos próximos

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13
Q

Quais os 4 transtornos dramáticos, emocionais ou erráticos, e seus respectivos padrões de comportamento?

A

Antissocial: Indiferença e violação dos direitos dos outros
Limítrofe (borderline): Instabilidade nos relacionamentos interpessoais, regulação afetiva e da autoimagem; impulsividade
Histriônico: Excessivamente emotivo e querendo chamar a atenção
Narcisista: Grandiosidade persistente, necessidade de admiração e falta de empatia

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14
Q

Quais os 3 transtornos de ansiedade ou medo, e quais seus padrões de comportamento?

A

Esquiva: Inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa;
Dependente: Comportamento submisso e grudento relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado;
Obsessivo-Compulsivo: Preocupação com regularidade, perfeccionismo e controle

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15
Q

Sintomas comuns ou preocupantes na amamnese

A

Alterações da atenção, do humor ou da fala
Alterações do insight, da orientação ou da memória
Ansiedade, pânico, comportamento ritualístico e fobias
Delirium ou demência

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16
Q

Os 10 critérios para a avaliação do nível de consciência

A
Atenção
Memória
Orientação
Percepções
Processos mentais
Conteúdo do pensamento
Insight
Juízo Crítico
Afeto
Humor
Linguagem
Funções cognitivas superiores
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17
Q

Atenção

A

Capacidade de focalizar a atenção ou concentrar-se durante um intervalo de tempo em uma atividade ou estímulo específico – uma pessoa desatenta distrai-se facilmente e pode ter dificuldade para relatar a anamnese ou responder às perguntas formuladas

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18
Q

Memória

A

O processo de registro das informações é testado solicitando-se a repetição imediata de alguns dados, seguido do teste de armazenamento ou retenção das informações. A memória recente ou a curto prazo abrange minutos, horas
ou dias; enquanto a memória remota ou a longo prazo refere-se a intervalos de anos.

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19
Q

Orientação

A

Consciência da identidade pessoal, do local e do tempo; exige tanto a memória quanto a atenção.

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20
Q

Percepções

A

Conscientização sensorial de objetos no ambiente e de suas inter-relações (estímulos externos); refere-se também a estímulos internos, como sonhos ou alucinações.

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21
Q

Processos mentais

A

A lógica, a coerência e a relevância do pensamento do paciente conforme levam à metas selecionadas; como as pessoas pensam

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22
Q

Conteúdo do pensamento

A

Sobre o que o paciente pensa, incluindo o nível de insight e o juízo crítico

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23
Q

Insight

A

Conscientização de que as manifestações clínicas ou os comportamentos alterados são normais ou anormais; por exemplo, a distinção entre sonhar acordado e alucinações que pareçam reais.

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24
Q

Juízo crítico

A

Processo de comparar e avaliar alternativas para decidir quanto a um curso de ação; reflete valores que podem ou não ser baseados na realidade e em convenções ou normas sociais

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25
Q

Afeto

A

Um padrão flutuante de comportamentos que podem ser observados expressa sensação subjetiva ou emoções por meio do tom da voz, da expressão facial e da postura. O afeto alterado pode ser apático, lábil, embotado ou inalterado.

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26
Q

Humor

A

Uma emoção mais abrangente e persistente que influencia a percepção da pessoa do mundo. (O afeto está para o humor, assim como o tempo está para o clima.) O humor pode ser eutímico (na faixa normal), elevado ou disfórico (desagradável, possivelmente triste, ansioso ou irritado),por exemplo.

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27
Q

Linguagem

A

Um sistema simbólico complexo para expressar, receber e compreender palavras; da mesma maneira como ocorre com a consciência, a atenção e a
memória, a linguagem é essencial para a avaliação de outras funções.

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28
Q

Funções cognitivas superiores

A

Avaliadas pelo vocabulário, pelo conjunto de conhecimentos gerais, pelo pensamento abstrato, pelos cálculos e pela construção de objetos que podem ter duas ou três dimensões.

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29
Q

Os cinco componentes do estado mental

A

aparência pessoal e comportamento; linguagem e fala; humor; pensamentos e percepções; e função cognitiva

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30
Q

Perguntas a se fazer ao avaliar o Nível de Consciência

A

O paciente está acordado e alerta? O paciente
compreende as perguntas e responde, com propriedade e razoável velocidade, ou tende a “perder o fio da meada” e ficar em silêncio ou, até mesmo, adormecer?

