ESPIROMETRIA Flashcards

1
Q

ESPIROMETRIA

A

É um exame que verifica a função pulmonar, mas não nos dá um diagnóstico, ou seja, avalia se o paciente tem algum distúrbio ventilatório.

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2
Q

função pulmonar

A
  1. A função pulmonar aumenta exponencialmente dos 6 aos 14 anos de idade, sendo nesta faixa etária grandemente influenciada pela estatura
  2. O tamanho do pulmão varia com a estatura do indivíduo, portanto, seu volume também. Ou seja, seu tamanho sempre será proporcional.
  3. A função pulmonar atinge valores máximos aos 20 anos no sexo feminino e aos 25 anos no sexo masculino. E pulmão deixa de crescer antes disso, porém, a forca muscular se eleva no sexo masculino, o que eleva a capacidade vital. As mulheres, com atividade física ou anabolizantes, também podem ter um pequeno acréscimo de capacidade pulmonar.
  4. Após o máximo, a função pulmonar permanece estável até os 35 anos de idade aproximadamente, quando começa a decair gradualmente ao longo da vida. 🡪 Essa redução é fisiológica e proporcional às fases da vida 🡪 O VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo) cai 28 ml/ano, em média, no sexo masculino e 21 ml/ano no sexo feminino
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3
Q

tabagismo e perda funcional do pulmão

A
  • Os fumantes, suscetíveis, perdem em média 60 ml/ano de VEF1.

“Um fumante masculino de 50 anos e com VEF1 previsto de 3,60 l e VEF1 encontrado de 2,16 l, perdeu teoricamente 0,84 l de VEF1 por efeito do cigarro, o que significa 30 anos a mais se a perda fosse a usual de 28 ml/ano. Pode-se contar ao doente que sua idade pulmonar estimada é de 80 anos.” 🡪 Este paciente estava com uma capacidade pulmonar de 80 anos

  • Fumantes passivos podem ter complicações pulmonares e geralmente não é possível fazer a medição da carga tabagica

-Fumantes ou ex-fumantes (em qualquer momento da vida) com mais de 45 anos, ou fumantes sintomáticos devem ser considerados para a espirometria!

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4
Q

A espirometria é útil para:

A
  1. A espirometria é um exame útil para diagnóstico, definição de tratamento e progressão da doença.
  2. Pacientes com tosse crônica, dispnéia e chiado devem fazer espirometria. As causas mais comuns de dispnéia na prática clínica são DPOC, asma, insuficiência cardíaca e doenças pulmonares intersticiais.
  3. No pré-operatório também é um exame útil para evitar complicações durante a cirurgia ou pós cirurgia.
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5
Q

espirometria valido

A

(a) O pico de fluxo deve ser bem precoce, significando que o esforço inicial foi satisfatório;

(b) O traçado deve estar livre de oscilações abruptas como as causadas por tosse ou falta de esforço máximo e uniforme;

(c) A curva deve durar pelo menos 6 s em adultos se os valores são normais, ou pelo menos 10 s, em indivíduos com obstrução ao fluxo aéreo (para esvaziar todo o pulmão);

(d) Um platô deve ser observado no último segundo na curva volume-tempo.

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6
Q

E os distúrbios ventilatórios encontrados na espirometria podem ser classificados em:

A
  • Restritivo
  • Obstrutivo
  • Obstrutivo com capacidade vital reduzida
  • Misto ou combinado
  • Inespecífico: caracterizado por diminuição de CVF e VEF1, com VEF1/CVF normal
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7
Q

CVF

A

Capacidade Vital Forçada

CVF = CPT - VR 🡪 ou seja, CVF é todo o volume que o paciente “coloca para fora”. E seu valor de normalidade tem que ser ≥ 80 % do predito (ou seja, varia de pessoa para pessoa dependendo do sexo, idade, estatura…)

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8
Q

VEF1/CVF

A

70% de todo o volume que expiramos, em CNPT, ocorre no primeiro segundo de expiração. Ou seja, a relação VEF1/CVF gira em torno de 0,7. Porém, essa relação varia entre os indivíduos, por conta disso, temos o LIN (limite inferior da normalidade). Este valor nos indica o mínimo normal esperado para o indivíduo.
Assim, a relação de VEF1/CVF deve ser ≥ ao valor do LIN (limite inferior da normalidade) 🡪 não existe uma relação fixa, depende do LIN de cada um
Se não tivermos o LIN, devemos considerar normal ≥ 0,7. E toda vez que for < LIN, teremos uma obstrução

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9
Q

espirometria: sequencia

A
  1. Avaliar VEF1/CVF:
    - Se normal: avançar direto para 3
    - Se obstrução (menor que o LIN): prosseguir para 2
  2. Avaliar valor de VEF1 isolado para quantificar obstrução quando relação alterada: usar quadro de classificação
    - para classificar grau da obstrução: leve, moderada ou severa (conforme quadro de classificação)
  3. Avaliar valor de CVF (se alterado, deve quantificar)
    - se normal (≥ 80% predito)
    - DISTÚRBIO RESTRITIVO 🡪 ocorre quando o pulmão perde a capacidade de expansão (fibrose, derrame pleural…)
    - Avaliar o grau de restrição: leve, moderada ou severa (conforme quadro de classificação)
    - caso ja tenha obstrução: CVF: < 80% do predito:
    Avalia CVF % - VEF1%:
    Se ≥ 25 = aprisionamento aéreo (obstrução pura) = DISTÚRBIO OBSTRUTIVO COM APRISIONAMENTO AÉREO

Se < 12 = existe restrição também = DISTÚRBIO MISTO

Se entre 25 e 12: não conseguimos esclarecer

Obs.: Perceba que a CVF diminuída, concomitante a uma relação menor que o LIN, pode ocorrer por aumento do VR (grande obstrução que impede saída do ar) OU pode ocorrer por apresentar uma obstrução junto a uma restrição.

  1. Avaliar resposta a broncodilatador (BD)
    - olhar VEF1 antes do BD e depois do BD, OU CVF antes e depois do BD
    - Se tivermos um aumento ≥ 200 ml no pós em relação ao pré E ≥ 12% de aumento = resposta positiva
    Portanto, podemos ter um distúrbio obstrutivo com ou sem resposta ao BD
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