Estatuto da Cidade. Flashcards

1
Q

Qual o objetivo da política urbana?

A

É o objetivo da política urbana: ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana.

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2
Q

Qual instrumento normativo poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação?

A

Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação.

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3
Q

A quem cabe notificar o proprietário para que parcele, edifique ou utilize o imóvel em evidência? Tal notificação necessita de averbação em cartório?

A

O Poder Executivo Municipal notificará o proprietário para que parcele, edifique ou utilize o imóvel em evidência. Tal notificação deverá ser, inclusive, averbada no competente cartório de registro de imóveis.

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4
Q

Qual o prazo para o particular protocolar o projeto da destinação que pretende dar ao bem? Qual o marco inicial desse prazo?

A

Terá o particular o prazo mínimo de um ano (a depender da previsão da lei municipal) para protocolar o projeto da destinação que pretende dar ao bem. Tal prazo será contado a partir da notificação.

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5
Q

Aprovados os projetos qual o prazo terá o particular para iniciar as obras do empreendimento? Qual o marco inicial desse prazo?

A

Aprovados os projetos, terá o particular o prazo de dois anos para iniciar as obras do empreendimento, contados da data da aprovação dos projetos.

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6
Q

Há interrupção dos prazos quando relativo as obrigações quando há a transmissão do imóvel – a título gratuito ou oneroso, por ato inter vivos ou causa mortis?

A

Não. O Estatuto das Cidades estabeleceu que a transmissão do imóvel – a título gratuito ou oneroso, por ato inter vivos ou causa mortis – posterior à notificação transfere todas as obrigações previstas quanto ao parcelamento, edificação e utilização do imóvel e sem qualquer interrupção dos prazos.

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7
Q

O parcelamento, edificação e utilização compulsória serão cabíveis em quais tipos de imóveis?

A

O parcelamento, edificação e utilização compulsória serão cabíveis apenas em caso de imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou não utilizados.

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8
Q

Há a possibilidade de o Município utilizar o IPTU progressivo no tempo?

A

Sim. Há a possibilidade de o Município utilizar o IPTU progressivo no tempo. Descumpridas as obrigações
impostas na notificação, o Município poderá aplicar a majoração das alíquotas do IPTU pelo prazo de
cinco anos consecutivos.

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9
Q

Passados os cinco anos de cobrança de IPTU progressivo, quais as medidas que o município pode tomar?

A

Passados os cinco anos de cobrança de IPTU progressivo, o Município poderá ou manter a cobrança do IPTU em valores máximos até que o proprietário cumpra sua obrigação ou proceder à desapropriação do imóvel.

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10
Q

Qual o prazo que o Município possui para proceder ao
seu adequado aproveitamento do imóvel incorporado ao patrimônio público?

A

De acordo com o parágrafo 4º, do artigo 8º, do Estatuto das Cidades, o Município tem o prazo máximo de cinco anos – contado a partir da incorporação do imóvel ao patrimônio público para proceder ao seu adequado aproveitamento.

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11
Q

Como se dará o aproveitamento pelo município de imóvel incorporado ao patrimônio público?

A

Tal aproveitamento poderá ser feito pelo Município diretamente por si ou através de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, naturalmente, o devido procedimento licitatório.

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12
Q

Serão mantidas ao adquirente as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas em lei?

A

Sim, ficam mantidas para o adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou
utilização previstas em lei.

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13
Q

O que é o usucapião pró-moradia previsto no artigo 183 da Constituição Federal?

A

O artigo 183, da Constituição Federal institui uma espécie de usucapião de imóvel urbano, denominado pela doutrina de usucapião pró-moradia, em favor de quem possuir como sua por cinco anos ininterruptos e sem oposição, área de até 250m². Todavia, o possuidor não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural e deve utilizar o referido bem para sua moradia ou de sua família.

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14
Q

O direito a modalidade de usucapião do artigo 183 da Constituição Federal será aplicado a mais de uma vez ao mesmo possuidor? Qual é a forma de aquisição da propriedade?

A

Tal direito não será reconhecido mais de uma vez ao mesmo possuidor e, naturalmente, não se aplica
aos imóveis públicos. Trata-se de forma de aquisição originária de propriedade.

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15
Q

Quais núcleos urbanos informais são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente?

A

Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

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16
Q

Onde se localiza a previsão normativa do direito a superfície? Qual a natureza jurídica desse direito e em que ele consiste?

A

O direito de superfície está previsto nos artigos 21 a 24 do Estatuto das Cidades. Para José dos Santos Carvalho Filho, a natureza jurídica deste direito é de direito real (2013, pg. 198) consistente no direito que recebe um terceiro de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno.

17
Q

Através de que o proprietário concede o direito de superfície?

A

O proprietário, então, mediante escritura pública registrada no cartório de imóveis concede a outrem o direito de superfície por prazo determinado ou indeterminado, de forma gratuita ou onerosa.