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31
Q

Como é o Nível de Consciência de pacientes letárgicos?

A

Pacientes letárgicos se mostram sonolentos, porém abrem os olhos e olham para o examinador, respondem às perguntas e, depois, voltam a adormecer.

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32
Q

Nível de Consciência de pacientes obnubilados

A

Pacientes obnubilados abrem os olhos e olham para o examinador, porém respondem de
maneira lenta e se mostram um pouco confusos.

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33
Q

Postura e comportamento motor de pct com depressão agitada

A

postura tensa, inquietação e agitação psicomotora;

choro, anda de umlado para o outro, bemcomo torce e retorce asmãos

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34
Q

Postura e comportamento motor de pct com depressão

A

postura desanimada e comos ombros caídos, associada a movimentos mais lentos

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35
Q

Postura e comportamento motor de pct em mania

A

movimentos expansivos e agitados

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36
Q

Perguntas a se fazer ao avaliar postura e comportamento motor

A

O paciente fica sentado ou deitado no
leito ou prefere caminhar pelo aposento? Observe a postura e a capacidade do paciente de relaxar. Observe ritmo, amplitude e tipo de movimento. Os movimentos são voluntários e espontâneos? Há algum membro imóvel? A postura e a atividade motora são afetadas pelos tópicos em discussão, pelo
tipo de atividade ou por quem está na sala?

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37
Q

Perguntas a se fazer ao avaliar Vestuário e cuidados com a aparência

A

Como o paciente está vestido? A roupa está limpa e apresentável? É apropriada para a idade e o grupo social do paciente? Observe o cuidado com os cabelos, as
unhas, os dentes, a pele e, caso haja, a barba do paciente. A preocupação com a aparência e a higiene pessoais do paciente compara-se com a de outras pessoas de idade, estilo de vida e grupo socioeconômico equivalentes? Compare um lado do corpo ao outro

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38
Q

Vestuário e cuidados com aparência e higiene pessoais na DEPRESSÃO, ESQUIZOFRENIA E DEMÊNCIA

A

Deterionram

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39
Q

Vestuário e cuidados com aparência e higiene pessoais no TOC

A

Cuidado excessivo

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40
Q

Vestuário e cuidados com aparência e higiene pessoais em apenas 1 lado do corpo sugere?

A

Lesão no cortex parietal oposto (em geral, lado não-dominante)

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41
Q

Perguntas a se fazer ao avaliar Expressão Facial

A

Observe alterações na expressão. Elas são apropriadas

para os tópicos que estão sendo discutidos? Ou a face fica relativamente imóvel durante toda a entrevista?

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42
Q

Atitude, afeto e relações com pessoas e objetos da paranoia

A

Raiva, hostilidade, desconfiança ou comportamento evasivo

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43
Q

Atitude, afeto e relações com pessoas e objetos da mania

A

exaltação e euforia

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44
Q

Atitude, afeto e relações com pessoas e objetos da esquizofrenia

A

afeto embotado e distanciamento

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45
Q

Atitude, afeto e relações com pessoas e objetos da demência, ansiedade ou depressão

A

apatia (afeto embotado associado a afastamento e indiferença)

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46
Q

Perguntas a se fazer para avaliar Atitude, afeto e relações com pessoas e objetos

A

Avalie o afeto do paciente ou expressão externa do estado emocional interior. É apropriada para os tópicos que estão sendo discutidos? Ou o afeto é lábil, embotado ou apático? Ele se mostra exagerado em alguns pontos? Em caso afirmativo, de que maneira? Observe até que ponto o paciente se mostra sincero e receptivo, tanto às suas reações quanto às de outras pessoas e ao ambiente. O paciente ouve coisas que você não ouve ou conversa com alguém que não está lá?

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47
Q

Causas típicas de alucinações

A

a esquizofrenia, na abstinência alcoólica e na toxicidade sistêmica.

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48
Q

Critérios para avaliação de Fala e Linguagem

A

Quantidade, Velocidade, volume, articulação das palavras, fluência

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49
Q

Perguntas a se fazer para avaliar Quantidade de fala

A

O paciente se mostra loquaz ou anormalmente calado? Os

comentários são espontâneos ou limitados a perguntas diretas?

