Estudos Flashcards
Tipos de delineamento.
• Observacionais: Observação da ocorrência de determinada doença. Descreve sem interferência.
• Experimental: Teste de determinada intervenção médica nova na população. Pesquisador interfere no estudo.
Processos de estudos epidemiológicos:
1. Delineamento: Desenho e escolha da amostra.
2. Execução: Executa o desenho e capta os dados.
3. Análise dos dados: Organização dos dados coletados e análise/aplicação estatística.
Vantagens e desvantagens no estudo transversal.
- Fácil, rápido, baixo custo.
- Baixa confiabilidade, evidencia mais de uma exposição e mais de um desfecho (“uma foto” - baixa relação de causa e consequência).
Qual a medida de associação do estudo de prevalência/transversal/inquérito e qual sua forma de cálculo?
• Razão de prevalência: Prevalência nos expostos (doentes expostos ÷ todos expostos) ÷ prevalência nos não expostos (doentes não expostos ÷ todos não expostos) = quantas vezes o CA de pulmão é mais prevalente no fumantes em relação aos não fumantes.
Condição sine qua non para participação de estudo coorte.
- Não possuir o desfecho (participam somente pessoas saudáveis).
Medida de associação do estudo coorte.
• Risco relativo: Razão da incidência ou risco relativo = incidência nos expostos (doentes expostos ÷ todos expostos) ÷ incidência nos não expostos (doentes não expostos ÷ todos não expostos) = n vezes dos expostos terem mais chance do desfecho em relação aos não expostos.
o 1: Não existe relação entre exposição e desfecho.
o <1: Exposição é fator protetor e não de risco.
o Risco atribuível (número de expostos atribuíveis de fato à exposição): Incidência dos expostos – incidência dos não expostos.
Vantagens e desvantagens no estudo coorte.
- Analisa a história natural da dç, bom para analisar exposições raras, possibilita mais de um desfecho.
- Alto custo, longa duração, troca/perda de pesquisadores e equipe, evasão de membros, ruim para dçs raras (pode não acontecer).
Vantagem da coorte histórica em relação a tradicional, sua principal diferença em relação ao transversal e a diferença entre o caso-controle.
- Ideal para dçs raras e de longa duração, onde não há interesse inicial no desfecho ainda que o mesmo já tenha ocorrido. Analisa-se os prontuários de período pregresso separando os mesmos nos grupos de expostos e não expostos, calculando a incidência ao final da análise via comparação com o prontuário da data atual.
- Analise de prontuário, configurando caráter temporal.
- No caso controle sabe-se quem é desfecho/caso e quem é controle, cabendo então a analise retrospectiva de quem teve a exposição. Já na coorte histórica não se classifica desfecho/caso e controle pois não se sabe. Analisa-se prontuário por prontuário, dividindo os com e sem exposição e então ao final na análise verificar os que tivera e não tiveram desfecho.
Exemplo de produção de estudo transversal.
- Separa-se os fumantes dos não fumantes na população e se compara com os que possuem CA de pulmão na população evidenciando dessa forma a prevalência de CA de pulmão nos fumantes (expostos) e não fumantes (não expostos).
Exemplo de produção de estudo coorte.
- Observa-se uma população ao longo de um período para então analisar quais obtiveram e quais não obtiveram o CA de pulmão (desfecho) nos fumantes (expostos) e não fumantes (não expostos).
Exemplo de produção de estudo caso-controle.
- Análise de grupos com desfecho e com não desfecho (sabidamente já se sabe quem tem a dç e quem não) e olha-se para o passado (retrospectivo, diferentemente do coorte que é prospectivo) analisando se houve ou não exposição nos grupos com e sem desfecho (oposto do transverso e coorte).
Medida de associação do estudo caso-controle.
- Odds ratio (razão de chance), sendo uma estimativa do risco relativo, esse não podendo ser calculado por não haver incidência (parte-se pelo desfecho). O resultado será quantas vezes os expostos têm mais chance de sofrer o desfecho em relação aos não expostos.
Nº de exposto com o desfecho ÷ Nº de exposto sem o desfecho.
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Nº de controle com o desfecho ÷ Nº de controle sem o desfecho.
Vantagens e desvantagens no estudo caso-controle.
• Vantagens: Barato, rápido, bom para dç rara e identifica mais de uma exposição.
• Desvantagem: Dificuldade em seleção do controle (grupo controle tem de ser um “espelho” do de caso), não define incidência, ruim para exposição rara.
Exemplo de produção de estudo intervencionista (ensaios clínicos).
- Divide a população em 2 grupos, controle e experimental, analisando nesses os que tiveram e não tiveram resultado esperado.
Diferença de estudo coorte e ensaio clínico.
Coorte não há intervenção médica na população estudada, porem ambos são prospectivos e analíticos.
Tipos de ensaio clínico.
o Aberto: Médico e paciente sabem quando estão recebendo droga ou placebo.
o Simples cego: Médico sabe qual paciente recebe droga ou placebo, já o pcte não.
o Duplo cego: Médico e paciente não sabem quando estão recebendo droga ou placebo.
Randomização: Não se sabe quais dos pacientes vão receber o medicamento ou o placebo.