18
Q

Em caso de alienação do terreno pelo proprietário ou em caso de alienação do direito de superfície, existirá algum direito de preferência?

A

Sim, em caso de alienação do terreno pelo proprietário ou em caso de alienação do direito de superfície,
o superficiário e o proprietário terão, respectivamente, direito de preferência, em igualdade de
condições com a oferta de terceiros.

19
Q

O que ocorrerá se extinto o direito de superfície?

A

Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno e, se as partes não houverem estipulado qualquer valor em contrato, o proprietário recuperará as acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independente de indenização ao superficiário.

20
Q

O que ocorrerá se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual fora concedida?

A

Será extinto também o direito de superfície, mesmo antes do termo final do contrato, se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual fora concedida.

21
Q

O que é o direito de preempção, preferência ou prelação? O município possui algum direito de preferência para aquisição de imóveis como instrumento de política urbana?

A

O direito de preempção, preferência ou prelação diz com o direito garantido a alguém para a preferência na aquisição de um bem. O Estatuto das Cidades estabelece o direito de preferência do Município para aquisição de imóveis como instrumento de política urbana.

22
Q

Qual o prazo o município possui para manifestar seu interesse por escrito em comprá-lo? O que ocorre caso o município não se manifeste no prazo?

A

O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.

Transcorrido o prazo de 30 dias sem manifestação do Município, poderá o proprietário alienar o imóvel a terceiros nas condições da proposta apresentada. E, uma vez concretizada a venda, deverá o proprietário apresentar ao Município, no prazo de 30 dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.

23
Q

O que é o coeficiente de aproveitamento?

A

Cada terreno, a depender do zoneamento estabelecido pelo Município, possui um coeficiente de aproveitamento (índice que mede a quantidade de edificação que poderá ser construída naquela superfície edificável do terreno – relação entre a área edificável e a área do terreno).

24
Q

O que é a outorga onerosa do direito de construir?

A

A outorga onerosa do direito de construir é um dos instrumentos da política urbana para regular o
instituto do solo criado e está prevista no Estatuto das Cidades nos artigos 28 e seguintes.

25
Q

Qual instrumento definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento?

A

O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento,
considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área.

26
Q

O que é o direito de superfície e a outorga onerosa do direito de construir?

A

O direito de superfície e a outorga onerosa do direito de construir são institutos jurídicos e políticos da política urbana e estão relacionados à separação do direito de construir da propriedade dos terrenos. A ideia é exatamente majorar a capacidade de o poder público interferir sobre os mercados
mobiliários.

27
Q

Qual instrumento será utilizado para delimitar área para
aplicação de operações urbanas consorciadas?

A

Lei municipal específica que será editada com base no plano diretor poderá delimitar área para aplicação de operações urbanas consorciadas.

28
Q

Em que consiste a operação urbana consorciada?

A

Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

29
Q

O que é a transferência do direito de construir?

A

A transferência do direito de construir é o instrumento previsto para que os particulares negociem entre si ou com o poder público o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação dele decorrente. A ideia é que o proprietário de um imóvel urbano, público ou privado, possa alienar, mediante escritura pública, o seu direito de construir.

30
Q

Qual condição prevista no Estatuto das Cidades para a concessão de licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento de determinados empreendimentos?

A

O Estatuto das Cidades previu em seus artigos 36 a38 estudo prévio de impacto de vizinhança como condição para a concessão de licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento de determinados empreendimentos.

31
Q

Segundo a Constituição Federal, o que é o Plano Diretor?

A

De acordo com a Constituição Federal o Plano Diretor é uma lei a ser aprovada pela Câmara Municipal obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes. Trata-se de instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

32
Q

Quais medidas a gestão orçamentária incluirá?

A

A gestão orçamentária incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

33
Q

Qual o instrumento o Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário como forma de viabilizar financeiramente o aproveitamento do imóvel?

A

O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário que este requeira a o estabelecimento de um consórcio imobiliário como forma de viabilizar financeiramente o aproveitamento do imóvel.

34
Q

Qual instrumento o Estatuto da Cidade regula para casos de programas e projetos habitacionais de interesse social desenvolvidos pela Administração Pública?

A

O Estatuto das Cidades regula, ainda, os contratos de concessão de direito real de uso de imóveis públicos, em casos de programas e projetos habitacionais de interesse social desenvolvidos pela Administração Pública.

35
Q

Desapropriado o imóvel para fins urbanísticos, o que ocorre se o Prefeito não proceder no prazo de cinco anos o adequado aproveitamento do imóvel?

A

Desapropriado o imóvel para fins urbanísticos, será considerado ato de improbidade se o Prefeito
não proceder no prazo de cinco anos o adequado aproveitamento do imóvel.

36
Q

Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos, serão
diferenciados?

A

Sim, os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos, serão
diferenciados em função do interesse social.