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50
Q

Perguntas a se fazer para avaliar velocidade de fala

A

A fala é rápida ou lenta?

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51
Q

Fala lenta é sugestivo de?

A

Depressão

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52
Q

Fala acelerada, rápida e em voz alta sugere?

A

Mania

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53
Q

Perguntas a se fazer para avaliar Articulação das palavras

A

As palavras são claras e distintas? A fala é

anasalada?

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54
Q

O que é disartria?

A

Distúrbio de articulação da fala

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55
Q

O que é afasia?

A

Transtorno da linguagem

56
Q

O que é disfonia?

A

Comprometimento do volume, qualidade ou tonalidade da voz

57
Q

Anormalidades de fluência

A

Hesitações e hiatos no fluxo e no ritmo das palavras;

Alterações da inflexão, como voz monocórdica

Circunlocuções, nas quais frases ou sentenças substituem uma palavra que a pessoa não consegue recordar, como “aquilo com que a gente escreve” no lugar de “caneta”

Parafasias, em que as palavras estão deformadas (“Eu escrevo com uma paneta”), erradas (“Eu escrevo com um chapéu”) ou sãoinventadas (“Eu escrevo com um cristóbolo”).

58
Q

Anormalidades de fluência sugerem que quadro?

A

Afasia decorrente de infarto cerebrovascular

59
Q

Tipos de afasia

A

A afasia pode ser receptiva (compreensão comprometida comfala fluente) ou expressiva (com compreensão preservada e fala lenta e não fluente).

60
Q

A pessoa que consegue escrever uma frase correta não apresenta afasia. V/F

A

V

61
Q

Testes para afasia - Compreensão de palavras

A

Solicite ao paciente que obedeça a um único comando, como “Aponte seu nariz”. Tente um comando com duas fases: “Aponte seu nariz e depois seu joelho”

62
Q

Testes para afasia

A
63
Q

Testes para afasia - Repetição

A

Solicite ao paciente que repita uma expressão com vocábulos de uma só sílaba (que representa a tarefa de repetição mais difícil): “Sem ti, sou só”

64
Q

Testes para afasia - Linguagem

A

Peça ao paciente que nomeie as partes de um relógio.

65
Q

Testes para afasia - Compreensão de Leitura

A

Solicite ao paciente que leia um parágrafo em voz alta.

66
Q

Testes para afasia - Escrita

A

Peça para o paciente escrever uma frase

67
Q

Que deficits podem comprometer respostas do teste para afasia?

A

visão, audição, inteligência e educação

68
Q

Afasia de Broca é de qual tipo?

A

Expressiva

69
Q

Afasia de Wernicke é de qual tipo?

A

Receptiva

70
Q

Perguntas a fazer para pct para avaliar Humor

A

“Como você se sentiu em relação a isso?”, por exemplo, ou, de maneira mais ampla, “Qual é o seu estado de humor no geral?” Os relatos de familiares e amigos podem ser muito úteis.

71
Q

Uma vez perguntado ao pct sobre Humor, perguntas a se fazer para avaliar

A

O humor foi intenso e inalterado ou lábil? Há quanto tempo isso dura? O humor é apropriado à situação do paciente? No caso de depressão, o quadro incluiu também episódios de exacerbação do humor, sugerindo um transtorno bipolar?

72
Q

Perguntas para fazer ao pct com suspeita de depressão

A

Você se sente desestimulado ou deprimido?
Quão mal você se sente?
O que espera do futuro?
Você já sentiu, em algum momento, que não vale a pena viver? Ou que desejaria estar morto?
Já pensou em se matar?
Como você acha que faria isso? Você tem um plano?
O que acha que aconteceria depois que você morresse?

73
Q

Deve-se perguntar diretamente sobre planos de suicídio?

A

SIM! É sua responsabilidade perguntar diretamente sobre pensamentos suicidas. Essa pode ser a única maneira de descobrir ideias e planos de suicídio para iniciar uma intervenção imediata e tratamento.

74
Q

Critérios para avaliar Pensamentos e Percepções

A

Processos de Pensamento, Conteúdo do pensamento, Percepções, Insight, Juízo crítico

75
Q

Como avaliar processos do pensamento

A

Avalie a lógica, a relevância, a organização
e a coerência dos processos de pensamento do paciente ao longo da entrevista. A conversa flui de maneira lógica, com um objetivo? Pesquise padrões de fala sugestivos de transtornos dos processos de pensamento

76
Q

Quais as variações e anormalidades do processo do pensamento?

A

Circunstancialidade, Dissociação (“afrouxamento” dos nexos

associativos), Fuga de ideias, Neologismos, Incoerência, Bloqueio, Confabulação, Perseveração, Ecolalia, Ressonância

77
Q

Circunstancialidade

A

Transtorno da afetividade, consistindo em fala com detalhes desnecessários, indireção e retardo para concluir o raciocínio. Alguns tópicos podem ter uma conexão significativa. Muitas pessoas sem transtornos mentais apresentam
fala circunstancial

78
Q

Dissociação

A

Fala “tangencial” com mudança de tópicos com pouca ou nenhuma relação. O paciente não tem consciência da falta de associação.

79
Q

Fuga de ideias

A

Quase um fluxo contínuo de fala acelerada com mudanças bruscas de um assunto para outro. As mudanças pautam-se por associações compreensíveis,
jogos de palavras ou estímulos que distraem o indivíduo, mas as ideias estão bem conectadas.

80
Q

Neologismos

A

Palavras inventadas ou distorcidas, ou então, palavras com significados novos e extremamente idiossincrásicos

81
Q

Incoerência

A

Fala incompreensível e ilógica, sem conexões e sem qualquer significado, de mudanças bruscas de tema, ou da utilização desorganizada da gramática ou das palavras. A fuga de ideias, quando grave, pode resultar em incoerência.

82
Q

Bloqueio

A

Interrupção brusca da fala na metade de uma frase ou antes que se complete uma ideia, atribuída a “perda de raciocínio”. O bloqueio pode ocorrer em
pessoas normais.

83
Q

Confabulação

A

Invenção de fatos ou eventos como resposta a perguntas, para preencher as lacunas geradas pelo comprometimento da memória.

84
Q

Perseveração

A

Repetição persistente de falas ou ideias

85
Q

Ecolalia

A

Repetição das palavras e expressões de outras pessoas

86
Q

Ressonância

A

Fala com escolha de palavras com base no som, em vez de significado, como na fala rimada e nos trocadilhos. Por exemplo, “Janela, janelinha, porta,
campainha. Plim, plim”

87
Q

Circunstancialidade ocorre em?

A

Pessoas obsessivas

88
Q

Dissociação é observada na?

A

Esquizofrenia, nos episódios maníacos e em outros distúrbios psicóticos

89
Q

Fuga de ideias é observada em?

A

Episódios maníacos

90
Q

Neologismos são observados na?

A

Esquizofrenia, nos transtornos psicóticos e na afasia

91
Q

A incoerência é observada aonde?

A

Distúrbios psicóticos graves (geralmente esquizofrenia)

92
Q

Bloqueio pode ser notável na?

A

Esquizofrenia

93
Q

Confabulação é vista na?

A

Síndrome de Korsakoff do alcolismo

94
Q

Perserveração é vista na?

A

Esquizofrenia e em outros transtornos psicóticos

95
Q

Ecolalia ocorre na?

A

Episódios maníacos e na esquizofrenia

96
Q

Ressonância ocorre na?

A

Esquizofrenia e em episódios maníacos

97
Q

Como avaliar conteúdo do pensamento?

A

Siga a liderança e os indícios dados pelo paciente, em vez de fazer perguntas diretas. Por exemplo, “Você mencionou que seu vizinho causou a sua doença. Você pode me falar mais sobre isso?”. Ou, em outra situação, pode questionar: “O que você pensa em momentos como esses?”

98
Q

Quais são as anormalidades do conteúdo do pensamento?

A

Compulsões, Obsessões, Fobias, Ansiedades, Sentimentos de Irrealidade, Sentimentos de despersonalização, Ideais delirantes

99
Q

Compulsões

A

Comportamentos repetitivos que a pessoa se sente levada a cometer em resposta a uma obsessão, com o objetivo de prevenir ou reduzir a ansiedade ou evento ou situação de pavor; esses comportamentos são excessivos e conectados de forma irreal ao estímulo que os provocaram

100
Q

Obsessões

A

Pensamentos, imagens ou desejos persistentes recorrentes que são percebidos como incômodos e indesejados que a pessoa tenta ignorar, omitir ou neutralizar com outros pensamentos ou ações (p.ex., tendo um comportamento compulsivo)

101
Q

Fobias

A

Temores persistentes e irracionais, acompanhados de desejo incontrolável de evitar o estímulo provocado

102
Q

Ansiedades

A

Antecipação apreensiva de risco futuro ou azar acompanhada de sentimentos de preocupação, desconforto e/ou sintomas somáticos de tensão

103
Q

Sentimentos de irrealidades (desrealização)

A

Sensação de que o ambiente é estranho, irreal ou distante

104
Q

Despersonalização

A

Sensação de que a própria individualidade ou identidade está diferente, mudada, irreal; perdida ou distanciada do próprio corpo e da mente

105
Q

Ideais delirantes

A

Crenças falsas ou fixas que não são tratáveis à luz de evidências conflitantes

106
Q

Tipos de ideias delirantes

A

Perseguição, Grandeza, Controle, Infidelidade (crença de que outra pessoa está apaixonada pelo indivíduo), Somática, Inespecificada

107
Q

Transtornos de ansiedade têm com frequência quais das anormalidades de conteúdo de pensamento?

A

Compulsões, obsessões, fobias e ansiedades

108
Q

Transtornos psicóticos apresentam com frequência quais anormalidades do conteúdo do pensamento?

A

Ideais delirantes, sentimentos de irrealidade ou despersonalização

109
Q

Que perguntas devem ser feitas para avaliar Percepção?

A

“Quando você ouviu a voz falando com você, o que ela dizia? Como se sente em relação a isso?” Ou “Depois de
beber muito, alguma vez você chegou a ver coisas que não estavam realmente presentes?

110
Q

Anormalidades da percepção

A

Ilusões e Alucinações

111
Q

Ilusões

A

Interpretações errôneas de estímulos externos reais, como confundir o som das folhas com o som de vozes

112
Q

Alucinações

A

Percepções que parecem reais, mas, ao contrário das ilusões, não resultam de estímulos externos reais. A pessoa pode ou não reconhecer as experiências como falsas. As alucinações podem ser auditivas, visuais, olfatórias, gustativas, táteis ou
somáticas. Percepções falsas associadas a sonhar, adormecer e despertar não são classificadas como alucinações.

113
Q

Situações em que ilusões podem ocorrer?

A

reações de luto, no delirium, nos transtornos de estresse pós traumático e agudo e na esquizofrenia.

114
Q

Situações em que alucinações podem ocorrer

A

delirium, demência (menos comumente), transtorno de

estresse pós traumático, esquizofrenia e alcoolismo

115
Q

Como avaliar insight

A

Geralmente feito nas primeiras perguntas que fazemos ao paciente: “Por que você foi ao hospital?”
“Qual parece ser o problema?” “O que você acha que está errado?”

116
Q

Paciente com transtornos psicóticos carecem de insight?

A

Frequentemente, sim

117
Q

Como avaliar juízo crítico?

A

O discernimento seria avaliado pela observação das respostas
do paciente a situações familiares, emprego, uso do dinheiro e conflitos interpessoais. “Como você planeja obter ajuda depois de receber alta do hospital?” “Como vai fazer se perder seu emprego?”

118
Q

Quando o juízo crítico geralmente está comprometido?

A

delirium, na demência, na deficiência intelectual e
em estados psicóticos. Ansiedade, transtornos do humor, nível de inteligência, escolaridade, renda e valores culturais também influenciam o juízo crítico.

119
Q

Subdivisão das funções cognitivas

A

Orientação, Atenção, Memória Remota, Memória Recente, Capacidade de Aprendizado

120
Q

Como a Orientação pode ser avaliada?

A

Durante a própria anamnese naturalmente. Por exemplo, é possível perguntar com bastante naturalidade se estão claras as datas e horários específicos, endereço e número do telefone do paciente, o nome de membros da família ou o trajeto que o paciente percorreu para chegar ao hospital

121
Q

Em que critérios a Orientação deve ser avaliada?

A

Às pessoas, ao tempo, e ao espaço

122
Q

Quais os principais testes para avaliar Atenção?

A

Série de Números, Série de 7, Soletrar de trás pra frente

123
Q

Causas de desempenho ruim em testes de atenção

A

delirium, demência, deficiência intelectual e

ansiedade de desempenho

124
Q

No teste da Série de Números, qual o resultado de uma pessoa “normal”?

A

Normalmente, uma pessoa consegue repetir corretamente, pelo menos, cinco números na ordem correta, e quatro na ordem inversa (de trás para frente).

125
Q

No teste da Série de 7, qual a velocidade em que uma pessoa “normal” consegue completar?

A

1 min e meio, com menos de quatro erros

126
Q

Como avaliar Memória Remota

A

Pergunte sobre datas de nascimento, aniversários,
número da identidade, nomes de escolas frequentadas, empregos que a pessoa teve ou eventos históricos passados, como guerras relevantes no passado do paciente

127
Q

Memória Remota está comumente afetado em que condição?

A

Fase avançada de demência

128
Q

Como avaliar Memória Recente

A

Isso pode envolver os eventos do dia. Faça perguntas
com respostas que você possa verificar em outras fontes para ver se o paciente está confabulando ou inventando fatos para compensar uma memória defeituosa. Isso pode incluir o clima do dia ou a hora da consulta, medicações atuais ou exames laboratoriais realizados durante o dia.

129
Q

Patologias com comprometimento da Memória Recente

A

Demência, delirium, transtornos amnésicos, ansiedade, depressão e deficiência intelectual

130
Q

Avaliando Capacidade de Aprendizado

A

Apresente ao paciente três ou quatro palavras, como “Barata Ribeiro 200 e azul” ou “mesa, flor, verde e hambúrguer”. Peça a ele que repita cada palavra a fim de que você consiga determinar se a informação foi ouvida e registrada. Essa etapa, assim como a série de números, testa a capacidade de registrar informações e a evocação imediata. Passe, em seguida, para outras partes do exame. Depois de 3 a 5 minutos, peça ao paciente para repetir as palavras. Observe a acurácia da resposta, conscientização de se ele está correto e qualquer tendência para confabular. Normalmente, uma pessoa deve ser capaz de lembrar-se das
palavras.

131
Q

Subdivisões das Funções Cognitivas Superiores

A

Capacidade de Fornecer informações e vocabulário, Capacidade de cálculo, Raciocínio Abstrato, Capacidade construcional

132
Q

Como avaliar a Capacidade de Fornecer Informações?

A

Comece avaliando a fonte de conhecimento e o
vocabulário durante a entrevista. Pergunte sobre trabalho, passatempos, leitura, programas de televisão favoritos ou eventos atuais. Inicie com perguntas simples e, em seguida, vá para as questões difíceis. Observe o domínio das informações, a complexidade das ideias e a escolha do vocabulário.

133
Q

Utilidade de avaliar a Capacidade de Fornecer Informações

A

Informações e vocabulário são relativamente inalterados pelos transtornos psiquiátricos, exceto nos casos graves. O exame ajuda a diferenciar adultos com comprometimento
intelectual ao longo de toda a vida (cujas informações e vocabulário são limitados) daqueles com demência leve ou moderada (cujas informações e vocabulário estão
razoavelmente bem preservados).

134
Q

Avaliando a Capacidade de Cálculo

A

Avalie a capacidade do paciente de fazer cálculos
aritméticos, começando com a simples adição (“Quanto é 4 + 3?… 8 + 7?”) e multiplicação (“Quanto é 5 × 6?… 9 × 7?”). Avance para tarefas mais difíceis pelo uso de números de dois dígitos (“15 + 12” ou “25 × 6”) ou exemplos mais longos, por escrito.

135
Q

Desempenho insatisfatório no teste de Capacidade de Cálculo sugere?

A

Demência ou afasia, mas deve ser medido em relação a fonte de conhecimento e educação do paciente

136
Q

Quais as duas maneiras de avaliar o Raciocínio abstrato do paciente?

A

Através de provérbios e Semelhanças

137
Q

Avaliando Capacidade Construcional

A

A tarefa aqui seria a de copiar figuras de complexidade crescente em uma folha de papel em branco sem pauta. Mostre uma figura por vez e solicite ao paciente que a copie o melhor possível